Deputado estadual falava em picanha para pedir drogas

Deputado Jardel

Deputado Jardel

O deputado estadual suspenso Jardel (PSD), do Rio Grande do Sul, foi flagrado encomendando drogas por telefone, utilizando palavras em código como “picanha”, “cerveja” ou “cigarro” para se referir ao que os promotores gaúchos acreditam ser cocaína.

De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, que deflagrou na última segunda-feira (30) a operação “Gol Contra” para apurar supostos desvios de recursos públicos do gabinete de Jardel, o ex-jogador do Grêmio encomendava drogas ao marido de uma funcionária fantasma de seu gabinete. Os promotores acreditam que o salário que a “funcionária” recebia tinha a função de pagar as drogas que o deputado comprava. Ele teve seu mandato suspenso por 180 dias.

Em gravações fruto de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, Jardel pede ao marido da funcionária que entregue “aquela picanha” que ele havia encomendado. Em outra oportunidade, pede que sejam entregues as “cervejas e os cigarros” solicitados.

O que faz os promotores acreditarem se tratar de drogas são os locais de entrega, bem como as orientações dadas ao suposto traficante sobre a discrição necessária no momento de realizar a transação. Em uma das ocasiões, o deputado suspenso determina que a entrega dos produtos seja feita “em um cantinho escuro da garagem”, e sem avisar o porteiro de sua chegada no local.

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