Prefeitura  de Coroatá exonera médico preso no escândalo da Saúde

A Prefeitura de Coroatá exonerou o médico Mariano de Castro Silva, que ocupava o cargo de coordenador geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. A exoneração data do dia 24, mas só foi divulgada hoje.

O médico teve o pedido de prisão preventiva aceita pela justiça federal nesta semana. Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos principais operadores do esquema que desviou mais de 18 milhões de reais da Secretaria de Estado da Saúde.

Mariano de Castro Silva foi exonerado da direção do SAMU pela prefeitura de Coroatá (Foto: Reprodução/TV Mirante) Mariano de Castro Silva foi exonerado da direção do SAMU pela prefeitura de Coroatá (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Entenda a investigação

A “Operação Pegadores” é continuação da “Operação Sermão aos Peixes” e segundo a PF, durante as investigações conduzidas em 2015 foram coletados indícios de que servidores públicos que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.

As investigações indicaram a existência de 424 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais sem a prestação de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários do esquema eram pessoas indicadas por agentes políticos: familiares, correligionários de partidos políticos, namoradas e companheiras de gestores públicos e de diretores das organizações sociais.

O montante dos recursos públicos federais desviados por meio das fraudes chega a R$ 18.345 milhões. Contudo, segundo a Polícia Federal, o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior, pois os desvios continuaram a ser praticados mesmo após a deflagração de outras fases da Operação Sermão aos Peixes.

 

A relação entre a administração pública e terceirizadas foi usada para viabilizar os desvios, como apontou a PF no relatório da operação.

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