Um silêncio sepulcral tomou conta dos movimentos feministas maranhenses em torno do estupro praticado pelo capitão PM Allan, que também é medico, contra uma jovem técnica em enfermagem, crime denunciado pela vítima e que teria acontecido nas dependências do hospital estadual Genésio Rego, que fica localizado no bairro da Vila Palmeira. De acordo com o boletim de ocorrência, o estupro ocorreu na noite do último domingo.
Esse estranho silêncio de grupos que vão para a mídia denunciando homens que se envolvem em qualquer desavença familiar, não tomou o contorno que se esperava, deixando a vítima e seus familiares frustrados, principalmente pela ação da Justiça, que prontamente liberou o violador. A técnica em enfermagem, com certeza, deve está mergulhada no medo, e de sobreaviso contra o estuprador.
O Conselho Regional de Medicina do Maranhão também não se manifestou contra o episódio. Quando se aproximam os períodos eleitorais, seja municipal ou federal com o estadual, diversos grupos que se apresentam como “combatentes e contra a violência contra a mulher”, logo emergem, programam seminários, e outras séries de eventos, mostrando estatísticas e o escambau.
Acho que o caso da técnica de enfermagem merece mais atenção desses órgãos, uns oficiais e outros meramente politiqueiros. A Justiça também conseguiu mais uma vez indignar a sociedade com a liberação de um brutamontes.
Vejamos aqui uma situação: Se a estuprada fosse uma médica, seria que esses grupelhos não estariam de bandeiras empunhadas em praça pública pedindo a punição do capitão-médico tarado? Ou será que esse tipo de defesa só vale para as mulheres da estratificação social mais elevada? Fica a indagação para quem queira responder.