E-mail pra dona Bibi

 

Olá, gatinha fofa e perfumada, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontrá-la na santa paz do Nosso Senhor por aí. Por aqui, Bibi, o siribolo tá é grande. A prisão do Lula, acusado de ser o chefão da Lava Jato e que pegou 12 anos de xilindró, movimentou meio mundo.

Mas não houve aquela catástrofe que os petistas  anunciavam. Eles diziam que ia ter suicídio coletivo, paralisação geral no serviço público, cidades incendiadas e outras mazelas, caso Lula fosse preso. Ele foi, e daí? Lugar de ladrão é na cadeia.

Fora os desocupados que encontram tempo para ficaram em barracas armadas lá em Curitiba, o país segue na mesma  de sempre, embora alguns ministros do STF, como o Lewandosky e o Toffoli estejam loucos para encontrarem uma brecha para soltar o homem.

Por falar em Lula, milhares de brasileiros invejam o tipo de prisão em que ele se encontra. 15 metros quadrados, chuveiro elétrico, televisão, frigobar e outros mimos, que estão longe da alçada do autêntico trabalhador nacional, que recebe apenas um salário mínimo.

Parece que petista não tem mesmo medo do ridículo. Um bando deles, que exercem mandatos parlamentares, pediram a inclusão do “Lula” em seus nomes políticos, para serem identificados em suas respectivas casas parlamentares com o sobrenome. Eu hein! Ôh louco, meu!, como diz o Faustão.

Bem, gata, vamos agora às mais importantes por aqui.

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Pelo visto, a nossa PM e o nosso Corpo de Bombeiros estão bichados. Sabes muito bem que tem de coronel a soldado preso, por envolvimento naquela história do contrabando, sob o comando do delegado Tiago Bardal, né não?

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Pois bem, na tarde de sexta-feira, o tenente-coronel Hilton Nogueira Júnior foi preso pela Delegacia de Combate à Corrupção (SECCOR), pela prática de corrupção. O mandado de prisão preventiva foi decretado pela 2ª Vara Judicial da Comarca de Pinheiro

 

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Negócio é o seguinte, mama mia. O homem comandava o Corpo de Bombeiros de Pinheiro e toda compra que era feita para a corporação tinha de ser superfaturada. Até uma caixa de fósforo tinha prestação de contas com o valor adulterado.

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Não deu outra. O tenente-coronel acabou no xilindró. Louvável o trabalho da Polícia Civil do Maranhão, que está lutando para expurgar os ladrões dos quadros do serviço público.

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Ah, Bibi, tem um pepino grosso aí pras polícias do Piauí e do Maranhão descascarem. O médico Mariano de Castro Silva, que era apontado como um dos principais artífices daquele monumental desvio de dinheiro da Secretaria de Saúde, cujo caso foi desvendado pela Polícia Federal, acabou recorrendo ao suicídio.

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Ele foi encontrado enforcado em seu apartamento, na cidade de Teresina. Mas há quem diga que ele teria, na realidade, sido “suicidado”. Um perito já disse que ele apresentava marcas muito estranhas no pescoço.

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Sei não, mas examinando uma carta que ele teria redigido, encontrei um trecho em cuja redação  revela pendor para o gesto tresloucado. Olha o que diz o referido trecho, Bibi:

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“Peço perdão a todos…Principalmente a minha mãe. Eu não precisava e por amizades não adequadas terminei ajudando no erro… (sic) Vou pagar pelo erro…É justo…Mas o importante é o aprendizado. Estava vivendo sempre com o coração apertado…Estou melhor.

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É ou não é redação de quem pensa em suicídio, Bibi de Deus? Olha que o referido trecho surge do nada, em meio a outros assuntos que ele discorria, numa tentativa de se desvencilhar  da culpa que lhe atribuíram de ser o chefe do esquema.

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Agora é esperar resultados de laudos periciais, para saber se realmente ele recorreu à morte, ou se fui “suicidado” como já espalham em blogues, por questões puramente política. Por aqui, Bibi, neguinho politiza até chuva.

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Estive na semana passada em Grajaú e Barra do Corda, cidadã. Por conta dessa viagem um pouco atribulada é que não tive de tempo do nosso contato no último domingo.

 

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Fomos fazer cobertura da solenidade em que o governador que estava em exercício, o Carlos Brandão, anunciou a retomada dos trabalhos de recuperação da MA-006. Entre Grajaú e Arame. Fui para acompanhar o presidente da Assembleia Legislativa,  deputado Othelino Neto.

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Na equipe, o fotógrafo Diniz, e a equipe de TV da Assembleia, composta pelo jornalista Ismael Gama,  o cinegrafista Neuberth, além do motorista Nelson. Só gentes finas.

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A solenidade foi na sexta, mas a equipe de TV tinha de ir para Barra do Corda, a fim de fazer um documentário sobre o Rio Corda. Naquela cidade, nada tinha a fazer e decidi que os acompanharia até lá, de onde apanharia um ônibus rumo a São Luis.

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Chegamos em Barra do Corda por volta das 19 horas debaixo de um temporal, que já havia causado a morte de uma criança, em plena rua. Ela foi arrastada pelas águas.

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Conforme havia garantido ao grupo, tomei um ônibus da empresa Açailândia, às 22 horas. Situação do coletivo: A poltrona não reclinava o suficiente, o ar condicionado deveria está com todos os filtros entupidos e, para completar, o barulho do motor do veículo era insuportável.

 

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Ninguém do meu lado na viagem, até a cidade de Presidente Dutra, onde embarcou a minha companheira de viagem. Uma morena abrutalhada, já soltando uma série de palavrões. Estava com duas filhas menores, que ficaram do lado oposto.

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Pensei que a coisa tava ruim, mas piorou depois de Alto Alegre. Tive de suportar  dois roncos: O do motor do carro e o da minha parceira de poltrona.

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Dei mil graças a Deus quando chegamos na rodoviária. Rumei pra casa saltitante de alegria. O sufoco tinha sido grande. Uma noite inteira numa situação  como a acima descrita é coisa pra quem tá pagando penitência.

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Mas são situações como essa que fazem a vida ficar permeada de experiência, minha preta.

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Bem, fofura, com essa, teu pretinho vai se despedindo por aqui, esperando que não haja contratempos e possa retornar no próximo domingo, se Deus quiser.

E ele quer, porque sempre foi legal com esse teu pimpolho.

Beijão desse filhote  que jamais te esquecerá.

Djalma

 

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