A morte de um irmão

Estava no último domingo, às 10 horas da manhã, apresentando o programa Redação 1180, na Rádio Capital AM, quando recebo a trágica notícia, transmitida pela minha mulher, a Elineusa, sobre a morte de Washington Assis Rodrigues, o Pichó, figura de muita importância na minha vida.
Apesar do sobrenome, não éramos irmãos de sangue, mas por afinidade. Conheci a família dele em Rosário, no longínquo 1971m quando tinha apenas 13 anos de idade. Naquele ano, realizei uma de minhas fantasias, ao empreender uma fuga da casa de meus pais. Tentava conhecer o mundo, cheguei até Rosário.
Os pais do Picho, João e Elizabeth me acolheram como um filho e foram no meu embalo, porque dizia que era de Teresina, para onde queria que me mandassem. Pouco tempos depois era descoberto e retornei a São Luís.
A família lá era numerosa. Ruy (saudoso), o mais velho, Suely, Wagner, Ló e Neném. No pouco tempo que passei por lá, explorei muito bem a cidade. Tomávamos banhos de rio, pescávamos, fazíamos cavalgada num velho pangaré e jogávamos muito futebol no campinho que ficava ao lado do conjunto habitacional Filipinho, destinado a servidores da Rede Ferroviária Federal, onde João Rodrigues era funcionário.
Com Pichó, minha ligação era mais forte. Éramos afinados em muitas coisas, até nas peraltices.Quando soube da morte dele, imediatamente encerrai o programa e corri para o velório, no Anil.
Aos 52 anos, ainda agia como adolescente em certos momentos. Havia subido numa mangueira para processar a poda. Escorregou a caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros, conforme o laudo do Instituto Médico Legal. Isso foi no sábado e ele morreu no domingo pela ,manhã.
Deixa viúva a Olga e um casal de filhos na orfandade. Uma grande figura, o Picho. Sempre prestativo, era um faz-tudo. Eletricista, carpinteiro, mecânico e encarava qualquer tipo de atividade. Teve experiência também no ramo empresarial.
Ainda estou surpreso com a morre prematura do Pichó. Que Deus tenha em bom lugar. A saudade não tem limites.

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