TJMA mantém indisponibilidade de bens de prefeito de Itapecuru Mirim

Desembargador Ewerton

Desembargador Ewerton

 

A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) manteve decisão da 1ª Vara da Comarca de Itapecuru Mirim, que recebeu ação de improbidade administrativa e, liminarmente, determinou a indisponibilidade de bens do prefeito do município, Magno Rogério Siqueira Amorim, do tesoureiro e de duas secretárias municipais, até a quantia de R$ 35.415,00. O dinheiro corresponde a valor de possível ressarcimento ao erário, por suposto desvio de recursos repassados pelo Ministério da Saúde.

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ingressou com a ação civil pública, com base na constatação de auditoria realizada na Secretaria de Saúde de Itapecuru Mirim, pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus). De acordo com o órgão, ficou demonstrada a ocorrência de lesão ao patrimônio público do Município.

Segundo a ação do MPMA, a constatação refere-se à realização de pagamentos para locação de veículos à empresa R. Medeiros de Carvalho – Maranata Serviços, para as secretarias de Finanças, Assistência Social e Administração do Município, no período de fevereiro a dezembro de 2013, com recursos desviados da Secretaria Municipal de Saúde, que eram destinados à atenção básica, média e de alta complexidade e contrapartida municipal, no valor de R$ 15.740,00.

No intuito de conseguir o efeito suspensivo da liminar, o prefeito recorreu ao TJMA, em agravo de instrumento, que teve como litisconsortes os outros três agentes públicos citados: Alexandre Félix Freire Martins, Flávia Cristina Carvalho Beserra Costa e Miriam de Jesus Siqueira Amorim.

O gestor alegou que não há, nos autos, prova da necessidade de imposição de medida tão drástica. Afirmou que, para a caracterização de ato de improbidade, seria necessário demonstrar o prejuízo, além do locupletamento indevido (apropriar-se de dinheiro ilícito) por parte da pessoa acusada da prática de ato ímprobo.

 

Jones Braga toma posse como Superintendente da Codevasf

POSSE DE JONES BRAGA

João Francisco Jones Fortes Braga, peemedebista ex-prefeito do município de Nina Rodrigues foi empossado nesta tarde (26) novo superintendente da Codevasf no Maranhão.

A posse foi assinada durante solenidade pela presidente nacional, Kênia Régia Anasenko Marcelino, na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Brasília.

A indicação se deve entre outros nomes, ao deputado federal Hildo Rocha (PMDB), presente à solenidade. Quem também prestigiou o ato foi o presidente da ASCEM Associação dos Criadores do Maranhão, Claúdio Azevedo, além do ex-presidente da Assembleia Legislativa Armaldo Melo – diretor executivo da Funasa e do deputado federal Carlos Maru (PMDB/MS) vice-lider do peemedebista.

Jones Braga

Foi ex-secretário de Articulação Política do governo Roseana Sarney; Presidente diretor do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq); e Superintendente Regional do Nordeste da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em São Luís.

Codevasf

É uma empresa pública vinculada ao Ministério da Integração Nacional que promove o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim com a utilização sustentável dos recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para a inclusão econômica e social.

 

MPF apura sumiço de cadáveres no Hospital Materno Infantil

hospital materno infantil

Quatro dias após o Hospital Materno Infantil admitir que perdeu três fetos em sua unidade, o Ministério Público Federal do Maranhão (MPF-MA) abriu um inquérito civil para investigar falhas na segurança e qualidade dos procedimento internos do hospital.

 

Por intermédio da Procuradoria Regional dos Direitos Humanos do Cidadão (PRDHC), o MPF-MA requisitou à direção do hospital informações detalhadas e todos os documentos disponíveis sobre o desaparecimento dos corpos.

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Hospital em São Luís investiga desaparecimento de fetos

Família vai acionar hospital do MA na Justiça após desaparecimento

O caso mais recente aconteceu na semana passada. O pai da criança, Acsuel José Pereira Silva, contou que chegou a pegar a filha, que se chamaria Maria Claria, nos braços antes do corpo sumir.

 

Na ocasião, a diretora do hospital, Joyce Lages, disse que depois de constatada a morte da menina, o corpo foi encaminhado para a câmara fria onde um funcionário da empresa terceirizada que faz a limpeza do hospital teria se confundido na hora da higienização e colocado corpo da criança junto com o lixo e encaminhado para a cremação. “Um funcionário da higienização entrou, recolheu o que lá estava e colocou para a cremação. Então, basicamente foi isso o que aconteceu”, explicou.

O MPF-MA disse também que está aguardando a investigação da Polícia Federal para apurar se há responsabilidade criminal no desaparecimento dos corpos dos recém-nascidos.

A família de Maria Clara disse que entrará na Justiça contra o hospital. Algumas horas após a ocorrência, a mãe chegou a gravar um depoimento emocionado falando da situação.

 

Jovem diz ter sido espancada por senador Telmário Mota até desmaiar

Senador Telmário Mota

Senador Telmário Mota

No último dia de 2015, a estudante universitária Maria Aparecida Nery de Melo, 19, procurou a Polícia Civil em Boa Vista (RR) para registrar um boletim de ocorrência contra um homem que, segundo ela, a espancara com chutes e socos com tal violência que a levara ao desmaio.

Ela disse que viveu maritalmente com o suposto agressor por cerca de três anos e meio e agora estava “sofrendo ameaças de morte”. Pediu as “devidas providências” à delegacia.

Titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), a delegada Verlânia Silva de Assis disse que ficou caracterizada “violência contra a mulher” e que as agressões foram confirmadas por exame de corpo de delito que apontou “múltiplas lesões”. “É complicado você imaginar que alguém se lesionaria para prejudicar alguém”, disse a delegada.

O exame apontou “lesões na cabeça, boca, orelha esquerda, região dorsal, braço direito e joelho esquerdo”.

Seria mais uma ocorrência a se somar ao cotidiano de violência contra a mulher em Boa Vista não fosse por uma particularidade. O denunciado é um dos homens mais poderosos de Roraima: o senador Telmário Mota (PDT), 58.

À Folha ele negou ter agredido a garota e ter mantido relacionamento amoroso com ela. “Não teve negócio de agressão, não existe isso, em nenhum momento, até porque não tenho nada com ela”.
Em novembro, o senador foi à tribuna para sugerir a “agilização” de “todos os projetos de lei e outras proposições que digam respeito ao combate à violência contra a mulher e coloque na cadeia os agressores valentões”.

De acordo com o boletim de ocorrência, Maria indicou que as agressões ocorreram após acesso de ciúmes do senador durante um encontro com a família de Maria. Ele não teria gostado de cumprimentos dados a Maria por familiares. Então levou-a a um quarto, onde teriam ocorrido as agressões.

Maria disse que teve a boca tapada para que a família não ouvisse seus gritos ou pedidos de socorro.

Folha também teve acesso a gravação, feita na época da denúncia, em que Maria aparece com ferimento arroxeado no braço direito e marcas no pescoço e na orelha.

Ela narrou ter sido chutada quatro vezes no chão e empurrada contra a parede. Disse que o parlamentar passou a lhe dar murros na cabeça, o que a teria feito desmaiar.

Ao acordar, por volta das 4h, disse que conversou com os familiares para saber o que fazer. Cinco dias depois, decidiu prestar queixa.

Duas atitudes de Maria chamaram a atenção dos policiais civis. Dias após o registro da ocorrência, ela procurou a delegada Verlânia para tentar “retirar” a queixa.

A delegada, porém, disse que isso era impossível porque as denúncias de agressões contra a mulher são consideradas ações “incondicionadas”, ou seja, independem da vontade da vítima.

Em seguida, no dia 22 de janeiro, Maria destituiu por escrito o advogado que a acompanhou no registro da ocorrência, Thiago Santos.

Segundo o defensor, a cliente não explicou os motivos da sua decisão. O advogado afirmou: “Não tenho dúvida sobre os fatos narrados na primeira oportunidade que procuramos a polícia. Ela contou a verdade”.

Procurada ao longo de dois dias em Boa Vista na semana passada, Maria não deu resposta a pedido de entrevista.

Como Telmário detém foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal, a delegada encaminhou os autos à Procuradoria da República em Roraima. Em 31 de maio, o caso foi enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que abriu um procedimento preliminar interno.

A reportagem apurou que a PGR já intimou, em 22 de junho, a defesa do parlamentar a se manifestar. Ao final dessa fase inicial de obtenção de informações, Janot decidirá se pede ou não ao STF a abertura de um inquérito.

Falando em tese, sem conhecer nomes e o caso, dois especialistas em direito penal, o professor Pedro Paulo de Medeiros e o promotor de Justiça Thiago Pierobom, coordenador dos Núcleos de Direitos Humanos do Ministério Público do Distrito Federal, confirmaram que decisões recentes do STF consolidaram o entendimento de que casos de agressão a mulheres são “incondicionados”, isto é, eventual recuo da vítima não tem o poder de impedir uma investigação.

OUTRO LADO

O senador Telmário Mota (PDT-RR) negou ter agredido Maria Aparecida Nery de Melo e ter mantido relacionamento amoroso com ela.

“Não teve negócio de agressão, não existe isso, em nenhum momento, até porque não tenho nada com ela. [Não agredi] nem ela nem mulher nenhuma. Fui criado pela minha mãe. Agora, macho, não. Macho vou pra porrada mesmo. Desafio [provar], 58 anos e nunca houve [agressão a mulher]. Desafio. Inventaram essa onda toda, essa conversa”, disse.

O parlamentar afirmou que iria procurar Rodrigo Janot para prestar informações.

Indagado sobre quem teria inventado as acusações, Telmário afirmou que seus “adversários” teriam tentado “usar” Maria. “Não tem nada, absolutamente nada contra mim em lugar nenhum.”

O parlamentar de Roraima descreveu Maria como “uma velha conhecida”. Indagado se ela havia trabalhado para ele, Telmário disse que não de forma “direta”. “Ela trabalhava. Era militante do PDT. Mas não trabalhava direto para mim, não. Militava, com os jovens lá.”

 

Comando manda prender bombeira que tirou fotos sensuais

bombeira

O comando do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Paraná determinou que a soldado Lilian Villas Boas, de 32 anos, seja presa por oito dias. O motivo é porque ela participou de um ensaio fotográfico em fevereiro deste ano, para um projeto do fotógrafo Arnaldo Belotto. Nas fotos sensuais, ela aparecia com parte dos seios à mostra.

Segundo Belotto, as fotos ficaram no site do projeto por menos de 24 horas. “Uma delegada civil do Rio de Janeiro acabou printando as fotos e enviando ao comandante aqui em Curitiba”, conta. Desde então, Lilian começou a receber pressão dos comandantes para que as imagens fossem retiradas do ar.

A bombeira participou do ensaio porque algumas amigas dela também já tinham feito fotografias para o projeto de Belotto, que de acordo com ele, tem o objetivo de exaltar o empoderamento feminino e a beleza das mulheres, sem o uso de técnicas de manipulação de imagem. Mas a pressão sofrida por Lilian continuou, mesmo após a retirada das fotos do site. “Já fui prestar duas vezes depoimento no quartel”, diz o fotógrafo.

Lilian ainda teve que responder pelo processo disciplinar. Segundo a nota de punição publicada em um boletim interno do 7º Grupamento, a punição foi por ela ter exposto “a intimidade e privacidade de seu corpo”. A falta foi considerada média pelos superiores, culminando na pena dos oito dias de prisão. O documento é assinado pela tenente Giselle Machado, que é comandante do grupamento.

O G1 tentou contato com Lilian, mas ela preferiu não se manifestar a respeito. Disse apenas que recorreu da sentença e que a pena ainda não foi cumprida.

Em nota, a Polícia Militar do Paraná informou que não pode se manifestar sobre o caso, pois a bombeira ainda poderá recorrer à corporação para mudar a sanção que recebeu.

nota de puniçãoi

O exercício do poder disciplinar da origem e da solução final do procedimento em relação à bombeira citada se deu no âmbito do 7º Grupamento do Bombeiro, por isso o Comando do Corpo de Bombeiros e o Comando Geral da Polícia Militar do Paraná, se instados em grau de recurso farão a reavaliação sob todas as óticas, seja dos fundamentos da punição ou em relação às suas circunstâncias e dosimetria da pena.

Tanto o Comando do Corpo de Bombeiros quanto o Comando Geral da Polícia Militar do Paraná não podem emitir juízo de valor prévio, pois em algum momento podem ser provocados em grau de recurso.

 

 

Boletim interno circulou pelo 7ª Grupamento dos Bombeiros de Curitiba (Foto: Reprodução)

 

Ensaio tinha como objetivo mostrar o empoderamento feminino, de acordo com o fotógrafo (Foto: Reprodução/Facebook)

PT deixa Ediv aldo Jr. E já faz aceno para Wellington do Curso

Monteiro, dirigente do PT

Monteiro, dirigente do PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu retirar temporariamente o apoio a candidatura a reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). O motivo é a indefinição da legenda do prefeito em relação a indicação do vice na chapa majoritária, que vem sendo disputada também pelo PSB.

Segundo o presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, a vaga de vice pertencia inicialmente ao PCdoB que teria aberto mão do espaço para que o PT aderisse ao projeto de reeleição.

Diante desse acordo, segundo Monteiro, o partido desistiu da candidatura própria e indicou o ex-presidente da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mário Macieira, para ser companheiro da chapa de Edivaldo Júnior.

“Alegamos que o PCdoB tem o governo, o PDT a Prefeitura e o PSB o Senado e, por isso é que nós mostramos o interesse de compor a Prefeitura, mas a indefinição acabou irritando a militância do partido”, explicou.

O PT, em nota oficial, definiu data para que o PDT apresente sua decisão sobre a composição da chapa majoritária.

O presidente estadual pedetista, deputado Weberton Rocha, disse que todos os 15 partidos que estão na aliança com Edivaldo Júnior estão na mesa de negociação para indicação de vice.

“Estamos dialogando e faremos o possível para construir a aliança necessária para alcançarmos a Vitória”, afirmou o presidente.

O caminho do PDT é abrir espaço para o PSB que condicionou o apoio a essa indicação de vice assim como ocorreu em 2012. O nome mais provável para a disputa do vice é do vereador Roberto Rocha Júnior, presidente municipal do PSB.

Depois do dia 28, data limite estabelecida pelos petistas para o PDT decida o posição da chapa, o PT deverá discutir com outras legendas a possibilidade de apoio.

O P, cujo camdidato é o deputado Wellington do Curso, deve ser o destino dos petistas caso não haja mudança alguma na posição do PDT.

Mais

Outros partidos já manifestaram nos bastidores a intenção de deixar a base de apoio de Edivaldo Júnior. O PSL é um exemplo de descontentamento com o PDT e antes da convenção discutiu internamente em deixar a base do prefeito devido a falta de diálogo na base de Edivaldo Júnior.

 

Mulher de Lula pede R$ 301 mil por imóvel sob investigação

imóvel

A ex-primeira-dama Marisa Leticia Lula da Silva ajuizou uma ação na Justiça de São Paulo contra a empreiteira OAS e a cooperativa Bancoop em que pede o ressarcimento de R$ 301 mil.

Marisa, mulher do ex-presidente Lula, argumenta que pagou ao longo de quatro anos parcelas de um apartamento no condomínio Solaris, em Guarujá, e que, como desistiu da compra, tem direito a receber de volta o valor corrigido.

O apartamento é investigado na Operação Lava Jato, que apura se a OAS beneficiou o ex-presidente Lula ao bancar reformas por conta própria em uma das unidades do condomínio.

A defesa de Lula vem sustentando desde o início do ano que ele nunca foi dono de uma unidade no prédio, desistiu da compra e não foi favorecido pela empreiteira.

O prédio era de responsabilidade da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), que, em crise financeira, repassou a edificação para a OAS em 2009.

Os advogados da ex-primeira-dama dizem ter pedido formalmente a restituição dos valores em novembro de 2015 e que, desde então, a Bancoop não deu qualquer resposta. A OAS, argumentam, é a corresponsável. Os R$ 301 mil correspondem aos valores pagos na década passada atualizados.

Em nota, a defesa de Marisa disse que ela e familiares apenas “reclamam o direito ao ressarcimento do que investiram” e não adquiriram nenhuma unidade no prédio. A OAS disse que não vai se manifestar.

Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo denunciou Lula sob acusação de ocultação de patrimônio, lavagem e falsidade ideológica no caso do edifício Solaris.

A denúncia, que envolvia outras 15 pessoas, acabou repassada ao juiz federal Sergio Moro, que comanda a Lava Jato na primeira instância. A investigação do caso no Paraná ainda não foi encerrada.

TJ transfere feriado do Dia da Adesão do Maranhão à Independência para sexta

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) publicou Resolução (GP-262016) transferindo o feriado de 28 de julho (quinta-feira) – Dia da Adesão do Maranhão à Independência do Brasil – para esta sexta-feira (29).
A Resolução – assinada pelo presidente do TJMA, desembargador Cleones Cunha – acolhe decisão tomada em sessão plenária jurisdicional do TJMA, no dia 8 de junho deste ano, e medida idêntica adotada pelo Poder Executivo Estadual.
No dia 29 de julho, o Tribunal de Justiça do Maranhão manterá o plantão judicial de 2º Grau, garantindo o atendimento às demandas judiciais urgentes, nas esferas cível e criminal.
Serão recebidos, no plantão, pedidos de habeas corpus, mandados de segurança, medidas cautelares (por motivo de grave risco à vida e à saúde das pessoas), decretação de prisão provisória, entre outros. O núm
ero do telefone disponibilizado é o (98) 98815-8344.

Ex-presidentes fogem das Olimpíadas como o Diabo foge da cruz

ex-presidentes

Ricardo Noblat

Como disse à Dora Kramer, colunista do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente interino Michel Temer está “preparadíssimo” para ser vaiado na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no próximo dia cinco, no Maracanã.

Não que a multidão que se reunirá ali lhe devote especial desapreço. Qualquer multidão que encha o Maracanã para uma cerimônia pagã vaiará a presença de autoridades tão logo seus nomes sejam anunciados. É assim sempre.

Temer pagará o mico sozinho porque os demais ex-presidentes, embora convidados, darão um jeito de não aparecer. Por ora, Dilma ainda é presidente, afastada do cargo. Animará petistas a vaiarem Temer, mas passará longe do Maracanã.

Lula, também. Nem restaurantes abertos ao público ele se dá mais ao luxo de frequentar. Teme ser hostilizado. Em voos comerciais não embarca. Enquanto lhe pagarem jatinhos, voará neles, não só por luxo, mas por segurança.

O ex-presidente José Sarney sumiu de circulação desde que a Procuradoria Geral da República pediu sua prisão, mas não levou. Sarney foi gravado por Sérgio Machado, o caixa dois da cúpula do PMDB . Ficou muito mal. Outro dia, acidentou-se dentro de casa.

O ex-presidente Fernando Collor quer distância do Maracanã e de qualquer outro palco onde possa se expor a julgamento público. Responde a processos no Supremo Tribunal Federal. É acusado de ter enchido os bolsos com dinheiro roubado à Petrobras.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não irá à abertura dos jogos porque, recentemente, implantaram-lhe um marca-passo no coração.

 

Eduardo Suplicy é preso durante reintegração de posse em SP

suplicy

O ex-senador Eduardo Suplicy e candidato a vereador pelo PT deitou no chão para impedir a reintegração de posse nesta segunda-feira (25) na ocupação Terra Pelada, no Jardim Raposo Tavares, zona oeste da cidade de São Paulo, e acabou sendo detido pelos Policiais Militares. A ação foi registrada pelo programa Melhor Pra Você.

Em entrevista ao portal da RedeTV!, Suplicy contou que estava sendo levado para o 75ªDP, no Jardim Arpoador. Mas não quis dar detalhes sobre a detenção, já que ainda estava na viatura da polícia. Segundo a Polícia Militar, ele foi detido por resistência.

A assessoria do ex-senador também informou sobre o ocorrido em sua página oficial do Facebook.

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Os moradores protestam desde o início da madrugada contra a reintegração. Manifestantes soltaram rojões a jogaram pedras nos militares da Tropa de Choque, que revidou com bombas de efeito moral.
Eles também fizeram barricadas, atearam fogo a pneus e tentaram queimar um ônibus.

Às 9h30, a ordem de reintegração não havia sido cumprida. De acordo com a PM, o oficial de Justiça ainda não chegou ao local, na Rua José Porfírio de Souza.

A área pertence à prefeitura de São Paulo. Segundo decisão da Justiça, emitida pela 9ª Câmara de Direito Público, o local apresenta alto risco de deslizamento, por ser região de encostas.

Parecer da Defesa Civil avalia que as construções precárias na área aumentam os riscos de desabamentos e até mesmo de incêndio. “Há ainda muito lixo e entulho no local, bem como árvores queimadas e visível dano ambiental”, diz a avaliação.