Direção da Caema não vai a audiência na Câmara por causa de aumento de tarifa

A audiência pública realizada na manhã de terça-feira, (26), na Câmara Municipal de São Luís, com o tema “Caema e a responsabilidade na promoção da saúde e saneamento ambiental no município de São Luís”, solicitada pelo vereador Antonio Marcos Marquinhos (PRB), foi prejudicada em parte pela ausência do presidente da Companhia, João Moreira Lima, e todo seu staf. “Lamento, profundamente, essa postura da Companhia que cuida e tem a concessão de prestação desse serviço para São Luís. Mais sei o porquê disso. É que, nesse exato momento, o Conselho Deliberativo da Caema está reunido para discutir o aumento da tarifa de água e esgoto, ao invés de vir a esta Casa discutir quais são as iniciativas que está tomando para melhorar o serviço para a população”, afirmou Marquinhos.

Na abertura da discussão, o vereador Marquinhos disse que a solicitação da audiência deu-se em função da necessidade do Poder Legislativo Municipal atuar como interlocutor, entre a população ludovicense e os atores públicos e privados envolvidos na questão. Integraram a mesa da sessão: o secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), Antônio Araújo Costa; o advogado e assessor do Procon, Bruno Vilaça; o representante do Núcleo de Educação Ambiental do Ibama-MA, Luciano Pinheiro; e a representante do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão, Suely Gonçalves.

“Propusemos uma discussão ampla e popular sobre os vários desserviços prestados pela Caema em nosso município, como: as cobranças abusivas; a falta de coleta e tratamento de esgoto na maioria das residências da cidade, provocando, com isso, a poluição de rios, praias e lençóis freáticos; a inoperância de algumas estações elevatórias; a falta de investimento para a melhoria dos serviços, tendo como consequência, o permanente racionamento de água em vários bairros de nossa capital; a falta de diálogo e a desvalorização de seus funcionários e a observância das cláusulas contratuais de convênios celebrados entre Caema e Prefeitura de São Luís, dentre outras questões”, declarou Marquinhos.

FALTA PLANEJAMENTO – Já o gestor da Semosp, Antônio Araújo Costa, em seu pronunciamento, fez questão de afirmar que, o que está faltando, realmente, é planejamento de ações. “O fornecimento de água é a principal reivindicação das comunidades ouvidas pela Semosp. Desde que assumimos a pasta, a primeira ação do nosso planejamento foi providenciar uma vistoria nos canais, porque sabemos que os esgotos são lançados neles. Não estamos aqui para criticar. Estamos aqui para, como técnico, fazermos o mapeamento das áreas, esgoto e saneamento, em conjunto com outros poderes públicos, pois, sozinha, a Semosp não tem condição de agir. Se há um erro de gestão pública, seja ela municipal ou estadual, é porque os órgãos nunca trabalharam de forma integrada. Mas, a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior determina que trabalhemos de forma integrada, porque os recursos são limitados”, comentou o secretário.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *