Morre aos 79 anos o jornalista, professor e advogado Carlos Chagas

Morreu nesta quarta-feira (26) o jornalista, professor e advogado Carlos Chagas, pai da ex-ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Helena Chagas. Nascido em Três Pontas, em Minas Gerais, e morador de Brasília, ele iria completar 80 anos no próximo dia 20 de maio.

O velório do jornalista está previsto para as 10h desta quinta (27), na capela 7 do cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. O corpo deve ser sepultado às 16h, no mesmo local.

Em uma rede social, a ex-ministra na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff informou a morte do pai. “Amigos, meu pai, jornalista Carlos Chagas, acaba de falecer. Era a melhor pessoa que conheci nesse mundo.”

Ao G1, Helena Chagas disse que o pai sofreu um mal súbito por volta das 6h desta quarta. “Ele já andava tendo de um ano para cá alguns problemas circulatórios, teve esquemia sem sequelas. Hoje foi um mal súbito. Entrou na UTI e estourou um aneurisma de aorta. Com isso, sei que ele não sofreu.”

Segundo ela, sem saber, o pai “convocou” a família para uma última reunião ainda no hospital.

“Ele deu instruções: ‘Tem que pagar meu imposto de renda. O cheque está lá em cima da mesa’. São coisas que uma pessoa diz naturalmente”, descreveu Helena Chagas.

Ao descrever o pai como “muito lúcido e muito ativo”, Helena diz que a vida dele foi “muito bonita”.

“Ele foi um grande jornalista. Um exemplo de seriedade, de amor à notícia, de honestidade. Não só para mim, mas para muitos outros alunos dele da Universidade de Brasília. Sempre com amor à notícia, amor à verdade.”

“Agora, falando como filha, posso dizer que meu coração está despedaçado. Ele foi um grande pai, um pai maravilhoso e protetor. Falando como filha, não tenho mais palavras.”

Pesar

Chagas era professor emérito do curso de comunicação da UnB, onde lecionou por 25 anos. Em nota, a direção da Faculdade de Comunicação lamentou a morte.

“Seu trabalho em sala de aula [foi] reconhecido por gerações de estudantes que o elegeram paraninfo e patrono de sucessivas turmas de formandos, e sua atuação profissional [foi] considerada um exemplo de dedicação e de promoção da ética e da liberdade de expressão”, diz.

O governador Rodrigo Rollemberg também lamentou a morte e prestou condolências aos familiares. Segundo ele, Carlos Chagas “deixará um vazio difícil de ser preenchido na mídia brasileira”.

O presidente Michel Temer emitiu nota em que classifica Chagas como “uma das maiores referências” do jornalismo brasileiro. Segundo o texto, ele “foi intransigente defensor da ética, em sua mais profunda definição” e deixa como legado “o compromisso com a verdade e a sua responsabilidade no trato da notícia”.

“Que a sua nobre lembrança conforte seus familiares e nos inspire na reconstrução de um Brasil grande e justo, como o idealizado e defendido por Carlos Chagas”, diz Temer na nota de pesar.

 

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