Parentes da família assassinada em Silvanópolis, na região central do Tocantins, falaram nesta segunda-feira (29) sobre o crime. Eles contaram que Livingstone Pereira Tavares, suspeito de matar a ex-mulher, filha e duas netas e depois se matar não aceitava o fim do casamento.
“Esse cidadão, ele vivia já, há certos tempos já, separado da minha prima, mas não aceitava, com certeza, a separação, né?”, disse Arimatéia Ramos, que é primo de Francisca Pereira Tavares. A família informou que o casal não morava junto há 11 anos e que Francisca se mudava muito, mas que o marido sempre a encontrava.
Uma das nove filhas do casal disse que o pai sempre foi autoritário. “Ignorante, algumas partes que eu digo bruto, é na parte da ignorância mesmo. Ele sempre foi um pai autoritário né, mas não merecia tamanha crueldade, eram seres humanos”, disse Raquel Ramos.
Os corpos de Francisca Barros Tavares, 59, da filha dela, Ruth Barros Tavares, 27, e das suas netas Milena Barros Tavares, de apenas 8 anos e Jasmim Barros Tavares, 12, foram enterrados juntos em Alto Alegre do Maranhão na manhã desta segunda. O corpo de Livingstone foi liberado para uma funerária diferente da que cuidou do restante da família. Os parentes não informaram o que foi feito com ele.
O caso ainda não está solucionado. A Polícia Civil informou que os primeiros indícios apontam para Livingstone como autor dos disparos, mas que não descarta a possibilidade de haver outra pessoa na cena do crime.
O caso
Cinco pessoas da mesma família foram encontrados mortos dentro de uma casa situada na cidade de Silvanópolis, 120 km de Palmas, no Tocantins.
Livingstone Pereira Tavares, de 65 anos, a mulher dele identificada como Francisca Barros Tavares, 59, a filha do casal reconhecida como Ruth Barros Tavares, 27, e as filhas de Ruth Barros, Milena Barros Tavares, de 8 anos e Jasmim Barros Tavares, 12, foram achados dentro da residência divididos na sala, cozinha, porta dos fundos da casa e ainda em cima de um colchão.
A polícia trabalha com duas possibilidades. A primeira seria a ideia de homicídios múltiplos seguido de suicídio e ainda a presença de uma sexta pessoa na cena do crime. Segundo testemunhas, a família morta se mudou para a cidade há poucos meses e estava vendendo artesanato pelas ruas de Silvanópolis.