Rigo Teles diz na AL que vereador Bandeira tramou assassinato de colega em Barra do Corda

O deputado Rigo Teles (PV) ocupou a tribuna da Assembleia para parabenizar o secretário de Estado de Segurança Pública, Aluisio Mendes, o delegado regional Alessandro Passos Dias e toda a equipe de policiais civis e militares que contribuíram na elucidação dos covardes assassinatos do vereador Aldo Andrade (PSDC) e do borracheiro Almir, ocorridos no dia 22 de setembro em Barra do Corda, na região Central do Maranhão.
O parlamentar destacou que depois de apenas dois meses e um dia de brilhantes investigações e muita dedicação, o delegado Alessandro Passo Dias, titular da regional de Barra do Corda anunciou, na última sexta-feira (23), durante entrevista coletiva, que chegou ao fim a apuração do inquérito cível que investigava os assassinatos do vereador e do microempresário.
Durante a entrevista, o delegado Alessandro Passos agradeceu a participação dos delegados auxiliares Marconi Caldas, Felipe Pontes e toda sua equipe de investigadores. Depois das investigações, foram presos os suspeitos identificados por Jadson, Jonas e James, integrantes do denominado “Consórcio Macabro”. Ambos foram recolhidos para a Penitenciária Agrícola de Pedrinhas, onde aguardam julgamento.
Rigo Teles informou que o crime que foi transformado por seus adversários em político, mas foi motivado por questão de disputa por terras na zona urbana de Barra do Corda. Segundo ele, as terras pertenciam ao governo do Estado, mas foi “fabricado” um documento “esquentado” e reconhecido pelo cartório da cidade de Buriti Bravo, que será investigado pela Corregedoria Geral de Justiça, a seu pedido ao corregedor Cleones Cunha.
Na avaliação de Rigo, o vereador Aldo Andrade era um político de grande destaque e tinha bom relacionamento nos meios políticos de Barra do Corda, tinha a reeleição garantida pelo seu brilhante trabalho, votou nele para deputado por duas vezes, em 1998 e 2002, no deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) e chegou a ser candidato a deputado estadual por duas vezes.
Depois de concluído pela Polícia Civil, o inquérito foi encaminhado ao promotor de Barra do Corda, Jorge Luis Ribeiro de Araújo. Após receber parecer do Ministério Público Estadual (MPE), o inquérito será apreciado pelo juiz da Comarca de de Barra do Corda, Doutor João Pereira Neto. “Tenho certeza que a justiça será feita e os culpados irão para a cadeia”, disse Rigo.
VEREADOR NA TRAMA
De acordo com Rigo, o delegado Alessandro Passos revelou que a trama para “esquentar” a documentação do terreno, avaliado em R$ 20 milhões, em Buriti Bravo foi iniciada pelo contador e vereador eleito de Barra do Corda Paulinho Bandeira, e pelo suplente de vereador Wilson Silva. Ambos foram indiciados no inquérito do Caso Aldo Andrade.
Teles lembra que tanto ele quanto Tatá Milhomem pediram a elucidação do rumoroso caso, pois a população de Barra do Corda cobrava uma resposta para punir os autores dos assassinatos. “As mesmas pessoas que quiseram envolver meus familiares no caso foram os verdadeiros mandantes desses absurdos assassinatos, orquestrados por muitos dias e só descobertos com a quebra de sigilos telefônicos”, comentou Rigo.
Por outro lado, o deputado confessou que o que mais chamou a atenção no caso foi saber que sua cunhada e presidente da Câmara Municipal de Barra do Corda, Nilda Barbalho, praticamente foi expulsa do velório do vereador Aldo Andrade, que estava sendo realizado no Caic, pelo vereador Paulinho Bandeira, dizendo que a presença dela constrangia a todos, inclusive a família do morto.
“O que mais decepcionou a família do vereador Aldo Andrade foi porque todos votaram e a financeiramente ajudaram a eleger o vereador Paulinho Bandeira, o principal acusado de mandar matar o ex-vereador. Tenho certeza que nenhum desembargador concederá habeas corpus para pára os envolvidos na trama que ceifou a vida de Aldo Andrade e do microempresário Almir”, comenta.
No pronunciamento, Rigo Teles revelou que pediu para a polícia investigar a origem de panfletos jogados de uma aeronave, com as fotos de Pedro Teles e Carlito Santos, incriminando seu familiar e o candidato no caso Andrade. O deputado quer saber, também, a origem de três mil cruzes, lixadas e pintadas, que teriam sido feitas antes do assassinato do vereador Aldo Andrade.
“Ficou provado que a aeronave usada para jogar os panfletos e transportar os acusados do crime para São Luís seria das empresas Bem Viver ou AME, de propriedade do deputado Antônio Pereira (DEM), ou de alguém ligado ao parlamentar. Como Antonio Pereira pediu a elucidação do caso, espero que agora ele também cobre a punição exemplar dos culpados pelos bárbaros crimes que abalaram a sociedade de Barra do Corda”, concluiu Rigo.

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