Rodrigo Janot revela que planejou matar o ministro Gilmar Mendes e cometer suicídio

Numa entrevista bombástica concedida à revista Veja, o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot revela que planejou o assassinato do ministro do Supremo Gilmar Mendes, ainda chegou a puxa a pistola, mas se arrependeu e não cometeu o crime, que seria seguido pelo seu suicídio. Janot diz ainda que suspeita de ter partido do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha uma invasão à sua residência e que não tem a menor dúvida de que o ex-presidente Lula é corrupto.

De acordo com a entrevista, no dia 11 de maio de 2017, como chefe da Operação Lava Jato em Brasília, foi a uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) decidido a matar Gilmar. Segundo Janot, o plano era dar um tiro na cabeça do ministro e depois se matar. Ele ainda chegou a ficar cerca de dois metros de distância de Mendes, na sala reservada onde os ministros se reúnem antes de iniciar os julgamentos no plenário, sacou a pistola do coldre que estava escondido sob a beca e a engatilhou, mas se arrependeu a tempo de evitar uma tragédia.

“Ia dar um tiro e me suicidar”, disse Janot, que vai lançar na próxima semana o livro Nada Menos que Tudo, escrito pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin, em que narra episódios desconhecidos ao longo dos quatro anos em que esteve à frente das investigações do maior escândalo político do país.

Janot e Mendes vinham trocando acusações publicamente e evitavam citar o nome, um do outro,  em público. Gilmar Mendes referia-se a Janot como bêbado e irresponsável e o ex-procurador costumava chamar Mendes de perverso e dissimulado.

Na mesma entrevista, Janot diz não ter dúvida de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já condenado e cumprindo pena por crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, é realmente corrupto.

“É impossível que o Lula não fosse um dos chefes de todo esse esquema. Não tenho dúvida de que ele é corrupto. Da mesma forma que não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta. Mas ela tentou atrapalhar as investigações com a história de nomear o Lula como ministro da Casa Civil. A obstrução de Justiça aconteceu, tanto que eu a denunciei. Até agora não surgiu nenhuma prova que envolva a ex-presidente com corrupção. Temer, sim, é corrupto. Corrupto filmado, fotografado e gravado. No caso da JBS, teve até malinha correndo em São Paulo por ação controlada autorizada pelo Judiciário. Não tem como esconder que aquilo existiu. No caso do Sarney, não dá para dizer categoricamente que o ex-­presidente é corrupto, porque não consegui denunciá-lo, apesar dos áudios em que aparece discutindo, de forma velada, repasses de dinheiro. O Collor é um caso à parte…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *