Em 2014, Fundação da Memória Republicana gastou menos de 6% do orçamento com atividades educacionais

Apesar de ser vinculada à Secretaria Estadual de Educação até dezembro do ano passado, e ter recebido um montante superior a R$ 3 milhões no ano de 2014, a Fundação da Memória Republicana Brasileira ( FMRB) não chegou a gastar 6% destes recursos em atividades relativas a praticas educacionais.

Ano passado, o valor destinado pela FMRB para estas atividades consumiu apenas R$ 190 mil, conforme apontam os dados disponibilizados pela Secretaria Estadual do Planejamento. Apesar deste gasto irrisório, feito pela entidade em práticas educacionais , a Lei 9.47/2011 que estatizou a Fundação colocou entre as principais finalidades da instituição, as ações relacionadas à educação.

Os números relativos às despesas da FMRB em 2014, apontam um valor relacionado ao pagamento de pessoal quase dez vez maior ao montante investido no desenvolvimento de práticas educacionais. Enquanto os gastos neste tipo de ação nem chegaram a alcançar a cifra de R$ 200 mil, as despesas com os servidores da instituição, todos comissionados.. consumiram em 2014 um valor de R$ 1.825( Hum milhão, oitocentos e vinte e cinco mil reais).

A partir do início de 2015, o governador Flávio Dino, através da Medida Provisória nº 184, realocou a FMRB para a Secretaria Estadual de Cultura e foi iniciado um diálogo junto à comunidade do Desterro, local onde fica a sede da instituição, com o intuito de redefinir as ações da entidade.

Criada em 1990, como uma instituição privada, logo após o senador José Sarney(PMDB-AP) deixar o comando do país, a entidade recebeu o nome de Fundação da Memória Republicana Brasileira e ganhou do estado a doação do prédio do Convento das Mercês, imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico.

Alguns anos depois, a FMRB mudou de nome e passou a se chamar Fundação José Sarney, seguindo como instituição privada, até estatizada em 2011 por iniciativa da governadora Roseana Sarney.

Em 2004, a entidade foi alvo de ação , movida pelo Ministério Público Federal que questionou a doação do Convento das Mercês feita pelo estado, com o argumento de que se tratava de um prédio publico, tomando pelo Patrimônio Histórico, e não poderia ser doado a um particular.

Agora, ligada à Secretaria de Estado da Cultura, a FMRB detentora do acervo pessoal do ex-presidente José Sarney, terá seu papel rediscutido. Esta semana, uma comissão composta por representantes de diversas secretarias começou a debater o futuro da entidade ,marcada desde sua origem, pelo signo da polêmica.

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