Justiça manda soltar filho acusado de matar o próprio pai, o ex-prefeito Nenzim

A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) deferiu nesta segunda-feira (7) o pedido de habeas corpus para Manoel Mariano Filho, o Júnior Nenzim, acusado de matar o pai o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Souza, o Nenzim em dezembro de 2017, na zona rural do município.

Com a decisão, Manoel Mariano Filho vai responder ao processo em liberdade, enquanto aguarda o julgamento. O acusado estava preso desde dezembro de 2017, após ter sido apontado como principal suspeito de ter assassinado o pai.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, no dia do crime, Manoel Mariano era a única pessoa que estava com o pai. Informações iniciais apontavam a presença de dois homens em uma moto como possíveis assassinos do ex-prefeito, mas a versão foi negada após a realização de laudos periciais.

Mais de 20 testemunhas foram ouvidas. Após a finalização do inquérito, Manoel Mariano foi denunciado pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA).

 Entenda o caso

O ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, conhecido também como Nenzim, foi assassinado com um tiro no pescoço, na manhã do dia 06 de dezembro, na zona rural de Barra do Corda, distante 341 km de São Luís.

De acordo com as investigações, no dia do crime o filho de “Nenzim”, Mariano Filho, estava junto ao pai e não havia mais ninguém no local do crime. Além disso, após a morte de Mariano de Sousa o veículo em que os dois estavam não seguiu direto para o hospital, o que torna o filho dele ainda mais suspeito. Vídeos de câmeras de seguranças também flagraram a caminhonete dirigida por Mariano Filho na principal Avenida do condomínio onde o ex-prefeito ‘Nenzim’ foi morto.

Mariano Filho foi preso na madrugada do dia 08 de dezembro, na casa de um amigo em Barra do Corda. Segundo a polícia, o assassinato do ex-prefeito ‘Nenzim’ teria tido como motivação o roubo de várias cabeças de gado de sua propriedade em Barra do Corda. Mariano Filho estaria devendo agiotas e teria vendido as cabeças de gado da fazenda do seu pai para o pagamento dessas dívidas.

No início das investigações Mariano Filho negou que teria participado do assassinato do próprio pai, mas nos últimos meses o filho do ex-prefeito tem se mantido calado nos dias marcados para depoimento.

 

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