Aluízio Mendes era informante da família Sarney dentro da Polícia Federal

fernando sarney e aluísio mendes

 

Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo

O empresário e vice-presidente da CBF Fernando Sarney, que assume o lugar de Marco Polo del Nero como representante da entidade junto a Fifa, tem em sua biografia passagens policiais e investigações criminais que, se não levaram a nenhuma condenação judicial definitiva, suscitaram perguntas que ainda carecem de respostas.

Informações privilegiadas sobre investigações policiais, evasões de divisas, cerceamento de liberdade de imprensa e ilícitos eleitorais estão entre as denúncias desabonadoras da vida do filho do ex-presidente da República José Sarney. Fernando Sarney nega boa parte das acusações contra ele. As quais não negou, se deu ao direito de se manifestar apenas no processo.

Veja, abaixo, um resumo dos principais casos envolvendo o mais novo membro do comitê executivo da Fifa.

O histórico de Fernando Sarney

 

 

O informante dentro da Polícia Federal

 

Entre 2007 e 2010, Fernando Sarney e outros membros de sua família foram investigados dentro de um inquérito da Polícia Federal que apurava evasão de divisas dos cofres públicos maranhenses. O empresário chegou a ter seu telefone grampeado – com autorização judicial – pela PF.

Uma série de conversas interceptadas pelo grampo mostra que um policial federal utilizou seus contatos para repassar a Fernando Sarney os detalhes das investigações. O empresário era informado sobre diligências e campanas contra funcionários de suas empresas e outras operações de busca e investigação dos policiais, para que pudesse evitar flagrantes e apreensões de documentos importantes.

Na época, Sarney disse que se tratava de vazamento de informação sigilosa e que não iria se pronunciar a não ser no processo.

Veja, abaixo a transcrição de uma dessas conversas entre Sarney e o policial Aluizio Guimarães Filho, que depois veio a ocupar um cargo no governo estadual do Maranhão, quando este era administrado pela irmã de Sarney, Roseana. Hoje, Aluízio é deputado federal.  No diálogo, os dois falavam sobre uma campana da PF contra um funcionário de Fernando Sarney:

Fernando: Tu tens alguém nessa área lá?

Aluizio: Eu tô ligando pra um colega meu agora. (?) Tem um delegado amigo meu de lá, mas eu não tou conseguindo.(?)

Fernando: Então, vamos arrumar alguém.

Aluizio: Eu já botei alguém no circuito e vou ter informações do que está acontecendo.

Fernando: Ele tá lá entocado, tá? Ele não tem problema.

Aluizio: Não precisa ficar entocado. Eles não podem subir porque eles não têm mandado de busca. Querem pegar ele na rua pra dar uma pressão nele.

Evasão de divisas e formação de quadrilha 

Em julho de 2007, Fernando Sarney foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação, entre outros crimes, de falsificar documentos para favorecer empresas em contratos com estatais. Fernando foi o principal alvo da Operação Boi Barrica (renomeada posteriomente para ‘Faktor’), criada em 2006 para investigar suspeitas de caixa dois na campanha de Roseana Sarney ao governo do Estado. Às vésperas da disputa, ele havia sacado R$ 2 milhões em dinheiro.

O empresário foi indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Pela investigação, o órgão mais beneficiado pelos crimes foi o Ministério de Minas e Energia — então controlado politicamente por seu pai, José Sarney.

Fernando Sarney sempre alegou inocência no caso, e o processo segue até hoje, correndo sob segredo de Justiça.

 

O “Grupo Poli 1978”

 

Em 2008, a Polícia Federal passou a investigar uma suposta quadrilha liderada por Fernando Sarney, apelidada de “Grupo Poli 1978”. O nome era uma alusão ao ano e ao local (Escola Politécnica da USP) em que seus membros haviam obtido o diploma universitário de engenharia.

Segundo a PF, o grupo, liderado por Fernando Sarney formava uma “organização criminosa” instalada no interior da administração federal. Eles seriam responsáveis pela manipulação de concorrências públicas, desvio de dinheiro de obras estatais e “manutenção de negócios à sombra do Estado”.

Cópias de contratos, e-mails e relatórios de conversas telefônicas obtidos pela PF dariam detalhes sobre operações financeiras em paraísos fiscais do Caribe e na China, envolvendo recursos não declarados ao Imposto de Renda.

Quando o caso veio à tona, Fernando Sarney disse que as operações financeiras citadas pelos policiais federais faziam parte de sua rotina comum de empresário, que administrava um dos grandes grupos de comunicação do Nordeste brasileiro, com uma emissora de TV, um jornal e cinco emissoras de rádio.

O processo segue até hoje, em segredo de Justiça.

Censura no Estadão

Em 31 de julho de 2009, o jornal “O Estado de S.Paulo” foi proibido de publicar notícias baseadas em investigações da Polícia Federal sobre denúncias de ilícitos praticados pelo empresário maranhense Fernando Sarney. O filho do ex-presidente conseguiu obter, na Justiça maranhense, uma ordem que proibia o jornal paulista de publicar qualquer coisa sobre ele e sua família que fossem relacionadas a investigações da PF sobre os Sarney.

O Estadão, então, apelou contra a decisão. Quando o processo chegou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), tendo deixado, portanto, a jurisdição do tribunal do Maranhão, o empresário resolveu renunciar de seu pedido.<br.
A justificativa foi a de que ele estava sendo mal interpretado, que havia entrado com o pedido de restrição de publicação para preservar sua intimidade e de sua família, mas que sua ação estava sendo vista como censura, algo que ele considera “repugnante.

Polícia Federal confirma legalidade das licitações na gestão Marcos Pacheco

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As licitações na gestão Marcos Pacheco ocorreram de acordo com o que prevê a lei

Em uma tentativa de envolver a atual gestão da Secretaria de Saúde do Maranhão (SES) nos escândalos, que resultaram na operação “Operação Sermão aos Peixes”, pela Polícia Federal (PF), a mídia ligada ao indicado como mentor dos crimes, o ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, cunhado da então governadora Roseana Sarney, tenta deturpar informações contidas nos relatórios da investigação.

No relatório da Polícia Federal, em poder de alguns profissionais da imprensa, verifica-se que a operação “Sermão dos Peixes”, que apurou e constatou o desvio de R$ 1,2 bilhão na SES, na gestão Ricardo Murad, em nenhum momento investigou o governo Flávio Dino.

Ao contrário do que tenta passar os representantes do que restou do grupo Sarney, ao monitorar Ricardo Murad, a PF descobriu que as licitações na gestão Marcos Pacheco ocorreram exatamente de acordo com o que prevê a lei, sem direcionamento. Ou seja, fica claro a legalidade dos processos.

Mas na ânsia de confundir a opinião pública e jogar nuvem de fumaça na investigação, setores da mídia sarneysista se encarregaram de divulgar apenas um trecho do relatório onde nas escutas alguém garante que o Instituto Cidadania e Natureza (ICN) ficaria com as administrações dos hospitais Carlos Macieira e Tarquinho Lopes.

No entanto, no mesmo relatório, a Polícia ratifica que os dois hospitais de referência não ficaram com o ICN, conforme foi dito pelos investigados em seus diálogos. A PF também investigou e constatou que aquilo que foi dito nas gravações de que o Instituto ficaria com estes hospitais de referência, não se concretizou.

COFEA investiga conduta de engenheiros maranheses, por venda de ART’s

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Representantes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (COFEA)

Representantes do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (COFEA) estão em São Luís para investigar denúncias de irregularidades nas emissões de Art – Anotação de Regularidade Tecnica- concedido sem vistoria, para o funcionamento do Golden Park em São Luís, assinada por oito engenheiros da entidade.

A comissão é composta por dois engenheiros agrônomos e um advogado. Eles permanecem até sexta feira, 27, para ouvir 14 pessoas envolvidas na investigação. A comissão quer saber se houve falha no cumprimento da legislação profissional, e até que ponto, o CREA-MA está envolvido.

A presença dos membros do COFEA em São Luís é resultado de denuncias protocolado por seis engenheiros do próprio Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão – CREA-MA, por suposta emissões de certidões irregulares, feitas na porta da entidade, sem mesmo precisar de averiguação técnica do profissional.

Cleudson Anchieta, presidente do Crea-MA

Cleudson Anchieta, presidente do Crea-MA

O presidente Cleudson Anchieta, disse que tudo não passa de uma manobra contra a atual gestão do Conselho Regional de Engenharia.

A comissão pretende ouvir 14 pessoas envolvidas no processo. O Golden Park foi palco de um acidente com um dos brinquedos, “o polvo”, que arremessou duas pessoas, em que uma das vítimas acabou morrendo.

Após perícias técnicas feitas pelo Icrim – Instituto de Criminalista – ficou constatado que o brinquedo em questão, não obedecia aos requesitos básico de segurança, e por isso, não poderia fazer parte da atração do parque.

Os donos do estabelecimento alegaram que possuíam uma certidão emitida pelo CREA-MA, que atestava que todos os brinquedos estavam sem nenhuma restrição e liberados para funcionamento.

No documento constavam oito assinaturas, inclusive a do atual presidente, Cleudson Anchieta, um dos investigados pelo COFEA.

Romário admite conta na Suíça na época de jogador

romário

 

Romário voltou a ser alvo de questionamentos sobre ter uma conta bancária na Suíça nesta semana. O senador (PSB-RJ) foi citado em uma suposta gravação pelo advogado de Nestor Ceveró, Edson Ribeiro.

Em entrevista ao jornal O Globo desta sexta (27) o ex-jogador disse que já teve conta no banco suíço BSI. Ainda na manhã desta sexta, Romário se pronunciou pedindo à Procuradoria Geral da República para que as autoridades brasileiras provoquem uma abertura de investigação na Suíça sobre a sua suposta conta bancária.

“Quando eu jogava na Europa, tive conta no BSI. Só não sei o ano”, disse o senador ao jornal. Romário ainda ressaltou não se lembrar ao certo quando a conta foi fechada. “Eu não me lembro, mas acredito que se a conta não é movimentada, ela é fechada automaticamente”, completou o ex-jogador, que atuou na Europa entre 1988 a 1994, quando jogou pelo PSV (Holanda) e Barcelona.

Romário ainda voltou a negar qualquer irregularidade e disse que a citação de seu nome na gravação que levou o senador Delcídio do Amaral (PT) à prisão não passa de “fanfarronice do senador”.

“É fanfarronice dele (Delcídio) ter me colocado nessa história. Em relação ao que o advogado fala, a gente está vivendo um momento diferente no Brasil. Não se pode dar credibilidade a bandido, vagabundo. Ouviram o meu nome na gravação que foge completamente do assunto que esses vagabundos estavam fazendo lá. Estou tranquilo porque eu não devo porra nenhuma a ninguém e não tenho conta na Suíça”, completou.

Romário pediu à Procuradoria Geral da União que a existência de suposta conta na Suíça em seu nome seja investigada. “Solicito que seja oficiado ao Ministério Público Suíço para que instaure procedimento investigatório, a fim de apurar se a suposta conta bancária apontada pela revista “Veja”, como sendo de minha titularidade do BSI, realmente existe e, ainda, se algum existiu, assim como se já houve qualquer movimentação na malsinada conta bancária”, diz trecho do pedido, que pode ser lido na íntegra baixo.

Romário, ainda segundo o advogado no áudio vazado, teria aceitado apoiar Pedro Paulo, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, para suceder Eduardo Paes. O diálogo, que teria sido gravado no início deste mês, foi uma das motivações das ordens de prisão contra Delcídio do Amaral e Edson Ribeiro, cumpridas nesta quarta-feira pela Polícia Federal.

Em entrevista a jornalistas durante o evento-teste de canoagem slalom para a Rio-2016 na quinta (26), o prefeito Eduardo Paes defendeu Romário. “Acho lamentável que essas acusações sejam feitas contra ele quando isso já foi desmentido pelo próprio órgão de imprensa que divulgou essa notícia (revista Veja). Acho que devemos ter respeito pelo senador Romário e a sua história. O que eu ouvi na gravação foi um advogado numa reunião pré-crime fazendo ilações sobre o senador Romário. O senador é um homem sério”, comentou.

“Eu me lembro que teve gente me acusando de ter vazado documentos de uma conta na Suíça do Romário. Agora, vão me acusar de tirar a conta dele. Não vou aceitar essas ilações, até por respeito ao senador Romário. Romário é uma pessoa de sucesso no esporte e na política. Torço muito para ter o apoio dele em 2016, 2018, 2020. Tive a honra de ter apoio dele em 2008 e 2012. Tenho nele uma referência”, completou Eduardo Paes.

Oposição decide levar pedido de cassação ao Conselho de Ética na terça-feira

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A oposição resistiu, mas acabou decidindo encabeçar a apresentação de uma representação no Conselho de Ética do Senado contra o líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS).

Diante da possibilidade de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado na Operação Lava Jato, protelar o acionamento do colegiado para dar início ao processo de cassação do mandato, partidos de oposição decidiram esperar até terça-feira para agir. Antes reticentes, líderes de PSDB, DEM, PPS e Rede conversaram na tarde de ontem e traçaram o “plano B” por “prudência”, como disse um dos líderes.

Aliados de Renan o aconselharam a protelar ao máximo a representação contra o senador preso na manhã de anteontem, após ser flagrado em uma gravação articulando um plano de fuga para Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras preso desde janeiro, para impedir que ele fechasse acordo de delação premiada.

“Se a Mesa não fizer a notificação da decisão do plenário ao Conselho de Ética, vamos fazer na terça-feira”, disse o líder o PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Para ele, não é necessário esperar a denúncia da Procuradoria-Geral da República, pois as provas já reveladas são suficientes para que façam a representação.

Horas antes, no entanto, a postura da cúpula tucana era de cautela. “Estamos aguardando que a presidência do Senado Federal faça o que achar mais adequado”, disse o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), no início da tarde de ontem. Questionado sobre a possibilidade de Renan não acionar o conselho, o tucano disse que, só então, discutiriam o assunto. “[Se Renan não representar,] Aí vamos discutir se nós o faremos, o conjunto das oposições. Mas me parece que este começa a ser consenso no Senado Federal: o comunicado feito ao Supremo chega também ao Conselho de Ética”, afirmou Aécio.

Amizade

Nos bastidores, deputados e senadores de oposição diziam que, por amizade, ninguém queria dar início ao processo de perda de mandato do petista. Considerado “o mais tucano dos petistas”, Delcídio já foi filiado ao PSDB e ocupou uma diretoria da Petrobras durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. “Do ponto de vista pessoal, lamento a prisão do senador Delcídio. Mas, do ponto de vista institucional, ela me pareceu necessária”, afirmou Aécio. “Nem nós da oposição poderíamos imaginar o tamanho dessa máfia, ninguém poderia pensar isso do Delcídio”, declarou o tucano em entrevista à Rádio Jornal, do Recife.

Após reunião da executiva do PSDB, Aécio Neves também cobrou nesta quinta um posicionamento da presidente Dilma Rousseff sobre a prisão do líder de seu governo no Senado. Ele classificou o silêncio de Dilma como algo “extremamente grave e incompreensível” diante das denúncias. “É incrível que a presidente da República não se manifeste, como se não tivesse absolutamente nada ver com isso, como se os delatores presos, réus confessos e já condenados, como o caso do Cerveró, não tivessem sido indicados pelo seu governo.”

O senador se lembrou do período eleitoral para fazer críticas à presidente. “A presidente da República, tão afeita, na época eleitoral, às cadeias de rádio e televisão para comemorar qualquer feito ou suposto feito do seu governo, é incompreensível e reprovável que ela não olhe nos olhos dos brasileiros, em primeiro lugar, para admitir a sucessão de equívocos do seu governo, e, agora, para explicar aos brasileiros a sua responsabilidade em relação a estas denúncias.”

Aécio também reprovou a nota divulgada pela cúpula do PT, eximindo-se de prestar solidariedade ao congressista. “Um dos mais sórdidos documentos que demonstram a falta de coragem de um partido político que é o primeiro a virar as costas para o seu líder”, disse o senador. “A nota lançada pelo PT, além de inoportuna e covarde, como disse o presidente do Senado (Renan Calheiros, PMDB-AL), vai ficar escrito como um dos mais deprimentes momentos deste parido que, na minha avaliação, vive seus estertores”, completou. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

PSL realiza I Encontro Estadual para discutir eleições de 2016 e 2018

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O Partido Social Liberal (PSL), estará realizando, no próximo dia 11 de dezembro, o seu  I Encontro Estadual, que acontecerá das 9 às 13 horas, no auditório Neiva Moreira, na Assembleia Legislativa, com o objetivo de discutir os rumos do partido nas eleições de 2016, mas com foco para o pleito estadual de 2018. A informação é do presidente estadual daquela agremiação política, vereador Francisco Carvalho.

De acordo com Chico Carvalho, a cúpula nacional do partido, representada pelo presidente Luciano Bivar, o primeiro secretário Roberto Siqueira e o coordenador geral, Pedro Clemente, deverá participar do evento, que terá a participação de membros de todos os municípios do Maranhão.

Carvalho destaca ainda que pelas determinações da Executiva Nacional, o PSL no Estado deverá seguir as normas estabelecidas para as próximas eleições. “O PSL não pode ficar o reboque de prefeitos, pois deverá buscar espaço próprio”, destacou.

O vereador disse que o diretório  ou comissão provisória que deixarem de comparecer ao encontro, estarão dando oportunidade à direção estadual para que faça as devidas substituições nesses núcleos partidários.

O dirigente partidário assinala que cada diretório e cada comissão provisória terão de fazer respeitar a fidelidade partidário e fortalecer a sigla. “Não podemos ficar como meros coadjuvantes nas disputas eleitorais. O PSL tem musculatura política no Maranhão e nosso objetivo é exatamente nos fortalecermos para embates futuros, cada município tem que ter um projeto político de poder”, resumiu Francisco Carvalho.

Pai do Collor matou colega do Senado com tiro no meio do plenário, mas não foi preso

senado

 

Arnon de Mello, senador e pai do hoje ex-presidente da República e também senador, Fernando Collor de Mello, sacou uma arma no meio plenário do Senado na tentativa de matar seu desafeto político, o senador Silvestre Péricles. Mas de três tiros, apenas um foi fatal e acertou outro colega da casa, o senador José Kairala que morreu 5h depois.

O fato ocorreu em 4 de dezembro de 1963 e nos ajuda a imaginar o clima político 127 dias antes do Golpe Militar de 64.

Arnon, entretanto, não foi preso pois manteve sua imunidade parlamentar já que não teve seu mandato cassado no Senado após o ocorrido.

O alagoano também foi escritor além de jornalista de sucesso, advogado e político. Seu primeiro livro, “Os sem trabalho da política” de entrevistas com parlamentares depostos na Revolução de 30, teve o prefácio escrito por Jorge Amado.

Começou a participar de campanhas políticas em 1934. Fundador da UDN de oposição ao Estado Novo, foi eleito governador de Alagoas em 1950 após o fim do regime com a deposição de Getúlio Vargas.

Fazia parte do PDC na época do homicídio e foi senador pela ARENA e depois pelo PDS, partidos governistas, até a sua morte aos 72 anos em 1983, dois anos antes do fim da Ditadura Militar.

Hoje, o senador dá nome a um dos conglomerados de comunicação do país, a Organização Arnon de Mello, em Alagoas.

Já o sogro de Arnon e avô de Fernando Collor, Lindolfo Collor, não tinha as mesmas preferências políticas que o homem que casou com a sua filha, Leda Collor. Lindolfo foi um dois líderes da Revolução de 30 e o primeiro ministro do trabalho no Brasil no governo de Getúlio Vargas.

Foi o senador Arthur Virgílio Filho, pai do atual líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto, que estava conversando com Silvestre Péricles antes do homicídio em 1963, informa também o Estadão. Já o senador João Agripino, tio do atual líder do DEM, José Agripino, foi quem agarrou Péricles na tentativa de tirar a arma que este também trazia para atirar em Arnon de Melo. José Karaila acabou tendo o intestino atravessado por uma bala ao tentar ajudar o colega.

Comando do PT decide pela expulsão de Delcídio

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O comando do PT deverá expulsar o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Segundo integrantes da cúpula do partido, a tendência é pela desfiliação do parlamentar, preso pela Polícia Federal sob acusação de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

A expulsão será debatida em reunião da Executiva Nacional na semana que vem.

 

Como será convocada às pressas, a data ainda não foi fixada. Existem dois ritos em análise: o afastamento sumário ou a expulsão apenas após toda a tramitação de um processo no conselho de ética.

 

O presidente da sigla, Rui Falcão, deu a senha para o afastamento quando minimizava críticas à nota em que negou solidariedade a Delcídio : “Não há divisão. Expressei minha opinião. Essa opinião será debatida com maior profundidade, inclusive com consequências práticas”.

 

Presidente do PT de São Paulo, o ex-prefeito Emídio de Souza defendeu publicamente a expulsão. “Se não, a opinião pública nos confunde com atos delituosos”, alegou.

 

A medida é defendida pela segunda maior força do PT, a Mensagem. O secretário de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, prega o afastamento sumário de Delcídio.

 

Além de Emídio, a ideia tem adeptos na maior força do PT (CNB). Mas enfrentará a resistência do líder da sigla no Senado, Humberto Costa (PE).

 

Com direito a assento na executiva, ele criticou nesta quinta-feira (26) a decisão de Falcão de divulgar nota dura contra Delcídio.

 

A divulgação da nota abriu um racha entre o comando do partido e sua bancada no Congresso, que reclama de não ter sido previamente consultado sobre seu teor.

 

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) também criticaram a nota.

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se manifestou sobre a expulsão. Mas admitiu, nesta quinta-feira (26), que a prisão de Delcídio desestabiliza o governo e leva a crise para o Palácio do Planalto. Dizendo que Delcídio fez uma “coisa de imbecil”, Lula lamentou que a detenção tenha ocorrido num momento em que considerava praticamente debelado o movimento pelo impeachtment da presidente Dilma.

 

A avaliação foi feita durante almoço na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo.

 

Segundo participantes, Lula se disse perplexo com a “burrada” de um homem tão sofisticado. Ele afirmou que cada um deve se responsabilizar pelos seus atos, sem que o governo seja contaminado.

 

O instituto Lula negou, por intermédio de sua assessoria, que o ex-presidente tenha usado a expressão “coisa de imbecil” para se referir à atitude de Delcídio. A informação foi confirmada por dois participantes do almoço com Lula.

 

Presente ao almoço, o ex-prefeito de Guarulhos Sebastião Almeida conta que Lula manifestou preocupação com as taxas de desemprego.

Polícia captura casal e “El Berite” é encerrada com nove prisões

Secretário Jefferson Portela, ao lado do delegado geral Augusto Barros e do superintendente da Seccor, Lawrence Pereira em coletiva na sede da Secretaria.

Secretário Jefferson Portela, ao lado do delegado geral Augusto Barros e do superintendente da Seccor, Lawrence Pereira em coletiva na sede da Secretaria.

Em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (26), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSPMA) apresentou as duas últimas pessoas presas pela operação El Berite II, que investigou desvio de recursos públicos em Bacabal para pagamento de agiotas. O casal Charles da Silva Viegas e Maria José Viegas – proprietários da empresa El Berite, que distribuía o dinheiro desviado – foi preso em São Paulo (SP), em ação conjunta entre as Polícias Civis do Maranhão e de São Paulo. A operação foi concluída com a prisão preventiva de nove pessoas envolvidas. Durante a entrevista, os delegados também anunciaram a prisão do ex-secretário de Finanças de São Mateus, Washington de Oliveira, por tentativa de peculato no município.

 

O trabalho, conduzido pela Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor), foi destacado pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela. “O dinheiro público deve ser aplicado para fins públicos previamente definidos e não para pessoas enriquecerem. Não se pode ficar rico às custas da saúde pública, da merenda escolar ou da construção de moradias, de modo imoral. Essa cultura maligna tem que acabar. Por isso, o governador Flávio Dino decidiu pela criação da Seccor, que agora foi ampliada e conta com mais delegados, investigadores e escrivães, que prosseguirão e intensificarão o trabalho de combate à corrupção”, enfatizou Portela. “A ordem é investigar, prender os responsáveis e recuperar para o erário público o que foi desviado”, completou.

 

A prisão do casal foi articulada pela Polícia Civil do Maranhão e operacionalizada pela Polícia Civil de São Paulo. Charles e Maria José Viegas já tinham residência estabelecida na capital paulista e eram alvo da investigação, que os localizou e prendeu. Eles responderão, dentre outros crimes, por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e ocultação de bens. A investigação constatou que a empresa El Berite, que nomeia a operação desencadeada pela Seccor, desviou R$ 4,5 milhões e pulverizou o dinheiro para agiotas, servidores públicos e vereadores. A empresa recebia recursos públicos sem qualquer tipo de contrato com a Prefeitura de Bacabal.

 

De acordo com o presidente da Comissão de Agiotagem, delegado Roberto Fortes, a última etapa da operação conclui um dos 42 inquéritos iniciados ainda em 2012, com a Operação Detonando. Naquela ocasião, a Polícia localizou vasta documentação e cheques de prefeituras no estouro de cofre na casa do pai do agiota Gláucio Alencar, José Miranda.

 

Este mês, a Operação El Berite II já havia prendido mais sete pessoas: o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, e dois de seus auxiliares na gestão municipal, o ex-tesoureiro, Gilberto Ferreira, e o ex-secretário municipal Aldo Araújo de Brito, além de Josival Cavalcanti, conhecido como agiota pelo apelido de Pacovan, e sua esposa Edna Pereira; e Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP ou Imperador. O agiota Gláucio Alencar foi alvo do sétimo mandado de prisão, acusado de ter recebido dinheiro advindo do esquema, mas já estava preso por ser o mandante do assassinato do jornalista Décio Sá. Ao todo, 17 pessoas foram indiciadas na Operação El Berite II.

 

Também participaram da coletiva de imprensa o delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros, e o superintendente da Seccor, Lawrence Pereira.

 

Operação São Mateus

 

O delegado Leonardo Bastian, que integra a Seccor, informou que o ex-secretário de Finanças de São Mateus e contador do Município, Washington José Oliveira Costa, também teve prisão preventiva cumprida em operação de combate à corrupção no município. Dois cheques no valor de R$ 110 mil, com a assinatura de Washington, haviam sido apreendidos antes do saque. Durante o interrogatório, o contador assumiu ter dado os cheques a Josival Cavalcante Silva, o Pacovan, que teria exigido o pagamento de uma dívida pessoal de Washington com cheques da Prefeitura de São Mateus. Washington de Oliveira e Pacovan foram indiciados por tentativa de peculato.

 

Presidente da Assembleia Legislativa do MA está internado no Sírio Libanês

Humberto Coutinho luta contra um câncer no intestino há dois anos.
Deputado está no Hospital Sírio Libanês e aguarda parecer médico.

Humberto Coutinho, presidente da Assembleia Legislativa do MA (Foto: De Jesus / O Estado)Humberto Coutinho, presidente da Assembleia Legislativa 

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Humberto Coutinho, foi submetido a exames de rotina no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), onde foi constatada uma nova lesão no intestino grosso.

Coutinho foi diagnosticado com câncer no intestino há quase dois anos. Foi operado e se recupera bem. O deputado será submetido a novos exames para que a junta médica, coordenada pelo médico Paulo Hoff, possa decidir se adotará intervenção cirúrgica ou quimioterápica.

O presidente da AL segue internado no hospital paulista acompanhado da esposa,  dos filhos e familiares. A assessoria de comunicação da AL informou que assim que for definido qual procedimento será adotado para combater a doença novas informações serão repassadas.

NOTA
O Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Humberto Coutinho, submeteu-se a exames de rotina no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), nos quais foi constatada uma nova lesão no intestino grosso.

A junta médica que o atende, coordenada pelo médico Paulo Hoff, pediu novos  exames para decidir se adotará intervenção cirúrgica ou quimioterápica.

Humberto Coutinho encontra-se no hospital paulista acompanhado da sua esposa, Dra. Cleide Coutinho, dos filhos George e Geórgia e de familiares. Assim que a junta médica decidir o procedimento adequado para o tratamento do deputado, serão dadas novas informações.