Brasil vence Paraguai nos pênaltis e está na semifinal da Copa América

seleção brasileira, enfim, se livrou do fantasma paraguaio na Copa América. Depois de ser eliminado da competição pelo adversário nos pênaltis em 2011 e 2015, o Brasil desta vez passou pelo Paraguai nas penalidades com vitória por 4 a 3 após empate por 0 a 0 na noite de hoje, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. É a primeira vez desde 2007 que a seleção chega à semifinal do torneio – o rival ainda não está definido.

Após um primeiro tempo sem muitas emoções – com os paraguaios criando até a melhor chance, em defesa de Alisson após chute de Derlis González -, o Brasil sobrou na etapa final. Foram muitas finalizações perigosas, com intervenções decisivas do goleiro botafoguense Gatito Fernández e até uma bola na trave de Willian aos 44 minutos. Nos acréscimos, Everton e Philippe Coutinho só não marcaram porque desvios da defesa salvaram o Paraguai. A tensão e a retranca dos adversários acabaram prevalecendo.

Alisson brilha, e Gabriel Jesus se redime

Nos pênaltis, Alisson pegou a primeira cobrança, do palmeirense Gustavo Gómez, e viu Willian abrir o placar para o Brasil. Na segunda rodada, Miguel Almirón e Marquinhos marcaram. Na terceira, Bruno Valdez e Philippe Coutinho também fizeram. A quarta teve gol de Rodrigo Rojas e um chute feio para fora de Roberto Firmino. A rodada final teve Derlis, carrasco em 2015 no Chile, também batendo para fora. Gabriel Jesus, que havia perdido pênalti na goleada sobre o Peru na fase de grupos, mostrou muita categoria para deslocar Gatito e dar a vaga ao Brasil.

A semifinal está marcada para terça-feira, dia 2 de julho, no Mineirão, em Belo Horizonte, às 21h30. O adversário sai do confronto entre Venezuela e Argentina, que acontece nesta sexta-feira, no Maracanã, no Rio de Janeiro, às 16h.

Quem foi bem: Marquinhos e Gatito Fernández

O zagueiro brasileiro não se limitou a ficar ao lado de Thiago Silva, em papel que também foi desempenhado com perfeição. Marquinhos ajudou muito na saída de bola e virou quase um meia no fim do segundo tempo, inclusive acertando belo cruzamento para Roberto Firmino assustar em cabeçada. O problema para os atacantes brasileiros, aliás, era que Gatito Fernández, goleiro do Botafogo, estava em jornada inspirada e fez grandes defesas. A melhor delas foi em cabeçada de Firmino a poucos minutos do fim do jogo.

Quem foi mal: Philippe Coutinho e Gabriel Jesus

Coutinho mais uma vez ficou apagado. Buscou pouco a bola, não se apresentou para tabelas e perdeu chances boas de marcar por hesitar no momento da conclusão – uma sobra no lado esquerdo e depois ao furar tentativa de cabeçada. Já Gabriel Jesus foi mais participativo, mas errou passes demais. No mesmo lance da furada de Coutinho, pegou a sobra e mandou para fora, de frente para o gol.

Neymar vai à Arena do Grêmio e vê jogo de camarote

Cortado da seleção brasileira por causa de uma lesão no tornozelo direito, Neymar viajou para Porto Alegre e acompanhou o jogo em um camarote na Arena do Grêmio. Ele estava acompanhado do surfista Gabriel Medina e do volante Casemiro, suspenso pelo segundo cartão amarelo na Copa América.

Atuação do Brasil

A movimentação intensa do ataque, tão importante na goleada sobre o Peru e que apareceu até contra a Venezuela, não foi vista. Os pontas ficaram passivos demais e demoraram a entrar na área ou buscar tabelas. O que mudou em relação a outros jogos difíceis foi a aceitação de Tite. O técnico se mostrou desgostoso com o desempenho, fez mudanças ousadas e lançou o time para frente para tentar abafar o Paraguai.

Atuação do Paraguai

O pressionado técnico Eduardo Berizzo resolveu apostar em uma forte retranca para tentar surpreender o Brasil. Fez Derlis González e Miguel Almirón se revezarem no sacrifício para fechar uma linha de cinco no meio de campo e apostou nesse jogo reativo até o fim, ainda mais depois da expulsão de Balbuena. E não dá para dizer que a ideia não funcionou.

Cronologia do jogo

Assim como a Venezuela havia feito, a seleção do Paraguai se trancou na defesa, apostando em forte marcação pelo meio. O Brasil até conseguia rodar bola a bola, mas chegava na intermediária sem apresentar soluções criativas. Pelos lados, com mais espaço, faltava capricho para acabar as jogadas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *