Waldir Maranhão pode perder o posto após cinco sessões

waldir maranhao

 

Horas após a notícia da suspensão do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliados do peemedebista e partidos do chamado “centrão” discutiram uma proposta para emplacar imediatamente o sucessor do peemedebista no Comando da Câmara.

A Folha conversou com vários líderes partidários que participaram de reunião no gabinete da Liderança do PP na Câmara, encontro que contou com a presença inclusive dos principais partidos de oposição.

 

A ideia é encontrar uma solução jurídica que impeça a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA), o primeiro vice, no comando da Câmara e que leve a novas eleições no prazo de cinco sessões.

Com isso, o candidato de cunhistas e do centrão (PP, PR, PTB, PSD, PRB e outros partidos nanicos) seria o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), presidente da comissão que aprovou a autorização para o impeachment de Dilma Rousseff.

Rosso cumpriria o mandato tampão até janeiro de 2017 e, após isso, ingressaria em um ministério do governo de Michel Temer (PMDB), possivelmente Cidades.

Essa proposta foi levada nesta quinta-feira (5) a Temer, no Palácio do Jaburu, pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). A aliados, Paulinho, como é conhecido, disse que o vice-presidente recebeu bem a proposta.

A Folha não conseguiu falar com a assessoria de Temer no final da tarde desta quinta.

Integrantes de partidos de oposição ouvidos pela Folha, porém, afirmaram que não vão participar desse acordo, embora reconheçam que os aliados próximos de Cunha mais os partidos do “centrão” tem maioria suficiente hoje na Câmara.

Rosso negou “com veemência” que tenha sido procurado ou que tenha discutido essa possibilidade. Ele afirmou inclusive que irá apresentar um projeto de lei que proíbe presidente e relatores de comissões de impeachment de participar de governos que resultem desses processos.

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