Prefeitura de Tutóia abre 600 vagas em concurso público

Foram ofertadas vagas aos cargos de operador de serviços diversos, cozinheira hospitalar, lavadeira hospitalar, maqueiro hospitalar, motorista, merendeiro, vigia, agente administrativo, auxiliar de serviços educacionais, fiscal de posturas e obras, fiscal de tributos, digitador, guarda municipal, recepcionista atendente, técnico agrícola, técnico em enfermagem, técnico em informática, técnico em radiologia, auxiliar de saúde bucal, assistente social, enfermeiro, odontólogo, farmacêutico bioquímico, fisioterapeuta, médico, nutricionista, professores em diversas áreas, psicólogo e psicopedagogo.

Organizado pela empresa Consultoria e Estudos Pedagógicos LTDA (CONSEP), o evento prevê salários que variam de R$ 788,00 a R$ 4.000,00, por jornadas semanais de 20 a 40 horas.

As inscrições podem ser efetuadas até o dia 22 de maio de 2015, pessoalmente na Secretaria Municipal de Educação, situada à Rua Nazaré, s/n, Centro, das 8h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00 ou pelo site: www.consep-pi.com.br. É cobrada taxa no valor de R$ 60,00 a R$ 120,00.

O concurso é composto por prova objetiva e avaliação de títulos. A prova está programada para ser realizada no dia 21 de junho de 2015. Os títulos deverão ser entregues na Secretaria Municipal de Educação, no dia 14 de julho de 2015, das 8h00 às 12h00 ou das 14h00 às 17h00.

Provavelmente o gabarito será disponibilizado no dia seguinte à aplicação da prova e o resultado final será divulgado no dia 23 de julho de 2015.

A validade do concurso público será de dois anos, a partir da data de sua homologação, podendo ser prorrogado por período semelhante.

 

PCdoB de Flávio Dino vai com Edivaldo nas eleições de 2016

 

O quadro das EDIVALDO E FLÁVIO PARA A PÁGINA 3eleições municipais de 2016 começa a ganhar novos contornos. O governador falou durante o Encontro Nacional da Juventude do PPS, realizado no último sábado, 25, e ratificou em uma rede social que a máquina do estado não irá interferir na disputa. “As eleições municipais do próximo ano ocorrerão em clima de total e inédita liberdade. Os Leões não lutarão para proteger prefeitos. Eu participarei das eleições municipais como militante político, em nome pessoal. O governo do estado não terá candidatos ‘oficiais’”, escreveu o governador no Twitter.

A declaração despertou interpretações no cenário político de São Luís. Estaria Flávio Dino afastando-se da responsabilidade política de contribuir pessoalmente com aliados e fortalecer seu grupo? Muitos apostam que não. Com a declaração, ele afasta a possibilidade de utilizar a máquina governista como uma ferramenta eleitoral – manobra comum nos governos anteriores -, mas terá sim suas preferências.

E ontem, seu partido, o PCdoB, afirmou que prefere a reeleição do prefeito Edivaldo Júnior. O dirigente municipal do PCdoB em São Luís, Haroldo Oliveira, confirma que os comunistas marcharão ao lado do atual prefeito. “Estamos juntos e vamos trabalhar para melhorar ainda mais o cenário político em busca de garantir sua reeleição”, comentou.

Segundo ele, o prefeito está em “processo de procura de partidos” (analisa um convite do PDT para filiação) e que a coligação independe da filiação partidária do gestor municipal. Ou seja, não importa em que partido Edivaldo Junior esteja, o PCdoB irá apoiá-lo.

Feito no início da campanha para a prefeitura em 2012, o convite para o PDT foi reiterado por lideranças no congresso da juventude do partido no último domingo (26). De acordo com o presidente estadual Julião Amin, o PDT aguarda posicionamento do prefeito e ainda não foi discutido entre os filiados se o apoio à reeleição de Edivaldo Holanda será mantido caso ele continue no PTC.

 

Eliziane Gama

 

A declaração do governador animou a deputada federal Eliziane Gama (PPS). Ela tenta emplacar o nome para concorrer ao Palácio de La Ravardière, no ano que vem, desde que desistiu de concorrer ao cargo de governador para apoiar Flávio Dino. E tem jogado o governador contra a parede, cobrando-lhe neutralidade nas eleições municipais, já que contribuiu com ele na sua eleição para o governo, ano passado. Diplomático, Dino não faz gestos contrários e mantém-se em sintonia também com a aliada do PPS.

“Isso demonstra que Flávio Dino é governador dos 217 municípios maranhenses. Um governador eleito numa coligação com dez partidos e, se cada partido lançar uma candidatura, ele terá que apoiar todas”, diz Eliziane, comentando a declaração do governador. A deputada vem atuando em várias frentes para viabilizar a candidatura. Uma delas é uma possível fusão entre o PPS e PSB, que tem uma “possibilidade real” de acontecer.

Na semana passada, lideranças dos dois partidos se reuniram em São Paulo para discutir a união das siglas. No Maranhão, o PPS tem apenas a deputada em Brasília e um deputado estadual, Welington do Curso. Já o PSB elegeu o senador Roberto Rocha em 2014, o deputado federal Zé Reinaldo Tavares e tem ainda dois vereadores na Câmara Municipal de São Luís, Roberto Rocha Júnior e Osmar Filho. Na Assembleia Legislativa, tinha como representante Bira do Pindaré, que se licenciou do mandato para assumir a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

 

Pagamento dos servidores do Estado será antecipado para sexta-feira, 1° de maio

Por determinação do governador Flávio Dino, o pagamento do funcionalismo estadual será novamente antecipado para esta sexta-feira (1). Conforme o calendário, o pagamento estava previsto para ser efetuado no dia 05 de maio (2º dia útil do mês), porém, devido a viabilidade financeira do Estado, será antecipado.

A antecipação para o primeiro dia do mês beneficiará mais de 110 mil servidores do Estado, sendo 74 mil ativos (entre efetivos, comissionados e temporários) e 38 mil inativos (aposentados e pensionistas).

De acordo com o secretário de Estado de Gestão e Previdência, Felipe Camarão, apesar do calendário oficial de pagamento dos servidores apresentar os dois primeiros dias do mês como as datas estabelecidas para o pagamento, o Estado tem sempre buscado formas para antecipá-los, por determinação expressa do governador.

Astro recebe pedido para ajudar na Festa do Divino de Alcântara

Astro com organizadores da Festa do Divino

Astro com organizadores da Festa do Divino

 

 

“Falar do festejo do Divino é falar de Alcântara e falar de Alcântara é falar do festejo do Divino. São entrelaçados e um complementa o outro”. A  frase foi proferida pelo presidente da Câmara Municipal de São Louis, Astro de Ogum, na manhã desta terça-feira (28), ao receber, em sua residência, o diretor de Cultura da Cidade de Alcântara, Valdecy Onildo Coelho e Kátia Maria dos Anjos Pereira, integrante da comissão organizadora daquele festejo secular religioso, que foram lhe pedir apoio para a realização do evento deste ano, que vai de 13 a 25 de maio.

Valdecy e Kátia destacaram que buscaram apoio de Astro de Ogum pelo fato dele, além de ser presidente de honra da Federação das Entidades Folclóricas e Culturais do Estado do Maranhão (FEFCMA), se destacar como um dos maiores incentivadores culturais  do Estado e pela incerteza quanto ao incentivo que será dado pelo governo do Estado, através da Secretaria de Cultura.

Se mostrando decepcionados, Valdecy e Kátia relataram que, no dia 18 de março deste ano, representantes da Associação Cultural e Religiosa de Alcântara (Acra), estiveram reunidos com a secretária de Cultura, Ester Marques, buscando entendimentos sobre o apoio financeiro do Estado para com o festejo e foram surpreendidos com a resposta da dirigente cultural, ao lhes afirmou que a festa de Alcântara não teria privilégios e que todo festejo referente ao Divino teria apoio padronizado.

A resposta de Ester Marques, conforme declaração de Valdecy, acendeu uma luz de alerta entre os coordenadores do festejo alcantarense. Eles entendem que correm  o risco do festejo ser inviabilizado este ano, após séculos de realizações, o que seria um desastre para a cultura popular do Maranhão.

-Estamos aqui, vereador lhe pedindo apoio, porque ficamos temerosos da festa não ser realizada. O festejo do Divino de Alcântara, segundo estudiosos, data do século XVIII,  é a maior referência nesse segmento no Estado, é histórico pela sua própria natureza e claro que merece um tratamento diferenciado, pela sua força e  também por ser um dos movimentos de maior atração turística do Maranhão, sendo fonte gerador de renda-, assinalou Valdecy Onildo.

Como o Estado não estabeleceu qualquer possibilidade de ajuda dentro das expectativas dos seus organizadores, o festejo do Divino  está ameaçado de não ser realizado e esse é o grande temor da comunidade alcantarense.

Após ouvir a explanação de Kátia e Valdecy, Astro de Ogum anunciou que estará nesta sexta-feira na cidade, para conversar com a comunidade envolvida no evento e destacou que:

-A festa do Divino Espírito Santo de Alcântara tem um significado muito forte. Já deixa de ser uma festa para ser uma obrigação.  Deixar de realizar esse festejo é como se matar a cultura popular do Maranhão.  Estarei lá, na sexta-feira, como uma equipe e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que esse forte sopro de nossa cultura não se apague-, destacou.

 

 

Oficial do Exército português é executado e tem corpo carbonizado no Rio de Janeiro

Léo Ferrari, o PM criminoso

Léo Ferrari, o PM criminoso

 

Brasileiro de nascimento, o tenente do Exército português Douglas Clemente Ferreira sonhava voltar a viver em seu país de origem. Há seis meses, ele conseguiu uma licença e retornou ao Rio. No dia 7 de abril, porém, o convívio com a família foi interrompido de forma trágica. Atraído para uma armadilha ao tentar comprar uma quantidade de ouro, o militar foi sequestrado e morto com quatro tiros, em Curicica, na Zona Oeste do Rio.

Para dificultar as investigações, os assassinos carbonizaram o corpo da vítima e o abandonaram a 38 quilômetros de distância do local do crime, na entrada de uma favela, em Santa Cruz, também na Zona Oeste.

Após ser identificado, o corpo do militar foi finalmente sepultado, no domingo, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. Abalada, a família do militar preferiu não dar declarações.

No entanto, amigos da vítima confirmaram que três pessoas, entre elas o policial militar Aldo Leonardo Premori Ferrari, já foram presas pela polícia, acusadas de envolvimento com o assassinato.

De acordo com as investigações da Divisão de Homicídios (DH), no dia em que desapareceu, o oficial do Exército português estaria com R$ 40 mil. Ele teria ido ao encontro de Ferrari para negociar a compra de ouro. Os dois foram vistos juntos, por testemunhas, dentro de um carro.

O corpo carbonizado foi encontrado pela polícia nas proximidades da favela do Rola, em Santa Cruz, dois dias após o desaparecimento do militar, em 9 de abril.

No último dia 10, agentes da DH prenderam, em Curicica, o PM Aldo Leonardo. Também conhecido como Léo Ferrari, o policial estava com duas pistolas, uma de calibre 45 e outra 380. Como as armas não tinham registro, ele foi autuado em flagrante por porte ilegal.

Além dele, estão presos outros dois homens. Um é acusado de dirigir o carro que foi usado para transportar o corpo da vítima até o local em que foi encontrado. Com o outro, a polícia encontrou um kit para testar ouro que pertencia ao tenente.

O trio teve a prisão temporária decretada pela Justiça. Léo Ferrari é lotado no 31º Batalhão (Barra da Tijuca). Ele prestou depoimento e negou envolvimento no assassinato do tenente Douglas.

PM já foi investigado em 2011

Não é a primeira vez que Léo Ferrari é investigado pela polícia. Em 2011, o PM chegou a ser preso na Operação Guilhotina. Ele foi acusado pela Polícia Federal de pertencer a um grupo de policiais que recebia propina de R$ 100 mil mensais do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. O relatório do inquérito da PF também acusou o mesmo grupo de receber propina do traficante Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol. A PF ainda acusou Ferrari e outros policiais de vender informações para o tráfico.

Ferrari conseguiu o direito à delação premiada, oferecida pela Justiça. Ele recebeu proteção do Grupamento de Apoio à Promotoria (GAP) do Ministério Público após revelar informações do bando ao MP.

 

‘No Brasil, não leram e não gostaram dos meus livros’, choraminga José Sarney

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(Folha Ilustrada)

José Sarney, 85, ex-presidente do Brasil, ex-governador do Maranhão e senador cinco vezes por dois Estados (a terra natal e o Amapá), não quer que a literatura seja uma letra morta em sua trajetória.

Atualmente, trabalha em duas obras: suas memórias e seu quarto romance, “O Solar dos Tarquínios”, que acabará “se Deus me der alguns anos de vida”. A ficção fala sobre uma família incapaz de morrer. Em 2014, a filha, Roseana Sarney, renunciou ao governo maranhense, pondo fim a um ciclo de quase 50 anos do clã no poder local.

Sarney é imortal. Ocupa a cadeira 38 —que já pertenceu a Santos Dumont e Graça Aranha— na Academia Brasileira de Letras desde 1980. Ao ganhá-la, discursou sobre “um sonho que se realizou e, como diz Jorge Luis Borges, quem realiza um sonho, constrói uma parcela de sua própria eternidade”.

Em 25 de outubro de 1996, o amigo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) enviou uma carta manuscrita com elogios ao então presidente do Senado. Era “monumental” a edição francesa de “O Dono do Mar”, livro povoado por seres como Querente, que flutua pelo mar há 400 anos, e Zé do Casco, o violador de pescadores distraídos.Sarney quer ser eterno. Não pela política, que praticou ao longo de 60 anos e sete partidos (é do PMDB desde 1984), mas por obras com pitadas de realismo fantástico como “Saraminda” –a mulata dos “bicos dos seios amarelos como ouro bruto”, de pontas “altas, duras, roliças, que faiscavam como tição”.

Já Millôr Fernandes (1923-2012) definia “Sir Ney” como autor de obras que seriam “motivos para impeachment”.

Sarney diz que “há mais de 30 anos não nasce um grande romancista”. Quanto a ele, paciência. “Quando o tempo afastar o político, o trabalhador das letras vai aparecer.”

MÁ VONTADE

Na quarta-feira (22), a dois dias de completar 85 anos, recebeu a Folha em seu escritório em Brasília, decorado com um crucifixo na parede e uma Bíblia na mesa.

“O presidente não está querendo dar entrevistas por esses dias, mas talvez abra uma exceção para falar de literatura”, explicou o assessor antes de combinar a entrevista.

Exceção aberta. Por uma hora, o ex-presidente e fã de “Dom Quixote” falou sobre sua saga literária, pouco conhecida no país que presidiu. “Havia má vontade. Não viam o escritor, viam o político.”

Sarney tomou gosto por biografias políticas –recentemente leu as de Getúlio Vargas, Josef Stálin e Tancredo Neves, fora “O Capital no Século 21”, de Thomas Piketty.

Sua própria passagem pelo cargo mais alto no país foi conturbada, diz. “Ninguém sabia, mas atravessava um período de grande depressão quando assumi a Presidência. Não passei pela crise dos 50 anos. Mas de repente, com 52, me surgiu. Era uma cobrança que fazia a mim mesmo do que tinha feito da minha vida.”

A cura veio pelas letras. Emposta a voz para recitar o poema “Garça Negra”: “Garça negra/ asas de fogo e silêncio/ noites de tédio e de calmantes/ não me busques”. “O Carl Jung dizia que todos morremos frustrados por não termos tido a vida que queríamos.”

*

Folha – Jorge Amado disse certa vez que “José Sarney é um escritor a quem o político José Sarney tem causado graves prejuízos”. Concorda?

José Sarney – O Napoleão dizia que política é destino, literatura, vocação. Eu me lembro da definição do Ernesto Sabato sobre literatura como antagonista da realidade. Mas a política tem dos dois. Teve a morte do Tancredo Neves [em 1985, antes de assumir a Presidência, abrindo espaço para ele, vice], em que a realidade imitou a ficção.

Arrepende-se de ter privilegiado destino e não vocação?

Olhe, se Deus tivesse me perguntado se eu queria ficar com a literatura ou a política, teria escolhido a literatura. Não passou um dia sem que eu não tivesse um convite de noivado para a literatura. Calculo que passei 25% da vida lendo ou escrevendo. Não tenho nenhum outro hábito: não cultivo esporte, não costumo ir a cinema, teatro, não frequento restaurantes, não sou de dar recepções em casa.

Terminou sua autobiografia?

Estou na fase de revisão, pois ela foi escrita durante muitos anos [desde 2003]. Sendo um intelectual, com o privilégio de participar da história do Brasil como assistente e até mesmo protagonista, não compreenderia se não deixasse um depoimento da minha visão do poder.

Pensei [no título] “Boa Noite, Presidente”. Adotei uma técnica para escrever. O primeiro capítulo sobre a noite da doença do Tancredo. O segundo, meu nascimento. O terceiro, meu governo… No fim, as partes se encontram.

O senhor escreveu obras de realismo fantástico, como “Saraminda”. Encontrou na vida alguém tão mágico?

É fácil criar um drama que seja uma cópia da realidade. Difícil é criar um personagem. Eu consegui. De tal maneira me liguei a Saraminda que a minha mulher [dona Marly] dizia que já estava com ciúmes dela. “Você não larga essa mulata de jeito nenhum.”

E como achou sua musa?

Fui até Caiena [capital da Guiana Francesa] pesquisar para o livro. Passa uma mulata muito bonita, e eu me senti seduzido. Ela, Saraminda, passou a existir. Arrematada no leilão de prostitutas onde o Cleito Bonfim pagou dez quilos de ouro por ela [no enredo do romance]. Seus seios tinham os bicos de ouro.

Seus críticos sempre citam esse “erotismo light” na obra.

Descartes foi o grande filósofo que estabeleceu essa separação da alma e do corpo, embora eu seja católico e acredite que nunca podemos separar os dois. O próprio são Paulo disse: se não tivesse amor, de nada valia a vida.

Desde “A Duquesa Vale uma Missa”, de 2007, o senhor não escreve ficção. Algo à vista?

Comecei “O Solar dos Tarquínios”, história de um sobradão construído junto com essa família que passa a viver muito e não morrer. Queriam, mas não morriam. Era a grande angústia deles.

Tem livro seu até em romeno.

Fui traduzido em 13 línguas e tenho a grande satisfação de ser um dos poucos autores incluídos na Folio [coleção da editora francesa Gallimard, uma das mais importantes na Europa]. Inclusive tive críticas do Lévi-Strauss –tive a felicidade de ter sua amizade.

Já no Brasil seus livros receberam críticas bem duras.

É aquela história: não leram e não gostaram. Não conheço um grande crítico brasileiro que tenha feito críticas contrárias aos meus livros. Apenas deixei de cultivar a divulgação no Brasil porque havia má vontade. Não viam o escritor, viam o político.

O Millôr Fernandes escreveu que, quando se larga um livro seu, não se consegue mais pegar. Era seu melhor inimigo?

Ele não era crítico literário, ele era humorista.

O senhor acompanha algo da nova literatura brasileira?

Confesso que estou na fase da releitura. Acho que passamos por um período de declínio. Há mais de 30 anos não nasce um grande romancista, poeta, pintor, músico.

E o senhor, onde está?

Acho que quando o tempo afastar o político um pouco, a figura do trabalhador das letras vai aparecer.

O que acha de biografias não autorizadas? Tem a de Palmério Dória sobre os Sarney (“Honoráveis Bandidos”).

Sou a favor da publicação de biografias, quaisquer que sejam. [A do Dória] não é biografia. É sobre políticos interessados em destruir imagens das pessoas.

Comemora os 85 anos?

Agora não comemoro mais nem o mês nem o ano, e sim os dias. Minha mãe, quando morreu, deixou uma carta. A primeira coisa que disse: “Tive até um filho que foi da Academia Brasileira de Letras”. No Maranhão, quando se nasce, ninguém pensa em ser presidente, mas todos pensam em ir à Academia.

As parteiras já conhecem o choro dos meninos: “Academiiiiiiia”. Ninguém sabe, mas quando assumi a Presidência, atravessava um período de grande depressão.

Não passei pela crise dos 50 anos. Mas de repente, com 52, me surgiu essa depressão. Era uma cobrança que fazia a mim mesmo do que tinha feito da minha vida.

O Carl Jung, ao contrário do Freud, dizia que todos morremos frustrados por não termos tido a vida que queríamos.

Preso morre estrangulado em Pedrinhas

 

Um detento foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira, 27, na Casa de Detenção (Cadet), do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.

O preso, identificado por João Batista Veloso Santos, foi encontrado morto na cela 3 do pavilhão F da Cadet, no chão próximo a um lençol com o qual pode ter sido estrangulado.

O Instituto de Criminalística (Icrim) confirma que a morte do detento foi causada por estrangulamento.

 

E-mail pra dona Bibi

 

Oi, minha gata, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontrá-la na santa paz  do Criador por aí. Por aqui, morena, o grande siribolo que surgiu nos últimos dias, diz respeito a uma novidade aprovada pela Comissão de Constituição de Justiça do Senado, que cria o voto distrital para vereadores em cidades com mais de 200 mil eleitores e extingue as coligações proporcionais.

Tá provocando frio na espinha de vereadores, porque aí, seriam criados 31 distritos eleitorais na capital, com cada um elegendo seu vereador. Da forma que está o sistema eleitoral, neguinho conquista voto do Itaqui/Bacanga à Vila Olímpica e pronto.

Para deputado, o novo sistema também deixará muitos dos atuais deputados de pijama, em casa. Conheço caso de deputado que foi votado da região da Baixada até ao sul do Maranhão.

A  ex-deputada Helena Barros Helluy, por exemplo, quando do seu primeiro mandato, conquistou votos em todos os 2017 municípios maranhenses. Com o voto distrital, isso seria impossível.

Agora, morena, os vereadores de São Luis têm razão quando criticam o fim das coligações, porque essa prática certamente extinguirá os pequenos partidos. Pelo que tenho observado, essa história ainda será tema de muita discussão e oxalá não venha a ficar pelo meio do caminho.

Bem Bibi, essa matéria está em pauta, mas não esfriou a história da Lava-Jato, onde figurões estão presos e o PT está tremendo na base, por conta do seu ex-tesoureiro, o Vaccari Neto, que perdeu o cargo após ir para o xilindró.

De acordo com o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), essa prisão poderá levar até à extinção do PT pelo TSE, algo que teu pretinho aqui não acredita. Mas oposição é para criar embaraços, né não?

Bem, fofura, tua família está bem, com exceção de uma virose que vem botando milhares de pessoas por aqui no estaleiro e que  já atingiu tua neta Lívia, tua nora Elineusa e teu bisneto Filipe. Vamos agora às mais importantes da semana.

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O Extra mancheteou nesta sesta sexta-feira: “ Deputados querem botar com areia grossa no fiofó de Ricardo Murad”. É sobre  a movimentação de deputados governistas para a criação de uma CPI da Saúde.

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Essa CPI seria para apurar supostas irregularidades na Saúde durante o governo de Roseana Sarney, quando Murad comandou a área com toda autonomia.

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Tão dizendo por aqui, morena, que não se pode convidar para o mesmo forrobodó, o deputado César Pires e o suplente de senador Clóvis Fecury, sob o risco de um parangolé daqueles.

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O problema é que César Pires, filiado ao DEM, quer porque quer deixar a sigla, mas Clóvis, um dos principais dirigentes da sigla, quer pedir o mandato se o César sair. A César o que não é de César.

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Na surdina, a ex-governadora Roseana Sarney chegou a São Luis no meio da semana, após ficar fora do Maranhão desde o início de janeiro. Tão dizendo que hoje ela se manda para Brasília, onde também tem residência.

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Um babado daqueles por aqui, minha gata. Tão dizendo que coordenador de importante emissora de radiodifusão por aqui tem misturado seu dinheiro com uma verba  da empresa que é liberado para divulgação de competições esportivas.

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E o Moto Clube, fofura. Ganhou mas não levou. Mesmo tendo derrotado o Sampaio  por 1×0, quem ficou como semifinalista do Campeonato foi o Tricolor de Aço, que havia vencido a primeira partida por 3×1.

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Com esse resultado, o Moto praticamente ficará pulverizado por um bom tempo, já que agora só está na disputa da Copa do Brasil. Seu próximo compromisso é contra a Ponte Preta. Se perder, Adeus…

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A família Franco está de luto. Na última quinta-feira, morreu em São Luis o empresário José Carlos de Almeida Franco, pai do ex-deputado Alberto Franco e do prefeito de Cururupu, Júnior Franco.

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E a dona Dilma com o PT dela continuam aprontando com o povo brasileiro Bibi. Durante a posse dela, em primeiro de janeiro, anunciou uma tal “Pátria Educadora”, à guisa de priorizar a educação.

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Logo em seguida, tirou R$ 7 bilhões da Educação e, em conluio com as bancadas petistas no Senado e na Câmara, aumentou a verba do Fundo Partidário em mais de 300 por cento.

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Tem blogueiro atribuindo a demissão da Assembleia Legislativa a ação da deputada Andrea Murad. Sinceramente, não acredito que a loura oposicionista tenha tanta força perante um grupo adversário de mais de 30 parlamentares.

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Muita gente não entendeu, mas ao perder os embargos no TRE, por unanimidade, esta semana, o prefeito cassado de Raposa, Clodomir Oliveira, na realidade, obteve uma vitória.

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É que os advogados da prefeita Thalyta Laci, estavam manobrando no sentido de retardar a votação dos embargos, a fim de atrasar o recurso do prefeito cassado junto ao TSE.

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Para que os embargos fossem votados, foi preciso manifestação popular na porta da Justiça Eleitoral, o que deixa aquela Corte numa situação desconfortável perante a opinião pública.

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O presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB), enfrentou seu primeiro teste com os próprios colegas. Mandou botar falta em deputados gazeteiros, mas, diante da pressão, mandou pagá-los.

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Os parlamentares são assim, Bibi. Fazem o que querem com o dinheiro público e ainda se acham no direito de receberem sem trabalhar. Triste do país que tem um Parlamento como o nosso.

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Campeão de votos nas últimas eleições, com  quase 100 mil sufrágios, o deputado Josimar de Maranhãozinho está devendo ao eleitorado. Ainda não mostrou para que foi eleito.

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Na realidade, o único projeto de Josimar é uma imoralidade. Quer que  o Detran não recolha ao pátio, veículos cujos proprietários estejam inadimplentes com o IPVA. Prestatenção, Josimar…

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Muita gente tocou foguete por aqui, esta semana, por conta da morte de um conhecido agiota, que jamais teve seu nome envolvido em qualquer problema.

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Bem, minha gata, com essa, vou ficando neste domingo por aqui, na esperança de retornar com mais vigor na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi legal com teu pretinho aqui.

Beijão do filhote amado

Djalma

 

Gil e Glalbert Cutrim participam de Ação Social no Turiúba

 

 

Prefeito e deputado também visitaram obras que estão sendo executadas pela prefeitura ribamarense no Residencial, dentre elas uma UBS, um CRAS e uma Creche Municipal.

glal e gil 1

glal e gil 2O prefeito Gil Cutrim e o deputado Glalbert Cutrim (PRB) participaram, neste sábado (25), de uma grande Ação Social realizada no Residencial Turiúba, conjunto habitacional localizado na sede do município de São José de Ribamar e onde residem mais de quatro mil famílias.

Promovido pela prefeitura ribamarense e União dos Ministros Associados de Ribamar (Unimar), o projeto foi desenvolvido no anexo da Escola Municipal São José dos Índios e reuniu centenas de moraglal e gil 3dores, que tiveram acesso a serviços diversos, principalmente na área da saúde (exames preventivos, consultas clínicas, emissão de carteira do SUS, verificação de pressão arterial, teste de glicemia, aplicação de flúor, distribuição de kis odontológicos, vacinação para crianças e adultos, dentre outros).

O prefeito e o deputado conversaram diretamente com a comunidade e receberam manifestações de carinho e apoio, em especial pelo fato de terem conseguido, junto ao governador Flávio Dino (PC do B), a reativação do convênio entre estado e município, cujos recursos serão utilizados no asfaltamento e urbanização da Estrada que liga a MA – 201 (nas imediações do posto Maracajá) ao Residencial. As obras, de acordo com a Secretaria de Estado das Cidades, terão início tão logo passe o período chuvoso.

“Essa luta [retomada do convênio] foi do prefeito Gil e do deputado Glalbert que, desde o início do ano, estavam solicitando ao governador. Felizmente, estes dois políticos conseguiram a liberação dos recursos que serão empregados na pavimentação da Estrada após o período chuvoso. Só temos que agradecer o empenho do prefeito e do deputado”, afirmou a dona de casa Maria do Socorro Bispo, moradora do Turiúba.

Obras – Acompanhados de várias outras lideranças políticas e comunitárias da cidade, Glalbert e Gil Cutrim também visitaram obras que estão sendo executadas pela prefeitura ribamarense no conjunto habitacional.

Já estão com suas estruturas físicas prontas – faltando apenas o mobiliário – uma Unidade Básica de Saúde, uma Creche Municipal e um Centro de Referência da Assistência Social. Os três novos equipamentos públicos serão entregues aos moradores no fim deste primeiro semestre ou começo do próximo.

“Os moradores do Turiúba contam com uma administração municipal participativa e voltada para atender aos anseios da comunidade. E na Assembleia Legislativa, continuarei trabalhando para trazer mais benefícios para o povo de São José de Ribamar e demais municípios da Ilha”, garantiu o deputado.

Gil Cutrim agradeceu o apoio do parlamentar, da classe política ribamarense e da população do município. De acordo com o prefeito, apesar das dificuldades financeiras pelas quais passam todas as cidades brasileiras, São José de Ribamar vai continuar crescendo e se desenvolvendo.

 

 

Filiação de Luis Fernando ao PSDB foi demonstração de força política

Brandão abona ficha de filiação de Luis Fernando, acompanhado pelo governador Flávio Dino

Brandão abona ficha de filiação de Luis Fernando, acompanhado pelo governador Flávio Dino

 

Prestigiado pelas principais forças políticas do  Maranhão, num evento que lotou o auditório  do Rio Poty Hotel, neste sábado, o ex-prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva se disse extremamente emocionado, ao assinar sua ficha de filiação ao PSDB, com direito a um discurso elogioso do governador Flávio Dino.

-Temos aqui um político extremamente competente e um técnico que já deu demonstrações de toda a sua capacidade. O grupo adversário nos deu na realidade foi um presente, já que nos deu um craque-, afirmou o governador, em referência ao fato de Luis Fernando ter pertencido ao PMDB, onde foi pré-candidato ao governo até renunciar à candidatura, ano passado, antes da convenção e abandonar o grupo Sarney.

O ato de filiação foi comparado a uma convenção. Luis Fernando chegou ao local acompanhado do ex-prefeito João Castelo, por quem foi saudado durante a filiação.

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB), destacou a importância da filiação do ex-prefeito de São José de Ribamar no partido tucano, ilustrando as  suas qualidades como técnico e como político. A um grupo de amigos, Castelo lembrou que, quando foi governador do Estado, Luis Fernando  foi seu auxiliar.

Saudado como o futuro prefeito de São José de Ribamar por uma numerosa plateia, o mais novo tucano concedeu entrevistas no hall do hotel, confirmando sua disposição em disputar a Prefeitura daquela cidade no próximo ano.

Além do governador Flávio Dino e do vice-governador Carlos Brandão, políticos das mais diferentes correntes políticas prestigiaram o ato de filiação de Luis Fernando, a exemplo do presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho (PDT), do senador Roberto Rocha (PSB), o prefeito de Tuntum, Cleomar Tema (PSB), deputados federais Pedro Fernandes (PTB) e Waldir Maranhão (PP), deputados estaduais  Antonio Pereira (PMDB) e Eduardo Braide (PHS), o ex-ministro do Turismo, Gastão Vieira (PROS),  vereadores José Joaquim, Gutemberg Araújo e Eidimar Gomes  do PSDB, Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Josué Pinheiro (PSDC).

Caravanas de vários municípios também estiveram participando do evento.

Na concepção do prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, a filiação de Luis Fernando ao PSDB fortalece não apenas o partido, mas o grupo governista, sob o comando do governador Flávio Dino.

“O Luis Fernando é um homem da elite técnica do Maranhão  e um gestor de extremada competência. Mostrou isso como governador e como secretário de Estado. Chegou ao grupo para somar e está sendo muito recebido por todas as correntes. Isso aqui é uma verdadeira festa democrática, para receber uma grande liderança”, afirmou Cleomar Tema.