Advogado  que estava com Tiago Bardal depõe na Seccor sobre o caso do contrabando

O advogado Ricardo Jefferson Muniz Belo (foto acima), filho do desembargador aposentado Benedito Belo, foi ouvido ontem na Superintendência de Combate a Corrupção (Seccor), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública (SSP). Segundo o secretário da SSP, Jefferson Portela, o advogado Ricardo Belo em companhia do ex-superintendente estadual de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal, foi abordado pela guarnição da Polícia Militar, no bairro do Quebra Pote, duas horas antes da prisão dos integrantes da organização criminosa especializada em carga de contrabando, que ocorreu na madrugada de quinta-feira.

Ricardo Belo chegou por volta das 15h30 na sede da Seccor, no bairro do São Francisco, e se deslocou diretamente para o gabinete do delegado Roberto Fortes. No local, além de Roberto Fortes, estavam mais dois delegados e o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela.

No inicio da noite de ontem, o advogado continuava depondo. O secretário de Segurança Pública afirmou que o advogado estava em companhia do delegado Thiago Bardal, na quinta-feira, na Estrada Principal do Quebra Pote, nas proximidades da comunidade Arraial e garantiu que as investigações, no momento, estão voltadas para servidores públicos, então, devem ter transparência com as informações repassadas para a sociedade. “É dever de comunicar para a sociedade sobre a verdade e não é segredo de nada do que está sendo investigado”, declarou Jefferson Portela.

O secretário de Segurança Pública também disse que o pedido de prisão contra o advogado está sendo analisado pelos delegados. Já em relação ao pedido de prisão preventiva em desfavor do delegado Thiago Bardal, Jefferson Portela declarou que o pedido ainda ontem estava sendo apreciado pelo Ministério Público.

 

Investigação

Jefferson Portela informou que Thiago Bardal está sendo investigado por suspeita de fazer parte dessa organização criminosa. Na última quinta-feira, Thiago Bardal foi abordado por uma guarnição da Polícia Militar e apresentou quatro versões sobre a sua permanência na área. Em uma delas, ele disse que estaria vindo de uma festa. Em outras versões afirmou que estava procurando um sítio para comprar; que teria ido assistir a um jogo de futebol, e que estava a trabalho.

A cúpula da Secretaria de Segurança Pública solicitou ainda na sexta-feira, 23, o pedido de prisão preventiva em desfavor do delegado, mas, o juiz titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, Ronaldo Maciel, somente se pronunciará sobre esse caso após o parecer do Ministério Público.

A Seccor desde a semana passada já ouviu várias testemunhas sobre esse caso e tem até o próximo dia 2 de março para concluir o trabalho investigativo e encaminhar o inquérito Policial ao Poder Judiciário.

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