Doleiro preso em São Luis condenado a quatro anos de prisão

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O doleiro Alberto Youssef, que foi apontado como chefe do esquema desmantelado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), em março deste ano, foi condenado nesta quinta-feira (17), em outro processo referente a uma fraude no antigo Banco do Estado do Paraná (Banestado). Conforme a sentença, proferida pelo juiz federal Sérgio Moro, o doleiro deverá permanecer preso por quatro anos e quatro meses em regime fechado. Ainda cabe recurso. O doleiro foi  preso em São Luis, em maio deste ano.

O caso aconteceu em 1998, mas foi arquivado, pois à época Youssef havia feito um acordo de delação premiada com a Justiça. Porém, como a Operação Lava Jato apontou a participação do doleiro em uma nova prática criminosa, o processo do Banestado foi reaberto e ele acabou condenado.

De acordo com o Ministério Público Federal, Youssef ajudou uma empresa de veículos a conseguir um financiamento de US$ 1,5 milhão junto ao Banestado. Para isso, ele pagou US$ 131 mil ao operador internacional do banco, em troca da liberação do empréstimo.

O doleiro foi acusado pelo MPF pelos crimes de corrupção ativa e de gestão fraudulenta de instituição financeira. Conforme a sentença, Youssef foi absolvido do crime de gestão fraudulenta, mas condenado pela corrupção ativa.

O advogado de Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto, disse que pretende recorrer da decisão. Para ele, o cliente foi vítima da direção do Banestado, que teria exigido a quantia em troca do empréstimo. O advogado falou que o doleiro fez o pagamento conforme lhe foi indicado para levantar a quantia junto ao banco.

OPERAÇÃO LAVA JATO

Segundo a Justiça Federal, esta é a segunda condenação de Youssef em relação ao caso Banestado. Em 2004, ele foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto, por crime contra a ordem tributária, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Com a delação, o doleiro chegou a cumprir um ano de prisão em regime fechado e depois progrediu de regime. O acordo firmado com a Justiça previa a suspensão de todos os demais processos envolvendo o caso Banestado, desde que ele não voltasse a praticar crimes.

Ao ser indiciado na Operação Lava Jato, a Justiça considerou que Youssef quebrou o acordo firmado em 2004. Por isso, as acusações ações contra ele voltaram a ser analisadas e resultaram nesta condenação.

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