Neta de Portinari foi encontrada morta pelo pai submersa em banheira

portinari

 

Maria Candida Portinari, 16, neta do pintor Candido Portinari, foi encontrada submersa na banheira, após um vazamento de gás do aquecedor do apartamento de sua família em um condomínio de classe média alta de São Conrado, na zona sul do Rio. Ela estava desacordada quando o pai, João Cândido Portinari, 74, a encontrou. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas a adolescente teve uma parada cardíaca e morreu antes de ser socorrida.

A suspeita é que um vazamento de gás do aquecedor tenha feito Maria Candida desmaiar no banho e morrer por afogamento. A hipótese só será confirmada após a conclusão do laudo pericial.

A jovem conversava com os pais e o namorado, quando os dois decidiram ir ao cinema. Ela foi tomar banho para se arrumar para sair. Já no banho, teria conversado com uma empregada da família, que cuidava dela desde pequena. Quando a empregada saiu, Maria Candida pediu que ela fechasse a porta.

Segundo o relato de um amigo da família, após algum tempo, João Cândido sentiu o cheiro do gás e subiu para o banheiro.

“É inacreditável que uma coisa dessas possa ter acontecido com uma menina como ela, tão cheia de vida”, disse Christina Gabaglia Penna, madrinha da jovem e ex-diretora do Projeto Portinari.

RISCO

 Segundo Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ (conselho regional de engenharia do Rio), o uso de aquecedores dentro dos banheiros deve ser evitado.

“Quem não tem condições de retirar o equipamento deve tomar cuidado redobrado com a ventilação, deixando uma janela constantemente aberta e uma porta que não vede completamente o banheiro”, disse o engenheiro.

Segundo a CEG Rio (Companhia Estadual de Gás), as casas da região têm gás fornecido por botijões e não fazem parte da sua rede.

Coreia do Norte põe tropas em posição de combate e mira EUA

coreanos

A Coreia do Norte colocou nesta terça-feira (26) suas tropas em posição de combate, com armas apontadas para alvos americanos em Guam (na Oceania), no Havaí, e também no continente dos Estados Unidos.

O governo norte-coreano ordenou que suas unidades de mísseis estratégicos estejam prontas para disparos.

“O comando superior do Exército Popular da Coreia declara que todas as tropas de artilharia, incluindo as unidades de mísseis estratégicos e as unidades de artilharia de longo alcance devem estar em preparadas para combate de classe ‘A’”, informa comunicado da Agência Central de Noticias Coreana, a “KCNA”.

A nova ameaça é represália aos novos sobrevoos de caças americanos sobre a península coreana, durante exercícios conjuntos com a Coreia do Sul.

A KCNA informou que as unidades de artilharia da Coreia do Norte também têm na mira alvos da Coreia do Sul.

“Mostraremos a dura reação de nossa Exército e povo”, diz a nota norte-coreana. “Para salvaguardar através de ações militares nossa soberania e dignidade”, acrescenta o comunicado.

Horas antes, a agência destacou que o líder norte-coreano Kim Jong-un dirigiu pessoalmente exercícios de defesa com fogo real na costa leste do país.

Coreia do Sul
O ministro de Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin, ordenou as tropas a responder com dureza a qualquer agressão.

Analistas duvidam
Apesar do lançamento com êxito do um foguete de longo alcance em dezembro – que a Coreia do Sul e seus aliados consideraram um teste de míssil balístico -, analista acreditam que Pyongyang ainda precisa de muitos anos para desenvolver um verdadeiro míssil intercontinental que possa atingir o território dos Estados Unidos.

Havaí e Guam também estariam fora do alcance de seus mísseis de médio alcance, que no entanto seriam capazes de atacar as bases militares americanas na Coreia do Sul e Japão

Norte-coreanos apontam mísseis para bases dos Estados Unidos.
Alvos seriam bases em Guam, Havaí e no continente americano.

A Coreia do Norte colocou nesta terça-feira (26) suas tropas em posição de combate, com armas apontadas para alvos americanos em Guam (na Oceania), no Havaí, e também no continente dos Estados Unidos.

O governo norte-coreano ordenou que suas unidades de mísseis estratégicos estejam prontas para disparos.

Líder norte-coreano Kim Jong-un supervisiona exercício 
militar de suas tropas. (Foto: KCNA / Via Reuters)Líder norte-coreano Kim Jong-un supervisiona exercício militar de suas tropas. (Foto: KCNA / Via Reuters)

“O comando superior do Exército Popular da Coreia declara que todas as tropas de artilharia, incluindo as unidades de mísseis estratégicos e as unidades de artilharia de longo alcance devem estar em preparadas para combate de classe ‘A’”, informa comunicado da Agência Central de Noticias Coreana, a “KCNA”.

A nova ameaça é represália aos novos sobrevoos de caças americanos sobre a península coreana, durante exercícios conjuntos com a Coreia do Sul.

A KCNA informou que as unidades de artilharia da Coreia do Norte também têm na mira alvos da Coreia do Sul.

“Mostraremos a dura reação de nossa Exército e povo”, diz a nota norte-coreana. “Para salvaguardar através de ações militares nossa soberania e dignidade”, acrescenta o comunicado.

Horas antes, a agência destacou que o líder norte-coreano Kim Jong-un dirigiu pessoalmente exercícios de defesa com fogo real na costa leste do país.

Coreia do Sul
O ministro de Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin, ordenou as tropas a responder com dureza a qualquer agressão.

Analistas duvidam
Apesar do lançamento com êxito do um foguete de longo alcance em dezembro – que a Coreia do Sul e seus aliados consideraram um teste de míssil balístico -, analista acreditam que Pyongyang ainda precisa de muitos anos para desenvolver um verdadeiro míssil intercontinental que possa atingir o território dos Estados Unidos.

Havaí e Guam também estariam fora do alcance de seus mísseis de médio alcance, que no entanto seriam capazes de atacar as bases militares americanas na Coreia do Sul e Japão

Audiência pública homenageia única sobrevivente da ‘Casa da Morte’

Única sobrevivente da “Casa da Morte”, centro de tortura mantido pela ditadura militar em Petrópolis (RJ), Inês Etienne Romeu foi homenageada em uma audiência pública na Assembleia Legislativa. O encontro foi promovido nessa segunda-feira (25) à noite pela Comissão Nacional da Verdade, juntamente com a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva. Debilitada, Inês, não pôde, no entanto, comparecer à audiência.

Militante da Vanguarda Popular Revolucionária, ela nasceu em 1942 e foi presa em 1971, acusada de participar do sequestro do embaixador suíço. Ficou 96 dias na “Casa da Morte”, sendo a única pessoas que se conhece que saiu viva do local. Enquanto esteve lá foi torturada, estuprada e humilhada. Só sobreviveu porque fingiu concordar em colaborar com o regime para denunciar companheiros de luta.

“Levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios. A certa altura, o Doutor Roberto [torturador] disse que eles não queriam mais informação alguma, estavam praticando o mais puro sadismo. Eu já havia sido condenada à morte e ele, Doutor Roberto, decidira que ela seria a mais lenta e dolor possível, tal ódio sentia pelos terroristas”, disse Inês em depoimento lido na ocasião e que faz parte do livro Luta, Substantivo Feminino.

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, destacou a importância da resistência de Inês. “A sua coragem e ousadia permitiram que soubéssemos da existência da ‘Casa da Morte’”, disse em um discurso emocionado em que também ressaltou o significado pessoal que a cerimônia tinha para ela. “Eu não estou aqui na condição de ministra, estou na condição de mulher, de ex-presa política, de amiga da Inês”.

Eleonora lembrou como a experiência da prisão marcou profundamente as mulheres que sofreram nos porões da repressão. “É importante reconhecer, nós temos força, mas muitas das nossas doenças são decorrentes do que passamos na cadeia. Por outro lado, a nossa força vem dela, a disciplina, a determinação e a nossa ética com a coisa pública”, acrescentou, pouco antes de encerrar sua participação.

Integrante da comissão estadual, Amélia Teles falou sobre as dificuldades das mulheres para superar as agressões sexuais a que foram submetidas pelos agentes da ditadura. “Faz 40 anos e eu falo com dificuldade (sobre isso)”, disse. “É um peso muito grande falar da violência sexual, você fica muito estigmatizada”.

Amélia contou que até o fato de ser mãe foi usado contra ela nas torturas em que exploravam o gênero da vítima para aumentar o sofrimento. Seus filhos pequenos foram levados para dentro da sala de tortura e viram seu corpo coberto de hematomas. Além disso, Amélia revelou fortes agressões sexuais que sofreu quando tinha 27 anos. “Em uma dessas sessões, um torturador da Operação Bandeirante, que tinha o nome de Mangabeira, se masturbava em cima do meu corpo quando eu estava amarrada na cadeira do dragão”, contou.

A homenagem a Inês foi o primeiro encontro do Ciclo de Debates Verdade e Gênero, que discutirá a violência contra a mulher durante a repressão. Participaram da audiência o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, e a psicanalista Maria Rita Kehl, que também integra a comissão.

 

Volante inglês chama Neymar de “Justin Bieber “ do futebol

Volante inglês

 

LONDRES (INGLATERRA) – Assim que a Seleção Brasileira entrou em campo para enfrentar a Rússia em amistoso, Joey Barton logo se anunciou pelo Twitter como telespectador da partida. E, assim como na derrota contra a Inglaterra, o volante do Olympique de Marselha esbanjou criatividade para ‘cornetar’ Neymar e o time treinado por Luiz Felipe Scolari.

Usando a expressão #neymarwatch para dizer que ficaria de olho no craque santista, o inglês fez a primeira críica à equipe canarinho assim que os russos abriram o placar em Stanford Bridge. A comparação foi com um famoso time de exibição do basquete norte-americano: “Foi um verdadeiro gol de pelada. O Brasil já não é mais aquele Brasil. São como os Harlem Globetrotters viajando pelo mundo.”

Barton ganhou destaque após o revés para os ingleses por desdenhar do futebol de Neymar. Novamente ele deixou claro que o camisa 11 está muito abaixo de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, mas viu no atacante o jogador mais empenhado com a camisa amarelinha. Apesar do elogio, afirmo que “as pessoas deveriam parar de falar sobre o ‘pônei.’”

Na análise mais dura sobre Neymar, no entanto, Barton afirmou que o santista pode ser uma criação do site de vídeos YouTube. “É incrível como YouTube pode criar jogadores bons. Neymar é o Justin Bieber do futebol”, disparou o meio campista, que elogiou o desempenho de Hulk, atacante que participou da jogada que garantiu o empate em 1 a 1 com a Rússia.

Vou ser avô pela segunda vez

Tâmara Rodrigues

Esta é uma segunda-feira marcante na minha vida, sob todos os aspectos. Recebi a notícia ainda estou festejando a gravidez da minha filha querida, Tâmara Rodrigues Brito, empresária e futura psicóloga.

Quem primeiro me deu a notícia foi outra filha amada, Anaya, fisioterapeuta, jovem  mulher de fibra, uma lutadora competente e que busca seus horizontes com muita fibra.

Quase não acreditei. Parece que foi ontem que fui buscar a Tâmara na maternidade, num fusca do extinto Jornal de Hoje. Seu Chico era o motorista. Foi deixá-la em casa e partir para a bebemoração com a rapaziada no Monte Castelo.

Uma festa que custou acabar. Fui uma “tamarafolia” danada. Valeu a pena.  Não esqueço  dos primeiros  passos, das primeira palavras balbuciada, como um “papá” que   quase me leva às lágrimas.

O primeiro colégio de evangélicos, para logo em seguida ser transferida para o Instituto Farina,  depois o Dom Bosco. A outra fase, a faculdade. A vida segue seu curso e a grande surpresa, quando o marido, Eunatan Brito junto com ela chegaram ao gabinete lá na Câmara Municipal, anunciando o  noivado.

Pouco tempo depois, já estavam casados. Um jovem casal com grande futuro, enriquecido agora com o anúncio do primeiro filho, cujo sexo ainda não se sabe. Seja homem ou mulher, virá trazendo alegria, muita felicidade.

É a segunda vez que serei  avô. A primeira neta, a Milena, filha do Marco Aurélio, mora no Espírito Santo. Guardo a foto dela com muito cuidado, repleto de saudades. Tâmara, assim como os demais filhos, fazem parte de um tesouro particular, que guardo no coração, sempre vislumbro com a alma esses seres que são a extensão da minha vida.

Que minha filha querida saiba que escrevo estas poucas e mal traçadas repleto de emoção. Como é bom ser pai e melhor ainda ser avô. Parabéns, Tâmara, que seja uma boa mãe, assim como é excelente esposa, uma boa irmã e ótima filha!

 

Mulherofóbicos

(Cunha Santos )

Se o vocábulo não existia, está criado. São pessoas que, independente da orientação sexual, não gostam de mulheres ou acham que o Criador as trouxe ao mundo como mero acessório do homem, apenas para dignificar ou dar brilho e beleza à perpetuação da espécie. Para estes, a mulher deve permanecer escravizada às decisões masculinas e entre estes há os que vão mais longe, achando que o corpo delas é imoral e deve estar coberto da cabeça aos pés, como os fundamentalistas de Maomé.

Frases se repetem: “Lugar de mulher é na beira do fogão e no tanque de lavar roupas”. “O grande Movimento de mulheres ainda é o dos quadris”. “A mulher é um animal de cabelos longos e idéias curtas” e por aí vai. Preconceito e medo, talvez mais medo que preconceito, orientam essa fobia, ao contrário do que muitos pensam, agravada nos tempos modernos em que, no caminho da luta pela liberdade, as mulheres são maioria nas universidades, ocupam a maioria dos empregos, tem vagas nos parlamentos, são chefes de homens nas repartições públicas, executivas nos empreendimentos privados, dominam espaços antes exclusivos como a literatura e a poesia e em grande parte já não dependem dos homens para criar, educar e sustentar os filhos.

A indisfarçável moral burguesa do século 21 fez da mulher esse animal assustador, com brilho intelectual próprio, com opinião própria, que não aceita imposições e a reação do Macho Alfa foi violenta: uma sangueira de sopapos, equimoses, luxações, lesões corporais, pontapés, tiros e facadas contra a mulher nos lares brasileiros humilha a condição humana.

E é a Assembléia Legislativa do Maranhão, hoje, a Casa de Governo onde repercute mais negativamente a maior ousadia feminina. Os homens descobriram que também a mulher é um animal político, em todas as suas versões aristotélicas. E essa condição está interferindo para que ali não se instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a violência contra a mulher. Eles temem que presidindo uma mulher essa Comissão, a deputada Eliziane Gama, torne-se ela mais tarde um empecilho às pretensões eleitorais do governo, uma força de oposição que não gostariam de enfrentar.

É um retrocesso monumental, no caráter político e humano de todas as reivindicações do mundo moderno. Uma eleição não pode ser mais importante que a evidência de todas as agressões covardes, aos milhões, que se perpetram nos lares do país; que a oportunidade de punir uma violência histórica, de natureza física e psicológica que, além de tudo, embrutece os filhos, criando bolsões de ódio, fúria e desagregação incontroláveis.

Imaginem que no Maranhão e somente no Maranhão uma CPI da Violência Contra a Mulher pode ter como presidente e relator dois homens, o que em outro estágio poderia até ser um sinal de evolução. Mas sabemos que não é assim. São elas que estão apanhando e são os homens que estão batendo.

 

E-mail pra dona Bibi

Email_Dona_Bibi

Ei, gata linda, muito bom dia! Na certeza de que está tudo às mil maravilhas por aí,  te adianto que aqui embaixo o clima começa a pegar fogo. Tudo por conta das eleições de 2014. Pelo visto,  as famílias Lobão e Sarney começam a abrir um fosso divisório, após tantos anos de lutas juntos pela manutenção do poder de um grupo.

Negócio é o seguinte, gata: O ministro das Minas e Energia quer porque quer ser candidato ao governo do Estado. A governadora Roseana Sarney está batendo o pé e já lançou o candidato à sucessão dela, o secretário de Infraestrutura, Luiz Fernando Silva.

Por enquanto, a briga entre os Lobão e os Sarney está nos bastidores, mas algumas ações apontam para um grande estremecimento de alto grau  na escala Ritcher. Dias destes, a TV Difusora abriu fogo contra o governo do Estado.

A resposta do governo começou pelo Cintra, escola criada pela Fundação Nice Lobão e mantida pelo Estado. O diretor da unidade de ensino, Arnaldo Martinho, foi convocado para dar explicações sobre atraso do início do ano letivo na Assembléia Legislativa.

Interessante é que a convocação só saiu por conta dos votos dos parlamentares governistas, os mesmos que não aceitam nem sob o pau-de-arara, que o secretário de Educação, Pedro Fernandes, seja convocado.

E assim caminha a humanidade no Maranhão.

Olha, tua netinha, a Lívia deu uma pequena derrapada. Na matemática. Nota 8.25. A mais baixa tirada por ela até então. A luze vermelha foi acesa, para desespero da Elineusa. Bem, vamos agora às mais importantes da semana.

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Olha, fofura, acontece cada uma por aqui que só quem é acostumado para

Acreditar. A deputada Eliziane Gama conseguiu criar uma CPI, para apurar violência contra a mulher.

Estranhamente, a parlamentar ficou fora do grupo de trabalho. A tradição por estas bandas era a de que o parlamentar autor da proposta de CPI conduzisse os trabalhos. Tem algo de estranho acontecendo na AL.

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Todos os católicos ainda festejam a entronização do Papa Francisco I. É o primeiro da ordem dos franciscanos e o primeiro da América  Latina. Tem dado exemplos de humildade.

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Primeiramente  o Papa evitou aqueles paramentos bordados em ouro e costuma quebrar  o protocolo para abraçar deficientes, idosos e quem acha que deve fazer afago.

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Esta semana, recebeu a visita da presidente Dilma. Se soubesse como foi o aparato da dirigente brasileira, talvez tivesse inventado uma desculpa para não recebê-la.

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Dilma chegou a Roma na companhia de uma comitiva composta de 54 assessores e alugou uma frota de 17 veículos, para que o grupo fizesse seus traslados inesquecíveis pela histórica cidade. Todos ficaram hospedados em hotel de luxo.

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O pau está cantando na cidade de Santa Helena, na Baixada Maranhense. O prefeito Lobato, que é primo da ex-prefeita Helena Pavão, decidiu passar a limpo a administração da antecessora.

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De imediato, determinou à sua bancada na Câmara Municipal, que votasse pelo cancelamento do concurso público realizado na administração passada, por suspeição de irregularidades.

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É briga de cachorro grande. Lobato é aliado do presidente da EMBRATUR, Flávio Dino. Helena Pavão é esposa do conselheiro João Jorge Pavão, do Tribunal de Contas do Estado.

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Ei, gatinha, confirmaram esta semana aqui pro teu pretinho, que a governadora Roseana Sarney vai deixar o governo em tempo hábil, para se candidatar ao Senado.

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Habilmente, conseguiu convencer  o seu vice, o petista Washington Oliveira a aceitar uma cobiçada vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão.

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Só otário iria acreditar na história de que Roseana Sarney deixaria a vida pública após  concluir o mandato. Ela no Senado é questão de sobrevivência política da família.

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O pau está cantando na cidade de Santa Helena, na Baixada Maranhense. O prefeito Lobato, que é primo da ex-prefeita Helena Pavão, decidiu passar a limpo a administração da antecessora.

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De imediato, determinou à sua bancada na Câmara Municipal, que votasse pelo cancelamento do concurso público realizado na administração passada, por suspeição de irregularidades.

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É briga de cachorro grande. Lobato é aliado do presidente da EMBRATUR, Flávio Dino. Helena Pavão é esposa do conselheiro João Jorge Pavão, do Tribunal de Contas do Estado.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, está arrumando mais um parangolé. Defendeu nesta quinta-feira (21) o fim do sigilo da identidade de investigados em inquéritos na corte.

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Ele cobrou que o ministro Luiz Fux, relator de ação sobre o caso, libere processo de sua relatoria para a análise dos demais ministros.

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Deputados federais, senadores e ministros estão entre as autoridades que têm foro privilegiado no Supremo para investigações criminais.

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Desde 2010, quando os inquéritos são abertos, em vez de aparecer o nome completo do investigado, ficam disponíveis apenas as iniciais, prejudicando a possibilidade de identificação. O relator de cada inquérito, porém, tem autonomia para decidir se haverá divulgação dos nomes.

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Já o “Zé Mané”, quando responde a processo, seja qual a instância, tem o nome estampado pela imprensa e é execrado publicamente. Já os “nobres parlamentares”, mesmo pilhados em roubalheiras, recebem todo tipo de proteção.

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Ta boa a briga entre o Luis Cardoso e o Ilso Mateus. Cardoso acusa o dono da rede de supermercados de sonegação fiscal. Ilson botou o jornalista nas barras da Justiça.

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O deputado estadual Edson Araújo está correndo o risco de perder o mandato. É acusado de haver “pescado” muitos votos, através da entidade que dirige, a Federação das Colônias de Pesca do Maranhão.

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O vereador Francisco Chaguinhas botou pra quebrar esta semana na Câmara. Disse que vai pedir a criação da CPI da Multicooper. É uma cooperativa que terceirizava serviços para a Prefeitura. Recebia o dinheiro e não pagava os funcionários.

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O Brasil perdeu uma de suas melhores vozes. Emílio Santiago fez a viagem celestial. Já está cantando com os anjos por aí, minha gata.

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Bem,  fofinha, com essa, teu neguinho vai ficando por aqui, garantindo que retorna na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque ele é bom.

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Beijão do filhote amado

Djalma

 

Lobão ainda não baixou a guarda e diz que quer disputar o governo

Lobão candidato

Diogo Emir (O Imparcial)

Enquanto alguns apostavam que o ministro das Minas e Energias, Edison Lobão (PMDB), anunciaria um possível desinteresse nas eleições para governador do estado em 2014 durante as atividades do Encontro de prefeitos do PMDB, a expectativa foi totalmente desfeita, após o seu discurso, quando perguntando se desejava disputar o governo “Não descarto a possibilidade. Eu serei o que o destino reservar para mim e o meu grupo quiser que eu seja”, revelou. O senador maranhense deu claras evidências que permanece empolgado com a possibilidade e mantém o desejo de concorrer ao cargo, apesar de frisar que o partido tem excelentes quadros.

“Devo declarar que tenho legitimidade de pleitear o cargo se assim desejar”, sentenciou Lobão. Logo após discorreu sobre o seu currículo, o qual voltou a afirmar, ser este o principal motivo dele ter total condições de ser candidato, “tenho 30 anos de vida pública, fui deputado por dois mandatos, sou o segundo senador mais antigo, fui líder do governo, presidente do senado e governador do estado”.

Porém a frase que marcou o posicionamento de Edison Lobão foi quando este revelou que a decisão de se candidatar ou não, cabe somente a ele: “está em mim à decisão de ser candidato ou não”, mas o peemedebista deixou bem claro que a sua vontade ainda depende dos demais correligionários de partidos, os quais devem avalizar o seu nome, caso a intenção seja confirmada.

O senador maranhense ainda deixou claro que o PMDB tem outros nomes que podem ser apresentados à disputa, como: o ministro do Turimo Gastão Vieira, o senador João Alberto e o secretário de Infraestrutura João Alberto, estes últimos dois presentes no evento. Entretanto somente o ex-chefe da Casa Civil quis falar sobre o assunto.

Mantendo o discurso de que ainda é muito cedo para falar de eleições. “Eu quero pedir que todos se concentrem no trabalho, em 2012 teve eleição, em 2014 vai ter eleição, então vamos aproveitar em 2013 para fazer o que o povo tá precisando”. Este posicionamento de Luís Fernando já tinha sido revelado em entrevista a O Imparcial em janeiro deste ano.

Em relação a uma possível preparação para as eleições de 2014, através da realização de pesquisas de opinião pública, Luís Fernando destacou, “quem estiver fazendo pesquisa eleitoral com dois anos de antecedência, dá provas que não entende de política e tá jogando dinheiro fora”.

O encontro promovido pelo PMDB ainda reuniu deputados estaduais e federais, secretários estaduais, prefeitos e vereadores de diversos municípios do estado, a intenção do partido era alinhar o discurso, discutir políticas a serem desenvolvidas em 2013 e iniciar o debate “sobre o que o partido está pensando para 2014”, de acordo com o presidente municipal Roberto Costa.

Corrida eleitoral – O ministro Lobão durante o seu discurso ainda falou sobre as investidas do secretário de infraestrutura, em todo o estado, ao participar de inaugurações, assinaturas de ordem de serviço e demais ações do governo estadual. “O Luís Fernando e os demais tem o direito de fazerem seu pé de meia política, isso é um direito natural do político, eu é que não preciso mais fazer”, destacou e ainda completou: “por isso volto a repetir, está em mim a decisão de ser candidato ou não”.

Coincidência ou não, o ex-prefeito de Ribamar se retirou do Encontro antes do discurso de Lobão, Luís Fernando se dirigiu a cidade de Imperatriz onde participa de diversas inaugurações e atividades do governo.

 

Muçulmana condenada à morte por postar foto com seios à mostra na Internet

mulçumana

Blog de Ricardo Setti

 

 Ela se chama Amina, tem 19 anos de idade, nasceu e vive na Tunísia, país que, teoricamente, tornou-se uma democracia após a chamada “Primavera Árabe” que derrubou a ditadura do eterno presidente Zine el-Abidine Ben AliAmina, em janeiro de 2011.

 

Mas Amina cometeu um pecado mortal em uma sociedade islâmica — e por essa razão foi condenada à morte por um sacerdote islâmico, enquanto a família tomou suas providências: rapidamente internou-a em uma instituição psiquiátrica em Túnis, capital do país.

 

O pecado: a jovem postou fotos suas de seios de fora na web page que ela criou, na Tunísia, para o grupo feminista radical ucraniano Femen, constituído por ativistas que se desnudam em público por diferentes causas, sempre protestando contra algo.

 

Uma das fotos mostra Amina lendo e fumando um cigarro, tendo no peito a inscrição em árabe da frase “meu corpo pertence a mim e não é a fonte da honra de ninguém”. Em outra foto, ela aparece levantando um dedo médio para a câmera com a inscrição: “F…-se a moral de vocês”.

 

Corintianos presos na Bolívia estão sendo torturados

Esquecidos pelo governo, os torcedores corintianos são torturados na prisão em Oruro e sofrem com a chantagem de bolivianos, que querem dinheiro para libertá-los

Amauri Segalla, Claudio Dantas Sequeira e Rodrigo Cardoso  (Istoé)

TORTURA
Em uma madrugada, seis brasileiros presos na Bolívia foram retirados
de uma espécie de solitária e obrigados a ficar nus no pátio da
prisão, a uma temperatura próxima de zero grau, por meia horacirintianos presos

Na Inglaterra do século XVIII, uma forma de tortura assombrava os prisioneiros. Quando nevava ou chovia forte, eles eram obrigados a passar as madrugadas ao relento, distantes uns dos outros para evitar que se aquecessem, e completamente nus. Na Bolívia do século XXI, seis brasileiros foram arrancados, durante a noite, de suas celas na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, levados ao pátio aberto e forçados a tirar a roupa. Ficaram assim durante 30 minutos e a uma temperatura próxima de zero grau. Nos gulags, os campos de confinamento de presos políticos erguidos na União Soviética de meados do século passado, os detentos rebeldes eram trancafiados em um quarto escuro, sem janela e banheiro, e ali ficavam vários dias em meio a fezes e restos de alimentos. Na Bolívia do século XXI, alguns brasileiros foram levados para um cárcere – o “calabouço”, como os guardas chamam esse lugar – sem acesso a luz natural e desprovido de vaso sanitário, e lá permaneceram até que alguém achasse que o castigo era suficiente.

Tudo isso é grave, tudo isso é bárbaro, mas a afronta que remete a um passado sombrio é ainda mais repulsiva diante da quase certeza de inocência dos brasileiros. Eles são os 12 corintianos detidos sob a suspeita de participação na morte de Kevin Beltrán Espada, o adolescente boliviano de 14 anos que foi atingido, há pouco mais de um mês, por um sinalizador quando via uma partida de futebol. Provas inequívocas, porém, revelam que as suspeitas não têm cabimento. A polícia boliviana já possui elementos suficientes para confirmar a ausência de culpa da maioria dos corintianos presos em Oruro. Se é assim, por que eles continuam detidos? Por que estão sendo torturados? Por que foram abandonados pela diplomacia brasileira? Por que o Brasil virou as costas para eles?

A resposta para todas essas perguntas parece convergir para um único caminho: eles são desprezados porque são torcedores de futebol. Por mais que as torcidas organizadas tenham protagonizado pavorosos atos de violência nos últimos anos (e é lamentável a ineficiência da Justiça brasileira, incapaz de levar à cadeia criminosos travestidos de torcedores), não está certo deixar os corintianos à própria sorte apenas porque eles pertencem a grupos repudiados pela sociedade. É impossível dizer com certeza se algum dos torcedores presos já se comportou mal diante de fãs de times rivais (provavelmente sim), mas isso deveria dizer respeito a outra investigação. No que se refere à morte de Kevin, a maioria dos corintianos já provou ser inocente. Basta observar com atenção as imagens de vídeo gravadas no dia da tragédia.

No exato momento em que o sinalizador é disparado, alguns torcedores que mais tarde seriam presos pelos bolivianos tocavam tambores animadamente. Como poderiam ter usado as mãos para acender o artefato fatal se elas estavam, conforme revelam as gravações, ocupadas com instrumentos musicais? Outros que também foram arrastados para o presídio nem sequer tinham entrado no estádio quando o sinalizador foi disparado, informação que é confirmada pelos próprios policiais bolivianos. E há ainda o depoimento de um garoto de 17 anos que confessou o crime para as autoridades brasileiras (embora a autoria do disparo do sinalizador não tenha sido oficialmente confirmada pela perícia boliviana). Isso tudo só reforça a arbitrariedade das prisões e o absurdo da permanência dos corintianos no presídio de San Pedro. Por que, então, a diplomacia do Brasil não os retira daquele inferno? “O governo brasileiro tem feito gestões para garantir um tratamento humanitário aos cidadãos detidos em Oruro, mas não pode interferir no Judiciário boliviano”, diz Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores.

Embora tenha acionado a embaixada em La Paz, o Itamaraty trata o caso de forma burocrática. Patriota chegou a telefonar para seu colega boliviano, David Choquehuanca, e comentou superficialmente sobre o caso em encontro recente com o presidente Evo Morales. Nos últimos dias, o assunto perdeu importância na agenda do chanceler e ficou restrito ao âmbito consular. O que significa isso? Certamente uma má notícia para os corintianos. Apenas profissionais de perfil técnico, que carecem de respaldo político, trabalham para tirar os torcedores da Bolívia. Em outras palavras: sem o peso de autoridades do alto escalão, a chance de os brasileiros se livrarem do cárcere diminui consideravelmente. Um diplomata declarou à ISTOÉ que o governo não tem se esforçado em defender os torcedores organizados do Corinthians porque teme o desgaste político que isso possa acarretar. Ninguém quer, nestes tempos pré-eleitorais, associar sua imagem com torcidas que possuem históricos de violência. O que o governo brasileiro não entendeu é que essa questão não tem nada a ver com futebol. Fossem os torcedores presos são-paulinos, flamenguistas ou palmeirenses, não faria diferença alguma. Se eles são inocentes, como é o caso dos corintianos em Oruro, devem ser libertados imediatamente. Mesmo se fossem culpados, torturas como a praticada nos calabouços bolivianos não são aceitáveis.

Talvez as autoridades se sensibilizem ao ouvir o relato dos torcedores. O repórter Rodrigo Cardoso entrevistou, por telefone, seis dos 12 corintianos encarcerados (leia os depoimentos nos quadros desta reportagem). Ele conseguiu a façanha graças a uma aberração do sistema prisional boliviano. Dentro da cadeia de San Pedro há um orelhão. Basta discar o número do telefone – e ter a sorte de não ser maltratado pelo boliviano do outro lado da linha – para conversar com os detentos. Isso mesmo. Digamos que fulano tenha praticado um crime. Se você quiser falar com ele, é só telefonar. É assim que os familiares dos corintianos matam a saudade e colhem notícias do sufoco que os brasileiros estão enfrentando.

Nas conversas com os corintianos, sentimentos como tristeza, revolta e, principalmente, pânico revelaram-se à reportagem de ISTOÉ. “Ou a gente mata um ou a gente morre”, diz Danilo Silva de Oliveira, 27 anos. Sua maior preocupação são os presos bolivianos, que carregam facas e punhais sem serem importunados pelos policiais. Os brasileiros são odiados e temem um acesso de fúria dos outros presidiários, muitos deles usuários de drogas, que são consumidas ali mesmo, diante de todos. Danilo já foi quatro vezes para o hospital. A bronquite, que desde a infância não dava sinal de vida, reapareceu na Bolívia. Além disso, a dor provocada por uma infecção urinária, associada a diarreia, o impede de dormir direito.

Danilo não é o tipo que costuma ser ligado a torcidas organizadas. Ele já trabalhou em empresas como Coca-Cola e Telefônica e hoje dá expediente como assistente de logística e com carteira de trabalho registrada, em uma companhia especializada em transportes. Em sua casa de classe média na zona sul de São Paulo, o quarto está recheado de símbolos do Corinthians – o travesseiro, o cobertor, os porta-retratos, tudo lembra seu time de coração. Os pais jamais aprovaram a paixão sem limites pelo Corinthians e tentaram convencê-lo a abrir mão da viagem para a Bolívia, que ele planejou por estar de folga no trabalho. “Meu filho é um menino carinhoso, que adora ficar em casa com a namorada e detesta briga”, diz Lucimar Silva de Oliveira. Nesse aspecto, ele parece mesmo fugir do estereótipo do monstro que, na visão das pessoas, frequenta as torcidas organizadas. Na certa, há muita gente nesses grupos que só pensa em violência e faz um mal danado para o futebol. Mas há pessoas que certamente não são assim.

As famílias têm sofrido tanto quanto os torcedores presos. É triste ver a preocupação estampada na cara da cozinheira Joselita Neves, mãe de Fábio Neves, um dos torcedores que tiveram o azar de ir para o calabouço na Bolívia. “O Fábio não me conta tudo, mas sei por outras pessoas que ele está sofrendo muito”, diz dona Joselita, afundada no sofá amarelo de sua sala. Desde que soube que o filho está preso, ela passou a viver à base de calmantes. Nos últimos dias, tem enfrentado problemas financeiros. Quem mantém a casa é o próprio Fábio, que ganha entre R$ 300 e R$ 400 por semana para vender frutas em São Paulo. Sem o dinheiro dele, o aluguel de R$ 800 atrasou e o dono do imóvel não para de cobrar a fatura. Para piorar, dona Joselita recebeu na quarta-feira 20 a conta do celular: R$ 1,2 mil, resultado de seus telefonemas diários para a Bolívia. Quem vai arcar com a fatura? Ela não tem a menor ideia. “O Corinthians, o governo do Brasil, os políticos, ninguém me ligou para saber como uma mãe desesperada está se sentindo”, diz ela. Para a direção corintiana, a situação é complicada. Prestar ajudar significa assumir que eles são parte indissociável do clube – e, assim, assumir a responsabilidade pelos atos dos torcedores. Não fazer nada parece soberba e indiferença. É uma equação que não fecha e o Corinthians não sabe como resolver.

O abandono dos torcedores corintianos só não tem sido maior pela ação isolada de algumas pessoas. No caso do Corinthians, dois diretores conversam com frequência com os presidiários na Bolívia. No Brasil, o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) tem sido uma figura importante para ajudar os torcedores detidos. São-paulino de coração, Feldman, por razões eleitorais ou não, abraçou a causa. Há duas semanas, aproveitou uma viagem à Bolívia para visitar os corintianos e ficou estarrecido com o que viu. “Dentro do presídio, as condições são desumanas e está claro o risco de vida que os brasileiros correm”, diz Feldman, que criou um grupo na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para tratar da libertação dos torcedores corintianos. Segundo ele, é certo que, no dia 4 de abril, uma comitiva de autoridades brasileiras irá à Bolívia para negociar com a Justiça local a transferência dos torcedores para uma prisão domiciliar. Em Oruro, os advogados de defesa dos torcedores se preparam para impetrar um pedido de habeas corpus. Essa é a nova esperança que alimenta os brasileiros presos. Quando esteve na Bolívia, Feldman foi alertado sobre o “conteúdo político” da prisão dos corintianos. Seria uma espécie de retaliação ao refúgio dado pela embaixada brasileira ao senador Roger Pinto, da oposição. O parlamentar, do partido de direita Convergência Nacional (CN), responde a mais de 20 processos na Justiça boliviana por acusações que vão de corrupção à chacina de indígenas.

No filme “Expresso da Meia-Noite”, do cineasta inglês Alan Parker, um americano sofre o diabo em uma prisão turca, que aparece como o verdadeiro inferno na terra, dominada por assassinos, traficantes e gente que está disposta a tudo para fazer o mal a outras pessoas.  Os cárceres bolivianos não estão muito longe disso. Além dos maus-tratos aos presos e da prática abominável da tortura, os presídios do país mais pobre da América do Sul são controlados por uma intrincada rede de corrupção. Não é exagero dizer que, na maioria dos casos, só sai da cadeia quem paga – caro – por isso. Ou seja: se você, por um azar qualquer, for preso no continente americano, como os torcedores corintianos, o pior lugar para que isso aconteça é a Bolívia. Segundo relatos de diplomatas que acompanham o caso, os prisioneiros estrangeiros são usados, no país, como instrumento de barganha política e, na maioria das vezes, como fonte inesgotável de recursos. “De réus, os corintianos correm o risco de se tornar reféns de um sistema judicial corrupto e falido”, comenta um diplomata veterano.

A senha foi dada na última audiência com a presença dos torcedores corintianos. À saída do tribunal, um diplomata brasileiro foi abordado por um homem boliviano que se identificou como advogado. “Ele me disse que poderia soltar os rapazes”, diz a fonte de ISTOÉ. “Era só uma questão de dinheiro.” Esse diplomata afirma que o sistema judicial da Bolívia funciona como um balcão de negócios. Para conseguir que um processo avance na Justiça, é preciso pagar US$ 100. Se o preso desembolsar US$ 400, dá para passar um fim de semana fora da prisão. A sentença mais barata sai em torno de US$ 15 mil, valor que seria cobrado para liberar cada um dos torcedores brasileiros. Uma conta rápida revela quanto custaria, de acordo com o assédio desse emissário boliviano, a soltura dos 12 brasileiros: US$ 180 mil. “Tenho certeza de que, se esse valor for pago, os brasileiros voltam para casa rapidinho”, afirma o diplomata. O sistema judicial da Bolívia é tão corrupto que virou piada. “A gente chama isso aqui de unboliviable”, diz um funcionário brasileiro, num trocadilho com a palavra americana “unbelievable”, que significa inacreditável.

Alheios às questões políticas e financeiras, os 12 corintianos esperam que as autoridades brasileiras façam o seu papel, que é o de proteger seus cidadãos enroscados em questões jurídicas, a despeito da inclinação ideológica ou do time para o qual torcem. Na quinta-feira 21, a reportagem da ISTOÉ percebeu como a prisão de pessoas inocentes é estúpida e como ela é capaz de causar estragos. J.V. é um garoto esperto de 4 anos, que não quer ir para a escola porque o pai, o motorista Marco Aurélio Nefeire, faz tempo que não aparece em casa. Marco Aurélio é um dos 12 corintianos presos na Bolívia. Ele está prestes a ter outra criança: sua mulher, Ivone Rodrigues, está grávida de oito meses. J.V. não é bobo. “Eu quero ir pra Bolívia”, diz o menino. “Tenho medo que meu pai nunca mais volte de lá. Se ele não voltar, eu vou pra lá.” 

Fotos: Gabriel Chiarastelli; José Patrício/Estadão conteúdo
Fotos: Paulo Quintas; MARIO ANGELO /SIGMAPRESS; Aizar Raldes/AFP PHOTO
Fotos: arquivo pessoal; joão castellano ag. istoé; Aizar Raldes/AFP PHOTO