E-mail pra Dona Bibi

Olá, pretinha, muito bom dia! Afastado desde o final do ano passado, eis-me aqui de volta, pra te informar sobre as melhores da semana. Até pensei em esticar as férias, mas os leitores, tanto daqui, como do ATOS E FATOS insistiram no retorno imediato. Não tive outra  alternativa.

Olha minha morena, espero que estas poucas e mal traçadas venham a te encontrar no bem bom por aí. O Brasil não enfrenta ventos de bonanças, minha fofa. É crise política, crise econômica, crise social e crise moral. Nem se pode mensurar qual a pior delas. Semana que vem te falo da família, porque hoje tem muita coisa. Vamos lá.

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Como bem sabe, o ex-presidente Lula, aquele que adora um presentinho, teve sua condenação confirmada pelo TRF-4, no último dia 24 e  a pena aumentada de 9 para 12 anos de cadeia.

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Bem, como nunca dantes na história do País, um ex-presidente é sentenciado à prisão. O PT e movimentos sociais ameaçaram incendiar o País, como a senadora Gleise Hoffman, que garantiu até que poderia morrer gente, numa demonstração de total irresponsabilidade.

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O homem foi condenado, não morreu ninguém e não se viu uma fogueira sequer pelo Brasil afora, a não ser tumultos de MST, MBL e outros movimentos que viveram o auge  das benesses financeiras durante os governos petistas.

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Agora, a defesa de Lula recorre com embargos de declaração, o que não muda a sentença e o ex-presidente que encantava multidões com aquele jeito de camelô, vendendo bugigangas e ilusões, com certeza irá parar no xilindró, a exemplo de Zé Dirceu, Eduardo  Cunha, Sérgio Cabral e outros figurões da política.

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Uma pena, Bibi, ver o homem que sonhou se eternizar na liderança política do País e ser secretário geral da OEA, virar manchete policial de jornais do mundo inteiro. Isso por conta de um tríplex que aceitou de presente de uma construtora. Faltam ainda mais outros julgamentos, tudo por corrupção.

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2017 não foi um ano que podemos chamar de extraordinário, Bibi de Deus. Perdemos muitos amigos. Um deles foi o Zé Louzeiro, importante jornalista e escritor, a quem tive o prazer de entrevistar na finada Rádio Capital, numa ensolarada manhã de domingo. Nesse dia, também almoçamos juntos. Deixou uma grande lacuna no jornalismo nacional.

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Agora, cidadã, perda dolorosa foi a do repórter-fotográfico Francisco Campos, que durante longos anos atuou no O Imparcial.

Até agora, todos estamos perplexos, sem saber quais as razões que o levaram a antecipar, de forma brusca, o carimbo do passaporte para a viagem eterna.

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Quem conheceu o Campos, como eu, e lá se vão três décadas, viu um profissional extremamente competente e um ser humano solidário, gentil e bastante sereno. Seu gesto continua envolto em mistério.

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Falando em Campos e no O Imparcial, que foi internado na última segunda-feira foi o presidente do Sindicato dos Jornalistas, o amigo Douglas Cunha. Ele foi vítima de um AVC (derrame), moderado.

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Estivemos lá na UDI, onde ele continua internado. Eu, o Alterè, o Cinaldo e o Joan. Nem parece que  teve AVC. Reclama apenas de uma falta de locomoção completa de uma das pernas e pronto. Contou piadas, fez planos para quando sair da casa de saúde e se mostrou o mesmo Douglas, brincalhão e piadista.

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Outro que teve internado também por conta de AVC foi o vereador Pavão Filho, no final do ano passado. Já está bem de saúde e esta semana esteve na Câmara Municipal, dizendo que retorna aos trabalhos a partir de fevereiro com todo gás.

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Já no início deste ano, grande perda foi a viagem celestial do deputado Humberto Coutinho, em pleno exercício do segundo mandato de presidente da Assembleia Legislativa. O homem enfrentou bravamente um câncer agressivo, mas sucumbiu a esta doença maldita. A classe política lamentou a morte desse grande líder político, que desbancou o grupo Sarney em Caxias e ajudou o governador Flávio Dino a chegar ao poder.

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Ah, morena, briga por aqui mesmo é em torno de quem será o ungido pelo governador Flávio Dino para disputar a segunda vaga ao Senado pelo grupo situacionista. O primeiro a ser anunciado foi o deputado Weverton Rocha.

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Disputam ainda os deputados federais Waldir Maranhão, que diz não abrir nem prum trem carregado de paralelepípedos, Eliziane Gama, que triplicou suas orações em Cristo  e Zé Reinaldo Tavares, que conta com o apoio dos prefeitos e se ancora na experiência de quem já foi secretário de Estado, ministro e governador.

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Olha morena, os fantasmas vão ser agora exorcizados da Câmara Municipal de São Luis. Por decisão da Justiça, o presidente Astro vai instalar ponto eletrônico na Casa. Será um fuzuê danado.

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O Carnaval esse ano não vai ser igual aquele do ano que passou. A crise econômica gerou até o encalhe das vendas dos ingressos para os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Essas agremiações sofreram um grande golpe, já que a prefeitura repassou apenas a metade dos subsídios financeiros em relação aos anos anteriores.

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Aqui em São Luis, praticamente todas as escolas de samba estão com seus preparativos atrasados.  Somente no início desta semana é que receberam a primeira parcela dos subsídios. A crise está atingindo o setor da alegria.

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Pensei que somente no Brasil era que os bandidos davam as cartas na sociedade. O traficante mexicano El Chapo, que está preso nos Estados Unidos, fez uma estranha declaração na quinta-feira.

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Ele garantiu que não vai mandar matar os jurados que o condenarem à prisão. Por aqui, a coisa é mais aberta. Bandidos dão ordem na cadeia, posam para fotos com policiais e mais parecem autoridades, mesmo quando estão presos. Basta que sejam traficantes e de alta periculosidade.

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Bem, minha gata, com essa, teu pretinho vai se despedindo hoje, gostando dos apelos dos leitores para que retornasse a esse batente dominical, que é extremamente saboroso e garantindo que outra folga como essa vai demorar.

Beijão desse filhote amado que jamais de esquecerá, minha fofura.

Djalma

 

 

 

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