Delegado mata mulher juíza e comete suicídio em área nobre

Um delegado da Polícia Civil matou a mulher e se matou em seguida na madrugada deste domingo (20), em São Paulo. Claudia Zerati, 46, era juíza da 2ª Vara do Trabalho de Franco da Rocha, na região metropolitana.

O crime aconteceu no apartamento de alto padrão onde o casal morava, na rua Tucuna, por volta das 6h30. Cristian Sant’Ana Lanfredi e Cláudia Zerati foram encontrados na cama de casa –ela, com um tiro na testa, e ele, com um disparo do lado direito da cabeça.

Ele pediu para que o padrinho ficasse com sua filha, porque tinha discutido com sua mulher e ela tinha ido embora. O delegado afirmou ao amigo que iria atrás da juíza.De acordo com a Polícia Civil, um padrinho da filha de 6 anos do casal e também vizinho contou em depoimento que foi acordado, por volta das 4h30, pelo delegado batendo em sua porta.

O vizinho estranhou a informação e, ao questionar a afilhada, ela disse que os pais tinham brigado porque Lanfredi teria se recusado a tomar um remédio.

Segundo a polícia, a testemunha ficou desconfiada e foi até o estacionamento. Ali, viu que os dois carros do casal estavam na garagem.

O vizinho, então, resolveu pedir ajuda ao porteiro do prédio. Eles foram até o apartamento e encontraram a porta destrancada. Ao entrar, acharam os dois mortos na cama e um revólver calibre 38 caído no ombro do delegado.

Segundo a polícia, Lanfredi trabalhava na Assembleia Legislativa, mas estava afastado para fazer tratamento. Ele sofria de depressão profunda. Em 2016, sua mãe morreu enquanto esperava por transplante de fígado. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial como homicídio qualificado e suicídio.

O TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), onde Cláudia trabalhava, divulgou uma nota de pesar pela morte da magistrada e informou que o expediente ficará suspenso no Fórum de Franco da Rocha nesta segunda-feira (21).

O sepultamento dela será realizado nesta segunda-feira (21), às 16h, no Cemitério da Saudade, em Campinas.

Por meio de nota, associações de juízes do trabalho expressaram indignação com a “realidade trágica” do feminicídio no Brasil, “que, agora, colhe a vida de uma juíza do Trabalho”.

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