O governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), usou as redes sociais para criticar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele, que é ex-juiz federal e um dos principais defensores do mandato da petista, criticou “banalização do título de jurista”.
Em publicação no seu perfil de uma rede social, ele afirmou que o termo jurista “não é título compatível com quem anda defendendo qualquer absurdo”. O comunista se referia a Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior, autores do pedido de afastamento da presidente e que foram ouvidos ontem em sessão da comissão especial do Senado.
Os dois sustentaram a continuidade do processo. Enquanto a advogada negou negando ser filiada a partido político e afirmou que o processo não tem caráter partidário, Reale Júnior classificou Dilma como centralizadora e afirmou que ela tinha conhecimento sobre a gravidade da situação das contas do país.
No pedido contra a presidenta estão pontos como a edição de créditos suplementares sem autorização do Legislativo. Segundo Reale, esta prática, que ocorreu desde 2013, configura crime de responsabilidade e sustenta o afastamento.
O presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que o dia foi “pesado mas proveitoso” e que a participação dos senadores demonstrou a importância dos convidados. Para a base aliada, os depoimentos não trouxeram novidades.