Waldir Maranhão (PP-MA) foi citado pelo doleiro Alberto Youssef por suposto recebimento de propina 

Por: Zero Hora

Assim como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado federal Waldir Maranhão(PP-MA) também é investigado na Operação Lava-Jato. Com o afastamento do peemedebista da Câmara, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, o parlamentar nordestino assumirá o posto de presidente da Casa.

Aliado de Cunha, Maranhão foi citado pelo doleiro Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados pelo esquema de propinas de contratos da Petrobras. Ao Ministério Público Federal, Youssef disse que o parlamentar recebia de R$ 30 mil a R$ 150 mil por mês da cota do partido.

Posteriormente, em depoimento à CPI da Petrobras, o doleiro reafirmou as acusações. Com base nas declarações de Youssef, Maranhão tornou-se alvo de abertura de processo por quebra de decoro.

Em abril, o parlamentar nordestino virou notícia ao mudar o seu posicionamento sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Passou a apoiar a petista e, na votação em plenário, não escapou das vaias dos colegas de Casa.

Também no mês passado, o deputado voltou aos holofotes ao decidir limitar a investigação no Conselho de Ética sobre Cunha. Com a medida, Maranhão desejava que o peemedebista fosse investigado apenas sobre a suspeita de que teria contas bancárias secretas no Exterior e de que teria mentido sobre a existência delas, e não pelas acusações de recebimento de propina.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, a Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara informou que o deputado, até então vice-presidente da Casa, assumirá automaticamente a presidência interina da Câmara, após ser notificado pelo STF da decisão. Por isso, não haverá nenhum ato formal de posse.

Médico veterinário, Maranhão foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2006, ainda pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Cinco anos depois, em 2011, filiou-se ao PP, no qual foi reconduzido à Câmara em mais duas eleições.