Bens dos proprietários da Kiss, palco da tragédia em Santa Maria, são bloqueados pela Justiça

Hoffman, um dos proprietários da boate, está preso

Os bens dos quatro proprietários (os de fato e os de direito) da boate Kiss, em Santa Maria, estão em processo de bloqueio, por meio de ação da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. O pedido de liminar, em caráter de urgência, foi deferido na noite de segunda-feira, pelo juiz de plantão do fórum de Santa Maria, Afif Simões Neto.
Bens como os imóveis e automóveis ficam indisponíveis aos donos. O objetivo, segundo a Defensoria Pública, é garantir futuras indenizações às famílias das vítimas fatais da tragédia e pessoas que tiveram danos físicos e morais com o incêndio.
A boate é registrada sob o nome Santo Entretenimento Limitada. Dois dos proprietários estão sob custódia da polícia, Mauro Hoffmann e Elissandro Callegaro Sphor, o Kiko.
A tragédia

O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.

Sem conseguir sair do estabelecimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.

A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil.

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