Delação da Odebrecht é ‘metralhadora de ponto 100’, diz Sarney em áudio divulgado por delator

sarney na ikstoér

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA

Em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que assinou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) afirmou que uma delação premiada que a empreiteira Odebrecht estaria prestes a fazer na Operação Lava Jato “é uma metralhadora de [calibre] ponto 100”.

O ex-presidente fez o comentário depois que Machado afirmou que o número de delações na Lava Jato iria aumentar, viriam “às pencas”.

GRAVAÇÕES SARNEY

Sarney também relacionou a Odebrecht a uma ação que a presidente afastada Dilma Rousseff teria feito “diretamente” durante campanha eleitoral cujo ano não determinou.

“Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela [Dilma] está envolvida diretamente é que falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do… E responsabilizar aquele [inaudível]”.

Indagado pela Folha também sobre essa frase, o ex-presidente respondeu nesta quarta-feira (25) em nota que, “não tendo tempo nem conhecimento do teor das gravações, não tenho como responder às perguntas pontuais”.

Nas conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, esta é segunda vez que um alto político do PMDB menciona que uma eventual delação da empreiteira Odebrecht iria atingir a presidente afastada Dilma. Em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), revelada pelaFolha, Sérgio Machado indagou: “Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela [Dilma], não tem mais jeito”. O senador concordou: “Tem não, porque vai mostrar as contas”.

Mais adiante, na conversa com Machado, José Sarney disse que em “tudo isso”, em referência aos escândalos na Petrobras revelados pela Operação Lava Jato, era de responsabilidade do governo. “Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?”, indagou o ex-presidente. Sérgio Machado, em resposta, disse que Lula “acabou”.

“O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão”, concordou o ex-presidente.

“Não houve nenhuma solidariedade da parte dela”,m alegou Machado, ao que Sarney confirmou, criticando o juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba (PR): “Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira”.

OUTRO LADO

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que atua na defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, disse que é “impossível entender exatamente” a totalidade da frase do ex-presidente Sarney, pois há trecho inaudível, segundo o que foi relatado pela Folha, mas reiterou que Dilma “nunca pediu a ninguém contribuições ilegais de campanha”. “A presidente jamais fez pedido ilegal para quem quer que seja”, disse Cardozo.

Leia a transcrição das conversas:

*

Primeira conversa

Sarney – Olha, o homem está no exterior. Então a família dele ficou de me dizer quando é que ele voltava. E não falei ontem porque não me falou de novo. Não voltou. Tá com dona Magda. E eu falei com o secretário.

Machado – Eu vou tentar falar, que o meu irmão é muito amigo da Magda, para saber se ele sabe quando é que ela volta. Se ele me dá uma saída.

Machado – Presidente, então tem três saídas para a presidente Dilma, a mais inteligente…

Sarney – Não tem nenhuma saída para ela.

Machado -…ela pedir licença.

Sarney – Nenhuma saída para ela. Eles não aceitam nem parlamentarismo com ela.

Machado – Tem que ser muito rápido.

Sarney – E vai, está marchando para ser muito rápido.

Machado – Que as delações são as que vem, vem às pencas, não é?

Sarney – Odebrecht vem com uma metralhadora de ponto 100.

Machado – Olha, acabei de sair da casa do nosso amigo. Expliquei tudo a ele [Renan Calheiros], em todos os detalhes, ele acha que é urgente, tem que marcar uma conversa entre o senhor, o Romero e ele. E pode ser aqui… Só não pode ser na casa dele, porque entra muita gente. Onde o se nhor acha melhor?

Sarney – Aqui.

Machado – É. O senhor diz a hora, que qualquer hora ele está disponível, quando puder avisar o Romero, eu venho também. Ele [Renan] ficou muito preocupado. O sr. viu o que o [blog do] Camarotti botou ontem?

Sarney – Não.

Machado – Alguém que vazou, provavelmente grande aliado dele, diz que na reunião com o PSDB ele teria dito que está com medo de ser preso, podia ser preso a qualquer momento.

Sarney – Ele?

Machado – Ele, Renan. E o Camarotti botou. Na semana passada, não sei se o senhor viu, numa quinta ou sexta, um jornalista aí, que tem certa repercussão na área política, colocou que o Renan tinha saído às pressas daqui com medo dessa condição, delações, e que estavam sendo montadas quatro operações da Polícia Federal, duas no Nordeste e duas aqui. E que o Teori estava de plantão… Desculpe, presidente, não foi quinta não. Foi sábado ou domingo. E que o Teori estava de plantão com toda sua equipe lá no Ministério e que isso significaria uma operação… Isso foi uma… operação que iria acontecer em dois Estados do Nordeste e dois no sul. Presidente, ou bota um basta nisso… O Moro falando besteira, o outro falando isso. [inaudível] ‘Renan, tu tem trinta dias que a bola está perto de você, está quase no seu colo’. Vamos fazer uma estratégia de aproveitar porque acabou. A gente pode tentar, como o Brasil sempre conseguiu, uma solução não sangrenta. Mas se passar do tempo ela vai ser sangrenta. Porque o Lula, por mais fraco que esteja, ele ainda tem… E um longo processo de impeachment é uma loucura. E ela perdeu toda… […] Como é que a presidente, numa crise desse tamanho, a presidente está sem um ministro da Justiça? E não tem um plano B, uma alternativa. Esse governo acabou, acabou, acabou. Agora, se a gente não agir… Outra coisa que é importante para a gente, e eu tenho a informação, é que para o PSDB a água bateu aqui também. Eles sabem que são a próxima bola da vez.

Sarney – Eles sabem que eles não vão se safar.

Machado – E não tinham essa consciência. Eles achavam que iam botar tudo mundo de bandeja… Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução a la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. Desses aí o senhor é o que tem a melhor cabeça. Tem que construir uma solução. Michel tem que ir para um governo grande, de salvação nacional, de integração e etc etc etc.

Sarney – Nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles admitiram, diante de certas condições.

Machado – Não tem outa alternativa. Eles vão ser os próximos. Presidente: não há quem resista a Odebrecht.

Sarney – Mas para ver como é que o pessoal..

Machado – Tá todo mundo se cagando, presidente. Todo mundo se cagando. Então ou a gente age rápido. O erro da presidente foi deixar essa coisa andar. Essa coisa andou muito. Aí vai toda a classe política para o saco. Não pode ter eleição agora.

Sarney – Mas não se movimente nada, de fazer, nada, para não se lembrarem…

Machado – É, eu preciso ter uma garantia

Sarney – Não pensar com aquela coisa apress… O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]

Machado – Só isso que eu quero, não quero outra coisa.

Sarney – Agora, não fala isso.

Machado – Vou dizer pro senhor uma coisa. Esse cara, esse Janot que é mau caráter, ele disse, está tentando seduzir meus advogados, de eu falar. Ou se não falar, vai botar para baixo. Essa é a ameaça, presidente. Então tem que encontrar uma… Esse cara é muito mau caráter. E a crise, o tempo é a nosso favor.

Sarney – O tempo é a nosso favor.

Machado – Por causa da crise, se a gente souber administrar. Nosso amigo, soube ontem, teve reunião com 50 pessoas, não é assim que vai resolver crise política. Hoje, presidente, se estivéssemos só nos três com ele, dizia as coisas a ele. Porque não é se reunindo 50 pessoas, chamar ministros.. Porque a saída que tem, presidente, é essa que o senhor falou é isso, só tem essa, parlamentarismo. Assegurando a ela e o Lula que não vão ser… Ninguém vai fazer caça a nada. Fazer um grande acordo com o Supremo, etc, e fazer, a bala de Caxias, para o país não explodir. E todo mundo fazer acordo porque está todo mundo se fodendo, não sobra ninguém. Agora, isso tem que ser feito rápido. Porque senão esse pessoal toma o poder… Essa cagada do Ministério Público de São Paulo nos ajudou muito.

Sarney – Muito.

Machado – Muito, muito, muito. Porque bota mais gente, que começa a entender… O [colunista da Folha] Janio de Freitas já está na oposição, radicalmente, já está falando até em Operação Bandeirante. A coisa começou… O Moro começou a levar umas porradas, não sei o quê. A gente tem que aproveitar ess… Aquele negócio do crime do político [de inação]: nós temos 30 dias, presidente, para nós administrarmos. Depois de 30 dias, alguém vai administrar, mas não será mais nós. O nosso amigo tem 30 dias. Ele tem sorte. Com o medo do PSDB, acabou com el,e no colo dele, uma chance de poder ser ator desse processo. E o senhor, presidente, o senhor tem que entrar com a inteligência que não tem. E experiência que não tem. Como é que você faz reunião com o Lula com 50 pessoas, como é que vai querer resolver crise, que vaza tudo…

Sarney – Eu ontem disse a um deles que veio aqui: ‘Eu disse, Olhe, esqueçam qualquer solução convencional. Esqueçam!’.

Machado – Não existe, presidente.

Sarney – ‘Esqueçam, esqueçam!’

Machado – Eu soube que o senhor teve uma conversa com o Michel.

Sarney – Eu tive. Ele está consciente disso. Pelo menos não é ele que…

Machado – Temos que fazer um governo, presidente, de união nacional.

Sarney – Sim, tudo isso está na cabeça dele, tudo isso ele já sabe, tudo isso ele já sabe. Agora, nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada.

Machado – Não estão falando.

Sarney – Até falando isso para saber até onde ele vai, onde é mentira e onde é valorização dele.

Machado – Não é valoriz… Essa história é verdadeira, e não é o advogado querendo, e não é diretamente. É [a PGR] dizendo como uma oportunidade, porque ‘como não encontrou nada…’ É nessa.

Sarney – Sim, mas nós temos é que conseguir isso. Sem meter advogado no meio.

Machado – Não, advogado não pode participar disso, eu nem quero conversa com advogado. Eu não quero advogado nesse momento, não quero advogado nessa conversa.

Sarney – Sem meter advogado, sem meter advogado, sem meter advogado.

Machado – De jeito nenhum. Advogado é perigoso.

Sarney – É, ele quer ganhar…

Machado – Ele quer ganhar e é perigoso. Presidente, não são confiáveis, presidente, você tá doido? Eu acho que o senhor podia convidar, marcar a hora que o senhor quer, e o senhor convidava o Renan e Romero e me diz a hora que eu venho. Qual a hora que o senhor acha melhor para o senhor?

Sarney – Eu vou falar, já liguei para o Renan, ele estava deitado.

Machado – Não, ele estava acordado, acabei de sair de lá agora.

Sarney – Ele ligou para mim de lá, depois que tinha acordado, e disse que ele vinha aqui. Disse que vinha aqui.

Machado – Ele disse para o senhor marcar a hora que quiser. Então como faz, o senhor combina e me avisa?

Sarney – Eu combino e aviso.

[…]

Machado – O Moreira [Franco] está achando o quê?

Sarney – O Moreira também tá achando que está tudo perdido, agora, não tem gente com densidade para… [inaudível]

Machado – Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba-oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado-Maior. Estado-Maior analisando. E não pode ser um […] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç… Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.

Sarney – É, nós estamos… Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior. Então eu quero ver se eu… Se essa chave… A gente tendo…

Machado – Eu vou tentar saber, falar com meu irmão se ele sabe quando é que ela volta.

Sarney – E veja com o advogado a situação. A situação onde é que eles estão mexendo para baixar o processo.

Machado – Baixar o processo, são duas coisas [suspeitas]: como essas duas coisas, Ricardo, que não tem nada a ver com Renan, e os 500, que não tem nada a ver com o Renan, eles querem me apartar do Renan…

Sarney – Eles quem?

Machado – O Janot e a sua turma. E aí me botar pro Moro, que tem pouco sentido ficar aqui. Com outro objetivo.

Sarney – Aí é mais difícil, porque se eles não encontraram nada, nem no Renan nem no negócio, não há motivo para lhe mandar para o Paraná.

Machado – Ele acha que essas duas coisas são motivo para me investigar no Paraná. Esse é io argumento. Na verdade o que eles querem é outra coisa, o pretexto é esse. Você pede ao [inaudível] para me ligar então?

Sarney – Peço. Na hora que o Renan marcar, eu peço… Vai ser de noite.

Machado – Tá. E o Romero também está aguardando, se o senhor achar conveniente.

Sarney – [sussurrando] Não acho conveniente.

Machado – Não? O senhor que dá o tom.

Sarney – Não acho conveniente. A gente não põe muita gente.

Machado – O senhor é o meu guia.

Sarney – O Amaral Peixoto dizia isso: ‘duas pessoas já é reunião. Três é comício’.

Machado – [rindo]

Sarney – Então três pessoas já é comício.

[…]

*

Segunda conversa

Sarney – Agora é coisa séria, acho que o negócio é sério.

Machado – Presidente, o cara [Sérgio Moro] agora seguiu aquela estratégia, de ‘deslegitimizar’ as coisas, agora não tem ninguém mais legítimo para falar mais nada. Pegou Renan, pegou o Eduardo, desmoralizou o Lula. Agora a Dilma. E o Supremo fez essa suprema… rasgou a Constituição.

Sarney – Foi. Fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira… [autorizou prisão do então senador].

Machado – O Senado não podia ter aceito aquilo, não.

Sarney – Não podia, a partir dali ele acabou. Aquilo é uma página negra do Senado.

Machado – Porque não foi flagrante delito. Você tem que obedecer a lei.

Sarney – Não tinha nem inquérito!

Machado – Não tem nada. Ali foi um fígado dos ministros. Lascaram com o André Esteves.. Agora pergunta, quem é que vai reagir?

[…]

Machado – O Senado deixar o Delcídio preso por um artista.

Sarney – Uma cilada.

Machado – Cilada.

Sarney – Que botaram eles. Uma coisa que o Senado se desmoralizou. E agora o Teori acabou de desmoralizar o Senado porque mostrou que tem mais coragem que o Senado, manda soltar.

Machado – Presidente, ficou muito mal. A classe política está acabada. É um salve-se quem puder. Nessa coisa de navio que todo mundo quer fugir, morre todo mundo.

[…]

Sarney – Eu soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. […] Ele está com os olhos inchados.

[…]

Sarney – Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do… E responsabilizar aquele [inaudível]

Machado – Isso é muito estranho [problemas de governo]. Presidente, você pegar um marqueteiro, dos três do Brasil. […] Deixa aquele ministério da Justiça que é banana, só diz besteira. Nunca vi um governo tão fraco, tão frágil e tão omisso. Tem que alguém dizer assim ‘A presidente é bunda mole’. Não tem um fato positivo.

[…]

Sarney – E o Renan cometeu uma ingenuidade. No dia que ele chegou, quem deu isso pela primeira vez foi a Délis Ortiz. Eu cheguei lá era umas 4 horas, era um sábado, ele disse ‘já entreguei todos os documentos para a Delis Ortiz, provando que eu… que foi dinheiro meu’. Eu disse: ‘Renan, para jornalista você não dá documento nunca. Você fazer um negócio desse. O que isso vai te trazer de dor de cabeça’. Não deu outra.

Machado – Renan erra muito no varejo. Ele é bom. […] Presidente, não pode ser assim, varejista desse jeito.

[…]

Sarney – Tudo isso é o governo, meu Deus. Esse negócio da Petrobras só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?

Machado – Acabou o Lula, presidente.

Sarney – O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão.

Machado – Não houve nenhuma solidariedade da parte dela.

Sarney – Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira.

Machado – Tomou conta do Brasil. O Supremo fez a pedido dele.

 

Gabriel Diniz agita inauguração do Arraial Pertinho de Você, nesta quarta

Estrutura do arraial Pertinho de Você

 

Sob a coordenação do vereador Astro de Ogum, será inaugurado, na noite desta quarta-feira (25), o Arraial Pertinho de Você, ao lado da casa de shows Batuque Brasil, na Cohama, tendo como principal atração o cantor e compositor Gabriel Diniz, o Rei da Ousadia.

O local ficou notabilizado como principal ponto dos festejos juninos de são Luis, a partir do ano passado, quando recebeu a denominação de “Arraial da Cidade” e para onde convergiram diversas atrações, como a cantora Alcione e outros artistas de renome internacional.

Este ano, Astro de Ogum conseguiu importantes parceria, a exemplo do deputado federal Weverton Rocha, do governo do Estado, Prefeitura de São Luis, AmBev, Sistema Difusora de Comunicação e dos restaurantes Feijão de Corda e Picanharia, que ali estarão instaladas durante todo o período das festas juninas.

“Abrimos um espaço para as festas juninas que agitou a cidade no ano passado e, para este ano, esperamos uma movimentação ainda maior, por conta do sucesso alcançado em 2015, destacou o vereador Astro de Ogum, sobre o Arraial Pertinho de Você.

Conhecido como um dos maiores incentivadores da cultura popular do Maranhão, Astro destacou que para a programação do Mais Pertinho de Você, estão sendo agendados grupos folclóricos de realce, a exemplo de grupos de bumba boi, cacuariá, dança portuguesa e outras manifestações folclóricas.

Astro afirmou que o sucesso do Arraial da Cidade propiciou, este ano, uma grane procura para parcerias, quando será realizado o Mais Pertinho de Você.

“Temos uma cultura popular muito forte e isso se traduz na grande procura do povo aos espaços de nossos festejos. No Arraial Mais Pertinho de Você, estaremos oferecendo, uma variada gama de atrações, com dezenas de barracas que comercializarão nossas comidas típicas e estaremos também garantindo um forte sistema de segurança para  os freqüentadores”, destacou Astro de Ogum.

 

Tropas da Força Nacional de Segurança chagam a São Luis

FORÇA NACIONAL

Tropas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSC) já estão em São Luís desde o início da tarde desta terça-feira (24). Reforço foi solicitado após onda de violência que resultou em ônibus queimados na Região Metropolitana de São Luís.

Aproximadamente 120 homens vão atuar em conjunto com a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) em pontos estratégicos da capital maranhense para reduzir a criminalidade.

O pedido para encaminhamento do efetivo federal foi feito pelo governador Flávio Dino (PCdoB), de forma oficial, no sábado (21). No entanto, nas redes sociais, desde sexta-feira, o chefe do Poder Executivo Estadual já dava indícios de que o pedido ao Ministério da Justiça seria feito.

O tempo de permanência dos oficiais nacionais no estado dependerá de parecer do próprio governador.

Marginais obedecendo comando de dentro do complexo penitenciário de Pedrinhas começaram, na quinta-feira da semana passada, uma onda de ataques, incendiando um total de pelo menos 15 ônibus.

Vários deles foram presos e alguns confessaram que a onda de violência se deu em função do cerrado combate da Secretaria de Segurança Pública ao tráfico de drogas.

No governo Lula, Jucá foi afastado de ministério por suspeita de corrupção

jucá e lula

Exonerado do Ministério do Planejamento após 12 dias de governo interino de Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teve uma “passagem relâmpago” quando foi ministro pela primeira vez. De 22 de março a 21 de julho de 2005, durante o primeiro mandado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele comandou a pasta da Previdência Social e deixou o cargo desgastado por denúncias de corrupção.

Naquele ano, Jucá foi acusado de praticar fraudes relacionadas ao estatal Basa (Banco da Amazônia). Um inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal), após o jornal “Folha de S. Paulo ter revelado que o senador e um sócio ofereceram sete fazendas fantasmas como garantia para que obtivessem um empréstimo do banco para construir um abatedouro de aves em Roraima: a empresa Frangonorte. A empresa pertenceu a Jucá entre 1994 e 1997.

O Basa também cobrava do ministro e de seu parceiro uma dívida de R$ 25 milhões do FNO (Fundo Constitucional do Norte). O dinheiro provinha de recursos públicos.

“Acho que o Supremo é o local adequado para fazer a apuração dos fatos. A ninguém mais do que eu interessa apurar os fatos. Eu estou com a consciência tranquila. Não cometi nenhum tipo de irregularidade nessa questão”, disse o ministro, à época.

Em novembro de 2008, o ministro do STF) Cezar Peluso declarou a extinção da punibilidade, por prescrição da pena, do então líder do governo Lula no Senado e arquivou o processo, com a concordância do Ministério Público Federal. O pedido de arquivamento foi feito pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que ainda defende Jucá, alvo de inquérito na Operação Lava Jato.

 

PF cumpre 12 mandados em ação contra crimes previdenciários no Maranhão

Prejuízos causados por esquema fraudulento chegam a R$ 1,65 milhão.

Do G1 MA

Uma operação da Força-Tarefa Previdenciária – formada pelo Departamento de Polícia Federal, Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal – cumpriu nesta terça-feira (24) em São Luís (MA) 12 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e sete de busca e apreensão, por prejuízos causados por um esquema de crimes previdenciários em torno de R$ 1,65 milhão.

Entre os mandados, consta também a previsão de arresto de bens imóveis e de veículos no nome dos investigados, além da determinação para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenda ou bloqueie o pagamento de 43 benefícios de amparo social ao idoso e realize auditoria em outros 27 benefícios dessa mesma espécie.

A Operação Casa Cheia teve investigações iniciadas em 2015, que levaram à identificação de um esquema criminoso com atuação desde 2011, responsável pela concessão de benefícios de amparo social ao idoso fraudulentos, segundo a Polícia Federal. Os titulares eram pessoas fictícias, criadas virtualmente através da falsificação de documentos públicos.

O esquema criminoso tinha participação de pelo menos três servidores do INSS e de intermediários. Eles serão proibidos de frequentar o local de trabalho e afastados das funções públicas pelo prazo de 90 dias.

A operação foi batizada ‘Casa Cheia’ por causa dos titulares de 42 benefícios identificados supostamente residirem em apenas duas residências, levando-se em conta o endereço cadastrado nos benefícios.

E-mail pra Dona Bibi

email-para-dona-bibi

 Olá, minha nega, muito bom dia! Só espero preta, que esteja tudo às mil maravilhas por aí. É que, por estas bandas, as coisas vão é de mal a pior.  Bem sabes, mulher, que em  governo como o do Flávio Dino, que tem uma posição forte e articulada, cheia malícia, seus membros deve  dormir com um olho aberto e outro fechado, já que, a qualquer momento surge uma bomba. Não podem vacilar.

E uma bomba estourou no colo do secretário de Segurança, Jefferson Portela, na noite da última quinta-feira. Bandidos incendiaram pelo menos cinco ônibus em pontos diferentes da Ilha. A Segurança foi rápida no gatilho e já na tarde do dia seguinte, já havia capturado pelo menos 14 acusados, incluindo aí menores e duas mulheres.

Mesmo com policiais civis e militares agindo em todas as zonas da cidade, a audácia da bandidagem foi muito além. Atacaram dois ônibus ainda na sexta-feira. Mas foram momentos de pânico, vivido por usuários do sistema de transporte coletivo.

O secretário Jefferson Portela, em entrevistas concedidas ao longo desses três dias, afirmou que as ordens para os ataques foram dadas de dentro do sistema penitenciário de Pedrinhas. A razão: “Os bandidos estão reagindo à forte ação de combate ao crime em São Luis, principalmente ao tráfico de drogas”, destacou Portela.

Eis aí uma declaração que deixou muita gente boquiaberta, já que a crônica policial registra diariamente assassinatos e assassinatos, a maioria motivada por questões relacionadas ao tráfico. Mas que a ação da polícia foi rápida e eficiente nessa questão dos ataques a ônibus, ninguém pode negar. Ponto para o secretário Jefferson Portela e seus  comandados.

Agora, vamos às mais interessantes da semana.

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A imprensa foi desleal com o ex-presidente Lula esta semana. A grande mídia deu em destaque, que a Polícia Federal havia levado, coercitivamente para depor na esteira da Operação Janus, desdobramento da Lava Jato. Um sobrinho dele, que operava junto à Odebretch.

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Diz isso na manchete para depois explicar que o cidadão em questão, é apenas sobrinho da ex-mulher do ex-presidente. Notícia enganosa e jornalismo rasteiro. Mas que  o Lula está encrencado e pode ir parar na PF de Curitiba, isso pouca gente tem dúvida.

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O sobrenome “Maranhão”, do Waldir, foi incorporado politicamente e já tem muita gente querendo que o parlamentar retire o Maranhão, porque ele vem envergonhando o Estado, de todas as maneiras.

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Depois de todas as patacoadas protagonizadas desde a votação da admissibilidade da presidente afastada Dilma Roussef, o Waldir vem sendo xingado diariamente por colegas de parlamento na Câmara Federal.

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Dia destes, um outro parlamentar disse, cara a cara com o Waldir, que ele não honrava as calças que vestia. Para completar, foi descoberto que ele recebeu, ao longo de 2 anos, R$ 16 mil mensais da UEMA, sem dar uma única aula naquela instituição de ensino superior, onde foi reitor por duas vezes, numa das administrações de Roseana Sarney.

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O homem está na boca de Matilde é de norte a sul do Brasil, minha gata, desonrando o nome do Maranhão, que já não é lá essas coisas lá fora.

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Pelo que tenho observado, o deputado e o filho dele,  o médico Thiago Maranhão, pilhado como funcionário fantasma do Tribunal de Contas do Estado, vão acabar ficando sem eira nem beira.

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Isso porque o MP já move ação para que o médico devolva R$ 265 mil, quantia que recebeu sem trabalhar, enquanto o  deputado pode ter que devolver mais de R$ 300 mil e já está se coçando para acertar  um parcelamento.

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Maior rebu entre o funcionalismo público estadual, morena, diz respeito ao cumprimento de um decreto do ano passado, estabelecendo que os servidores detentores de cargos comissionados terão que apresentar declaração de bens.

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O problema, é que está faltando quem realmente explique o  correto, já que estão falando em extensão dessa determinação para os servidores efetivos. Uma hora um secretário diz uma coisa, outra hora outro afirma diferente. Tem quem fale que não é determinação, mas uma orientação facultativa.

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O que se sabe é que inicialmente, o governo criou a norma, para identificar servidores que, por ventura, venha a enriquecer ilicitamente. Mas é hora de dar uma clareza na situação.

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Depois de quase uma década, o Moto sagrou-se campeão estadual, vencendo ao Sampaio Correa, que depois de alguns anos brilhando aqui e lá fora, em 2016 está totalmente irreconhecível.

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Ah, Bibi, nosso amigo Alterè Bernardino, figura de proa da Comunicação da Câmara Municipal, trocou de idade na sexta-feira. Por conta disso, mandou a recomendação médica para as cucuias e entornou todas. Esse Alterè…

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Devo desculpas ao amigo Carlos Alberto, secretário adjunto de Educação do Município. Reclamou para alguns amigos que eu teria sido frio com ele, quando me telefonou dias atrás.

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Confesso que não lembro desse tal telefonema, até porque gosto muito do Carlos Alberto, a quem conheci quando era assessor do então vereador Chico Poeta.

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Só sei que o encontrei semanas passadas e vi que o dito cujo está parecido com o Jô Soares, quando o humorista era jovem.  É um dos braços fortes do secretário Moacir Feitosa.

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Falando em Moaci Feitosa, o homem está enfrentando um drama. Ao contrário do antecessor, chama os professores para o diálogo, relacionado à reivindicação da reposição salarial, faz propostas, mas o sindicato da categoria cisma mesmo é em fazer greve.

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Todo mundo sabe, Bibi, que  em ano eleitoral, principalmente aqui em São Luis, mas valer um movimento, mesmo que desprovido de razão, para tentar alavancar nome a uma cadeira na Câmara, do que o diálogo.

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Falando em greve, o Sindicato dos Servidores da Assembleia deu com os burros n’água.  Um grupelho tentou colocar o presidente Humberto Coutinho contra a parede e acabou recuando, após descobrirem que desfrutava de mordomias.

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Os irmãos deputados Cleber (federal) e Júnior Verde (estadual), já não fazem incursões políticas juntos. Cleber chama Júnior de ingrato, por havê-lo elegido para a AL.

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Tudo porque Júnior se recusa a apoiar Jesus Verde, assessora de Cleber para a Câmara Municipal. Vai lançar é o nome da própria esposa. Como dizia minha avó Chiquita, em política, vaca não conhece bezerro.

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Bem, minha fofa, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser.

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E ele quer, porque sempre foi bacana com esse teu pimpolho.

Djalma

Congresso gasta em um dia o equivalente às despesas de um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio

Deputados votaram Código Florestal em sessão extraordinária

Deputados votaram Código Florestal em sessão extraordinária

 

O que o Congresso brasileiro gasta em um dia pagaria um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio matriculados na rede pública de ensino. É também equivalente ao gasto anual de 1533 alunos do ensino superior das Universidades e Faculdades públicas do país. Parece mais dinheiro agora, não?

Incluindo salários, auxílios e demais verbas, cada deputado custa, em média, 147 mil reais aos cofres públicos todos os meses, segundo dados da própria Câmara. Isso representa um gasto anual de quase 2 milhões, para cada deputado em exercício.

De todos esses bilhões gastos pelo Senado brasileiro, R$ 1,3 bilhão são usados só para pagar aposentadorias de ex-senadores e ex-servidores da Casa – 35% do orçamento. Das despesas atuais, que somam R$ 2,3 bilhões – cerca de 63% –, pelo menos 8 milhões são destinados somente ao pagamento de horas extras.

Mas em se tratando de política, a Lei de Murphy parece ter um peso especial.

Um estudo realizado pela ONU em 2013 revelou que, considerando-se a Paridade de Poder de Compra, o custo de cada congressista (deputado ou senador) brasileiro é o segundo mais caro do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. Mas não se sinta triste diante dessa derrota, caro contribuinte – ainda estamos na frente de 108 países nesse ranking.

 

“Quero garantir à população que a cultura da paz vai vencer”, diz governador Flávio Dino

flavio dino na Istoée

O governador Flávio Dino pronunciou-se na manhã desta sexta-feira (20) sobre os episódios de incêndios criminosos a ônibus registrados em São Luís. Ele garantiu que o sistema de segurança do Governo está totalmente mobilizado para garantir a paz e evitar qualquer tipo de ocorrência, especialmente no período da noite. “Nós estamos neste momento com a cidade em absoluta normalidade porque há essa mobilização. E nós estamos prontos exatamente a continuar aquilo que temos feito”, destacou.

Flávio Dino reuniu com dirigentes do sistema de segurança pública e penitenciária ainda na madrugada, e imediatamente providências foram tomadas no que se refere à identificação dos mandantes da determinação criminosa. “Eu quero pedir à população muito especialmente, que não leve em conta boatos, mensagens falsas, porque essa é uma estratégia, inclusive desses grupos criminosos, quando eles buscam criar uma instabilidade na ordem pública eles se utilizam muito especialmente do WhatsApp”, enfatizou.

De acordo com Flávio Dino, o Governo está com todo o efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, com engajamento da Guarda Municipal, com a colaboração determinada pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior. “Quero garantir a população que vamos vencer essa etapa, e que a cultura da paz vai vencer, que as pessoas de bem podem ter a tranquilidade que nós vamos, progressivamente, com a autoridade da lei, garantir que essas organizações criminosas deixem de atuar como infelizmente vem atuando há muitos anos no Maranhão”, ressaltou.

O governador reiterou também que o Governo tem uma atuação clara e determinada de enfrentamento ao poder das organizações criminosas, tanto que não se registrava uma ocorrência desse tipo há 17 meses. “Nosso Governo está tomando todas as medidas para retomar a autoridade do Estado sobre o sistema penitenciário e garantir paz nas ruas no que se refere a esse tipo de ocorrência”, explicou.

Ele esclareceu, ainda, que o comando para os ataques foi emitido por uma das gangues que comandam o Maranhão há décadas, mas que houve uma atuação imediata do sistema policial, frustrando outras ocorrências e culminando na prisão em flagrante de pessoas portando instrumentos que foram usados na prática de crimes, alguns destes, inclusive, já haviam participado, ainda no governo passado, em 2013 e 2014, deste tipo de ataque. “Aproximadamente são oito presidiários, integrantes de uma facção, envolvidos diretamente nesta ocorrência”, informou.

Avanços na segurança

O governador Flávio Dino citou também os esforços que vem sendo realizados para recuperar a autoridade do Estado na área da segurança pública. Ele realçou as ações para garantir maior eficácia, como a incorporação de 1500 novos policiais, novas viaturas e novas armas, além da organização do sistema penitenciário. “Nós, muito recentemente, tivemos o fato histórico de um ano sem nenhum homicídio no sistema penitenciário. Isso mostra exatamente que nós estamos recuperando a autoridade do estado que estava degradada”, frisou.

 

Após mais dois ataque, sindicato resolve paralisar frota de ônibus na cidade

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Maranhão (Sttrema), Isaías Castelo Branco, confirmou que a frota de ônibus de São Luis já começou a ser recolhida para garagens.

Depois de mais dois  registros  de ataque a coletivos na cidade, agora no bairro do Parque Jair  e na Vila Maranhão , o presidente do sindicato informou que não há condições de deixar a frota nas ruas.

De acordo com informações do tenente-coronel Marques Neto, Comandante do Batalhão Tiradentes da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), o ataque ocorreu no início da noite desta sexta-feira (20), no Vassoural, no bairro do Parque Jair, na Região Metropolitana de São Luís  e na Vila Maranhão.

“A gente tentou conversar com a Secretaria de Segurança Pública. Não dá para deixar que os companheiros corram perigo. Vamos recolher todos os ônibus”, disse o presidente do Sttrema.

Mais dois ônibus são incendiados, no Parque Jair e na Vila Maranhão

ônibus incendiados

Mais dois ônibus foram alvo de ataques de criminosos na Região Metropolitana de São Luís no início da noite desta sexta-feira. Dessa vez, os bandidos incendiaram um ônibus na região do Parque Jair, em São José de Ribamar e um na Vila Maranhão. A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Marques Neto, comandante do Batalhão Tiradentes e pelo tenente-coronel Egídio Amaral. Ainda não há informações sobre feridos.