Corregedor inicia hoje inspeção em quatro comarcas do Maranhão

cleones cunha

 

Nesta quinta-feira (21), o corregedor-geral da Justiça do Maranhão, desembargador Cleones Carvalho Cunha, realizará inspeção nas comarcas de Tutóia e Araioses. Na sexta-feira (22), ele inspecionará as comarcas de Magalhães de Almeida e São Bernardo.

Durante as visitas, o corregedor Cleones Cunha visita os fóruns das comarcas, conhecendo a estrutura física e as condições de trabalho dos magistrados e servidores, conversa sobre as estatísticas relacionadas às atividades dos magistrados e ainda visita as Serventias Extrajudiciais.

Em Tutóia, o corregedor é recebido pelo magistrado Rodrigo Otávio Terças Santos, titular da comarca; em Araioses, os juízes são Marcelo Fontenele Vieira, titular da 1ª Vara, e Jerusa de Castro Duarte, titular da 2ª Vara. Já em Magalhães de Almeida, que receberá o corregedor será a juíza Jaqueline Rodrigues da Cunha; e na Comarca de São Bernardo, será o juiz André

Tribunal de Justiça afasta juiz por desvio de conduta

O juiz afastado

O juiz afastado

O Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu, em sessão nesta quarta-feira (20), pelo afastamento preventivo do juiz Thales Ribeiro de Andrade, titular da comarca de Dom Pedro (MA), até a conclusão do julgamento de reclamação na qual o magistrado é acusado de ter cometido irregularidades em processos contra a Prefeitura de São José dos Basílios.

A Reclamação contra o magistrado foi formulada à Corregedoria Geral da Justiça pela desembargadora Nelma Sarney, relatora de mandado de segurança que deu origem à investigação, em razão de possíveis irregularidades ocorridas no curso de vinte ações de cobrança propostas por terceiros contra a Prefeitura Municipal de São José dos Basílios.

A magistrada entendeu que os atos atacados seriam ilegais, por faltar ao juiz representado competência para conhecer e decidir sobre as ações, diante do fato de não ser titular da comarca de Presidente Dutra, da qual o município de São José dos Basílios é termo judiciário.

Ainda segundo a reclamante, as decisões proferidas pelo juiz foram contrárias ao que dispõe a Constituição Federal sobre a necessidade de expedição de precatório para pagamentos devidos pela Fazenda Pública. Além disso, teriam engessado o Poder Executivo Municipal, por retirar totalmente sua principal fonte de custeio – o Fundo de Participação.

VOTO – Relator da Reclamação e responsável pela fiscalização do procedimento funcional dos juízes, o corregedor Cleones Cunha constatou a ocorrência de possíveis irregularidades e entendeu que há indícios suficientes de conduta irregular, votando pelo afastamento cautelar do juiz, a fim de permitir a apuração regular da suposta infração disciplinar.

O afastamento preliminar do juiz Thales Andrade foi aprovado pelos desembargadores presentes, com exceção da desembargadora Nelma Sarney, reclamante, que não votou no julgamento. Os demais desembargadores seguiram o voto do relator Cleones Cunha, pelo afastamento cautelar do acusado.

 

 

Gil Cutrim é eleito presidente da FAMEM e prega unidade e fortalecimento

gil cutrimO prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim (PMDB), foi eleito, nesta quarta-feira (20), presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) para o biênio 2013/14.

 Vice-presidente na gestão Júnior Marreca (Itapecuru), Gil Cutrim obteve 178 votos dos 184 eleitores que compareceram (foram registrados quatro votos em branco e dois nulos), a maior votação da história da entidade. A nova diretoria da Federação, que tomará posse no dia 27 deste mês, reúne prefeitos e prefeitas de todas as regiões maranhenses e das mais diversas colorações partidárias.
“A eleição de forma consensual mostra o amadurecimento dos prefeitos e prefeitas maranhenses que estão unidos com o objetivo de fortalecer, cada vez mais, o municipalismo no Maranhão”, afirmou Gil Cutrim, que figura como o primeiro prefeito da história de São José de Ribamar a exercer o comando da entidade que representa os municípios maranhenses.
A eleição teve início às 8h e foi encerrada pontualmente às 17h. Durante o dia, foi grande a movimentação de prefeitos e prefeitas que compareceram na sede da entidade, localizada no bairro Parque do Calhau, em São Luís, para exercer o direito do voto.
Eleito para o cargo de 1º vice-presidente, Soliney Silva (PSD), prefeito de Coelho Neto, destacou o comparecimento em massa dos gestores municipais. “Esse resultado desenha um cenário muito promissor, no qual os prefeitos e prefeitas estarão unidos, a partir de agora, para melhorar a qualidade de vida da população maranhense”.
Para o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), eleito para o cargo de diretor de representação em Brasília, Gil Cutrim terá todas as condições de realizar um bom trabalho, visto que, possui o apoio massivo dos prefeitos e prefeitas do Estado.
Após tomar conhecimento do resultado, Gil Cutrim reafirmou o seu compromisso de trabalhar para fortalecer os municípios maranhenses. Dentre as ações, ele destacou aproximar, ainda mais, as gestões municipais dos órgãos de controle externo, pondo fim ao estigma de que “estes órgãos apenas servem para punir” e defendendo a ideia de que tais órgãos podem, e devem, auxiliar os prefeitos na execução de administrações organizadas e transparentes; construção da sede própria da Federação; fortalecimento da unidade da FAMEM em Brasília como forma de prestar um serviço de melhor qualidade aos prefeitos; realização de seminários técnicos com o objetivo de orientar os gestores a promoverem administrações descentralizadas e totalmente voltadas para os anseios populares; implantação, na região Tocantina, de um núcleo da Federação; lutar, junto ao Governo Federal, para que os municípios maranhenses não continuem sendo penalizados com a diminuição de recursos oriundos de repasses do FPM e Fundeb; formalizar parcerias com os Governos do Estado e Federal no sentido de promover políticas públicas eficientes e necessárias em todos os municípios maranhenses; diálogo permanente com a classe política, em especial a bancada maranhense em Brasília, para que os interesses dos municípios maranhenses sejam atendidos junto ao Governo Federal; dentre outras.
Ele destacou o trabalho do seu antecessor, Júnior Marreca. “O Júnior implantou importante ações em prol da municipalidade. Ele sempre será lembrado como um dos melhores presidentes que esta entidade já teve”.
Metropolização volta ao debate
 
No período da manhã, Gil Cutrim recebeu a visita do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), presidente de honra da Federação e que fez questão de exercer o seu direito de voto. “O Gil é um gestor jovem e competente. Tenho certeza que ele e os demais membros da nova diretoria farão um excelente trabalho em prol do municipalismo no Estado”, disse.
Na oportunidade, os dois gestores definiram que, nas próximas semanas, promoverão reuniões para discutir a elaboração e execução de políticas públicas comuns para as populações de São José de Ribamar e de São Luís.
O debate, de acordo com Cutrim, também envolverá os prefeitos de Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara, podendo se estender para municípios como Bacabeira, cuja implantação de uma refinaria de petróleo, na avaliação do prefeito ribamarense, causará forte impacto na Grande Ilha. “Somente através das parcerias institucionais entre as prefeituras, será possível resolver problemas antigos que ainda afligem moradores dos municípios da Ilha. Sou totalmente favorável, e irei defender esta tese, da inclusão da cidade de Bacabeira neste debate. O município fica muito próximo da Ilha e sofrerá fortes impactos com a implantação da refinaria”.

Gil Cutrim e Edivaldo Jr irão discutir metropolização da Grande Ilha

Prefeitos traçaram nesta quarta-feira, durante eleição da FAMEM, um cronograma de reuniões para discutir a elaboração de políticas públicas compartilhadas e que beneficiem as populações de São José de Ribamar e São Luís.
Os prefeitos Gil Cutrim (PMDB) e Edivaldo Holanda Júnior (PTC) estarão reunidos, nas próximas semanas, para discutir a elaboração e execução de ações conjuntas que beneficiem as populações de São José de Ribamar e da capital São Luís.
A realização da reunião de trabalho – a primeira de uma séria que ocorrerá entre os dois gestores – foi definida nesta quarta-feira (20) durante visita de Edivaldo Holanda a Gil Cutrim na sede da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM).
Holanda fez questão de participar da eleição consensual que elegerá, no fim da tarde desta quarta, Gil Cutrim como presidente da entidade para o biênio 2013/14.
“O Gil é um gestor jovem e competente que está realizando um bom trabalho em São José de Ribamar. Infelizmente, nos últimos quatro anos, a administração municipal de São Luís se absteve de discutir com as demais prefeituras da Ilha o processo de metropolização. Eu e Gil, que sempre defendeu e trabalhou pela metropolização, faremos diferente. O objetivo é promover um amplo debate, incluindo também Paço do Lumiar, Raposa e Alcantâra, para que os prefeitos, juntos, possam trabalhar de forma parceira e compartilhada”, afirmou Edivaldo Holanda ressaltando ter plena certeza de que o seu colega de São José de Ribamar fará um eficiente trabalho à frente da FAMEM.

Ao agradecer o apoio do prefeito de São Luís, Gil Cutrim disse que só será possível resolver os problemas que afligem os municípios da Grande Ilha através da parceria institucional entre as prefeituras.
“As prefeitura podem e devem atuar juntas em vários setores, como infraestrutura, coleta de resíduos sólidos, saúde e educação, por exemplo. Tenho certeza que, a partir de agora, este diálogo irá avançar e, muito em breve, poderemos anunciar as parcerias institucionais”, disse.
Cutrim ressaltou, mais uma vez, o objetivo de fazer uma FAMEM cada vez mais forte e unida para lutar em defesa dos interesses das prefeituras maranhenses. “O clima entre os prefeitos e prefeitas maranhenses é de união. Construiremos um Maranhão mais forte a partir de fortalecimento, cada vez maior, dos municípios”, finalizou.

Mulher é morta a pauladas pelo irmão de 15 anos em São Luis

A polícia elucidou o assassinato de Marilza Marreiros de Almeida, de 21 anos, ocorrido ontem (19),em uma quitinete, no bairro Santa Efigênia. O crime foi praticado pelo irmão da vítima, um adolescente de 15 anos. Em depoimento à polícia, ele teria negado o envolvimento no homicídio alegando que estava dormindo em um quarto da casa, com o filho da irmã, e quando acordou a encontrou morta na cama.
A polícia não acreditou na versão contada pelo adolescente e durante investigação ele acabou confessando a autoria do crime. O adolescente disse que matou a irmã a pauladas. Ela teria reclamado pelo fato dele ser usuário de droga. Por causa disso, matou a irmã a pauladas. Ele foi apreendido e autuado em flagrante no Plantão do Cohatrac, sendo conduzido para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI).
Jardim Tropical
Valdiléa de Jesus Martins Cruz, de 18 anos, residente no Jardim Tropical, foi assassinada a facadas. O caso aconteceu ontem à noite (19), na casa da vítima. De acordo com a polícia, o principal suspeito do crime é o companheiro de Valdiléa, identificado como Ranierison Lopes Costa, de 21 anos.
Familiares da jovem disseram que o casal tinha dois filhos e estava separado. Ranierison, que mora atualmente no município de Viana, não aceitava a separação e quando soube que a ex-mulher estaria namorando outra pessoa ficou revoltado. Ontem à noite (19), ele foi até à casa de Valdiléa, onde chegou a pedir um copo d´água.
Insatisfeito com a situação, Ranierison agiu aplicando vários golpes de faca na vítima, que morreu no local. O suspeito fugiu em uma moto Honda Titan azul de placas NHI -8471.

Pelé detona Neymar: “Ele está mais preocupado com a mídia do que com o time e não sabe jogar no exterior”


Luiz Antônio Prósperi e Robson Morelli – O Estado de S. Paulo

Quando o portão da casa se abriu, o rapaz baixinho que atendia pelo nome de Edson, pediu para que a reportagem do Estado esperasse num salão no fundo da residência, próximo à piscina, do lado de um campinho gramado de futebol. Um labrador preto de nome Sobra ergueu a cabeça indiferente aos visitantes. Pepito, homem de confiança de Pelé há 45 anos, não sabia o que fazer para deixar os jornalistas à vontade, um cavalheiro. Minutos depois, o Rei surge amparado por uma bengala e abre enorme sorriso. Caminhava lentamente. Seu primeiro gesto foi erguer a própria bengala e mostrar que já estava pronto para outra. Mais magro, com a perna direita mais fina que a esquerda porque perdera músculos, Pelé se põe a contar sua história.

A simplicidade com que relata os três meses de reclusão lembra a facilidade com que derrubava seus marcadores. Aos 72 anos, Pelé estava abatido, mas confiante. Sorria e se emocionava com suas próprias palavras. Falou de tudo, da sua longa recuperação, que ainda não acabou, da seleção brasileira de Mano Menezes e agora de Felipão, de Neymar que parece um jogador comum no time nacional e da Copa de 2014. Revelou também que o filho Joshua, de 16 anos, vai morar com ele no Brasil para jogar no Sub-16 do Santos. E foi falando…

Fez questão de apresentar a filha Flávia, que o acompanha na fisioterapia quatro vezes por semana e que sempre esteve ao seu lado desde a cirurgia no quadril. Ela desce a Serra do Mar para atender o pai em casa. “Sofro nas mãos dela. Se quero parar 1 minuto antes do combinado, ela não deixa”.

Pelé parece sem limites. Quer contar tudo. Pede a Edson, o ajudante da casa, para pegar ‘aquele troféu na geladeira’ e trazer um guardanapo de papel junto. Edson chega com um frasco daqueles de palmito contendo a parte do fêmur que Pelé arrancou do corpo, desgastado pelo futebol e pelos 1.281 gols feitos na carreira. Ninguém na mesa consegue abrir o vidro, até que o Rei dá umas batidas na tampa, com ritmo, e tira o osso do formol. Ninguém acredita. E Pelé começa a contar o processo cirúrgico. “A Flávia gravou a cirurgia, mas não gosto de ver. É horrível. Não gosto.”

Pelé estava tão disposto que fez questão de mostrar parte do seu trabalho de fisioterapia, antes de abrir a porta do museu particular onde guarda tudo o que ganhou no futebol. Sem cerimônia, baixa o agasalho e mostrar a cicatriz da operação. Os músculos estão sendo refeitos. Na sala de troféus, ele vai mostrando peça por peça de sua coleção, como a réplica da taça Jules Rimet e o lendário chapéu mexicano colocado em sua cabeça após a conquista da Copa do Mundo de 1970. É uma volta ao passado, ao passado em que Pelé reinava absoluto pelos gramados. Quando os jornalistas dão por encerrada a entrevista, Pelé faz questão de mostrar algo mais. Ele leva os repórteres para seu escritório, onde as paredes são forradas de imagens do jogador em ação. Uma delas, faz questão de detalhar, em que tenta o cabeceio quase meio corpo acima do marcador. “Subindo assim, era difícil não ter o quadril desgastado.” Foram quase duas horas de entrevista com Pelé.

ESTADÃO – Quando você deixou o hospital de cadeira de rodas e chorou, ano passado, muita gente ficou preocupada com seu estado de saúde. A gente nunca tinha visto o Pelé daquela forma…

PELÉ – Eu cheguei arrasado naquela saída do hospital porque me emocionei. Antes, vi muitas pessoas de cadeiras de rodas e alguns mutilados até. Todos me deram força e aquilo mexeu comigo. Fiquei um mês e meio sem fazer praticamente nada no hospital. Fiquei deitado o tempo todo. Estou nessa faz três meses. Faço o trabalho de fisioterapia com a minha filha, a Flávia, que é fisioterapeuta em São Paulo. E graças a Deus eu já pulei etapas nesse processo de recuperação. Era para passar pelo andador que eu chamo de ‘quatro patas’, depois para as muletas e das muletas para a bengala. Fui direto para a bengala. Deus me deu uma boa recuperação. Me sinto bem. De vez em quanto, tomo uma Novalgina porque não posso ter impacto na perna.

ESTADÃO – É que você sumiu e todos ficaram preocupado com sua saúde.

PELÉ – Estou bem. Fiz algumas aparições também, teve a conversa com o Federer e o Blatter, com repercussão internacional. Estive no Santos, de bengala, mas estive. Teve ainda um comercial que fiz com o Neymar para o sócio-torcedor do Santos. Nós também íamos inaugurar no Maracanã um busto do Pelé, mas atrasou e quando ficar pronto vou sem bengala.

ESTADÃO – E o que você fez nesse tempo todo preso à cama?

PELÉ – Nesse tempo de recuperação vi muito futebol e parei para compor minhas músicas. Eu sou compositor. O futebol era só um bico (risos). Li livros e revi alguns documentos, contratos de novos parceiros, da empresa para a qual repassei a minha marca, a Legends10. Vou diminuir um pouco as viagens, o ritmo, mas depois retomo normalmente. Nesse tempo parado, ainda atendi ao Roger Federer (tenista) no hospital e ao presidente da Fifa, Joseph Blatter. No caso do Federer foi um contrato mesmo, era uma publicidade que tínhamos de fazer juntos. Também fiz umas 10 músicas e uma delas para ser tema da Copa do Mundo. Estou falando com o Edson, da dupla Edson e Hudson, para tentar gravar… Mas ainda não está pronta… só tem a base da letra.

ESTADÃO – Você viu muito futebol então…

PELÉ – Assisti a quase todos os jogos pela televisão. Fiquei preocupado com a seleção brasileira. Tivemos três anos com o Mano Menezes e não aproveitamos nada desses três anos. Para quem sabe que futebol é conjunto, não aproveitamos nada. Digo que não é só culpa do Mano. Mas nesses três anos, não tivemos nenhum projetinho de time. Felipão e Parreira já fizeram uma mudança quase radical na equipe. As experiências devem ser feitas com jogadores novos. Os experientes, como Ronaldinho, já sabemos como jogam e que vão jogar um tempo ou outro. Escolher Felipão e Parreira para o cargo foi bom. O Parreira é de confiança e o Felipe tem essa postura de ser sério. Isso é bom. Agora, vamos fazer um time.

ESTADÃO – E ficou com sua família também…

PELÉ – Por coincidência, o meu filho Joshua, que fez 16 anos e estava jogando em Orlando, nos Estados Unidos, onde mora com a mãe, a Assíria, pediu para voltar. O Joshua vem e vai estudar aqui. Vai também jogar no Sub-16 do Santos. Pena que a Celeste ficou. Eles são gêmeos, todos sabem. Mas disse a ela que vamos esperar o Joshua se acostumar de novo aqui no Brasil… e se der certo, a Celeste vem mais pra frente. A mãe falou que eu queria dilacerar a família (risos).

ESTADÃO – E como você está acompanhando as obras da Copa no Brasil?

PELÉ – A presidente Dilma me chamou para apagar a fogueira dos estádios, mas quem foi ganhar uma graninha foi o Ronaldo. A presidente me pediu para repensar e continuar no projeto da Copa do Mundo. Para a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíada, serão praticamente oito anos de trabalho. Eu falei que vou repensar a minha função. Quero ver que tipo de trabalho farei. Ficar recepcionando delegações seria puxado demais para mim. Falei com o Platini e ele disse que era puxado. Depois da recuperação, vou me sentar com a presidente Dilma e rever que tipo de trabalho farei. Diplomacia, tudo bem… Mas ter a obrigação de receber delegações em aeroportos, não dá para fazer.

ESTADÃO – E o que você está achando das obras?

PELÉ – Embora saibamos que os estádios ficarão prontos, mesmo com algumas deficiências, e nós vimos o que aconteceu em Porto Alegre (no estádio do Grêmio, onde as grades caíram e algumas pessoas se machucaram), o que preocupa é a segurança e a infraestrutura dos aeroportos, de falta de voos e de comunicação, que não é boa. Mesmo em São Paulo, no estádio do Corinthians, vai ter problemas de acesso. Pelo que a gente está vendo, não vai dar tempo para terminar tudo o que foi pensado. Agora, no que diz respeito à disputa dos jogos, isso vai bem. O Brasil vai ter uma boa equipe também. Tem até essa preocupação porque em 1950 era o time favorito e acabou perdendo. A preocupação é que isso não se repita.

ESTADÃO – Você confia nessa seleção?

PELÉ – Não acho que o Brasil tenha jogado mal contra a Inglaterra. O time não tem uma estrutura, um conjunto. Estamos jogando em cima dos nomes, das estrelas. O Neymar, por exemplo, toda vez que chega na seleção vira um jogador comum. Nós temos uma boa experiência que foi em 1970. O João Saldanha chegou para ser o técnico interino, quebra galho. Como estava difícil montar um time, ele pegou o Santos e o Botafogo e fez a base, depois ele pegou o Tostão, o Rivellino… Isso foi o grande sucesso do time. E se nós não temos os jogadores de qualidade daquela época, temos de ter uma equipe organizada. O Corinthians foi campeão sem ter uma grande estrela. Está certo que em 1970 tínhamos quatro ou cinco excelentes jogadores. Mas falaram que todos nós não poderíamos jogar juntos. O Saldanha fez essa loucura e acertou a equipe.

ESTADÃO – Você disse que o Neymar é um jogador comum na seleção?

PELÉ – Não é isso o que esperamos do Neymar, principalmente nós do Santos. Temos uma confiança danada nele. Mas ele é um jogador comum na seleção. Tudo é visando o Neymar. Ele é um jogador sem experiência internacional. É um excelente jogador, mas sem experiência lá fora. Em todos os jogos fora do País ele não vai bem. Todos acham que ele tem de resolver os problemas da seleção. Neymar não está preparado para receber esse peso. Não vai dar para ele. Neymar não está preparado para isso. Ele não joga no exterior, o futebol europeu é diferente do futebol latino. Nós do Santos falamos que ele é o melhor do mundo, claro. Mas ele já se preocupa mais em aparecer na mídia do que em jogar para o time. O Neymar tem muita responsabilidade. E sua preocupação é mudar o estilo, mudar o corte de cabelo. O Edinho, meu filho, que está na comissão do Santos, faz os treinos do time. Ele não dá falta nos treinos e o Neymar fica bravo. Ele está viciado nas faltas.

ESTADÃO – Ocorre que ele também está mal no Santos.
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PELÉ – O Santos está perdendo com ele em campo. E chato eu falar isso, mas cobrei o Muricy. É uma coisa boba, mas a gente que é do futebol percebe. Todas as faltas, escanteios, pênaltis é com o Neymar. Cada falta que ele bate, fica fora do jogo 1 minuto. Ele tem de ficar na cabeça da área para pegar a bola, dar um drible, usar a habilidade. Ele cruza, corre lá depois e perde tempo. Quem não está atento, não vê isso. Mas ele fica fora de jogo um monte de vezes. São detalhes que influenciam. Antes da cirurgia eu falei com o Muricy. Mas a responsabilidade do Muricy é grande. E é difícil bater de frente com o Neymar. O Neymar tem de largar mais a bola, jogar para o time.

ESTADÃO – Ele já tem idade para ir embora, jogar na Europa?

PELÉ – O problema não é a idade para ir embora. O problema é ter a condição de chegar lá fora e jogar. Principalmente para onde ele for. O jogo é mais duro na Inglaterra, Itália, Alemanha. Os juízes estão acostumados a deixar o jogo seguir. O Barcelona seria o ideal para ele. O Santos precisa dele e por isso acho que ele não deve sair, mas se sair deve ir para o Barcelona. Mas sair para quê? Teve um tal de Pelé que nunca saiu do Brasil, a não ser depois de se despedir. Teve um tal de Garrincha que só foi para a Europa veterano. O Tostão nunca saiu do País. O Zico só saiu veterano também. Outras gerações é que saíram com sucesso. Como o Kaká, o Falcão, o Oscar… e o próprio Careca, que arrebentou com o Maradona…. Depois teve ainda Ronaldo, Romário, Ronaldinho. Digo que o Romário, com a estatura dele, foi gênio. O Neymar tem sorte porque chega em um momento sem ter comparação com outros.

ESTADÃO – Mas o Neymar é craque no Brasil…

PELÉ – Não estamos falando da comparação de jogadores, mas no ano passado e no outro, os melhores jogadores do futebol brasileiro foram estrangeiros. Um ano foi o Conca e o outro o Montillo. Não é complicado isso: dois anos ter jogadores estrangeiros como os melhores do Brasil? Então, estamos nivelando por baixo. Isso é perigoso. O Neymar e o Zico são os mais habilidosos que apareceram nos últimos anos.

ESTADÃO – O torcedor deve pensar que o Brasil é favorito para a Copa?

PELÉ – O Brasil é favorito para a Copa sem dúvida. Sempre é. Mas não pode entrar nessa euforia. Achar que já ganhou, entende.

ESTADÃO – Você pretende ajudar a seleção de alguma forma?

PELÉ – Não pretendo ser da comissão técnica, um auxiliar ou um coordenador. Mas tudo que eu puder fazer para ajudar, eu farei, com todo prazer. Ajudo, mas sem assumir a responsabilidade da conquista, do título. Mesa-redonda, bate-papo, tudo isso eu faço com prazer. Nessas últimas vezes em que estive com o elenco, foi sem sentido porque não tinha uma base. Tinha jogador que só ia num jogo e nunca mais voltava. Para fazer uma palestra, tem de ter um time. Não adianta você fazer uma palestra para um grupo e chegar na Copa com outro.

ESTADÃO – E quando você retoma a sua vida normal?

PELÉ – Eu queria retomar semana que vem. Mas a verdade é que devo voltar em três meses. Para bater um futevôlei ainda não dá. Mas esse prazo que me dão é tudo papo-furado, Na outra vez falaram que ficaria três meses fora e eu voltei depois de um mês. Tinha de ter o andador e a muleta, e já passei para a bengala. Daqui a pouco passo para o campo (risos). Já estou trabalhando na bicicleta aqui em casa, com a Flávia. Montei uma sala de fisioterapia aqui… Faço agora fisioterapia quatro vezes por semana. A Flavia vem de São Paulo. No terceiro mês de recuperação, serão três vezes por semana. Bicicleta para mim já é canja. Eu sofro na mão de minha filha, essa é a verdade.

TRE demonstrará na Assembleia Legislativa como vai implantar a biometria em mais 9 municípios do estado

Quinta, dia 21, às 11h, o staff do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão estará no plenário da Assembleia Legislativa para, em audiência pública específica, apresentar o projeto de implantação do recadastramento biométrico em mais 9 municípios do estado, incluindo São Luís, que tem 678.070 eleitores.
O convite foi feito pelo presidente do órgão, deputado estadual Arnaldo Melo. Na tarde desta terça-feira, 19, o desembargador José Bernardo Silva Rodrigues (vice-presidente, corregedor e ouvidor do TRE-MA) estendeu o convite da Assembleia a todos os servidores do Regional e ao público interessado.
“O TRE estará na Assembleia disponível para prestar os devidos esclarecimentos acerca da revisão do eleitorado de 9 cidades através do recadastramento biométrico. Todos estão convidados”, disse o membro da Corte.
Evento idêntico será realizado na Câmara Municipal de São Luís no dia 4 de março. A identificação biométrica do eleitor assegura que uma pessoa não se passe por outra na hora de votar. Com a biometria diminuem os riscos de fraudes nos procedimentos de votação e fica reduzido o tempo médio de espera do eleitor na fila.
Agendamento

O eleitor ludovicense pode agendar o dia e horário em que quer fazer seu recadastro biométrico – que começa no dia 4 de março e vai até 19 de dezembro de 2013 – acessando o site do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (www.tre-ma.jus.br) ou ligando para o Disque Eleitor (0800 098 5000).
Para o agendamento, basta o eleitor identificar no sistema o número de sua inscrição eleitoral ou nome completo, confirmar os dados que aparecem na tela e comparecer no dia e hora marcados (com antecedência de 30 minutos).
O eleitor deve comparecer no local escolhido com a cópia e original de documento de identidade e de comprovante de residência (conta de água, luz, telefone, correspondência oficial). Os homens nascidos até 31/12/1993 – que irão tirar título pela 1ª vez, são obrigados a apresentar também cópia e original do comprovante de quitação militar.
Se for eleitor de outro município e quiser transferir o título para São Luís, ele deve comprovar que reside na capital há mais de 3 meses (comprovante de no máximo 1 ano). O não comparecimento no dia e horário marcado acarretará no cancelamento do agendamento, o que implica em marcação de um novo.

Cidades

As cidades do Maranhão que passarão a usar a biometria na hora de votar em 2014 são: São Luís (678.070 eleitores), São José de Ribamar (91.033 eleitores), Barra do Corda (56.620 eleitores), Timbiras (19.224 eleitores), Jenipapo dos Vieiras (11.083 eleitores) e Fernando Falcão (6.597 eleitores).

Se o Tribunal Superior Eleitoral autorizar, também utilizarão a biometria os municípios de Coroatá (45.340 eleitores) Pirapemas (12.603 eleitores) e Peritoró (15.918 eleitores).

Os municípios que já usam a biometria são: Raposa (14.710 eleitores), Paço do Lumiar (47.422 eleitores), Cajapió (7.689 eleitores), São Vicente de Férrer (13.726 eleitores), São João Batista (16.089 eleitores) e Benedito Leite (3.474 eleitores).

24º BC comemora amanhã tomada de Monte Castelo

O 24º Batalhão de Caçadores realizará nesta quinta-feira (21), às 07:30 horas, a cerimônia em homenagem a tomada de Monte Castello, derrotando as forças nazi/fascistas ao final da Segunda Guerra Mundial..
O importante feito das tropas aliadas na 2ª Guerra Mundial, que enquadravam a Força Expedicionária Brasileira (FEB) em terras européias.
A formatura contará com a ilustre presença de ex-combatentes da FEB, verdadeiros heróis da democracia mundial, e em homenagem a todos os Brasileiros que tombaram em combate em defesa da liberdade.

Marina Silva, a Rainha da Selva, quer criar uma política sem políticos. Não há nada de novo nisso: fascistas de esquerda e direita também pensam assim

(Roberto Kenard)

Ano passado incluíram-me no facebook no grupo Nova Política.Quando a chamada de um dos textos do blog foi postada no grupo, um rapaz muito educadinho escreveu-me: elogiou meu texto e disse que havia orientação da nacional do movimento para que textos como o meu não fossem publicados. Perguntei-lhe a razão. Recebi como resposta: no grupo não eram aceitas críticas aos políticos porque isso era coisa da velha política.
O grupo, como sabem os informados, foi criado por Marina Silva, aquela senhora que chamo há 200 anos, portanto, antes de qualquer outro jornalista, de Rainha da Selva.
Mas, quem é essa senhora mesmo?
Peguemos apenas a biografia recente e mais a mão. Petista, chegou ao Ministério do Meio Ambiente. Sempre posou de imaculada, embora não tenha deixado o PT por condenar pelo menos um dos tantos escândalos de seus colegas de partido. Ao contrário, seguiu ministra mesmo após as incontestáveis denúncias do mensalão.
Deixou o PT por uma razão absolutamente pessoal: queria ser candidata a presidente da República. No PT jamais teria essa oportunidade. Os petistas não dão oportunidades a gente mais malandra do que eles, não é verdade?
Então ela se filiou ao PV para ser candidata a presidente. Teve como vice um milionário da área de perfumes e cosméticos e não um seringueiro. Não que eu seja contra milionários, seja de que área for. Ela que se passa por adversária de milionários e defensora dos pobres e oprimidos.
Fez uma campanha abstrata. Não era governo nem oposição, era candidata. Bom, quem procura anular a política e os políticos são os fascistas, de direita ou de esquerda. Marina era só a candidata defensora da sustentabilidade.
Ela não tem nada de tola, acreditem. Sabe que a classe média brasileira adora discursos vazios e quem faz política negando a política. Não custa lembrar de Fernando Collor. Esse senhor inventou que era caçador de marajás. Os informados sabíamos que ele não era caçador e conhecia somente marajás de filme. O resultado é conhecido: fundou uma República de marajás sem turbantes e elefantes, mas todos corruptos, a começar por ele.
Marina, a etérea, quer uma política sem políticos. Estamos aí a um passo do mais deslavado autoritarismo, anotem.
Ela quer um partido político que não seja partido político. Quer uma rede, ou como disse em discurso ontem em Brasília: que não seja arco, mas arco e flecha. E fez uma gracinha que vale por um ato falho: espera que a flecha não a atinga.
A rede de Marina não aceitará dinheiro de empresas sujas. Puxa, que bacana!, dirá um parvo. Eu não, eu pergunto: então, por que Marina, em 2010.aceitou a doação de mais de um milhão de reais da construtora Andrade Gutierrez? Ou o milhão de reais da Camargo Corrêa? E os 532 mil reais da Suzano Papel e Celulose?
Das duas, uma: ou Marina ficou pura desde hoje ou essas empresas são puras desde sempre.
Mas quando se trata de pureza, Marina Silva é um tanto desmemoriada. Na votação do Código Florestal, ela postou no twitter coisas, digamos, impensadas sobre o relator, deputado Aldo Rebelo. Ele foi informado e deu a resposta: fora procurado, quando presidente da Câmara dos Deputados. pela então ministra do Meio Ambiente. Quem era? Sim, Marina Silva. Pediu-lhe para abafar o escândalo de uns mognos apreendidos pelo Ibama que acabaram nas mãos de uma pessoa. Quem era a pessoa? Marido da Rainha da Selva e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Ontem, em Brasília, proclamou, sobre o futuro partido:
“Nem oposição nem situação, nós precisamos de pessoas que tenham posição”.
Bonito, não? Para ser marineiro o sujeito só precisa de uma coisa simples: não ser contra nem a favor, muito pelo contrário. Isso é que é ter posição!
Ela tratou de explicar esse ter posição:
– Se Dilma fizer algo bom para o país, nossa posição será favorável. Se estiver contra o Código Florestal, nossa posição é contrária.
Ou seja, Dilma pode permitir todo o tipo de patifaria, desde que não fique contra o Código Florestal sonhado por Marina. Reparem bem, o Código Florestal de Marina Silva é aquele, como bem caracterizou Aldo Rebelo, respondendo a uma estudante, que protege cobras e pererecas sem levar em conta que na beira do rio há também o homem.
Para terminar, não posso deixar de comentar que Marina Silva jura de pés juntos que não quer fundar um partido para ser candidata a presidente da República. Isso é o de menos. É mesmo!
Bom, sem chance de ser candidata pelo PT, ela tratou de ir para o PV, com a única e exclusiva intenção de se candidatara presidente da República. Perdeu a eleição e procurou dar um golpe na direção do partido para ser a mandachuva. Deu com os burros n’água. Agora quer ser presidente, mas não está a criar um partido com essa intenção. Eu fico comovido, sério.
Acontece que essa senhora que se quer portadora da mudança, da pureza e da política sem política pratica o que há de mais velho e atrasado: fundar um partido para chamar de seu. Lembram do velhos coronéis? Pois é. Não é à toa que a sua maior amiguinha na empreitada seja a vereadora Heloísa Helena. Justamente. Como Marina, pulou fora do PT e fundou o PSOL para disputar… Isso mesmo, a Presidência da República.
Logo, logo – se o projeto não falhar – teremos a República Nova das Coronelas. Parece que nossa sorte é que pobres, cobras e pererecas não caem nesse conto de freira da selva.

Mega-Sena pode pagar R$ 19 milhões nesta quarta-feira

O concurso 1.470 da Mega-Sena, que será sorteado nesta quarta-feira (20), pode pagar um prêmio de R$ 19 milhões para o apostador que acertar as seis dezenas, segundo a Caixa Econômica Federal.
Mais loterias

Caso apenas uma pessoa ganhe e queira investir em poupança, receberá mensalmente mais de R$ 78 mil em rendimentos. Se preferir, o apostador pode adquirir 38 imóveis no valor de R$ 500 mil cada, ou comprar uma frota de 158 carros de luxo.

No último sábado (16), ninguém acertou as dezenas e o prêmio acumulou. Os números que saíram foram: 04 -13 -35 -54 -56 – 58. Outros 105 apostadores acertaram a quina e levaram a quantia de R$ 15.231,81 cada. E mais 6.920 acertaram a quadra e levaram R$ 330,16 cada uma.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica da Caixa. O valor da aposta mínima, com seis números, é de R$ 2.