Recados para ela

Ei, Bibi, bom dia, minha

preta! Espero que es-

teja às mil maravilhas

 

por aí. Por aqui, minha santa,

só preocupações. Os casos de

 

Covid voltaram a crescer, fa-

zendo com que o governo ado-

te novas medidas e pense até

 

em novo isolamento. Os políti-

cos atribuem a essa nova onda,

 

as movimentações do Revellion

e fecham a cara quando o povo

destaca que tudo começou foi

durante a campanha eleitoral,

com a realização de comícios e

 

outras manifestações, que for-

mavam grandes aglomerações.

 

Mas o que mais preocupou a

população da Ilha, foi um rastro

 

de sangue deixado por bandi-

dos entre quarta e quinta-feira,

 

depois que o tenente coronel

PM Ronilson foi executado a

 

tiros na porta de sua residên-

cia, no Residencial Pinheiros.

 

Vamos a essa trilha de sangue:

*

 

Uma trilha de sangue foi dei-

xada na Ilha, depois da execu-

ção do graduado oficial da PM.

 

O primeiro registro após o

assassinato do tenente-coronel

 

Ronílson foi às 18h30. Glend-

son Ferreira dos Santos, de 24

 

anos, sem passagem pela polí-

cia, foi assassinado a tiros por

 

dois elementos em uma motoci-

cleta no bairro do Coroado.

 

*

No bairro Santa Clara, às

 

19h20, Thallyson Silva Men-

des, de 22 anos, fichado na

 

polícia e respondendo em li-

berdade pelos crimes de rou-

bo, foi assassinado com vários

 

tiros em sua residência por ele-

mentos não identificados.

 

*

Às 20h, no bairro Tambaú,

Sandro Serrão Batista, de 41

 

anos, foi assassinado com vá-

rios tiros. Ele tinha passagens

 

pela polícia por lesão corporal

dolosa, disparo de arma de

fogo e direção perigosa.

*

Já às 22h30, no Coroadinho,

Carlos Eduardo Mendonça, de

20 anos, sem passagem pela

polícia, foi alvejado com cinco

tiros por indivíduos ainda não

identificados que estavam em

um veículo de cor preta.

*

Na madrugada de sexta

(29), às 00h20, a vítima foi o

 

auxiliar de perícia médica Sa-

lomão Matos dos Santos, de

 

32 anos. Ele foi assassinado

com vários tiros na Unidade

de Pronto Atendimento (UPA)

do Parque Vitória. A motivação

 

do crime está sendo investiga-

da pela polícia. Um horror!

 

*

Ah, morena, a eleição para

 

a presidência da Câmara Fe-

deral será amanhã, e todos

 

os candidatos, sem exceção,

 

enfrentam problemas na Jus-

tiça. Vou te dar um pequeno

 

currículo da rapaziada.

*

 

Vamos começar pelo polê-

mico tucano Alexandre Frota.

 

No Supremo Tribunal Federal

 

(STF), Alexandre Frota (PS-

DB-SP) é alvo de uma ação

 

apresentada pelo deputado

Celso Sabino (PSDB-PA). Ele

 

pede a abertura de uma quei-

xa-crime e a condenação do

 

colega de partido por injúria,

calúnia e difamação.

*

Frota foi condenado pela

 

Justiça de São Paulo, em pri-

meira instância, a indenizar o

 

ex-presidente do PT de Ubatu-

ba Gerson Florindo por danos

morais em razão de uma posta-

gem nas redes sociais. Ele res-

ponde ainda a outros processos

por danos morais e injúria e foi

condenado a indenizar o artista

Caetano Veloso, em R$ 60 mil.

André Janones (Avante-MG)

O deputado André Janones

responde a um processo cível

na Justiça de Minas Gerais

por ter postado no Facebook

um vídeo com críticas ao che-

fe de gabinete do então prefei-

to de Capelinha (MG), o qual

 

chamou de “estelionatário” e

“nepotista”. A Justiça determi-

nou a remoção do vídeo.

*

O deputado responde a ou-

tro processo cível na Justiça de

Minas por ter divulgado nas re-

des sociais um vídeo com críti-

cas aos políticos de Barbacena

(MG) intitulado “Em Barbacena

ninguém vai pagar IPTU para

sustentar corrupto”.

Arthur Lira (PP-AL)

Arthur Lira e outras quatro

pessoas foram denunciadas

em junho de 2020 pela PGR em

uma investigação que tramita

no STF. O deputado é acusado

por corrupção passiva dentro

da operação Lava Jato.

*

Segundo os investigadores,

o parlamentar recebeu R$ 1,6

milhão em propina da emprei-

teira Queiroz Galvão. A denún-

cia ainda não foi analisada. Se

for aceita pelos ministros do tri-

bunal, abre-se uma ação penal

e Lira se torna réu.

Baleia Rossi (MDB-SP)

O nome de Baleia Rossi

apareceu em uma planilha

encontrada na casa do empre-

sário Marcelo Plastino, dono

de uma empresa em Ribeirão

Preto (SP) acusada de servir

de “cabide de empregos” para

vereadores da base do gover-

no de Darcy Vera, então pre-

feita da cidade.

*

Um dos pontos da investiga-

ção se refere a uma empresa de

Plastino. De acordo com as in-

vestigações, os cargos em em-

presas que prestavam serviço à

Companhia de Desenvolvimen-

to de Ribeirão Preto (Coderp)

eram ocupados por pessoas

indicadas por agentes públicos,

especialmente vereadores.

*

Um relatório da Polícia Fe-

deral cita, entre os materiais

apreendidos na casa do em-

presário, uma planilha que

identifica o deputado como re-

cebedor de R$ 660 mil, dividi-

dos em pagamentos de R$ 20

mil durante 2 anos e 9 meses.

Outra inscrição aponta repas-

ses de R$ 100 mil para a cam-

panha eleitoral de 2014.

Capitão Augusto (PL-SP)

O deputado Capitão Augus-

to responde a um processo por

calúnia por ter divulgado um

vídeo com ofensas à família de

um adversário político em Ma-

rília (SP). O Tribunal Regional

Eleitoral determinou a remoção

do vídeo. O deputado disse que

não se manifestaria porque o

caso já foi arquivado.

Fábio Ramalho (MDB-MG)

O deputado já foi investiga-

do no STF em um inquérito que

apurou suposta prática de frau-

de em licitações em municípios

de Minas Gerais.

O grupo envolvido seria

formado por representantes

de empresas localizadas no

estado, além de prefeitos e

funcionários públicos, que

teriam desviado recursos fe-

derais repassados pela Fun-

dação Nacional de Saúde

(Funasa). Em março de 2013,

o ministro Marco Aurélio Mello

mandou arquivar o inquérito a

pedido da PGR.

Luiza Erundina (PSOL-SP)

A deputada foi condenada

em uma ação popular por um

fato relacionado à sua gestão

na prefeitura de São Paulo

(1989-1992). A Justiça enten-

deu que ela não poderia ter

usado dinheiro público para

pagar publicações em apoio à

greve geral de 1989.

O caso gerou uma dívida de

mais de R $350 mil com a pre-

feitura, que a deputada pagou

depois de organizar uma “va-

quinha”.

Marcel Van Hattem (Novo-RS)

O deputado respondeu a

um processo na Justiça do Rio

Grande do Sul em razão de

um atropelamento ocorrido em

2006 próximo a Novo Hambur-

go (RS). A vítima morreu meses

depois em razão dos ferimentos.

*

A família do homem alegou

que Van Hattem perdeu o con-

trole em um ponto de curva, o

que levou ao atropelamento já

no acostamento. O deputado

afirmou que a vítima entrou na

 

pista sem tomar a devida pre-

caução e o carro não saiu da

 

rodovia.

*

Bem, gatinha, com essa, teu

pretinho vai ficando por aqui,

garantindo retorno na próxima

semana, seu Deus quiser. E ele

quer, porque sempre foi bacana

com esse teu pimpolho.

Beijão desse teu

filhote que jamais

deixará de te amar

Djalma

NE- Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor. Ela faleceu aos 28 anos de idade, em São Luís, na Santa Casa de Misericórdia, no dia 8 de dezembro de 1965.

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