Homem que salvou motorista que caiu da ponte recebe medalha e vira ‘herói dos bombeiros’ em São Luís

Por Rafael Cardoso e Olavo Sampaio, G1 Maranhão — São Luís

Na manhã desta quarta-feira (16), o Corpo de Bombeiros fez uma homenagem ao homem que pulou na água e salvou uma motorista após o carro cair da ponte do Ipase, em São Luís, na última sexta (11).

Antes identificado como José Ribamar, nesta quarta (16) foi revelado que o nome do ‘salvador’ é José da Paixão Araújo, um autônomo tímido, casado e pai de dois filhos. Ele foi reconhecido como ‘Herói dos Bombeiros’ e recebeu a medalha ‘Amigos do Corpo de Bombeiros’.

Mesmo querendo evitar os holofotes desde o dia do acidente, José recebeu a homenagem ao lado de autoridades e ao som de sirene e instrumentos musicais. Ele também falou que deve a Deus tudo o que fez no dia do salvamento.

“Muito emocionado. Fui apenas um instrumento usado de Deus naquele momento, só isso. Deus que agiu sobre mim, a resposta mais certa é essa. Eu estava de carro indo visitar meu filho que estava internado… Aí quando eu vi o carro caindo, desci do carro e deixei até meu celular no intuito de ajudar. Quando cheguei, apenas tirei o sapato e pulei. Cheguei até o carro e consegui resgatar ela [motorista] com vida, graças a Deus”, contou José.

A motorista que José salvou, Sarah Catarine Maia Ferreira, de 41 anos , disse estar extremamente grata e relatou os momentos em que este submersa no rio. Ela continua internada em um hospital particular de São Luís, mas a previsão é de que tenha alta nesta quinta (17).

“Quando caí, tentei sair de todas as formas, bati no carro, mas não consegui. Já tinha ingerido água, sem respirar e praticamente morta até o momento que ele [José] apareceu. Deus achou um coração disponível para ser um instrumento de socorro, que me arrancou sem pensar. Quero que ele seja muito abençoado, sete veze mais. Deus me tirou de uma cova horrível usando o seu José”, afirmou Sarah.

Ao G1, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Célio Roberto, também ressaltou a importância do ato rápido e heróico de José, que foi essencial para o salvamento da vida da motorista.

“Foi essencial a decisão de entrar logo na água. Ele [José] nem pensou em nada, tanto que ele não leva nada. Só tira a camisa e cai logo na água. É o tipo de salvamento perfeito para um momento desses”

“Parece que tudo foi cronometrado. Ele [José] esperou o exato momento para abrir a porta, para equilibrar a pressão interna e externa do veículo. Foi tudo certinho para ele não ter muito esforço para abrir a porta. Foi um conjunto de fatores que contribuíram para o socorro ser na hora certa. Uma pessoa submersa, com três minutos já começa a ter dano no cérebro”, declarou Célio Roberto.

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