Ex-presidentes fogem das Olimpíadas como o Diabo foge da cruz

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Ricardo Noblat

Como disse à Dora Kramer, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente interino Michel Temer está “preparadíssimo” para ser vaiado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no próximo dia cinco, no Maracanã.

Não que a multidão que se reunirá ali lhe devote especial desapreço. Qualquer multidão que encha o Maracanã para uma cerimônia pagã vaiará a presença de autoridades tão logo seus nomes sejam anunciados. É assim sempre.

Temer pagará o mico sozinho porque os demais ex-presidentes, embora convidados, darão um jeito de não aparecer. Por ora, Dilma ainda é presidente, afastada do cargo. Animará petistas a vaiarem Temer, mas passará longe do Maracanã.

Lula, também. Nem restaurantes abertos ao público ele se dá mais ao luxo de frequentar. Teme ser hostilizado. Em voos comerciais não embarca. Enquanto lhe pagarem jatinhos, voará neles, não só por luxo, mas por segurança.

O ex-presidente José Sarney sumiu de circulação desde que a Procuradoria Geral da República pediu sua prisão, mas não levou. Sarney foi gravado por Sérgio Machado, o caixa dois da cúpula do PMDB . Ficou muito mal. Outro dia, acidentou-se dentro de casa.

O ex-presidente Fernando Collor quer distância do Maracanã e de qualquer outro palco onde possa se expor a julgamento público. Responde a processos no Supremo Tribunal Federal. É acusado de ter enchido os bolsos com dinheiro roubado à Petrobras.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não irá à abertura dos jogos porque, recentemente, implantaram-lhe um marca-passo no coração.

 

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