Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontra-la no bem bom por aí. Por aqui, cidadã, estamos respirando dois climas: Carnaval e política. Na folia, a gente sabe que será quase tudo igual ao ano que passou. As escolas de samba vão fazer críticas sociais, metem a lenha nos políticos e por aí vai, como se isso fosse mudar alguma coisa. Ficam bradando no deserto, como João Batista.
Basta lembrar que até hoje neguinho relembra o desfile do genial Joãosinho Trinta, da Beija-Flor de Nilópolis de 1989, quando ele levou para a avenida o enredo “Ratos e urubus, larguem minha fantasia”, em que falava de pretos, pobres, prostitutas e os menos favorecidos. Mudou alguma coisa depois disso? Nada de nadica. E o nosso Carnaval continua a ser uma repetição a cada ano.
Já as escolas de São Luís continuam a mostrar sua pobreza. Algumas chegam a parecer até bloco de sujo. E olha que sou da Unidos de Fátima, mas não posso passar batido na crítica. Também é um repeteco danado, tanto em enredos como em premiações. O primeiro lugar Sempre fica entre Flor do Samba, Turma do Quinto e Favela. Aqui e acolá surge uma heroína e quebra essa dobradinha, como foi o caso da Unidos de Fátima em 1991 e 1994 e mais recentemente a Marambaia.
E agora, a política. Ah, a política… Como no Brasil o ano só começa depois do Carnaval, esse será o momento em que a classe bota seu bloco na rua, até porque é ano de eleição municipal. Vamos ver como estão as coisas?
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Bem Bibi, o quadro está mais ou menos assim: O deputado federal Carlos Braide continua liderando com folga em todas as rodadas de pesquisas. Parece o Shumacker nos bons tempos de Fórmula 1, quando chegava a dar duas volta sobre os adversários.
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Aí vem a turma tentando alcançá-lo. Mais perto aparecem os deputados Duarte Júnior, que recentemente deixou o PC do B do governador Flávio Dino e se filiou no Republicanos do vice-governador Carlos Brandão. É como se tivesse deixado a sala governista e se mudado para a cozinha.
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Logo depois chega o deputado Wellington do Curso. Filiado ao PSDB, ninguém aposta uma pataca que consiga ser candidato pela sigla. Isso porque o presidente da sigla, o senador Roberto Rocha, só falta anunciar em praça pública que prefere a aliança com o Braide. Wellington, com certeza, terá que procurar outro rumo partidário.
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Mais atrás, vem o deputado Neto Evangelista (DEM), que tem a simpatia do PDT. Partido que vem controlando a prefeitura de São Luís desde Jackson Lago, lá atrás, em 1989. Vem agora como coadjuvante. Muita gente cita a administração de Castelo, mas esquece que ele foi eleito com o total apoio do então governador Jackson Lago, sendo que várias secretarias foram administradores por pedetistas.
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O deputado Adriano Sarney, único da família detentor de um mandato legislativo, acredita na força do seu PV e na ressonância da oposição para que o grupo venha retomar um mandato majoritário, que escapuliu do controle do grupo desde que o governador Flávio Dino fez barba, cabelo e bigode nas eleições passadas.
Na turma de trás, vemos o deputado federal Duarte Júnior, menina dos olhos do governador Flávio Dino, que está com apenas 2 pontos. O problema é que em política isso não significa lá muita coisa. Quando Zé Reinaldo foi lançado candidato ao governo por Roseana Sarney, tinha exatamente 2 pontos, assim como o Dória em São Paulo, quando foi prefeito.
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Neófito em política partidária, o juiz federal Carlos Madeira se lançou rumo à sucessão de Edivaldo Holanda Júnior. Pontua lá atrás, a exemplo do deputado estadual Yglésio Moisés, que deixou o PDT para entrar nessa corrida desenfreada. Temos ainda o Jairzinho Filho, pelo PRTB, sem se falar que teremos ainda as sempre presentes candidaturas do PSOL e do PSTU, cujos nomes ainda não se sabe. Para fechar, temos o radialista Jeisael Max, e vem perambulando pela cidade mostrando suas proposta e sentando a pua nos futuros adversários.
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Esse é o cenário de agora, mas que pode mudar de acordo com os fatos daqui até outubro próximo. Bem, a sorte está lançada, vamos ver quem estará assumindo o controle do Palácio de La Ravardière em primeiro de janeiro do próximo ano.
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Terminou a greve de fome deflagrada pelo vereador Sá Marques, que montou barraca em frente à prefeitura, em protesto à política seletiva do secretário de Obras do município, Antônio Araújo. Ele resistiu durante uma semana, mas passou mal, correu risco de vida e foi levado para o hospital.
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Tem candidata a prefeita aí na região do Alto Turi dando cano em comunicador antes do início da campanha propriamente dita. Desse jeito a rapaziada já começa a ficar cabreira com a cidadã.
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Já um veterano prefeito, ali da região do Pindaré, está dando cano num escritório de advocacia. Já recebeu o recurso referente a uma ação de recuperação de ISS, mas não paga os causídicos nem sendo levado ao pau-de-arara.
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Tem uma bomba aí contra o prefeito Luciano Genésio, de Pinheiro. Blogueiro que já sentiu o cheio da história está louco para conseguir os documentos. Talvez nem divulgue a matéria, porque sabe o que fará com os dados.
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A Secretaria de Segurança está com pelo menos dois desafios recentes. Os assassinatos ainda não esclarecidos de um jovem quase na porta do quartel da PM na Raposa e de outro cidadão que foi executado dentro de seu veículo, na Vila Vitória.
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O presidente da Câmara de Raposa, Beka Rodrigues, saiu na frente e está levando três desembargadores e um juiz como palestrantes para um painel de debates naquela casa parlamentar, no próximo dia 6 de março. O painel é sobre as regras das eleições deste ano.
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Bem, Bibi, com esta, vou ficando por aqui neste domingo, retornando na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com esse teu pretinho.
Beijão deste filhote que jamais deixará de te amar
Djalma
N.E – Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor desta coluna. Ela faleceu aos 28 anos de idade, na Santa Casa de Misericórdia de São Luis, no dia 8 de dezembro do ano da graça do Nosso Senhor Jesus Cristo de 1965.