Depois da prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, também são alvos de buscas a sede nacional do PT, em São Paulo, e a sede do partido em Brasília. Ao chegar à sede nacional, a polícia só encontrou porteiros, já que os funcionários chegam às 8h30.
Advogados já foram acionados pelo partido para tentar acompanhar a operação. Com a operação, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, que já tinha embarcado para Brasília, decidiu voltar a São Paulo.
Batizada de Custo Brasil, a operação, chefiada pela Delecor de São Paulo (Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros), mira em um esquema de pagamento de propina em contratos de prestação de serviços de informática do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, pasta que foi comandada por Paulo Bernardo.
A investigação é fruto da delação premiada do ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano, preso em agosto de 2015.
Segundo os policiais, ele foi um dos operadores do desvio de R$ 52 milhões em contratos do Ministério do Planejamento com empresas do Grupo Consist Software. Romano recebia recursos desviados da pasta desde 2010. A propina ia para empresas ligadas a ele.
No total, as supostas fraudes investigadas teriam gerado subornos de aproximadamente R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015.
LAVA JATO
Esta é a primeira operação da PF em São Paulo fruto de desdobramento da Operação Lava Jato.
O inquérito policial foi instaurado em dezembro de 2015, após o Supremo Tribunal Federal determinar que a documentação apreendida na 18ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Pixuleco 2, fosse encaminhada para investigação em São Paulo.
A operação está sendo chefiada pela Delecor de São Paulo (Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros).