Ministro diz que 75 dos que se feriram na boate correm risco de morte

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na tarde desta segunda-feira (28) que 75 pacientes que se feriram no incêndio na boate Kiss, de Santa Maria, correm risco de morte.

Os pacientes, segundo o ministro, estão internados em Santa Maria e em Porto Alegre. O incêndio na boate, que aconteceu na madrugada de domingo, deixou 231 mortos em festa universitária.
“Ao todo, temos 75 pacientes em UTI, aqui (em Santa Maria) e em Porto Alegre que estão em estado critico, estão na UTI, e correm risco de morte”, disse o ministro.
Padilha esteve em Porto Alegre nesta segunda, conferindo pessoalmente o estado de saúde dos feridos na tragédia – 39 estão na capital gaúcha e na Região Metropolitana. Por determinação da presidente da República, Dilma Rousseff, o ministro retornou a Santa Maria, onde deve permanecer nos próximos dias coordenando os trabalhos.
De acordo com o ministro, 83 pacientes estão internados em Santa Maria. Destes, 33 estão em estado grave na UTI. O ministro afirmou ainda que os hospitais de Santa Maria estão com 30 unidades de terapia intensiva livres para receber possíveis pacientes.

A maior preocupação do ministro é em relação às pessoas que estavam na boate e que possam apresentar sintomas como tosse e falta de ar, a chamada pneumonite química.

Guarda-municipal é assassinado em Paço do Lumiar

O guarda-municipal, Tolentino Ezaltino Farias, de 46 anos, foi assassinado por arma de fogo, na madrugada desta segunda-feira (28), no residencial Carlos Augusto, no bairro do Maiobão, no município de Paço do Lumiar.
De acordo com a polícia, a vítima foi executada por dois homens que estavam em um veículo Gol preto. Eles não levaram os objetos do guarda-municipal. No bolso da calça, foi encontrado um contracheque da Segep, local em que Tolentino era lotado. A polícia está investigando o caso.
No fim de semana, foram registrados seis assassinatos na região metropolitana de São Luís. Os dados são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).

Uniceuma acusado de imntegrar esquema de venda de vagas para curso de medicina

O Fantástico desse domingo (27) mostrou um esquema de compra de vagas em faculdades particulares do país. A polícia apreendeu com o grupo pontos eletrônicos. Quem usava tinha que esconder todos os fios e o receptor de sinal. Uma das quadrilhas, que foi descoberta no interior de São Paulo, vendia vagas em seis Estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Maranhão, Goiás e Rio de Janeiro. Por telefone, eles negociavam com pais e candidatos.

No Maranhão, a faculdade Uniceuma foi alvo do esquema, segundo a reportagem. Em nota, o Ceuma informou que recolhe todos os aparelhos eletrônicos durantes os exames.

Justiçar suspende depoimentos do ‘Caso Décio Sá’

Apenas três testemunhas prestaram depoimento

Depoimentos do ‘Caso Décio Sá’ foram iniciados nesta segunda (28), mas suspensos por decisão liminar (Foto: Diego Chaves/O Estado)Três testemunhas de acusação foram ouvidas antes da decisão liminar (Foto: Diego Chaves/O Estado)
Uma liminar concedida pelo desembargador Raimundo Nonato de Sousa suspendeu os depoimentos das testemunhas de acusação do ‘Caso Décio Sá’. As chamadas ‘oitivas’ foram iniciadas nesta segunda-feira (28), no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro Calhau, em São Luís. De acordo com informações da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ-MA), os depoimentos serão retomados somente após ser apreciado o mérito da liminar.
Até o momento em que houve a decisão do desembargador, foram tomados os depoimentos de três testemunhas: a esposa do jornalista, assassinado a tiros, em um bar da Avenida Litorânea, orla de São Luís, no dia 23 de abril de 2012; e de mais duas mulheres que teriam visto o acusado de cometer o crime, Jhonatan de Sousa Silva, fugir após o ato.
A liminar foi solicitada pelo advogado Aldenor Rebouças, que atua na defesa do também advogado Ronaldo Henrique dos Santos Ribeiro. No habeas corpus, Rebouças alega ter sofrido constrangimento ilegal por parte do juiz Márcio Brandão, que presidiu as oitivas em virtude das férias da magistrada Ariane Mendes Pinheiro, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri.
O advogado alegou não ter conseguido acesso ao “conteúdo das interceptações telefônicas para a confecção da denúncia” formulada pelo Ministério Público. Em outro trecho do pedido de liminar, o advogado utiliza justamente as férias da titular da 1ª Vara para suspender as audiências, muito embora Márcio Brandão, juiz auxiliar da capital, esteja atuando há alguns meses como auxiliar na 1ª Vara do Tribunal do Júri.
De todos os acusados, somente dois não compareceram à audiência nesta segunda-feira. São eles: Shirliano Graciano de Oliveira que está foragido e José Raimundo Sales Chaves Júnior, conhecido como Júnior Bolinha, que justificou a ausência devido a problemas de saúde.

Sócio de boate que pegou fogo se entrega à polícia em Santa Maria

Mauro Hoffman


Infográfico da tragédia

Mauro Hoffmann, sócio da boate Kiss, onde um incêndio deixou 231 mortos na madrugada do domingo em Santa Maria, se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira (28).
Segundo o chefe de polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, Hoffmann presta depoimento sobre o incêndio na Delegacia Regional de Santa Maria.
Pela manhã, a polícia também prendeu o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.
Todos tiveram as prisões temporárias de cinco dias decretadas na madrugada desta segunda pelo juiz Regis Adil Bertolin.
Entenda a tragédia de Santa Maria
Spohr, conhecido como Kiko, está um hospital de Cruz Alta sob custódia, em estado regular por ter inalado fumaça e deve seguir internado por dois dias. Depois, será encaminhado para Santa Maria. O vocalista e um responsável pela segurança do palco da banda foram detidos na cidade de Mata.
Na manhã desta segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. “Da minha parte, eu parei de tocar”, disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.
Depoimento
O primeiro a prestar depoimento, na manhã de domingo, foi o dono da boate. Segundo o delegado Sandro Meinerz, Sphor afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele também culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio.
Spohr, que estava no local durante o incêndio, também negou que tenha ordenado aos seguranças que impedissem a saída dos jovens, conforme o delegado. Ele também negou ter retirado o computador que armazenava as imagens gravadas pelas câmeras de segurança da boate. O computador com as gravações sumiu do local, segundo Meinerz.
O advogado Jader Marques, que representa Spohr, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha antes da prisão que o dono da boate foi até Cruz Alta para se submeter a um tratamento de desintoxicação e que a viagem foi informada às autoridades. Ele também disse que seu cliente prestou todo o atendimento às vítimas. “Esta tragédia também está marcando o Kiko e toda a sua família. Todas as pessoas naquela boate eram amigas dele. Ele esteve lá recebendo, atendendo. Perdeu funcionários”, disse o advogado.
Incêndio
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como “sputnik” atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como “uma “fatalidade”.
A festa “Agromerados” reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos.
A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo informou a instituição em sua página na internet.

O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
Público
Segundo informações da casa noturna, a capacidade máxima é para mil clientes, mas o número de total de pessoas no interior da boate no momento do incêndio ainda é desconhecido. O Corpo de Bombeiros estima que o número era maior, perto de 1,5 mil.
Estudantes que sobreviveram à tragédia relataram que, inicialmente, seguranças da boate tentaram impedir a saída dos clientes, mas que logo perceberam a fumaça e liberaram a passagem.
O capitão da Brigada Militar Edi Paulo Garcia disse que a maioria das vítimas tentou escapar pelo banheiro do estabelecimento e acabou morrendo. “Tirei mais de 180 pessoas dos banheiros. Eles estavam tentando fugir”, disse.
Resgate
Muitas pessoas que conseguiram sair da boate ajudaram a socorrer as vítimas. “A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça”, disse o jovem Murilo de Toledo Tiecher

“Poderiam ter salvado muita gente”, diz estudante que ajudou no resgate

O personal trainer de 23 anos, Ezequiel Corte Real, que presenciou a tragédia em Santa Maria, foi um dos sobreviventes que ajudou a retirar pessoas com vida na primeira hora após o início do incêndio. Apesar da grande dificuldade causada pela fumaça e pela falta de visibilidade, o jovem salvou cerca de 20 pessoas:

— Agarrava uma perna, um braço, tentava puxar, mas era difícil. Duas meninas me pediram ajuda, não sabia quem salvar. Respirei, comecei a tontear e não consegui pegar nenhuma. Saí para respirar, me molhei e voltei de novo — recorda.

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A certa altura do resgate, já exausto, o estudante de Educação Física foi desestimulado pelos bombeiros a continuar a operação:

—Eles disseram para mim que nem adiantava mais se sacrificar porque estava saindo todo mundo morto.

O início do fogo, relembra, foi quando o vocalista pegou um sputnik (sinalizador) para comemorar algo que não ficou claro para a plateia. Nesse momento, quando tocava o hit Amor de Chocolate, de Naldo, o fogo alcançou o teto. Ao perceber o incêndio, o vocalista teria pego um extintor que falhou. O fracasso na tentativa de salvamento foi alvo de vaias do público.

Ao tentar manter a calma, o estudante percebeu que a fumaça era muito tóxica e “queimava ao respirar”. Foi então que começou o resgate. O estudante relata não ter visto nenhum tipo de mecanismo anti-incêndio em funcionamento no estabelecimento. Das pessoas que retirou de dentro da Boate Kiss, três ou quatro estavam queimadas e o restante, debilitado pela fumaça.

– Vi uma funcionária se refugiando dentro de um freezer – conta.

Na opinião dele, muitas vidas poderiam ter sido salvas no momento em que a saída de jovens da danceteria foi impedida pelos seguranças. Em frente à porta, havia mesas caídas, que podem ter sido arrastadas pelos próprios jovens no momento de desespero.

— Foi pouco tempo, mas poderiam ter salvado muita gente enquanto ainda tinha visibilidade lá dentro.

Presidenta decreta luto oficial de três dias devido tragédia no RS

A presidenta Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias no país em memória às vítimas do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS). Mais de 200 mortes foram confirmadas até o momento. De tarde, as bandeiras na Esplanada dos Ministérios e no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, estavam a meio mastro.

Dilma Rousseff chegou no fim da tarde, de helicóptero, na residência oficial. Ela esteve em Santa Maria, onde conversou com parentes das vítimas e feridos na tragédia.

A presidenta participava da reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos com a União Europeia, no Chile, e cancelou a participação em três reuniões com autoridades da Argentina, Letônia e Bolívia por causa da tragédia e seguiu para a cidade gaúcha, que fica a cerca de 300 quilômetros da capital Porto Alegre. Em rápida entrevista, ainda no Chile, a presidenta se emocionou ao comentar a tragédia.

Em Santa Maria, Dilma estava acompanhada dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante; dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Saúde, Alexandre Padilha, além do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

Sobreviventes descrevem cenas de terror na boate gaúcha


Efeitos pirotécnicos, faíscas, fumaça, corre-corre, desespero e centenas de feridos e mortos espalhados. Esses são os relatos de testemunhas que sobreviveram à tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que deixou mais de 230 mortos e pelo menos 131 feridos. Segundo informações preliminares, o fogo teria começado por volta das 2h30, depois que o vocalista da banda que se apresentava ter feito uma espécie de show pirotécnico, usando sinalizador. As faíscas teriam atingido a espuma do isolamento acústico no teto da boate e iniciado o fogo, que se espalhou em poucos minutos. O incêndio provocou pânico entre os presentes, e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência.

Músicos dão relato
“A gente saiu mal, no meio da fumaça, tive dor no peito. Fiquei aguardando para podermos nos achar, para ver quem tinha saído. Fomos nos encontrando aos poucos e ficamos na expectativa de achar o Danilo, mas ele não apareceu.”
(Eliel de Lima, de 31 anos, baterista da banda Gurizada Fandangueira, que tocava na boate Kiss na hora do incêndio. O sanfoneiro Danilo Jaques, o mais jovem do grupo, morreu).

Banda Gurizada Fandangueira, que tocava na hora do incêndio em Santa Maria, teve um integrante entre os mortos: o sanfoneiro Danilo Jaques, que aparece acima de camisa azul e blazer preto (Foto: Arquivo pessoal)
“Conseguimos sair logo no início pela porta que tinha um metro e meio de largura. Só conseguíamos enxergar 5 centímetros à frente por causa da fumaça preta.”
(Valderson Wottrich, líder da banda Pimenta e seus Comparsas, que tocava na boate Kiss antes do incêndio, disse que dois dos quatro membros do grupo ainda estão desaparecidos).

Gente só de calcinha e cueca
“Eu liguei para os bombeiros, algumas pessoas tentaram voltar para pegar mais gente lá dentro, mas tinha fumaça e não dava para enxergar mais ninguém, era uma cortina de fumaça. A gente puxava as pessoas pelo cabelo, pela roupa, muita gente saía só de calcinha e cueca, muitas sem camiseta, talvez para se proteger da fumaça, e os bombeiros chegaram rápido e começaram a organizar e usar a mangueira”.
(Murilo de Toledo Tiecher, de 26 anos, estudante de medicina e um dos primeiros a sair da boate, quando o incêndio começou. Ele conta que, inicialmente, seguranças tentaram impedir a saída dos clientes, mas logo perceberam a fumaça e liberaram a saída. Tiecher diz também que a saída foi dificultada por uma grade colocada perto da porta para organizar a fila de entrada).

Salva pela área VIP

“Vi umas faíscas, mas achei que eram apenas os foguinhos da luva [do integrante da babda]. Vi uma gritaria, achei que fosse alguma briga. Foi quando gritaram ‘fogo’, vi as pessoas correndo, vi a fumaça, e saí correndo.”
(Fernanda Freire Gomes Bona, de 23 anos, fotógrafa oficial da boate, estava em uma área VIP próxima à saída quando o incêndio começou. O local tinha uma vista privilegiada da boate, permitindo não apenas que ela tirasse fotos, mas também que percebesse rapidamente o incêndio e escapasse do local em poucos minutos).
‘Queriam as comandas’

“Dei sorte, estava perto da saída quando vi que começou o incêndio. Mesmo assim, os seguranças trancaram porque queriam as comandas. Eles abriram, mas ficou mais ou menos um minuto e meio trancado.”
(Jonathas Castilhos, um dos primeiros a deixar a boate Kiss e que ajudou a socorrer amigos e desconhecidos que necessitavam de atendimento).
Engatinhando com pessoas passando por cima
“Quando soltaram o primeiro fogo, saí de perto do palco. Cheguei perto dos banheiros e todo mundo correu para perto da porta de saída, e os seguranças trancaram. Eu estava espremida na parede e só consegui escapar porque me puxaram. Fui engatinhando até a saída, com pessoas passando por cima. Estou com muita ardência na garganta e nos olhos por causa da fumaça.”
(Shelen Rossi, de 19 anos, que teve alta do hospital na manhã deste domingo, mas ainda sente no corpo os efeitos do ar inalado do incêndio).
Perto da porta de saída
“Nós estávamos em um local perto da porta de saída, então foi mais fácil para a gente poder sair, mas era um corre-corre, todo mundo empurrando, pessoal caindo no chão. [Foi mais fácil sair] só pelo fato de estarmos perto da porta de saída, ali num local que era mais próximo. Quem estava próximo ao palco, do outro lado, não teve condições de sair.”
(Taynne Vendrúsculo, estudante, que viu a fumaça se espalhar de forma tão rápida que apenas quem conseguiu deixar a boate nos primeiros minutos se salvou).

‘Saí arrastada pelo chão’
“Nós olhamos para o teto lá na frente do palco e estava começando um fogo. Foi um amigo nosso que nos mostrou, aí nós começamos a cair. Minha irmã me puxou e eu saí arrastada pelo chão.”
(Luana Santos Silva, de 23 anos, estudante, que disse que o fogo se alastrou rapidamente pelo interior da boate.

‘Filme de terror’
“A gente pediu para as vítimas saírem, tinha bastante gente ali. No meio do tumulto, [elas] começaram a se pisotear, teve gente que não teve tempo de sair. A gente conseguiu resgatar algumas pessoas, mas algumas pessoas tiveram 80% do corpo queimado, não resistiram… teve colega nosso de trabalho que faleceu. [Situação de pânico] total. Só quem estava ali, viu. Filme de terror”.
(Rodrigo, um dos seguranças da boate Kiss, que contou que o fogo começou por conta de um efeito pirotécnico usado pela banda que se apresentava).
Salvo pela praia
“Só tenho que agradecer, porque meu filho era um frequentador assíduo da Kiss. Graças a Deus ele pediu para trazê-lo pra praia”.
(Paulo Roberto Weber, representante comercial, que viajou na quinta-feira (24) para Florianópolis com o filho Lucas Machado Weber, estudante de direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Sanfoneiro é único morto da banda que iniciou fogo em boate


Danilo Jaques foi o único integrante da banda Gurizada Fandangueira que morreu em meio à tragédia que foi iniciada com o show pirotécnico durante a apresentação na madrugada deste domingo (27) na boate Kiss, em Santa Maria (RS) –cidade a 286 km de Porto Alegre.
Integrantes da banda e amigos confirmaram a informação da morte de Jaques. O baterista Eliel de Lima disse que ajudou o companheiro a se livrar da sanfona antes de sair do palco.
A Gurizada Fandangueira se apresentava quase mensalmente na boate que foi palco da tragédia.
De acordo com o major Cleberson Bastianello, comandante do 2º Batalhão da Brigada Militar do BOE (Batalhão de Operações Especiais) de Santa Maria, até o início da tarde de domingo a lista de mortos chega a 232 pessoas.
O delegado Sandro Luís Meinerz, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, disse que, a princípio, as pessoas morreram asfixiadas pela fumaça por não terem conseguido sair do local.

Sai a lista parcial dos mortos da tragédia gaúcha


A relação de nomes foi publicada no site da Secretaria da Segurança Pública.

Foram revelados os 141 nomes já confirmados. Segundo a Secretaria da Segurança, a lista será atualizada a cada hora, até que os 233 corpos sejam identificados. A identificação está sendo feita por familiares e amigos no Centro Municipal de Desportos.
Confira a lista
Alan Rembem de Oliveira
Alaxandre Anes Prado
Alisson Oliveira da Silva
Allana Willers
André Cadore Bosser
Andressa Ferreira Flores
Andressa Thalita Farias Brissow
Ângelo Nicolosso Aita
Augusto Cesar Neves
Augusto Malezan de Almeida Gomes
Augusto Sergio Krauspenhar da Silva
Benhur Retzlaff Rodrigues
Bernardo Carlo Kobe
Bruna Brondani Pafhalia
Bruna Eduarda Neu
Bruno Kraulich
Carlitos Chaves Soares
Carlos Alexandre dos Santos Machado
Carolina Simões Corte Real
Cássio Garcez Biscaino
Clarissa Lima Teixeira
Daniel Knabbem da Rosa
Daniel Sechim
Daniela Betega Ahmadw
Danilo Brauner Jaques
Danriei Darin
David Santiago de Souza
Débora Chiappa Forner
Deives Marques Gonçalves
Dionatham Kamphorst Paulo
Douglas da Silva Flores
Elizandor Oliveira Rolin
Emerson Cardoso Pain
Evelin Costa Lopes
Fábio José Cervinski
Felipe Vieira
Fernanda Fischer
Fernando Michel Devagarins Parcianello
Fernando Pellin
Flávia Decarle Magalhães
Franciele Araujo Vieira
Franciele Viziole
Gabriela Corcine Sanchotene
Gabriela dos Santos Saenger
Geni Lourenço da Silva
Giovane Krauchemberg Simões
Guilherme Fontes Gonçalves
Guino Ramom Brites Burro
Gustavo Ferreira Soares
Heitor Santos Oliveira
Heitor Teixeira Gonçalves
Helio Trentin Junior
Henrique Nemitz Martins
Herbert Magalhães Charão
Hericson Ávila dos Santos
Igor Stefhan de Oliveira
Jacob Francisco Thiele
Jaderson da Silva
Janaina Portella
João Carlos Barcellos Silva
João Paulo Pozzobom
José Luiz Weiss Neto
Julia Cristofari Soul
Juliana Moro Medeiros
Juliana Oliveira dos Santos
Juliana Sperone Lentz
Kelli Anne Santos Azzolin
Larissa Terres Teixeira
Leandra Fernanda Toniolo
Leandro Avila Leivas
Leandro Nunes da Silva
Leonardo de Lima Machado
Leonardo Machado de Lacerda
Leonardo Schoff Vendrúsculo
Letícia Ferraz da Cruz
Lincon Turcato Carabagiale
Louise Victoria Farias Brissow
Luana Behr Vianna
Lucas Leite Teixeira
Luciano Ariel Silva da Silva
Luciano Tagliapetra Esperidião
Luiz Fernando Riva Donate
Luiza Alves da Silva
Luiza Batistela Bottow
Maicon Afrolinario Cardoso
Maicon Douglas Moreira Iensen
Maicon Francisco Evaldt
Marcelo de Freitas Salla Filho
Maria Mariana Rodrigues Ferreira
Mariana Comassetto do Canto
Mariana Moreira Macedo
Marina Kertermann Kalegari
Martins Francisco Mascarenhas de Souza Onofre
Marton Matana
Matheus de Lima Librelotto
Matheus Engert Rebolho
Mauricio Loreto Jaime
Melissa do Amaral Dalforno
Michele Dias de Campos
Micheli Froehlich Cardoso
Miguel Webber May
Mirella Rosa da Cruz
Natiele dos Santos Soares
Odomar Gonzaga Noronha
Otacílio Altíssimo Gonçalves
Pamela de Jesus Lopes
Paulo Batistela Gato
Pedro de Oliveira Salla
Raquel Daiane Fischer
Rhuan Scherer de Andrade
Ricardo Dariva
Ricardo Stefanello Piovesan
Roger Dallanhol
Rogério Cardoso Ivaniski
Ruan Pendenza Callegari
Sabrina Soares Mendes
Shaiana Tauchem Antoline
Silvio Beurer Junior
Suziele Cassol
Tailan Rembem de Oliveira
Taís da Silva Scaplin de Freitas
Tanise Lopes Cielo
Thailan de Oliveira
Thiago Amaro Cechinatto
Tiago Dovigi Cegabinaze
Vagner Rolin Marastega
Vandelcork Marques Lara Junior
Vinicios Greff
Vinicios Paglnossim de Moraes
Vinicius Silveira Marques de Mello
Vinissios Montardo Rosado
Viviane Tólio Soares
Identificados pela Perícia Necropapiloscópia
Andressa Ferreira Flores
Bruna Eduarda Neu
Carlos Alexandre dos Santos Machado
Francielli Araujo Vieira
FrancileVizioli
Julia Cristofali Saul
Maria Mariana Rodrigues Ferreira
Pâmella de Jesus Lopes
Sandra Leone Pacheco Ernes