Príncipe desiste após 1º turno, e Blatter é reeleito presidente da Fifa

Blater

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LEANDRO COLON

BERNARDO ITRI

ENVIADOS ESPECIAIS A ZURIQUE

 

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi reeleito nesta sexta-feira (29) para o seu quinto mandato à frente da entidade. Ele venceu seu único adversário, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein.

“Prometo que vou entregar a Fifa ao meu sucessor com uma situação robusta”, afirmou Blatter em discurso após a eleição.

O príncipe desistiu de participar do segundo turno depois que Blatter obteve 133 votos na primeira primeira votação entre 209 federações.

Pelas regras, como nenhum dos dois candidatos atingiu dois dois terços dos votos, haveria a necessidade de um segundo turno, quando então se exige apenas maioria simples.

Com os 133 votos, Blatter já tinha, em tese, essa maioria. O príncipe, que conquistou 73 votos, então abriu mão da disputa. Três votos foram nulos.

No cargo desde 1998, Blatter agora terá mais quatro anos pela frente como presidente da Fifa. “Eu gosto de vocês, gosto do meu trabalho. Não sou perfeito. Vamos fazer um bom trabalho juntos”, afirmou o cartola suíço, sem mencionar o episódio de corrupção deflagrado nesta semana.

Sua reeleição é marcada pela maior crise da história da entidade. Na quarta-feira (27), sete cartolas da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin, foram presos em Zurique a pedido das autoridades americanas sob acusação de corrupção.

Em discursos no congresso da entidade, que começou na quinta (28), Blatter se defendeu das acusações. Ele adotou o tom de que as irregularidades foram cometidas individualmente e que não pode ser responsabilizado pelos atos dos envolvidos.

 

“Gostaria de dividir a responsabilidade com vocês, isso é um governo. A responsabilidade é de todos na Fifa. São 209 federações, não podemos supervisionar todo mundo”, afirmou nesta sexta.

A reeleição de Blatter era esperada por contar com o apoio de cinco das seis confederações continentais. Apenas a Uefa, que dirige o futebol europeu, apoiou o príncipe da Jordânia.

Em uma referência indireta ao escândalo que tem abatido a entidade nos últimos dias, Blatter declarou que estará “no comando da nau chamada Fifa”, e que a trará “de volta à praia.”

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