Governador Flávio Dino promove 807 oficiais e praças do Corpo de Bombeiros

flvio e oficiais

 

O governador do Maranhão, Flávio Dino, realizou, nesta segunda-feira (22), a maior promoção de militares dos 111 anos da história do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA). Na solenidade, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, o governador assegurou novos postos na carreira, a 807 militares, fortalecendo a política de valorização dos servidores públicos estaduais.

“Essas promoções têm o intuito de reafirmar nosso compromisso com o Corpo de Bombeiros que presta um relevantíssimo serviço à comunidade, não só no combate a incêndios, quando eles infelizmente ocorrem, mas nas atividades cotidianas de Defesa Civil, de proteção à vida. Sublinhar o nosso apoio à Corporação é um passo importante para que tenhamos serviços de maior qualidade”, disse o governador durante a solenidade.

Durante a solenidade de promoção dos oficiais, o governador Flávio Dino destacou que o investimento na melhoria da Segurança Pública do Maranhão está sustentado em um tripé: incremento do número de servidores públicos de Polícia e Justiça do estado, modernização dos equipamentos e da estrutura física e a valorização do trabalho realizado, com aumento de salários e reconhecimento de garantias.

“Estamos diante de um conjunto de iniciativas que temos adotado desde o começo do ano, com reajuste de remuneração para todos os servidores do sistema de segurança. Além disso, implantamos medidas setoriais de valorização de cada corporação e estamos agora dando continuidade a esse processo, após a aprovação da LOB pela Assembleia Legislativa”, concluiu o governador Flávio Dino.

Galgaram novos postos na carreira, um total de 807 militares, sendo 651 praças e 156 oficiais dos quadros de combatentes, administrativos e especialistas, incluindo 11 oficiais que chegam ao posto de coronel, patente mais alta da Corporação. Foram promovidos também, 21 majores ao posto de tenentes-coronéis, 15 capitães ao posto de majores, 35 tenentes ao posto de capitães, 49 segundos-tenentes ao posto de primeiros-tenentes e 25 subtenentes ao posto de segundos-tenentes.

“Essa promoção representa o reconhecimento à importância do Corpo de Bombeiros, com um número alto de promoções que fortalece a instituição. Um momento histórico para a instituição, mas, sobretudo, para a sociedade maranhense”, destacou o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, ressaltando que a medida além de fortalecer a instituição, fortalece também toda a política de Segurança Pública que está sendo executada pela gestão estadual.

O Governo do Estado proporcionou a 46 primeiros-sargentos chegarem a subtenentes, 103 segundos-sargentos a primeiros-sargentos, 176 terceiros-sargentos a segundos-sargento, 270 cabos a terceiros-sargentos e a 56 soldados a passarem ao posto de cabo.

A medida provisória nº 202, aprovada no dia 16 de junho pelo governador Flávio Dino, faz parte do plano de restruturação de cargos do CBMMA, atendendo a política de valorização e reconhecimento profissional dos militares, o que proporcionará a modernização e expansão das atividades do Corpo de Bombeiros em todo o Maranhão.

Para o comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Célio Roberto Araújo, é mais um momento de valorização da Corporação. “Essa ação é mais uma demonstração do interesse e do compromisso assumido pelo atual governo Flávio Dino com a Segurança Pública, o qual reconhecemos todo o esforço conjunto de uma equipe, que muito tem se empenhado em garantir melhorias para que o Corpo de Bombeiros consiga prestar um serviço de qualidade à sociedade maranhense”, disse o coronel. “Temos militares que ingressaram na Instituição em 1994, e que estão tendo a oportunidade de ascenderem profissionalmente”, completou.

Também estiveram na solenidade, o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Alves, o secretário-adjunto da Gestão e Previdência, Cláudio Furtado, o presidente Empresa Maranhense de Administração Portuária, Ted Lago, o diretor do Detran, Antônio Nunes, e os deputados estaduais Júnior Verde, Vinícius Louro e Cabo Campos.

LOB
A promoção de oficiais e praças não foi a única iniciativa do governador Flávio Dino para valorizar os profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão. Também com este intuito, o governador sancionou no último dia 17 de abril a Lei de Organização Básica (LOB) do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), aguardada pela Corporação desde 1996.

A implantação da LOB foi realizada para reformular o quadro da organização, tendo em vista que algumas unidades do Corpo de Bombeiros, embora em pleno funcionamento, não eram contempladas na legislação em vigor; também possibilitou a implantação do Batalhão de Proteção, Educação Ambiental e Combate a Incêndio Florestal, assim como as unidades operacionais do CBMMA nas regionais; além de reestruturar, juridicamente, as normas do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão.

A lei permite ainda a realização de pesquisas científicas e ações educativas de prevenção de incêndios, socorros de urgência, pânico coletivo e proteção ao meio ambiente; e ações de proteção e promoção do bem-estar da coletividade e dos direitos, garantias e liberdades do cidadão, estimulando o respeito à cidadania, por meio de ações de natureza preventivas.

 

Choque entre veículos deixa saldo de quatro mortos em de Perizes

 

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Uma colisão frontal entre um carro de passeio e uma caminhonete deixou quatro pessoas mortas, entre elas uma criança com menos de um ano de idade, e duas pessoas feridas na tarde desta segunda-feira (22).

 

Segundo informações do Centro Integrado de Polícia e Segurança (Ciops), o acidente foi registrado na BR-135, no trecho do Campo de Perizes. As vítimas, ainda, não foram identificadas.

Dos seis ocupantes do Corsa Classic, com placa do município de Humberto de Campos, apenas dois sobreviveram. Homens do Corpo de Bombeiros foram acionados para retirar as vítimas das ferragens. Elas foram levadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Djalma Marques (Socorrão I), no centro de São Luís.

O motorista da caminhonete, com placa do município de Vespaziano (MG), fugiu após o acidente.

 

Roberto Rocha Jr. requer retirada de postes dos calçamentos

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O vereador Roberto Rocha Júnior (PSB) solicitou à Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), que faça o levantamento dos postes de iluminação que estejam indevidamente instalados nos calçamentos de pedestres das ruas de São Luís, e providencie a devida regularização. A solicitação foi feita por meio de

requerimento aprovado nesta segunda-feira (22) e segue para avaliação do executivo municipal.

Ao justificar sua proposição, o parlamentar afirmou que o poder público precisa garantir a segurança da população e a livre passagem das pessoas pelas calçadas e vias públicas de São Luís.

“Andando pelas ruas de nossa cidade, o que podemos observar é que muitos postes de iluminação estão instalados em calçadas e em outros locais indevidos, tornando-se verdadeiros obstáculos para os pedestres e, principalmente, para as pessoas com deficiências que ficam sem o espaço necessário para se locomoverem. Dessa forma, é imprescindível que a Semosp faça um completo levantamento, bem como a regularização de todos os postes que estejam em locais indevidos”, disse.

O parlamentar ressaltou ainda que enquanto há excesso de postes em locais indevidos, os usuários do transporte público sofrem com a pouca iluminação nas paradas de ônibus. Ele aproveitou para solicitar que a Semosp providencie junto à Cemar a instalação de mais postes próximos às paradas. Segundo ele, essa medida irá inibir a ação de bandidos que se aproveitam da falta de iluminação para praticar assaltos.

Prefeita de Vila Nova dos Martírios vai responder a ação por irregularidades

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O Ministério Público do Estado do Maranhão moveu, em 16 de junho, Ação Civil Pública contra a prefeita de Vila Nova dos Martírios, Karla Batista Cabral. A ação, elaborada pela 6ª Promotoria de Justiça Especializada de Imperatriz, é resultado da reprovação de contas em convênio firmado com o Governo do Estado do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Cultura.

Segundo o promotor de justiça Adalberto Lages Mendes, autor da ação, o convênio foi celebrado para a realização de evento em comemoração ao aniversário da cidade. Entre as irregularidades observadas estão a ausência de apresentação de documentos para comprovação de contas e a inexistência de processo de licitação.

De acordo com a legislação, é indispensável o processo de licitação para realização de serviços que custem mais que R$ 8 mil. O evento produzido pela Prefeitura de Vila Nova dos Martírios custou R$ 30 mil aos cofres públicos.

Diante disso, o MPMA pede que a Justiça aplique o disposto na Lei de Improbidade Administrativa e que a prefeita do município seja condenada à pena de ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, pelo prazo de cinco anos.

O município de Vila Nova dos Martírios é termo judiciário da Comarca de Imperatriz e fica localizado a 657km de São Luís.

 

Governo e STF firmam acordo para finalizar construção e reforma de presídios

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O Governo do Maranhão e o Supremo Tribunal Federal (STF) firmaram Termo de Compromisso para adequar o sistema de execução penal e carcerário aos padrões estabelecidos pela Constituição Federal e por Tratados e Convenções Internacionais de Direitos Humanos. O Governo se compromete a concluir a construção de quatro penitenciárias e a reforma de outras quatro, no interior do estado.

“Este novo acordo abriu caminho para avançar o Sistema Judiciário do Maranhão, para estruturar o sistema penal e consagrar o autêntico plano de Governo do Maranhão que será fielmente cumprido”, disse o governador Flávio Dino durante o encontro com o presidente do STF.

O governador Flávio Dino e o presidente do STF, o ministro Ricardo Lewandowski, assinaram na tarde desta segunda-feira (22) o Termo de Compromisso que vai implementar medidas de adequação do Sistema de Justiça Criminal do Maranhão. Com o apoio técnico e financeiro do Conselho Nacional de Justiça e do Ministério da Justiça, o Estado se compromete a finalizar as obras abandonadas no governo anterior.

O ministro Lewandowski enfatizou a união de esforços de todas as instâncias de poder durante o ato. “Das várias comendas que recebo essa tem especial significado porque ela me é outorgada no momento em que os dois poderes, o Executivo e o Judiciário, na presença do poder Legislativo, dão um passo significativo para resolver um problema da cultura do encarceramento”, disse o presidente do STF agradecendo a homenagem e reforçando a importância dos avanços que serão alcançados pelo Governo do Estado e pelo Poder Judiciário do Maranhão.

O Poder Executivo do Maranhão concluirá obras e reformas que estão atrasadas há 16 meses. Emergencialmente, serão concluídas quatro unidades prisionais no interior e uma na capital, criando 1.134 novas vagas. Também serão finalizadas as reformas e ampliações dos presídios dos municípios de Balsas, Pedreiras, Açailândia e Codó – resultando na criação de 564 novas vagas para os interiores, a partir das reformas.

Além das ações de infraestrutura, também serão implementadas políticas de ressocialização, aprimoramento dos centros de reintegração social, assistência aos encarcerados e o fortalecimento da Ouvidoria do Sistema Penitenciário pelo Governo do Maranhão para fortalecer a atenção e cuidados aos presos em todo o estado. Entre elas, estão o cuidado com a saúde, fortalecimento da atenção aos egressos e o aprimoramento da Política Estadual de Alternativas Penais.

O compromisso foi estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça entre o Ministério da Justiça, o Governo do Estado e as instituições maranhenses ligadas ao Sistema de Execução Penal, que são: Tribunal de Justiça, a Corregedoria Geral da Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a OAB-MA.

Estavam presentes no ato, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Humberto Coutinho, a presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargadora Cleonice Freire, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Maranhão, Mário Macieira, a corregedora geral do Estado, Nelma Sarney, o procurador do estado Rodrigo Maia, os secretários Marcelo Tavares (Casa Civil) e o adjunto, Carlos Lula (Casa Civil), Rodrigo Lago (Transparência e Controle), Jefferson Portela (Segurança Pública), Murilo Andrade (Administração Penitenciária), Márcio Jerry (Articulação Política), Ester Marques (Cultura), o presidente da Comissão Central de Licitação, Paulo Guilherme e representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e Defensoria Pública do Maranhão.

Ações

Em Timon e Pinheiro serão criadas 306 vagas, em cada município, com obras previstas para serem entregues em novembro de 2015 e janeiro de 2016, respectivamente. Em Imperatriz serão criadas 210 vagas, com previsão de entrega em setembro deste ano. Em São Luiz Gonzaga serão criadas 312 vagas, com previsão de entrega para dezembro de 2016. A Unidade de Segurança Máxima, em São Luís, possui projeto que está em fase de detalhamento.

O Estado do Maranhão se compromete ainda em concluir a reforma e ampliação dos presídios nos municípios de Balsas, Pedreiras, Açailândia e Codó, o que significa a criação de 564 vagas, assim distribuídas: em Balsas serão criadas 126 vagas, em Açailândia 162 vagas com previsão de entrega para julho deste ano. Em Codó serão criadas 156 novas vagas, com previsão de entrega para outubro deste ano. No município de Pedreiras serão criadas 120 vagas com previsão de entrega em novembro de 2015.

Documentos apontam relação de Lula com empreiteiros presos

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A operação Lava Jato teve acesso a documentos que apontam a relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com executivos das maiores empreiteiras do país.

Segundo as informações publicadas na Folha de São Paulo, Lula era chamado de “Brahma” pelos diretores da OAS. Ele era responsável por defender, em viagens patrocinadas por empresários, seus interesses no exterior. Lula teria sugerido, em junho de 2013, ao presidente do Peru, Ollanta Humala, que firmasse aliança com o empresariado.

 O ex-presidente chegou a afirmar, à frente de uma delegação de 400 executivos, que “não se deve ter vergonha” se há interesse financeiro. Porque “todo mundo que é empresário precisa ganhar dinheiro”. A publicação conta que, do Peru, a delegação  com executivos da OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez, além de empresas do porte da Embraer e Eletrobras — viajou também à Colômbia e ao Equador.

Após cinco meses, Lula fez nova viagem sob patrocínio empresarial. Segundo informações obtidas em conversas por mensagens de texto capturadas em celulares de executivos da OAS, a empreiteira não só deixou um avião à disposição do ex-presidente para que viajasse ao Chile, em novembro de 2013, como ajudou a definir sua agenda em

 

Santiago.

 

Em um dos diálogos, o então presidente da OAS, Léo Pinheiro, chamava Lula pelo apelido de “Brahma” e discutia o roteiro com o executivo da empreiteira Cesar Uzeda.

“A agenda nem de longe produz os efeitos das anteriores do governo do Brahma, no entanto acho que ajuda a lubrificar as relações. (A senhora [Dilma] não leva jeito, discurso fraco, confuso e desarticulado, falta carisma)”, escreveu Uzeda.

Pinheiro escreve: “O Brahma quer fazer a palestra dia 24/25 ou 26/11 em Santiago.

Seria uma mesa redonda para 20 a 30 pessoas. Quem poderíamos convidar e onde?”

A publicação refere que as mensagens indicam que a agenda de Lula no Chile foi fechada com Clara Ant, ex-assessora da Presidência e diretora do Instituto Lula. No dia

25 de novembro, véspera da viagem, Uzeda sugere “checar com Paulo Okamotto se é conveniente irmos no mesmo avião”.

A Folha revelou, em 2013, que em 2011, numa viagem à Guiné Equatorial, como  representante do governo Dilma, Lula colocou entre os integrantes de sua delegação oficial Alexandrino Alencar, executivo da Odebrecht preso na sexta (19).

Ministro Lewandowski e autoridades acompanham audiência de custódia no TJMA

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Após participar de assinatura de Termo de Cooperação Técnica, nesta segunda-feira (22), prevendo a consolidação das rotinas de execução penal, aplicação de alternativas penais e sensibilização da sociedade para a necessidade das políticas adotadas pelo sistema de Justiça Criminal do Maranhão, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, acompanhou a realização de uma audiência de custódia, na sala das Sessões das Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça (TJMA).

A audiência de custódia é uma das medidas apontadas pelo termo de cooperação assinado, garante a oitiva judicial de presos em flagrante no prazo de 48 horas da notificação da prisão. O sistema vem sendo adotado pela Justiça maranhense desde 17 de outubro de 2014, e será incrementado. O plano de trabalho prevê a ação conjunta dos poderes Judiciário e Executivo, CNJ, Ministério Público, Defensoria Pública, OAB-MA e o Instituto de Defesa dos Direitos de Defesa (IDDD).

Na ocasião, as autoridades fizeram a oitiva do preso N.S., 18 anos. Segundo os autos, o acusado foi autuado em São Luís por roubo de um celular e uma carteira com R$ 132,00, acompanhado de um menor.

Durante o interrogatório, o acusado assumiu a prática do delito. Depois do pronunciamento do representante do Ministério Público, promotor de Justiça Carlos Lindoso, e do defensor público Adriano Damasceno, o juiz confirmou a regularidade da prisão em flagrante e, conforme o registro de antecedentes delitos praticados quando menor, concedeu a liberdade provisória ao preso, com a aplicação de medida cautelar e o monitoramento eletrônico com o uso de tornozeleiras.

“O exame do fato diz qual a medida adequada a ser aplicada ao preso. A conversa com o detento e a análise dos autos são fundamentais para a compreensão do fato e para a fundamentação da decisão judicial”, explicou o juiz Antonio Almeida, coordenador da Central de Inquéritos, que presidiu a audiência.

Segundo informações da 2ª Vara de Execuções Penais, no período de outubro do ano passado a fevereiro deste ano, 425 audiências de custódia foram realizadas no Maranhão, resultando em 257 liberações (60,4%) e 168 prisões (39,6%).

PLANTÃO – Na última sexta-feira, a Corregedoria Geral da Justiça decidiu estender o sistema de audiências de custódia para o serviço de plantão criminal da Região Metropolitana de primeiro Grau, cujos autos de prisões em flagrante passam a ser distribuídos para a Central de Inquéritos, com o objetivo de encaminhar os autuados para o contato com o juiz.

Segundo a corregedora Nelma Sarney, as audiências de custódia foram institucionalizadas com a assinatura do acordo e todos os juízes maranhenses da capital e interior já estão autorizados a trabalhar com esse sistema, desde que tenham condições para realizar as audiências.

Atualmente, cerca de 80% dos autos de prisão em flagrante da capital e região metropolitana são distribuídos durante o plantão criminal que funciona aos finais de semana, feriados e fora do expediente normal. Com a redistribuição dos autos do plantão para a Central de Inquéritos, a previsão é de que o aumento do volume de serviços seja maior que o dobro do atual.

O presidente da OAB-MA, Mário Macieira destacou, na oportunidade, que a adoção da audiência de custódia é fundamental para assegurar que o preso seja ouvido pelas autoridades, com o objetivo de preservar os direitos individuais, evitar as prisões ilegais e coibir a prática de eventuais abusos que podem ocorrer no ato da prisão.

Participaram da audiência desembargadores do TJMA; o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Lourival Serejo; a vice-presidente do TJMA, desembargadora Anildes Cruz;  o coordenador-geral da UMF, desembargador Fróz Sobrinho; o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, Luis Cosmo; a procuradora-chefe da Procuradoria Geral da República no Maranhão, Carolina Mesquita; o procurador-geral do Estado, Rodrigo Maia; o diretor do Fórum de São Luís, Osmar Santos, os juízes auxiliares da Presidência e da Corregedoria, além de outras autoridades.

 

 

MP-MA requer indisponibilidade de bens do prefeito de Bacuri

 

A Promotoria de Justiça de Bacuri ajuizou Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, requerendo a indisponibilidade de bens do prefeito, temporariamente, afastado do município, José Baldoino da Silva Nery, e de outros sete réus, até o limite de R$ 580 mil.

O pedido é motivado pela montagem da licitação nesse valor, realizada pela Prefeitura de Bacuri em 2014, para contratação de serviços de transporte escolar para o município.

Entre os réus da ação, figuram, ainda, a empresa E.M. Serviços Ltda e sua proprietária, Elis Regelia Pimenta Dias; a ex-secretária municipal de Educação, Célia Vitória Neri Silva, e o ex-presidente da Comissão Permanente da Licitação (CPL), Gersen James Correia Chagas.

Na manifestação, a promotora de Justiça Alessandra Darub Alves também aciona o ex-pregoeiro municipal, Wagno Setúbal de Oliveira; o procurador do município de Bacuri, Eduardo Aires Castro, e o servidor municipal Raimundo Nonato Amorim.

A ação é parte das investigações motivadas pelo acidente, ocorrido em abril de 2014, no povoado Madragoa, no município. No desastre, oito alunos da rede pública estadual morreram e outros oito ficaram feridos.

Por meio do Procedimento Preparatório nº 15/2015, que fundamenta a ação, o MP-MA apurou que, em 2014, a empresa contratada, E.M. Serviços Ltda, nunca prestou serviços de transporte escolar ao município. O mesmo aconteceu com a empresa Conservis, contratada em 2013, para prestar o mesmo serviço.

Durante as investigações, a cópia do Pregão n° 007/2014, só foi encaminhada em maio de 2015, um ano após a primeira solicitação do MP-MA. A cópia do pregão relativo ao ano de 2013 nunca foi enviada ao Ministério Público, o que resultou no afastamento de José Baldoino da Silva Nery.

Também foi apurado que o número de veículos contratados pela Prefeitura de Bacuri, em 2014, era diferente do número dos veículos que foram, de fato, utilizados. De acordo com a promotora de Justiça Alessandra Darub, os sete réus “fabricaram” a licitação de 2013 e reincidiram no ano seguinte.

“Da mesma forma que o pregão de 2013 evidencia uma empresa de fachada, sem veículos e sem qualquer condição de contratar com o Poder Público, o pregão de 2014 segue o mesmo caminho, demonstrando a malversação do dinheiro público”, enfatiza a representante do MP-MA, na ação.

Entre outras irregularidades verificadas pelo Ministério Público, chama a atenção o fato de que o valor da licitação de 2013 tenha sido de RS 1.092.700,00, embora o serviço em 2014 tenha sido o mesmo, o preço foi somente de apenas RS 580 mil.

Segundo a representante do Ministério Público, o processo licitatório de 2014 foi forjado depois da abertura de procedimento pelo Ministério Público. “Baixaram ao máximo possível o valor licitado, para evitar maiores prejuízos em caso de bloqueio de bens, até porque já haviam tido a experiência em relação ao pregão de 2013”, explica.

Pedidos

Além da solicitação da determinação liminar da indisponibilidade dos bens dos réus, os pedidos finais do Ministério Público incluem a declaração da nulidade do pregão presencial nº 007/2014 e o respectivo contrato firmado pelo Município de Bacuri com a empresa E. M. Serviços Ltda.

As solicitações incluem, ainda, a condenação ao ressarcimento integral do dano, à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. Também inclui condenação à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos pelo período de cinco anos, ao pagamento de multa civil, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, pelo período de cinco anos.

O município de Bacuri fica localizado a 496 km de São Luís.

 

Humberto Coutinho recebe a visita de deputados federais e dirigentes do PT

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), recebeu no começo da tarde da últiman sexta-feira (19), no Gabinete da Presidência, a visita de cortesia do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Federal, deputado federal Sibá Machado (PT/AC), acompanhado do deputado federal Zé Carlos (PT/MA) e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) no Estado do Maranhão.

Na oportunidade, eles conversaram sobre os mais variados assuntos de interesse da população em pauta no Congresso Nacional, especialmente os relacionados com as propostas de Reforma Política e da Previdência Social,  que estão em tramitação e devem ser concluídas antes do recesso parlamentar dos congressistas, que começa no dia 17 de julho e termina no dia 1º de agosto.

Após a reunião, o presidente da Legislativa Assembleia, deputado Humberto Coutinho (PDT), agradeceu a visita de cortesia dos dois deputados federais e dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores. O presidente destacou a participação dos deputados Sibá Machado e Zé Carlos no Congresso Nacional. “Foi uma conversa muito boa e agradável que engrandeceu essa Casa”, disse Humberto.

O líder do governo na Câmara Federal, deputado Sibá Machado, se mostrou impressionado com a estrutura da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão e agradeceu pela excelente receptividade demonstrada pelo presidente Humberto Coutinho, que durante a visita estava acompanhado dos deputados Fábio Braga (PTdoB), Othelino Neto (PCdoB) e Zé Inácio (PT).

Da mesma opinião compartilha o deputado Zé Carlos, dizendo que voltou à Assembleia para promover um amplo debate sobre o processo de Terceirização e Reforma Política e aproveitou para fazer uma visita de cortesia ao presidente Humberto Coutinho, considerado, pelo parlamentar federal, muito receptivo e cumpridor das promessas feitas aos colegas e à população do Maranhão.

Também estiveram presentes na visita o vereador Hononato Fernandes (PT), representando a Câmara Municipal de São Luís, o presidente do Diretório Estadual do Partido dos Tabalhadores (PT), Raimundo Monteiro, e o presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Magalhães. Eles agradeceram a receptividade de Humberto Coutinho.

Roberto Rocha: “Edivaldo não pode ancorar no governo a reeleição”

 

Por Clodoaldo Corrêa e Leandro Miranda

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O senador Roberto Rocha (PSB-MA) em entrevista exclusiva aos Blogs Marrapá e Clodoaldo Corrêa afirmou que a prioridade para o PSB em 2016 é ter candidatura própria, e somente com esta possibilidade descartada, se discute coligação com A, B ou C. Sobre o próprio Roberto ser candidato, ele diz que é um jogador e “se já jogou de vice, por que não prefeito?”. Para o senador, é necessário primeiro discutir a estratégia do grupo – vencer no primeiro turno ou levar para o segundo – para depois discutir as candidaturas.

Pela primeira vez, Rocha contou minuciosamente como foi sua escolha para candidato a vice-prefeito, afirmando ter sido um sacrifício enorme para sua estatura. Na visão dele, arriscou muito, pois se Edivaldo não tivesse sido eleito, estaria acabado politicamente. Mas teve que fazer porque senão, Edivaldo nem teria sido candidato.

Diz que o prefeito Edivaldo nunca tratou com ele sobre reeleição, e por isso, para o senador, ele ainda não é candidato à reeleição, embora entenda que este não é o momento adequado mesmo. Mas também alertou que como o PPS – partido de Eliziane Gama – apoiará o PSB em várias capitais, cobrará o apoio em capitais onde tiver candidato competitivo. Roberto afirmou que para Edivaldo, a estratégia tem que ser de ganhar no primeiro turno, pois se a eleição for para o segundo, perde como perdeu Castelo.

O senador afirma que a relação com o governador Flávio Dino continua muito boa. Mas existe da parte de outras pessoas a tentativa de rompimento visando eleições futuras. Ele reclama de ter recebido poucas visitas de secretários estaduais e nenhuma de secretários municipais, pois colocou seu gabinete como embaixada do Maranhão em Brasília.

Roberto defendeu mais abertura de investimento privado para superar a crise econômica do país. Para o Maranhão e São Luís, defendeu o enxugamento da máquina pública com menos secretarias e menos cargos. Afirmou que um dos problemas da gestão do prefeito Edivaldo não foi ter cortado custos ainda no começo da gestão. Assim, teve que adotar a política de investimento na base da busca de recursos, como empréstimos.

Para o senador, Edivaldo não pode ancorar no governo do Estado sua reeleição, já que, daqui a um ano, no período das convenções, Flávio Dino também terá problemas de imagem, assim como o próprio Roberto.

Senador, como o Brasil pode superar o momento de crise econômica, que no setor público tem atingido de forma muito forte municípios e estados?

O Brasil teve um momento muito importante na sua história, da estabilidade econômica na década de 90. Disso decorreu uma estabilidade institucional e política que possibilitou a eleição e posse de um operário na presidência da República. O Brasil viveu um momento de transição, consolidação do processo democrático. Em função desse período, que veio sendo amadurecido durante a década de 80 para 90, e com o fim do espiral inflacionário que massacrava muito os menores, e, claro, alguém ganhava, porque se não nunca teria existido. Quem ganhava era o governo, que via de regra é a maior instituição dentro de um território. Então, com esse momento, o Brasil deu um passo. Iniciou-se, e na sequência consolidou-se, a questão econômica e social com o Lula, que agregou e sistematizou políticas, criando uma grande rede de proteção social. Após esse momento econômico e social, tinha que ter um momento da infraestrutura nacional. Acredito que isso teria que ter se dado no segundo mandato do presidente Lula, na década passada. Não houve. O governo do Lula quebrou alguns paradigmas, contrariando a lógica de alguns administradores, como eu, que achavam que o desenvolvimento só podia se dar através do investimento. Ele mostrou que também poderia se dar por meio do consumo. Hoje é fácil ver o filme de trás para a frente. Em verdade, o consumo avança, com a estabilidade econômica. Muita gente da classe D vai migrar para a classe C. Acontece que é preciso entender que isso tem um prazo de duração. Era necessário o Brasil promover o desenvolvimento pelo investimento. Quanto mais você consumir, mais vai esgotar a capacidade de oferta. Por isso o Brasil chegou no ponto que está. Ou seja, a medida em que você investe na infraestrutura nacional, nos portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias, você cria condições para que o Brasil avance economicamente. O econômico nunca pode ser considerado inimigo do social. O social avançou por causa do econômico e agora o social “involui” por causa do econômico, com os programas sendo cortados, direitos trabalhistas etc. O Brasil aumentou muito o seu custo administrativo, de governo, sem ter correspondência no desenvolvimento econômico. Em consequência disso não há investimento, o consumo não responde mais, há uma estagnação que levou a uma recessão e estamos vivendo o pior momento da crise, o momento da escalada do desemprego. Todos os lugares do Brasil estão enfrentando isso. Nos lugares onde a economia pública estatal é mais preponderante, como é o caso do Maranhão, a situação é mais grave ainda. Dentro do Maranhão você tem a realidade do Sul, única que tem uma matriz econômica, embora primária, de monocultura e sem agregar valor, porque não cumpre a sua etapa fundamental de agroindústria.

O senhor foi eleito com a proposta de fazer com que o Maranhão soubesse para que serve um senador. Nesses cinco meses, o senhor pode elencar os avanços do seu mandato nesse aspecto?

Embora eu seja de um partido que não diria de oposição, pois nós não estamos atrelados à base da oposição, formada pelo PSDB e pelo DEM. Também não somos da base do governo, comandada pelo PT. O partido tem uma postura de independência. Não é fácil, porque independência é algo meio que abstrato no parlamento. O que é ser independente quando o povo conhece o governo e a oposição. Nós somos uma bancada de seis senadores, mas nós vamos ampliar para oito. Vamos chegar a dez senadores. A bancada faz toda diferença no Senado. A postura de independência nossa pressupõe unidade, agir em bloco, ser solidário, companheiro e cúmplice do outro. Dessa maneira, os interesses que tem o Maranhão, que eu defendo no Congresso, são interesses de todos os senadores do PSB, assim como os da Bahia, da senadora Lidice, ou de Sergipe, Pernambuco e assim por diante. Estou muito à vontade na bancada do PSB porque tenho percebido que não falta o que é mais importante no ser humano: a honra. E o PSB tem nos dado oportunidade de ocupar espaços no Senado Federal. Sou membro da Comissão de Constituição e Justiça, mais importante do Senado, sou membro da Comissão de Assuntos Sociais e Econômicos, membro da Comissão de Educação, presidida pelo Romário, companheiro de partido, que foi indicado por mim. Também sou membro da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, e nessa comissão, para o próximo exercício, serei o relator do Esporte. Teremos as próximas olimpíadas e discutiremos a revitalização da Lei de Incentivo ao Esporte, que acaba este ano, exatamente na véspera das olimpíadas. Chegamos ao Senado tentando ampliar esse poder para que pudéssemos levar às condições de ajudar o governo neste momento de dificuldade. Eu, por exemplo, votei a favor da MP 665, do ajuste fiscal. Não votei por causa do governo, por causa do governo eu não votaria. Tenho total compreensão do diagnóstico. Acabei de falar: Ausência completa de investimentos em infraestrutura. Em nenhum lugar do mundo o orçamento público tem dinheiro para fazer isso. Na China, Europa, Estados Unidos, cobra-se pedágio em excelentes obras de infraestrutura. No Canal do Panamá, o privado administra. Não tem cabimento ser diferente. Não podemos pressionar o orçamento público. Aquilo que a economia privada pode fazer, o governo não deve. No mundo nascem um bilhão de pessoas a cada dez anos, então não tem dinheiro para fazer isso. Por isso o mundo todo rediscute a forma de gestão e governantes. São Luís, o Maranhão e o Brasil precisam menos de políticos e mais de gestores. Os estados brasileiros, todos, só fazem investimentos com dinheiro de empréstimo, como o Maranhão. O dinheiro que tem aí é dinheiro do BNDES. Só. O resto tudo em dificuldade. Não estou acompanhando por dentro as ações de governo e a execução orçamentária, pois estou muito focado no Senado, mas o que acontece no Maranhão, acontece com Piauí, Pará e todos os cantos, pois não tem mágica. Candidato é Word, gestor é Excel. Ele tem que estar diante de planilhas para saber o que pode ou não ser feito. O Brasil quebrou os municípios, estados e agora está quebrado. A União está quebrada. Isso não arruma do dia para a noite. Por conta do retrovisor, dos equívocos recentes, por conta de erros de governos, vou votar contra o país que moro? O Brasil está por ladeira abaixo. Se essa medida provisória não fosse aprovada, o ministro da Economia teria pedido demissão. E é o que sustenta hoje o governo: a credibilidade no mercado que ele tem. Foi uma medida acertada da presidente Dilma tirá-lo do mercado. Fosse eu, também colocaria uma pessoa da Petrobras do mercado. Ela botou do governo, o que foi um erro. Se ele sai do governo e volta para o mercado, quem a Dilma colocaria na economia?! A gente tem que ter essa compreensão, se fosse o Mantega ou outro ministro, ninguém teria votado. Seriamos tragados por um sentimento de descontentamento por causa da campanha, por causa dos desmandos anteriores, e fundamentalmente por causa do preconceito equivocado ao capital privado. O capital privado só vai ter interesse em fazer algum tipo de concessão se tiver retorno. Eu estava discutindo na comissão de infraestrutura, do qual faço parte, a questão da BR 135. A Dilma foi votada no MA em 2010 e teve uma excelente votação. Dos cem piores IDH’s do MA, nenhum é da região sul. Então, a Dilma teve uma votação sem vir no MA. Não há uma única obra de infraestrutura do governo dela no estado do Maranhão. Nem mesmo do Lula. Nos últimos doze anos, quais as obras de infraestrutura feitas no Maranhão? A gente poderia se questionar sobre o que foi feito no Brasil. Meu Brasil é o Maranhão. Qual a obra de infraestrutura capaz de alavancar o desenvolvimento estadual ou regional? Nenhuma. A única obra que poderia ser considerada de infraestrutura é a refinaria, que eu fui vítima duas vezes como candidato ao Senado. A duplicação da BR 135 era para falar de triplicação. Ainda estamos falando de duplicação. É um absurdo por causa do engarrafamento violento. Você passa horas em engarrafamento. Na comissão de infraestrutura nós discutimos com o DNIT e firmemente coloquei esse problema. Terminou que conseguimos retomar a obra que estava parada. É um caso de esgotar a possibilidade de ser concluída com dinheiro público, mas se parar, existe a alternativa de permitir que a iniciativa privada faça. É um trecho do Maranhão com viabilidade econômica por causa do fluxo. Com essas ações desenvolvemos o nosso mandato. Trabalhamos na perspectiva de que o Maranhão possa ser contemplado com uma obra infraestruturante, até para compensar o engodo da Refinaria Premium. O Comando da Marinha me apresentou o projeto da construção de uma base naval no estado. Já fui até na Antártida, na estação com o nome de um cidadão de São Luís. Aqui poderá ser construído o complexo naval da segunda esquadra. Com essa esquadra, que estou lutando para trazer para a capital, como forma de compensar o Maranhão pelo que perdeu durante muito tempo, teremos investimentos de R$ 12 bilhões no estado, com hotéis, restaurantes, escolas navais, que terá um impacto muito maior de que a refinaria. Só aqui em São Luís serão 4300 residências na Ponta da Areia, impactando diretamente a cidade. O desafio do Maranhão não pode ser agrícola, tem que ser agroindústria. Essa é a vocação do Maranhão. A agricultura por si só não gera as oportunidades necessárias. É preciso incluir as pessoas no desenvolvimento, no desenvolvimento sustentável, associado ao social e ambiental. Nós ficamos literalmente a ver navios em São Luís levando produto primário semielaborado. É um verdadeiro escândalo. A matriz econômica do Maranhão é totalmente equivocada, não inclui as pessoas. Você pergunta qual a diferença de ter ou não ter o Porto do Itaqui para o cidadão do Anjo da Guarda. Nenhuma. O porto tem que estar integrado à cidade, ao estado e à região que é o garrafão do Brasil, o cerrado brasileiro, que é o único lugar do mundo capaz de produzir grãos. Por isso que o Porto do Itaqui não pode ser um porto do Maranhão.

E qual a sua avaliação do governo do Maranhão nesses seis primeiros meses de gestão?

Não tenho acompanhado, apenas à distância, como qualquer cidadão. Estou cumprindo com a minha obrigação, que é o meu mandato no Senado Federal. Falo com os secretários, como a secretária de educação, que me dá a honra da sua visita, e através dessas cordialidades, que não são todos, talvez seja uma das poucas visitas de secretários que tenho recebido, mesmo no meu gabinete em Brasília, que coloco a disposição como a embaixada do Maranhão. Eu me perguntava se São Luís tem secretário em Brasília. Estou lá há três meses, quatro, e nunca recebi um telefonema. Do governo eu não podia dizer porque não tinha secretário. Era para ser o Dutra, que acabou desistindo. E agora foi nomeado um rapaz muito decente. Estive com ele recentemente e conversamos sobre esporte, pois ele já foi da área. É isso. Não sou executivo, mas legislativo. Sou uma asa do avião. Sem mim o avião não voa. Faço algumas coisas que não dependem dos governos estadual e municipal, como lutar para atrair a segunda esquadra da Marinha para o estado, mas a grande maioria das questões depende desses poderes. O que vejo à distância – e eu já disse isso ao governador Flávio Dino – é que o Maranhão está dentro de um contexto nacional muito ruim, de crise profunda, que se fosse eu governador, eu teria preparado um modelo de governança, a máquina administrativa de outra forma, muito mais enxuta, muito menor, para enfrentar este momento de crise profunda e aguda. Com tantos cargos de comissão que tem o governo, tantos terceirizados, é difícil segurar a peteca. Não tem mágica.

Então a máquina do Maranhão deve ser enxugada?

Mais muito enxugada. Não há necessidade de ter secretarias como no Maranhão. Goiás tem economia pujante, sem crise, porque a única atividade econômica que avança no país é a agropecuária, lá tinha 16 secretarias e baixou para dez. É difícil falar sobre isso pois parece que você quer eliminar segmentos, eliminar direitos, mas não é nada disso. Por exemplo, para que serve o ministério da Pesca? Mas por que não tem o da soja, dos grãos, do café? Por que não um ministério dos Minérios? Não é assim que se governa. Em qualquer empresa, se você tem quem cuide de água, luz etc, é também quem cuida do pagamento de pessoal. Por que no governo do Maranhão, que é uma empresa, tem que ter uma secretaria para cuidar de pessoal e outra para cuidar de despesas? Isso não existe. Na minha visão, a secretaria de gestão e previdência deveria seguir o modelo do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Quando você elimina uma secretaria, você elimina custos. E custo é que nem unha: você tem que cortar o tempo todo.

Qual sua relação com o governador Flávio Dino nesses últimos tempos? Há o mesmo intercambio da campanha eleitoral?

Toda campanha de governador e senador é colada, porque ninguém se elege governador ou senador sozinho. Nem sempre se ganha só com um bom candidato. Para ter tempo de televisão, que é a etapa mais importante da campanha, você tem que ter coligação, partido. Você vê que chega à capital o PTC e ao governo o PCdoB, dois pequenos partidos, porque tiveram capacidade de se coligar, se não jamais chegariam ao poder. Minha relação com o Flávio é muito boa, da minha parte e da parte dele. Pode ter da parte de outros, que inventam e artificializam por conta de questões eleitorais, de 2016, 2018, 2022, 2100. Quando se mistura governo com partido a gente prejudica o povo. Este ano é ímpar, de administrar. Quantas vezes o prefeito Edivaldo Holanda Junior já falou comigo sobre eleição de 2016? Nenhuma vez. Se você me perguntar nesse minuto se ele é candidato a reeleição, eu vou dizer que para mim não é, porque nunca tratou comigo. Não é um defeito, pois o momento de tratar sobre isso é outro. O momento é de tratar da cidade. São Luís tem a menor área verde do país, e eu estou com um projeto para fazer um parque ambiental no sítio do Rangedor e outro no Pirapora. Não com recursos do governo. Estou indo atrás de outras fontes. Mas isso não faço sozinho como senador. Eu não sou executivo, para executar é preciso da outra ponta, que é o governo. E se não executar? O Flávio mora no Palácio, eu sou senador da República. Estamos absolutamente contemplados, graças a Deus e ao povo do Maranhão. Mas e o povo? Seria muito egoísmo da nossa parte. Mesmo que aqui tivesse uma bola de cristal, e nessa bola tivesse que em 2018, 2022, vocês vão disputar uma eleição, a gente não tem o direito de antecipar isso. Prejudica as pessoas. Ninguém ganha com isso! A minha parte é conseguir recursos. O Edivaldo e o Flávio têm que executar.

Ainda, então, que o senhor seja candidato em 2018, não vai deixar que isso atrapalhe a sua relação com São Luís?

Em hipótese nenhuma. Eu posso anunciar hoje que não estarei com Edivaldo Holanda Junior, por exemplo, mas ele vai ter um aliado em Brasília. Os recursos que estão sendo feitas ruas em São Luís é do Ministério das Cidades. O Governo do Estado está botando agora. Quem defende São Luís no Senado? Agora, você diz, Roberto, você está falando como prefeito sobre eleição? Não. Eu falo com a Eliziane, falo. Ela é deputada. Como não falar? Falo com o Sarney Filho, com Roseana, se for o caso. A minha primeira função foi crescer na bancada para gerar um bloco partidário e o governo entender a importância disso.

O deputado Bira do Pindaré recentemente se colocou com pré-candidato para a disputa pela Prefeitura de São Luís. Como o senhor avalia a participação do seu partido nessa movimentação para 2016?

O partido não tem movimentação nenhuma, porque eu sou o presidente e não estou me movimentando. Então, se eu não faço movimentação, o partido não está fazendo movimentação alguma. Qualquer filiado de São Luís tem o direito de se colocar, ainda mais na qualidade do Bira procurar se viabilizar como pré-candidato, como eu ou qualquer outro. No entanto, posição partidária atual é a que eu definir. E por cima dela nenhuma voz vai se sobrepor. É um momento administrativo. Ele é secretário e não pode confundir as coisas, mas ele pode se mexer. É comum no Brasil deixar rastros de candidato, mas não se colocar antecipadamente como candidato para não atrapalhar a gestão.

E em relação aos senadores brasileiros hostilizados na Venezuela?

Eu me senti ofendido como senador e como brasileiro. Se fossem sete do PT ou PCdoB eu estaria revoltado. Não tenho nada a ver com o regime da Venezuela. É o povo quem decide lá. Agora, não sou obrigado a estar atrelado a eles político, econômico ou socialmente. Ou a Venezuela sai do Mercosul, ou o Brasil sai. É a minha opinião. Não tem cabimento. Se senadores venezuelanos viessem ao Brasil e fossem hostilizados seria um absurdo. Eu até admito discutir direita ou esquerda, coisa que para mim não tem mais sentido, desde que seja no campo democrático. Não dá para aceitar isso. Eu tive em Cuba recentemente, onde investiram US$ 800 milhões. E se fosse no Porto do Itaqui, pelo menos US$ 80 milhões. O que Cuba produz? Nada.

Qual sua posição sobre a proposta que reforma política que tramita atualmente no Congresso Nacional?

Não tem reforma política. O que tem é uma discussão totalmente dissociada da Câmara e do Senado Federal e vice e versa que eu já critiquei no plenário. Critiquei com o ânimo de melhorar, propondo, inclusive, uma emenda do regimento comum propondo uma reunião por mês dos presidentes e líderes das duas casas para definir uma agenda mínima. Para discutir consensos e definir as pautas. O que é consenso? Fim de coligação proporcional? Então é consenso. Então a gente vai saber que o que sai da Câmara vai para o Senado e o que sai do Senado vai para a Câmara. Não dá para ficar nesse faz de conta. A Câmara está numa direção, o Senado em outra e o povo fica no prejuízo. Quem paga a conta? A gente vai chamar isso de reforma?

Por que a fusão PSB-PPS não aconteceu?

A fusão cometeu um erro de origem. Primeiro deveria ser discutido o mérito da questão dentro do PSB. Depois desse debate profundo e exaustivo se discutiria se o partido era contra ou a favor. Ai você saberia que essa discussão teria repercussão nos estados e municípios. Depois de tanto tempo foram discutir o mérito de quem era contra ou a favor. Isso tinha que estar vencido. Aí foram discutir que o PPS era esquerda e deixou de ser. Eu fui obrigado a dizer que esse partido apoiou Eduardo Campos, foi importante no Maranhão, para garantir a eleição de um senador. Esse partido poderia dizer que o PSB preferiu apoiar o PTC ao PPS em 2012. Então nós não aceitamos. Não era para discutir método. Foi um erro de origem. Tentaram corrigir dentro, com o barco navegando. Foi feito uma consulta ao TSE para saber se a fusão permite janela. Então não teve um fim da fusão, foi mais erro de procedimento. Qual impacto disso em São Luís? Sinceramente, com toda a clareza, em São Luís, quem decide é a direção nacional. Não tem fusão, como é? O PPS naturalmente vai apoiar o PSB em muitas capitais. Será que o PPS não vai cobrar o apoio do PSB em algumas que tiver candidato, sobretudo candidatos competitivos. Certamente que sim. Então, acredito que pelo fato do PSB em São Luís ter na sua direção, modéstia parte, alguém com estatura política por ser senador da república, dá garantia para que não sejam feitos atos de cima para baixo, nem muito menos de baixo para cima. Vou conduzir dentro do interesse maior. Qual a prioridade do PSB? Ter candidato. A partir daí a gente discute coligação. Como eu vou discutir se apoio A, B ou C se eu não sei nem se vai ter candidato? Por que teve uma regra que o governador adotou para quem quisesse ser secretário. Quem for candidato não assume secretaria. Eu não sei se está em vigor. Não que essa regra não possa ser mudada. Imagina! A política é dinâmica. Lá em Imperatriz o Clayton Noleto pode ser candidato. Em São Luís, o Neto Evangelista e o Bira… Isso é da política. Jogador joga a hora em que for convocado. Como o governo pode ser maior que o partido? Mas ele estabeleceu uma regra correta.

O senhor poderia ser candidato a prefeito de São Luís?

Nunca parei para pensar nessa possibilidade. Porém, não descarto. Eu sou jogador. Jogador do jogo político joga em qualquer posição. Eu já joguei de vice. Se já joguei como vice, por que não prefeito?

Você foi eleito vice-prefeito em 2012 dentro de uma perspectiva de mudança. A atual gestão municipal teve contratempos no início e agora está conseguindo avançar com o apoio do governo do estado. Na sua opinião, por que a gestão do Edivaldo teve problemas nesses dois primeiros anos?

Por causa de um modelo de governança. Você conhece um bom governo com uma boa equipe. Não boa nas pessoas, mas boa no modelo. Hoje em dia você não pode ser só técnico porque você não termina o mandato. Não pode, também, ser só político, senão você vai preso. Falo para o Flávio, para o Edivaldo…. Se você for ver o modelo de governança, não há inovação nenhuma em São Luís. Nenhuma! Você pode ver a quantidade de secretarias. Você não tem nem tempo de despachar. Vá em Belo Horizonte e pergunte quantas secretarias existem. Vá em São Paulo e pergunte a mesma coisa. Vá em Minas. Isso só se faz no começo, na lua de mel. E a hora de cortar era agora, porque cortou na carne do adversário. Quando você não começa assim fica mais difícil. Aí fica tentando buscar recursos para apresentar resposta. Ou buscar emprestado. O da Roseana o Flávio terá que pagar. Acho que tudo é processo. Eleição é uma coisa. Reeleição é outra completamente diferente.

Como se deu o processo para sua escolha como vice em 2012?

Eu era pré-candidato a prefeito. O PSB queria isso na pessoa do Eduardo Campos. O Flávio também. A gente reuniu em Recife várias vezes. O candidato seria do PCdoB ou do PSB e ponto. O que Eduardo Campos tem a ver com PTC? O que o projeto nacional de um partido tinha a ver com o PTC? Te põe no lugar deles. Nada. Na medida que Flávio não é candidato, eu tinha que ser candidato. Como ficaria o PCdoB? Vai apoiar o PSB ou não? Eu poderia dizer que sou candidato. A gente sabia que a aliança do PCdoB era com o PT, embora não fosse funcionar. Acho até que em 2018 a aliança do PCdoB será com o PT. Mas aí está. Por conta do Edivaldo. Jamais seria vice de qualquer outro. Quando o Flávio era candidato eu procurei o Marcelo Tavares e cobrei o acordo com o PCdoB. Manifestei que o PSB indicaria o Marcelo como vice. Na mesma hora tocou o telefone do Marcio Jerry, dizendo que o Zé Reinaldo aceitaria uma secretaria do Castelo. Na mesma hora eu pedi para o Marcelo desconsiderar tudo. Retirei a candidatura para ancorar a do Edivaldo, muito novo e sem consistência. Então a gente tinha que emoldurá-lo. Fizeram um movimento pela candidatura do Zé Antônio Almeida. Como eu convenceria o Eduardo Campos disso?  Só teve um jeito: eu ser o vice. O Eduardo disse: Quem é PTC? O candidato é tu, rapaz! E eu disse: Ou junta o partido ou não serei candidato. Ninguém apostava que eu faria isso. Um sacrifício medonho. Um cargo muito menor que eu. Eu tive 200 mil votos em São Luís, mesmo com toda a desgraceira da época da campanha. O Haroldo Saboia todo dia falava em aumento de passagem para me desgastar. Ninguém se elege senador por causa de uma campanha, mas sim por causa de uma história. Vai comparar a minha história com a do Flávio? Há 8 anos ele estava em um gabinete de juiz. Se perdesse a eleição? Chega em qualquer canto do Maranhão e pergunta quem é Edivaldo Holanda Junior e ninguém sabe quem é. Quantas vezes São Luís fez de um prefeito governador a partir desta condição? Nunca. Cafeteira? Jackson? São Luís nunca fez. O Edivaldo pode ficar um mandato, dois… pergunta quem é Tadeu Palácio. Ninguém sabe quem é. Imagina se Roberto Rocha perde como vice do Flávio, do Edivaldo… De quem?! Pronto, acabou. Se não fosse isso, Edivaldo nem seria candidato. Vamos admitir que o Flávio fosse candidato. O que é PTC e PCdoB? Nada.

O prefeito Edivaldo vive um momento de recuperação de imagem com as obras e a parceria com o governo do Estado. Na sua visão, isso dará a condição necessária para a reeleição?

Eleição é uma coisa. Reeleição é outra completamente diferente. O Edivaldo é candidato é reeleição. Se fosse candidato a eleição, a simpatia dele valeria muito. A da Eliziane vai valer muito. Na reeleição é avaliada a gestão, não o candidato. É como se eleição fosse Word e reeleição Excel. Eu digo isso para ele desde o começo: procure pisar direito se não tu não é nem candidato. Aí quando chega agora faz essa movimentação. Isso poderá dar a ele a condição de competir, mas apenas ancorado com o governo do estado ele não conseguirá garantir condições totais, porque o Flávio está vivendo a lua de mel. Por isso é hora de fazer ajustes. Daqui a um ano, no mês das convenções, o Flávio, como eu ou qualquer professor de Harvard, estará com problema de imagens. Não tenha dúvidas disso. O Edivaldo não pode ancorar no governo a reeleição dele. Vai precisar ampliar a sua aliança. São Luís terá quatro campos políticos: do governo com o prefeito, dos partidos aliados do Sarney, o campo político da esquerda, desses partidos malucos, e o campo político que pode ser criado. A estratégia é ver se a gente leva ou não para o segundo turno. Primeiro eu quero saber o modelo, para depois discutir o candidato. Se a estratégia é levar para o segundo turno, então não ajuda o Edivaldo. Qualquer candidato no segundo turno, tem condições de ganhar dele, como ganhou o Castelo. O primeiro turno é eleição de aprovação e o segundo de desaprovação. A chance dele é ter um turno. E se for ter um só turno, tem que juntar tudo. Aí eu vejo Bira para cá, que é interesse do governo… Como é que ganha? Não tem como. Não sei nem qual é a estratégia, e nem quero saber. Estou até falando demais… Eu não faço política com segredo. Se é um defeito, eu tenho isso. Porque eu dou a oportunidade para o interlocutor contraditar.