Agente penitenciário confessa razões que o levaram a matar a professora na UFMA  

O agente penitenciário Márcio Jorge Lago Marques confessou à polícia que uma dívida de R$2.500 mil foi a motivação do assassinato da professora Rosiane Costa, de 45 anos, em São Luís. Ele foi preso na noite de terça-feira (21) e apresentado na Sede da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (22).

De acordo com a delegada, Viviane Fontenele, ele confessou o crime afirmando que matou a professora minutos antes da vítima entrar no veículo para ir embora. Márcio Jorge a estrangulou, jogou o corpo no carro e resolveu se desfazer do corpo na Universidade Federal do Maranhão (Ufma).

Em depoimento, o autor do crime explicou que se desfez do corpo na Ufma porque estava no caminho indo buscar a esposa na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da área Itaqui-Bacanga.

De acordo com a polícia, além da confissão, os elementos utilizados na investigação comprovam que ele foi o culpado pela morte da professora. Segundo a delegada, as imagens de segurança da Ufma foram fundamentais para identificação.

“As imagens da Ufma foram fundamentais porque a partir delas nós conseguimos identificar o veículo que estava envolvido no crime. Verificamos também que o mesmo carro entrou no estacionamento do supermercado alguns minutos depois do crime para fazer compras utilizando o cartão de débito da vítima e aproveitou também para realizar um saque no Terminal de Auto Atendimento utilizando outro cartão da vítima”, explicou.

Ainda de acordo com a delegada, Márcio Jorge tinha um caso com Rosiane Costa há dois anos, mas tinha uma dívida que não tinha conseguido pagar. Segundo a polícia, Márcio Jorge Lago Marques será indiciado por feminicídio e motivo torpe.

“Eles mantinham contato por causa da dívida, onde ela fazia cobranças. No final de semana, ela fez uma cobrança mais contundente, dizendo que não iria mais esperar. Depois disso, ele resolveu insistir para que ela fosse até a residência dele para que conversassem, lá ele a seduziu para terem uma relação amorosa. A intenção dele era fazê-la desistir de cobrar essa dívida e como não conseguiu através desse meio, ele resolveu matá-la para se livrar da dívida”, afirmou a delegada.

Entenda o caso

Rosiane Costa tinha 45 anos e era professora municipal em um povoado chamado Itamatatiua, em Alcântara, na região metropolitana, mas morava em São Luís, no bairro São Cristóvão. Ela também não era casada e não tinha filhos

No dia 13 de maio, Rosiane foi encontrada morta ao lado da TV Universitária, que fica dentro do Campus do Bacanga da UFMA, em São Luís. No local do crime, os peritos encontraram Rosiane com o vestido rasgado e com marcas de agressão nos olhos e na boca. Segundo os investigadores, há fortes indícios de que ela foi espancada até a morte.

“Ela foi bastante agredida na boca, no olho, mas há indícios de que ela possa ter sido esganada e essa poderia ser a causa da morte”, contou o delegado Arthur Benazzi.

Os indícios também apontam que Rosiane entrou no campus ainda viva no carro do assassino e não havia indícios de que houve estupro.

“O corpo estava semi despido, com os seios de fora e tudo indica que ela estava acompanhada de uma pessoa dentro de um carro. Pode ser que tenha havido alguma discussão e ele tenha a arrancado de dentro do veículo… possivelmente já morta”, declarou a delegada da Mulher, Viviane Azambuja

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