BRAIDE, UMA SAÍDA PARA DINO

() João Melo e Sousa Bentivi (*)

 A política é sinônimo de guerra, de luta e pode até dar empates, mas a regra é vencidos e vencedores. As eleições desse ano não fugiram a regra.

No Maranhão, não posso qualificar todos os vencedores e nem todos os vencidos, mas há nomes que se destacam, nos dois grupos: Eduardo Braide e Flávio Dino.

No começo da campanha, quando pairavam muitas dúvidas, vaticinei que o Eduardo Braide caminhava para ser um líder popular, em São Luís, nas estaturas comparativas de Cafeteira, João Castelo e Jackson Lago. Fui até criticado por um desses trânsfugas de nenhuma importância, com a caneta a soldo de algumas moedas de prata, tal qual Iscariotes. Não respondo a trânsfugas.

Até agora acertei e está nas mãos de Deus e do próprio Eduardo fazer essa previsão verdadeira e, quem sabe, chegar mais longe que os personagens citados.

Entretanto o governador Dino, nesse momento, transita pelo espinhoso caminho dos derrotados, aliás, o maior derrotado das eleições maranhenses. Nem sei mesmo se ele é o culpado do vexame, mas poderia estar bem melhor, caso tivesse me ouvido. Não ouviu.

O primeiro grande erro do governador foi trazer para a província um aliado desastroso e um inimigo inexistente. O aliado desastroso é Lula. Como alguém de juízo pode, nesse momento, colocar um bandido ao seu lado. Nem ou tronchas de comportamento, tipo Ciro, Manuela, Boulos e outros asnos semelhantes, vinculam suas vidas com esse marginal. Dino e um dos seus acólitos, talvez o mais bobão, o fizeram e se … (mamãe Zima diz: controle essa língua!)

O segundo erro foi querer transformar o presidente Bolsonaro  em um adversário municipal: ou loucura ou burrice. Bolsonaro quando pensa em Dino, pensa no Maranhão e em Guaraná Jesus, a nossa mais popular bebida. Nunca pensa em Dino como adversário de coisa alguma, pois para ser adversário do presidente, Dino teria que tirar o Maranhão da miséria (aliás, afundou mais o estado), adquirir estatura de estadista, ter um partido que preste e pelo menos assessores, com inteligência e neurônios funcionantes.

Pelo visto, há carência de neurônios funcionantes em muitas cabeças.

O que eu desejo e estou orando é para Deus influenciar o coração do governador e que ele não cometa um terceiro grande erro: TRANSFORMAR O PREFEITO EDUARDO BRAIDE EM INIMIGO POLÍTICO.

Caso isso aconteça, asseguro que não foi por conta do prefeito Braide. Conheço o prefeito e sei que, pelo bem de São Luís, ele nem tem amores e nem ódios de quem quer que seja e, dentro desse quem quer que seja está o governador Dino. Aproveite, governador, o Braide é uma grande saída. Não para ser um “holandinha” de maior estatura, mas para fazer coisas por São Luís, que melhorarão a sua desgastada imagem, com o povo dessa ilha.

O seu sonhado “serpentário” para 2022 ruiu em 2020. O seu “poder de convencimento” sobre Maranhãozinho, Wewerton, Brandão e outros atores diminui a cada dia, até o dia que não mais existirá. Não perca tempo, telefone para o Braide, seja o estadista, pelo menos tupiniquim, e a sua imagem fisicamente rombuda adquirirá alguma beleza.

Apesar de não nutrir grandes amores por vossa pessoa, também não tenho nenhuma desavença ou querela e o meu espírito direitista, conservador e cristão me manda desejar o bem de todos, mesmo se esse todo é comunista, esquerdista ou qualquer outro desses istas.

Aproveite a chance, ligue e parabenize o prefeito Braide, pois nesse momento é uma das suas poucas saídas. Na pior das hipóteses, diminuirá o vexame da derrota, que está corroendo a sua alma.

Tenho dito.

(*) Médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta, escritor e doutor em Administração, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.

    (**) Pode ser reproduzido, sem a anuência do autor, em qualquer      plataforma de comunicação.

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