Ator da Globo é denunciado pela própria mãe na polícia

Maria José, mãe do ator Hugo Gross, que interpreta o
jardineiro Tibério na novela das 19h  ‘Aquele
Beijo’ da TV Globo, registrou queixa contra o filho na 13ª DP (Copacabana) há
cerca de cinco dias. Ela estaria acusando o ator e também a filha dela de não
pagarem o plano de saúde dela e o condomínio do apartamento em que ela mora em
Copacabana, na Zona Sul do Rio. Maria José não mora com Hugo e a filha. Segundo
a polícia, o caso foi registrado como fato atípico, já que não é crime.

Hugo e a irmã já foram à delegacia onde prestaram
depoimento. Segundo informações, os irmãos já teriam entrado num acordo com a
mãe para resolver o problema. “Fui à delegacia, de peito aberto, conversei com
o delegado (Eduardo Baptista). Isso é tudo muito triste. Não é a primeira vez
que ela faz isso. A história não é nada demais, já está tudo resolvido, mas se
eu me prejudicar por isso vou tomar minhas providências”, disse Hugo Gross sem
entrar em detalhes.

Essa não é a primeira
vez que o ator é denunciado. Em abril do ano passado, Hugo Gross foi acusado
pela ex-mulher, a médica Isabela Magalhães, de invadir a casa dela na Barra.
Eles têm um filho. O caso foi registrado como invasão de domicílio. Mas em
2009, com base em registros da Lei Maria da Penha, a Justiça determinou, como
medida protetiva, que o ator ficasse a uma distância mínima de 300 metros da
ex-mulher.

Segundo o registro,
ela alegou, na época, que o ator estaria inconformado com a separação, e passou
a ameaçar a família e o namorado dela, na época identificado como Neto, algumas
delas foram feitas por mensagens. O ator nega as ameaças.

Jogadores do Corinthians e do Fluminense podem ser presos por contrabando

Os jogadores de  futebol Diguinho, do Fluminense, e Emerson, do Corinthians, foram denunciados pelo Ministério Público Federal por contrabando e lavagem de dinheiro, pela compra de uma BMW X6 branca importada ilegalmente dos EUA. A decisão, que será apreciada pela Justiça Federal, pode trazer problemas ao Tricolor das
Laranjeiras e Alvinegro do Parque São Jorge (SP).

Caso se tornem réus no processo, os jogadores só poderão deixar o País com autorização judicial. Ou seja, terão de pedir permissão para jogarem as partidas no exterior pela Taça
Libertadores, assim como caberá à Justiça a autorização para possíveis
transferências para clube estrangeiros.

Fora das quatro linhas, a vida dos atletas poderá ficar ainda pior. Em caso de condenação, a pena para ambos os crimes é de prisão, de no mínimo quatro anos, podendo chegar a 14 anos. A denúncia foi feita na semana em que o Fluminense se classificou para a final da Taça Guanabara.

Como O DIA publicoucom exclusividade em dezembro, Emerson e Diguinho criaram uma ‘cadeia artificial de compra e venda’ do veículo, segundo o processo, chegando a emitir cinco notas fiscais entre eles e a loja que importou a BMW, a Euro Imported
Cars, do bicheiro Haylton Scafura, foragido da Justiça.

CONTRADIÇÃO

Em depoimento, eles caíram em contradição. Emerson colocou a culpa pela compra do carro num vendedor de Vila Isabel e disse ter falado com Diguinho após o carro ter sido apreendido pela PF apenas por mensagem de texto. Já Diguinho declarou que falou por telefone com o colega do Corinthians e os dois se encontraram e conversaram sobre a apreensão.

As investigações mostraram ainda que Emerson fez um depósito diretamente na conta da empresa do israelense Jehuda Kazzab, morador de Miami, nos Estados Unidos, e que é réu noprocesso.

De acordo com a denúncia, Jehuda, conhecido como Udi, teria se
associado à quadrilha do bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, e do filho
dele, Haylton Escafura.

 

A BMW de Emerson e
Diguinho teria sido trazida de forma ilegal para o País, pela máfia dos
caça-níqueis, em associação com uma quadrilha israelense.

TRANSAÇÕES

No Brasil, a BMW X6, quando zero, é avaliada em cerca de R$ 300 mil, mas foi declarada por Emerson por R$ 200 mil. Após três meses com o carro, o atleta vendeu o bem para Diguinho, alegando à Justiça que não gostou da cor do estofado. Confira a
transação que foi feita entre eles:

No processo, os advogados de Diguinho disseram que a BMW foi comprada em março passado, por R$
315 mil. Segundo investigações, esta não foi a primeira compra irregular de Emerson.
O corintiano ainda comprou um Camaro e um terceiro carro motor V8, modelo não
identificado.

A BMW de Diguinho e Emerson foi apreendida na Operação Black Ops, da PF, com outros 102 carros, em outubro. Mas, semana passada, a 3ª Vara Criminal Federal extinguiu a ação penal
contra 90 desses proprietários. Segundo a decisão, a extinção foi provocada
pela ausência de denúncia contra eles, a maioria moradora de outros estados.

O MPF afirma que a competência da denúncia contra estes proprietários é da Justiça
dos estados de origem. Além disso, o MPF aguarda o fim da ação administrativa
da Receita Federal, contra os donos dos veículos.

E-mail pra Dona Bibi

Olá, fofa, muito bom dia! Ah, minha gata, nas últimas semanas não teve um domingo em que
não tenha que te dar uma péssima notícia. Agora é com relação à viagem
celestial do Juracy Vieira, aquele famoso locutor esportivo, que trabalhava
comigo lá na Rádio Capital e com quem já tinha sido companheiro na Difusora, lá
pelos idos de 1980. Ele já era famoso e teu pretinho aqui estava apenas
começando, buscando um espaço entre os graúdos da comunicação.

O homem foi embora na última quinta-feira,
atropelado por um AVC e um infarto simultâneos.
Esteve ainda internado no Pró-cardio e no Carlos Macieira, mas não teve
jeito. Deves encontrá-lo por aí. Sujeito bacana, se destacava por ser muito
falastrão. Nas  rodas de conversas
parecia que estava a transmitir um jogo. Que tenha bom abrigo por aí.

Mas há uma boa pra te contar. O Herberth Pereira, o
querido Betinho, já saiu da UTI lá do Hospital São Domingos e está num dos
apartamentos. Ainda não pude visitá-lo. Devo ir lá nesta segunda-feira. O
Betinho está internado desde dezembro do ano passado.

Olha, gata, a tua netinha, a Lívia, me disse que
está decidida a ser pediatra. Fez com que a mãe dela comprasse uma boneca
médica, dessas que vem com todo o aparato de uma profissional da saúde. Por
conta disso, vive a me aplicar injeções com uma seringa de plástico e a montar
apartamento de hospital. Deixemos a Lívia de lado e vamos às mais importante da
semana.

*

Esse pessoal não tem jeito mesmo, mama mia. No
desfile das escolas de samba campeãs, na sexta-feira, ali na Passarela do
Samba, no Anel Vário, a rapaziada da Turma do Quinto aprontou a maior baixaria.

*

Dizem que, a mando do deputado Roberto Costa, um
grupo do Quinto, antes do desfile da agremiação, tentou invadir o camarote do
prefeito João Castelo, com uma faixa desrespeitosa.

*

A patota foi impedida e desfilou com a faixa. Ao
final da apresentação, numa demonstração de total desrespeito ao público, o
presidente do Quinto jogou o troféu no chão.

*

Aí foi a vez de peixe comer o homem. Uma estrepitosa
vaia do público fez com que viesse resgatar a taça de terceiro lugar. Só que os
bagunceiros da Madre de Deus, não satisfeitos, promoveram o maior bafafá na
dispersão.

*

Coisa vergonhosa, minha gata! Tudo isso por questões
políticas. Aqui é assim. Até no Carnaval se faz politicagem. Dizem que por trás
de toda a história estaria o deputado Roberto Costa.

*

É que o Roberto Costa ainda está inconsolável,
porque a Justiça cortou-lhe a curica, naquela questão da CPI dos convênios do
Estado com a prefeitura. O Castelo que se cuide, porque a qualquer hora pode
ser vítima de algo mais grave.  Deve
redobrar a segurança dele.

*

Pois bem, a Turma do Quinto, após o seu desfile de
imbecilidade e de vergonha, foi bagunçar lá no seu terreiro, na Madre de Deus,
onde se soube que depois houve um bocado de confusão.

*

Após o Quinto, que foi a terceira colocada, veio a
Flor do Samba, a vice-campeã. Embora seja uma agremiação ligadíssima aos
Sarney, desfilou tranqüila, com apenas um porém.

*

O puxador da escola, o Vovô, que passou uma
eternidade na Favela do Samba, antes da apresentação pegou o microfone e
desandou a falar coisa com coisa. Até parecia que não estava em seu estado
normal.

*

E foi só. O espetáculo deprimente mesmo ficou por
conta do Quinto. Nem o Gabriel Melônio, artista que era considerado o símbolo
da serenidade, escapou do festival de baixarias.

*

Veio a Favela, deslumbrante, a vencedora e conseguiu
fazer com que o público esquecesse as baboseiras anteriores. Não estou a
defender a Favela, porque sou da Unidos de Fátima, mas tenho de lhe reconhecer
os méritos.

*

É a única escola de samba que tem organização. Já
escolheu inclusive o enredo para 2013. Joãosinho Trinta, o nosso carnavalesco
maior. Vence quem tem méritos. Aos derrotados resta reconhecer a incompetência.

*

Falando em incompetência, o gol que o atacante
Deivid, do Flamengo perdeu contra o Vasco, na quarta-feira, na semifinal da
Taça Guanabara, teve  seu lado positivo.

*

A imagem do atleta, em que ao aparecem ele, a bola e
a trave, percorreu o mundo. Jornais de todos os continentes destacaram o feito
do atacante flamenguista, perdendo um gol incrível.

*

E me segredaram que tem blogueiro aí que encontrou
uma fórmula interessante de não pagar empréstimo que fez junto a um ex-amigo.
Passou a esculhambar o cidadão no blogue.

*

Aliás, existe uma verdadeira guerra entre blogueiros
por aqui. Teu pretinho tem blogue, Bibi, mas é para informar. Não usa tal
instrumento como profissão nem  como
gazua de cofres públicos e privados.

*

Falei antes sobre as escolas campeãs e ia esquecendo
dos desfiles do domingo e da segunda-feira. Me contaram que  houve de tudo lá na Passarela do Samba.

*

Me informaram que um chofer metido a repórter tinha
metido o sopapo  num compositor e que
tinha neguinho narrando a festa completamente tochado.

*

Mas ninguém pode falar em desfile sem falar no Rio
de Janeiro, com seu carnaval de brilho, de luxo, riqueza e ostentação. A
Beija-Flor, encarregada de defender  São
Luís ao custo de R$ 10 milhões, fez feio na
avenida e  acabou caindo de
quatro.

*

Ora, Bibi, se uma escola faz enredo sobre os  400 anos de São Luís e não cita a Revolta de
Bequimão,  é porque não fez pesquisa
coisíssima nenhuma.

*

Foi o primeiro movimento pela libertação do Brasil,
100 anos antes de Tiradentes, que a Beija-Flor e os nossos dirigentes culturais
deixaram passar em branco.

*

Falha imperdoável. Mostraram uma São Luís só com
lendas, feitiçarias e as assombrações de Ana Jansen. Temos assombrações mais
atuais, que deveriam ter  ido para o
desfile, minha gata.

*

E ainda teve neguinho por aqui defendendo com unhas
e dentes a Beija-Flor, e principalmente o seu comandante maior, o bicheiro Aniz
Abraão, que passou o carnaval engaiolado.

*

É verdade! O cidadão está preso por um rosário  de crimes e ainda encontra advogados sem
formação no Maranhão. É brincadeira…

*

Bem, cidadã, com essa, vou ficando por aqui. Volto
no próximo domingo, se Deus quiser. E ele quer, porque ele é bom.

*

Beijão do filhote amado

Djalma

 

 

 

Desembargador diz que antigamente juízes dependiam de favores de políticos no interior

Desembargador Lourival Serejo, durante a entrevista

 Em entrevista concedida a este blogueiro, na noite da última sexta-feira (24), no programa Alta Temperatura, da Rádio
Capital AM, o desembargador Lourival Serejo, que exerce também a função de
ouvidor do Tribunal de Justiça, disse que a Ouvidoria é um dos instrumentos que
ajudam aproximar a Justiça da sociedade, enfatizando que apesar da demanda ser
muito grande, a maior parte das queixas diz respeito a morosidade no trâmite
dos processos.

-A Ouvidoria é a unidade do TJ que acata as
reclamações. Elas são muitas, em sua maioria, relacionadas a atraso. Mas isso
não é uma questão isolada da Justiça do Maranhão. Essas reclamações servem para
que estejamos sempre buscando uma forma de acelerar os processos. Mas temos que
observar  que a tramitação de um processo
envolve várias fases, como os recursos, até chegar a fase final, o que leva
tempo-, disse o magistrado.

Questionado sobre vários assuntos por diversos ouvintes,
Lourival Serejo respondeu a um deles sobre a composição do próprio Tribunal.
Ele queria saber se integrantes oriundos do Ministério Público e da OAB no TJ
não  prejudicavam a imagem e o trabalho
do Judiciário.

-Há um movimento contra a  indicação de pessoas alheias aos quadros da
magistratura para o cargo de desembargador. É um movimento que foi criado faz
tempo, e que em certo momento ganha força e depois arrefece. Isso em todo o
Brasil. Mas tem que se observar que essa foi uma forma de democratizar a
Justiça, uma vez que faz com que tenhamos pensamentos divergentes na análise e
no julgamento dos processos-, salientou Lourival Serejo.

Com 31 anos de magistratura, Lourival Serejo disse
que  atualmente, a Justiça mantém uma
grande diferença do passado. Disse que são muitas as modificações, a começar
pela questão salarial.

-Hoje, o juiz tem um bom salário, condições de
excelentes acomodações, e sua independência funcional, porque, antigamente,
magistrados dependiam de prefeitos e deputados até para suas promoções. Hoje,
isso figura apenas na história, porque a Constituição de 1988 criou mecanismo
de independência para os tribunais, que promovem seus magistrados por critérios
próprios-, revelou.

Lourival Serejo lembrou que naquele período,
para  coordenar uma eleição, o juiz tinha
que recorrer ao prefeito, que arcava com todas as despesas, o que propiciava
uma promíscua relação entra a política e a magistratura. Para ele, o juiz no
interior atualmente não depende mais de casa para morar cedida por político e
de outros favores. Disse que isso é salutar e finalizou dizendo que a Justiça
está cada vez mais se aprimorando em busca de uma melhor prestação
jurisdicional.

LENTIDÃO

A lentidão
foi o assunto  que dominou a entrevista,
tendo o desembargador salientado que esse é um problema que permeia toda a
Justiça nacional, destacando que vários fatores contribuem para essa questão.

Ele disse que muitos dos processos  se arrastam por longo tempo, em decorrência
dos recursos apresentados pelas partes interessadas, e enfatizando que o
acúmulo de processos decorre  do número
insuficiente de magistrados e de serventuários.

-Na Justiça, estamos adotando diversos mecanismos
para a redução do acúmulo processual, a exemplo dos mutirões, do Pauta Zero,
criado pelo CNJ e das reconciliações, que apresentam resultados extremamente
positivos. Temos algo em  torno de 20 mil
processos em grau de  recurso e isso é
grande problema, que o atual corregedor, o desembargador Cleones Cunha está
tentando equacionar,  através da criação
de mais cinco turmas recursais-, acrescentou o desembargador.

Indagado sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF), que votou favorável às prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ),  de julgar e punir magistrados
antes da tramitação de processos nas corregedorias regionais, o desembargador
foi bastante enfático:

– A Justiça maranhense acatou essa decisão com a
maior naturalidade. Isso porque são poucos os magistrados do Maranhão
envolvidos em problemas.  Dos que foram
denunciados, uns já  tiveram
aposentadoria compulsória e outros estão aguardando finalizações de processos.
Mas é um número muito pequeno, que não compromete, de forma alguma, a imagem do TJ-, acrescentou.

Na volta do Carnaval, apenas 25 deputados compareceram ao Congresso. Da bancada do Maranhão, apenas Davi Alves Jr.

 A sessão na Câmara durou menos de uma hora e meia. Isso é raro de acontecer, já que geralmente os deputados presentes usam o espaço da TV Câmara para fazer discursos para as suas bases.

Apesar de, segundo a secretaria da Casa, 23 deputados estarem presentes até às 16 horas, só 15 fizeram discursos no plenário.

No Senado, 12 congressistas estavam presentes. Pela manhã, inclusive, os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) chegaram a trocar
provocações em uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado
que discutia a desocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de
SP).

Em nenhuma das duas Casas houve votações, o que deve acontecer apenas na próxima terça-feira.

Deputados e senadores já haviam “enforcado” metade da semana que antecedeu o
Carnaval. Grande parte deles deixou Brasília na quarta-feira, dia 15.

O deputado Romário (PSB-RJ), que no começo do mês usou o microblog Twitter para reclamar da morosidade na Câmara, não apareceu na Casa.

A Folha tentou contato com sua assessoria de imprensa, mas ninguém foi encontrado. Romário, inclusive, poderia usar a a tribuna para fazer um longo discurso na tribuna na
tarde da última quarta-feira, mas a sessão da Câmara nem aconteceu.

VEJA QUEM COMPARECEU À CÂMARA

 Luciano Castro (PR-RR)

 Lira Maia (DEM-PA)

 Zequinha Marinho (PSC-PA)

 Antônio Lucia (PSC-AC)

 Eduardo Gomes (PSDB-TO)

 Davi Alves Junior (PR-MA)

 Chico Lopes (PC do B-CE)

 Mauro Benevides (PMDB-CE)

 Jesus Rodrigues (PT-PI)

 Gonzaga Patriota (PSB-PE)

 Paulo Piau (PMDB-MG)

 Reginaldo Lopes (PT-MG)

 Rose de Freitas (PMDB-ES)

 Miro Teixeira (PDT-RJ)

 Roberto de Lucena (PV-SP)

 Vicente Cândido (PT-SP)

 Augusto Carvalho (PPS-DF)

 Erika Kokay (PT-DF)

 Izalci (PR-DF)

 Policarpo (PT-DF)

 Reguffe (PDT-DF)

 Ronaldo
Fonseca (PR-DF)

 Valdivino de Oliveira (PSDB-GO)

 Fabio Trad (PMDB-MS)

 Darcisio Perondi (PMDB-RS)

Cantor Pery Ribeiro morre aos 74 anos no Rio

Pery Ribeiro, um dos astros da MPB

Filho da famosa cantora Dalva de Oliveira e do compositor Herivelto Martins, o músico
Peri Martins de Oliveira, o Pery Ribeiro, morreu no final da manhã desta
sexta-feira, aos 74 anos, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila
Isabel, zona norte do Rio.

Segundo a unidade, ele sofreu um infarto agudo do miocárdio e não resistiu.

O cantor estava internado no hospital há pelo menos uma semana. Médicos afirmam que eletinha suspeita de endocardite –uma infecção na membrana da válvula cardíaca oudo endocárdio.

Pery Ribeiro teve o nome artístico sugerido e adotado pelo apresentador César de
Alencar nos anos 50.

BIOGRAFIA

A primeira atuação profissional de Pery Ribeiro foi aos três anos, dublando o
anão Dengoso no filme “Branca de Neve e os Sete Anões”, dos estúdios
Disney. Sua mãe, Dalva, fazia a voz de Branca de Neve.

Aos cinco, participou das filmagens de “It’s All True”, o filme inacabado
de Orson Wells rodado no Brasil.

Depois de alguns 78 RPM, lançou o primeiro de seus mais de 20 álguns, “Pery Ribeiro
e seu Mundo de Canções Românticas”, em 1962. Nele, era acompanhado pelo
violonista Luíz Bonfá.

Seus trabalhos mais importantes foram gravados pela Odeon entre 1962 e 1976 e
focavam principalmente repertório de artistas da bossa nova, como Tom Jobim,
Vinicius de Moraes, Roberto Menescal e Baden Powell. Foi o primeiro artista a
gravar “Garota de Ipanema”, em 1963.

De 2006, “Cores da Minha Bossa” é seu último disco lançado.

No mesmo ano, publicou a autobiografia “Minhas Duas Estrelas”, que serviu de
referência para a minissérie “Dalva e Herivelto”, da TV Globo.

 

Senador que mantinha trabalhadores como escravos é indiciado pelo STF

Em sessão nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal
Federal decidiu, por 7 votos a 3, que o senador João Ribeiro (PR-TO) será réu
em um processo que irá investigar as acusações de que tenha empregado 35
trabalhadores em regime de escravidão.

O Supremo aceitou denúncia do Ministério Público
que, entre outros, acusa o senador dos crimes de redução à condição análoga à
de escravo, aliciamento de menor e submissão a condições degradantes de trabalho
em uma fazenda de sua propriedade no município de Piçarra, interior do Pará.

De acordo com a Procuradoria, os trabalhadores não
tinham acesso a água potável e luz, trabalhavam aos finais de semana e em
jornadas acima de 12 horas diárias, dormiam em chão de terra e não tinham
liberdade de locomoção.

A denúncia afirma ainda que os trabalhadores tinham
que comprar a comida e instrumentos de trabalho na fazenda, o que implicava em
escravidão por dívidas.

O julgamento da denúncia começou em 2010 no Supremo,
mas foi interrompido por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. A ministra
Elle Gracie (já aposentada), relatora do caso, votou pelo recebimento da
denúncia à época.

Na sessão plenária , os ministros Gilmar Mendes,
Dias Toffoli e Marco Aurélio votaram pela rejeição da denúncia, afirmando que
as condições a que eram submetidos os trabalhadores, apesar de degradantes, não
configuravam o regime de escravidão. Segundo os ministros, não ficou provado
que tenha havido restrição de liberdade

“Se for dada à vítima a liberdade de abandonar
o trabalho e rejeitar as condições supostamente degradantes, não é razoável
pensar em crime de redução à condição análoga ao trabalho escravo”,
afirmou Mendes.

O ministro afirmou que muitas das condições
degradantes mencionadas na denúncia são problemas comuns do trabalho rural, e
não necessariamente trabalho escravo.

Para ele, também não ficou provado o crime de
aliciamento de menor — de acordo com o Ministério Público, um adolescente de
16 anos foi contratado para roçar um terreno durante 25 dias.

“Qual alternativa oferecemos aos jovens no
campo? [depois da fiscalização] Ele foi encaminhado a algum programa de
assistência? Foi dada a ele alguma vaga em uma escola ou curso
profissionalizante?”

O ministro Ayres Britto rejeitou o argumento de
Mendes. “Essa é uma espécie de raciocínio que eu queria traduzir com as
seguintes palavras: ‘o trabalhador miserável que se submeta a uma condição de
trabalho miserável’. Se por um acaso eu encontrar um pássaro preso em uma
arapuca, eu vou soltá-lo imediatamente, eu não vou perguntar se ele corre o risco
de cair em outra arapuca.”

Votaram pelo recebimento da denúncia, além de Ellen
Gracie e Britto, Luis Fux, Cármen Lúcia, Joaquim Barbosa, Celso de Mello e o
presidente da corte, Cezar Peluso, que acolheu parcialmente o pedido. Não
votaram Rosa Weber, por ter entrado no lugar de Ellen Gracie, e Ricardo
Lewandowski, que estava ausente.

Ribeiro é réu em outra ação penal no STF, acusado
pelo crime de peculato. Há contra ele ainda dois inquéritos, que investigam
crimes ambientais e estelionato. Contatada, a assessoria do parlamentar afirmou
que ele se manifestaria por meio de nota a ser publicada.

 

Morre em São Paulo a herdeira da Daslu

A dona da Daslu

Morreu no início desta madrugada, aos 56 anos, a
empresária Eliana Piva de Albuquerque Tranchesi, dona da Daslu. Ela estava
internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Eliana não resistiu ao câncer contra o qual lutava
desde 2006 e que acabou por afastá-la do comando da Daslu, o maior templo do
consumo de luxo do país.

Em setembro de 2006, quando revelou que havia
retirado um tumor do pulmão e que iniciaria sessões de quimioterapia e
radioterapia, ela afirmou que “a crise da Daslu e mais o câncer me fizeram
sentir como se eu fosse uma criança deixando abruptamente a Disney. Até então,
eu imaginava a vida como uma grande brincadeira (…). A Daslu é a Disney, onde
tudo é lindo, as vendedoras são lindas, o cabelo é lindo, a roupa é linda, é
tudo bonito. É tudo agradável. Então, de repente, você sai desse mundo da
Disney e cai lá dentro do [hospital Albert] Einstein já com um monte de
pacientes com câncer”.

Eliana herdou a Daslu da mãe, Lucia Piva. A loja
nasceu quando Tranchesi tinha apenas um ano de idade, na sala da casa de sua
mãe. O nome da loja vem da junção dos nomes das primeiras sócias da loja, Lucia
Piva e Lourdes Aranha, ambas apelidadas de Lu.

A loja virou uma grife e, a partir dos anos 90,
começou a trabalhar com importados, quando as importações foram liberadas pelo
então presidente Fernando Collor de Mello. Ela foi para a Europa e voltou com a
mala abarrotada de marcas famosas que caíram no gosto dos endinheirados brasileiros.
A partir daí, a Daslu virou referência para quem tinha dinheiro para gastar e
queria ver e ser visto. Ela criou setores para atrair homens, grávidas,
decoradores e adolescentes.

Eliana sempre afirmou que gostava de comprar, mas
nunca havia pensado em tocar os negócios da mãe. Porém, ela assumiu o controle
da butique, após a morte da mãe e deixou de lado o sonho de ser artista plástica.
Começou a trajetória como vendedora, o que, aliás, é prática na loja entre as
atuais diretoras e gerentes. Desde o início, ela contou com a ajuda dos irmãos
no negócio.

Eliana foi casada como o médico Bernardino Tranchesi
e tinha três filhos: Bernardo, 26, Luciana, 23, e Marcela, 20.

Religiosa, tinha o hábito de ir à missa aos
domingos. Na Daslu há até uma capela, onde uma missa, fechada aos mais íntimos,
serviu de cerimônia de “passagem”. Eliana apontou para Deus quando
tentou traduzir o segredo do sucesso. “Acho que o segredo do meu sucesso é
Deus e trabalhar feliz, em um astral bom”, disse a empresária dias antes
de inaugurar a Villa Daslu na zona sul de São Paulo, em 2005.

Em fevereiro de 2008, a BR Malls, maior empresa do
setor de shoppings centers do país, anunciou que passaria a gerenciar a Villa
Daslu –shopping com 70 lojas anexa à boutique de luxo Daslu.

Segundo a empresa, foi firmado um consócio onde a BR
Malls ficaria responsável pela administração da Villa Daslu, que fica na Vila
Olímpia (zona sul de São Paulo), sem nenhuma espécie de pagamento ou troca de
ações entre as duas partes.

Tanto a Daslu como a operação das marcas
internacionais feitas pela boutique de luxo ficaram de fora da negociação.

POLÍCIA FEDERAL

Em 13 de julho de 2005, teve início a Operação
Narciso, da Polícia Federal, onde Tranchesi era suspeita de cometer crime de
sonegação fiscal nas importações da Daslu.

Ela foi detida e liberada no mesmo dia. Antonio
Carlos Piva Albuquerque, irmão de Eliana e seu sócio na butique, e Celso de
Lima, ex-contador da Daslu e dono da importadora Multimport (uma das principais
da loja) ficaram presos durante cinco dias.

Segundo o Ministério Público Federal, as
investigações sobre supostos crimes cometidos pela Daslu duraram cerca de 10
meses.

À época da operação, a Daslu movimentava ao ano mais
de R$ 400 milhões em vendas, segundo a conta de especialistas. Eram mil
empregados, sendo 200 “dasluzetes” –apelido das vendedoras que
recebem até R$ 15 mil (incluindo comissão) por mês. Entre 75% e 80% das pessoas
que vão à Daslu não vão embora da loja sem comprar alguma coisa. Já em
shoppings, essa taxa varia de 15% a 30%.

Em investimentos, os volumes também são altos. Para
a inauguração da nova Daslu –o espaço de 20 mil metros quadrados, incluindo o
terraço, aberto ao público em junho de 2005–, foram gastos R$ 200 milhões.
Estima-se que R$ 40 milhões tenham sido bancados pela própria Daslu, e o
restante, rateado entre as grifes que estão na operação comercial.

SENTENÇA

Em março de 2009, Eliana e seu irmão foram
condenados a 94,5 anos, sendo três anos por formação de quadrilha, 42 anos por
descaminho consumado, 13,5 anos por descaminho tentado e 36 anos por falsidade
ideológica.

Para Celso de Lima, a pena de 53 anos incluiu três
anos por formação de quadrilha, 21 anos por descaminho consumado, nove por
descaminho tentado e 20 por falsidade.

As sentenças levaram em conta a teoria do
“concurso material”, ou seja, que os crimes não foram cometidos em
sequência e num mesmo momento, o que permite que se somem todas as penas.

Em sua decisão, a juíza Maria Isabel do Prado
mencionou que a “organização criminosa” também devia ser presa por
ter “conexões no estrangeiro” e ter dado prosseguimento aos crimes
mesmo depois de descobertos a primeira vez (em 2005), mudando-se apenas o eixo
de atuação de São Paulo para o sul do Brasil. “Os acusados praticaram
crimes de forma habitual, como verdadeiro modo de vida, ou seja, são
literalmente profissionais do crime”, escreveu.

Receita libera hoje o programa do Imposto de Renda

A Receita Federal deve liberar o programa de computador para o preenchimento da
declaração do Imposto de Renda às 8h desta sexta-feira, na página da Receita
Federal na internet.

Para ter direito à restituição nos primeiros lotes, os declarantes devem preencher e
enviar o formulário eletrônico logo no início do prazo.

As pessoas com idade acima de 65 anos têm prioridade. A regra não vale se forem
constatadas inconsistências ou pendências na declaração.

Se der certo este ano, a Receita Federal pretende liberar o programa gerador da
declaração antes do prazo nos próximos anos para facilitar o preenchimento pelo
contribuinte. Segundo o supervisor do Programa do Imposto de Renda, Joaquim
Adir, com a antecipação, o contribuinte poderá fazer a declaração com
tranquilidade e se familiarizar com o aplicativo.

As pessoas físicas que preencherem a declaração logo no início, terão, no entanto,
que esperar até março para enviar o documento. O prazo para entrega do
documento será de 1º de março a 30 de abril pela internet ou em disquetes nas
agências da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil.

 

Secretária de Saúde cuida da mercearia e só dá expediente ao sábados

Alessandra Duarte e Carolina Benevides, O Globo

 Em Patos do Piauí (foto acima), a 399 quilômetros de
Teresina, a Secretaria municipal de Saúde funciona aos sábados. É quando a
secretária da pasta, e primeira-dama, Cleudimar de Carvalho Figueiredo, dá
expediente – durante a semana, Cleudimar, comerciante que estudou até o ensino
médio, cuida de sua mercearia no povoado rural de Cajueiro, a 18 quilômetros do
centro da cidade.

O prefeito de Patos, Sílvio José da Silva (PMDB), de
46 anos, é um agricultor também com ensino médio e não tem engenheiros,
administradores ou arquitetos entre seus assessores e funcionários.

– Quando quero um projeto para captar recursos,
contrato um contador, e enviamos para Brasília. Mas tem muita burocracia para
liberar a verba – conta Sílvio José.

A cidade de 6.297 habitantes, no semiárido
nordestino, é um exemplo do despreparo das prefeituras na hora de executar ou
acompanhar projetos e programas federais.

E os moradores de Patos, que vivem sem maternidade,
sem poder contar com transporte público e sem saneamento, padecem como muitos
brasileiros: na área da Saúde, de acordo com o IBGE, 93 municípios de 15
estados não tinham, em 2009, nenhuma unidade de emergência, maternidade,
farmácia popular, laboratório clínico ou programa de agente comunitário.

Ainda de acordo com o IBGE, 1.841 cidades não tinham
qualquer estrutura específica na área de habitação, e 1.365, qualquer estrutura
específica em transporte.

Segundo a Associação Brasileira de Municípios (ABM)
– entidade que em 2011 participou de um grupo de trabalho na Secretaria de
Relações Institucionais (SRI) da Presidência, sobre convênios entre municípios
e a União -, de 30% a 40% dos projetos apresentados por prefeituras ao governo
federal são rejeitados por falta de qualidade técnica.

De acordo com a SRI, mais da metade dos municípios
com até 20 mil habitantes – que equivalem a 70% das cidades – precisa recorrer
a contadores terceirizados na hora de preparar projetos. Como Patos do Piauí.