E-mail pra Dona Bibi

Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontra-la na santa paz ao lado do Criador. Por aqui, minha morena, o assunto da vez é a polêmica Reforma da Previdência. Ah! Isso tem dado muito o que falar. A rapaziada está eufórica no Congresso. A oposição, que antes defendia tal reforma com unhas e dentes, passou agora a repudiá-la com as garras ainda mais afiadas.

Negócio é o seguinte minha gata: Os gatunos de Brasília passaram anos e anos metendo a mão na botija, assaltando os recursos públicos. Quando agora o rombo apareceu, o governo mais que depressa decidiu que quem deve cobri-lo não são os ladrões de outrora, mas o povo, os trabalhadores. Esses é quem deverão pagar a conta dos desvios do dinheiro público.

Tem mais. Aqueles partidos que se notabilizaram pelo toma-lá-dá-cá. Fizeram uma graça com o governo durante a semana, aprovando a admissibilidade da reforma na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Ganharam de lambuja. 48×18. Trinta votos de diferença. Mas estes mesmos parlamentares ainda não apostam uma pataca numa vitória em plenário.

A explicação é simples. Estes partidos fisiológicos, que formam o famoso Centrão, fizeram, na realidade uma demonstração de força, para conseguir o que querem junto ao presidente Jair Bolsonaro. Traduzindo: Cargos, na estrutura federal e o pagamento das emendas parlamentares.

Em Brasília, o que se fala é que cada deputado que votar favorável à Reforma da Previdência terá pelo menos R$ 10 milhões em emendas liberados. Enquanto isso, Bolsonaro só vai nomear dirigentes de cargos federais nos Estados, após a votação final do projeto.

Bonito nessa história toda, cidadã, é que Bolsonaro se elegeu com o discurso de paladino da modalidade. Garantiu que em sua administração não haveria esse troca-troca. No mesmo molde do Collor de Melo em 1992. Mas, pelo visto, já sucumbiu ao antigo modelo político brasileiro. Sem cargos e sem emendas, não haverá previdência. Até rimou.

Bem, vamos agora às mais importantes da semana.

*

Viu aquela história do secretário municipal do município de Santa Rita, oferecendo emprego a um jovem em troca de sexo oral? Bem Bibi, isso é pornográfico, mas cada um faz o que bem entende fora de seu local de trabalho. O problema é que ele é um cidadão (ã) público (a).

*

Ah, minha fofa, tu nem sabes…O secretário de Educação do Estado, o Felipe Camarão, garantiu esta semana que está deflagrando uma operação “caça-professores”, para chamar na chincha aqueles educadores que estão apenas na folha, mas sem trabalhar.

*

O problema é quem tem deles com alto cargos comissionados em esfera municipal, mas que não deixaram as tetas do Estado. Dizem inclusive que isso ocorre na Educação de São Luis, com uma professora estadual que estaria ocupando uma função de destaque na SEMED. Isso ainda vai dar rolo.

*

Nesta sexta-feira, o Conselho de Segurança do Estado decidiu pela expulsão dos quadros da Secretaria de Segurança do delegado Tiago Bardal, que foi superintendente da SEIC e que foi preso como envolvido numa quadrilha de contrabandistas ali na área do Quebra-Pote.

*

Falando em Tiago Bardal, perguntar não ofende. Prenderam o Tiago Bardal, juntamente com coronéis, majores, capitães e até soldados da PM envolvidos e nunca se falou em nenhum dos receptadores das cargas contrabandeadas. O que estaria acontecendo?

*

E eu nem te falei, mas não custa te colocar a par dessa situação. O ex-deputado Stênio Rezende foi condenado à prisão e à perda do mandato, quando ainda o exercia, no ano passado, por conta de manobras no contracheque de assessores.

*

Bem, ele foi condenado e entrou na lista dos fichas-sujas. Ocorre que o homem acaba de ser nomeado para o gabinete do deputado federal André Fufuca, para prestar serviço aqui no Estado.

*

Quero saber se a lei do ficha suja ainda está valendo, aquela que proíbe qualquer um que tenha sido condenado por um colegiado a ser nomeado para qualquer função pública. Pode isso, Arnaldo?

*

Olha, Bibi, a rapaziada não se emenda por aqui, principalmente prefeitos do interior. Esta semana, o prefeito de Mata Roma, Raimundo Nascimento foi preso por porte ilegal da arma, crime considerado inafiançável. Já está no olho da rua, porque tem costas quentes.

*

Por aqui acontece cada uma Bibi, que só tu vendo. Né que agora apareceu um dono daquela área no Vinhais, onde a rapaziada faz a feira livre às quartas-feiras? Pois é, isso mesmo? A feirinha ali tem mais de trinta anos, mas agora surgiu um proprietário.

*

O problema é que os vereadores Pavão Filho, Marcial Lima e Cézar Bombeiro lideraram um movimento e entraram com duas ações judiciais. Aí, o juiz Douglas Martins, da Vara de Interesse Difusos e Coletivos, acatou as duas ações e vetou o bloqueio que o suposto proprietário da área estava fazendo para coibir a realização da feira.

*

Esta semana, mãe, fuzilaram um vereador de Maranhãozinho, lá em Santa Luzia do Paruá. Tudo aponta para crime de encomenda. Aquela área continua num eterno banho de sangue e o secretário de Segurança, Jeferson Portela tem que se redobrar para quebrar essa escrita.

*

Pensei que fosse só  por estas bandas que acontecesse essa história de parlamentar afanar dinheiro de assessor. Não! A deputada federal Érika Kokay, uma empedernida ativista do PT, nascida no Ceará, mas que faz política no DF, foi pilhada na mesma irregularidade.

*

E olha que ela é do PT, daquelas que fazem o maior alarde lá no Congresso, defendendo o  Lula e coisa e loisa. Do mesmo time da Gleisi Hoffman. Vai responder a bronca no TSE.

*

Bem, minha fofa, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno para a próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com o teu pimpolho.

*

Beijão desse filhote que jamais deixará de te amar

Djalma

N.R- Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor. Ela faleceu em São Luis aos 28 anos de idade, no dia 8 de dezembro de 1965, na Santa Casa de Misericórdia.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *