Recados para ela

 

Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontra-la no bem bom por aí, ao lado do Criador. Por aqui, cidadã, só o início da campanha de 2022, a polêmica em torno da vacina contra o Coronavírus e as últimas ações do nosso conhecido Supremo Tribunal Federal (STF), o Olimpo da Justiça Brasileira, onde os semideuses do Judiciário deitam e rolam como bem entendem.

E a última desse respeitado órgão foi a adoção do VAR da Justiça. Isso mesmo, assim como o futebol adotou o VAR, que é o juiz eletrônico, para tirar dúvida sobre lances não compreendidos pelos juízes normais que estão em campo, parece que o STF adotou um VAR à sua maneira, e conseguiu tirar dúvidas sobre a condenação do ex-presidente Lula, cinco anos depois.

Numa manobra interessante, 5 anos depois de condenado, Lula teve sua condenação quase que  revogada, porque os briosos ministros do STF, em sua maioria, decidiram que ele foi julgado em lugar errado. Não podia ser condenado ou inocentado em Curitiba. Então, mudaram o local. Ele vai ser julgado agora pela Justiça Federal de Brasília. Retomou seus direitos políticos e já está em plena campanha para tentar voltar à presidência da República.

Esqueça-se aqueles bilhões de reais desviados dos cofres públicos durante o chamado Petrolão. Nada disso! Quem ousar falar sobre esse assunto corre o risco de parar na cadeia acusado de calúnia, injúria ou difamação contra Lula e sua patota.

Ah, ia esquecendo. O Sérgio Moro, juiz que o condenou, agora foi condenado. O STF o julgou parcial. Meu temor, Bibi, é que dentro de pouco tempo, o mesmo STF venha a indenizar o Lula, porque ele passou uma temporada na cadeia, dando a e entender que fomos nós, o povo brasileiro que o roubamos. Está aí, um retrato sem retoque do Judiciário Nacional.

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Ih, Bibi, o Senado aprovou a CPI do Covid, que foi bandeira de muitos adversários do Bolsonaro. Em resposta, o presidente conseguiu, com sua tropa, botar governadores e prefeitos para serem investigados.

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Vai ser uma daquelas encenações na qual o povo brasileiro está acostumado e nunca consegue se livrar. Uma verdadeira molecagem no meu entendimento.

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Isso porque, pra teu governo, quem corre o risco de ser relator da referida CPI é o senador Renan Calheiros. Isso mesmo! O Renan, aquele que teve de renunciar à presidência do Senado para não ser cassado e que responde a 11 inquéritos no respeitável STF. Nenhum deles sai da gaveta.

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O Renan é o pai do governador de Alagoa, o Renanzinho. Isso vai dar no quê? Outro integrante da CPI é o Senador Jáder Barbalho, também cliente do STF, cujo filho é o governador do Pará e que está enrolado com o Ministério Público, por conta de desvio de recursos do Covid.

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Eu te pergunto: Isso é investigação séria, Bibi. Ora, me comprem alguns bodes, como diria o saudoso Renato Sousa. E o Brasil continua sendo o mesmo, com sua classe política cheia de maracutaias e um Poder Judiciário que leva cinco anos para encontrar erros em uma decisão que, antes de chegar em sua esfera, havia passado sete anos sob investigação.

 

Agora vamos às mais interessantes da semana.

Antes, um beijão às tias Francisca e Gracinha. As duas compartilharam comigo e com a Elineusa as preocupações, por mais de uma semana, de um problema de saúde que acometeu a Lívia. Todos os sintomas levavam à Covid, mas graças Deus se recuperou e voltou às suas atividades normais.

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O governo Flávio Dino tem uma resposta a dar ao povo do Maranhão. Sobre a denúncia de enriquecimento ilícito do jornalista Marco Aurélio, que é secretário adjunto de Comunicação.

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Denúncias nas redes sociais o apontam, juntamente com a esposa, de serem proprietários de um hotel e uma pousada de luxo na cidade de Barreirinhas.

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Pelo perfil do governo, que sempre condenou publicamente as práticas de tais irregularidades, urge que o chefe do Executivo do Maranhão determine a imediata apuração sobre o  caso, uma vez que isso, se não for bem explicado, pode lhe atrapalhar futuramente.

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E o Covid continua fazendo muitas vítimas por aqui, cidadã, incluindo muitos dos meus amigos. Na semana passada, faleceu o médico Antônio Monteiro, com quem dividi muitas alegrias na escola de samba Unidos de Fátima, onde fomos diretores no mesmo período. Só que ele  não morreu desta doença, mas sim de ataque de coração.

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Monteirinho, como era mais conhecido, trabalhou durante muitos anos no  Hospital Aldenora Bello. Na Unidos de Fátima, era um trio de médicos. Ele, o Clodomir, que também fez a viagem celestial e o Cosmo Ferraz. Por um desentendimento banal, deixou as fileiras da Unidos e foi para a Favela do Samba, onde era vice-presidente.

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De amigo mesmo, quem partiu esta semana foi a amiga Rosidete Mendonça, viúva do saudoso Raimundo Filho, mãe do Karlos Roger e da Rosinha.  Era a alegria em pessoa, jamais a vi aborrecida. Sempre que íamos em sua residência, eu e o Cinaldo, ele estava disposta, de braços abertos e muitas novidades para contar. Virou estatística. Deixou uma saudade danada entre os familiares e os amigos.

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Pelo que tenho visto e ouvido, parece que o cenário em torno das eleições estaduais do próximo ano está sendo modificado. O senador Weverton Rocha, antes tão seguro de que seria eleito, já está com outro discurso, enquanto o vice-governador Carlos Brandão vem se mostrando muito desenvolto nas relações com prefeitos e deputados.

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Olha, Bibi, o prefeito Eudes Barros tem a obrigação a responder ao povo de Raposa, sobre o comportamento do seu contador, o Ari. O homem simplesmente fraudou documentos para se beneficiar do auxílio emergencial do Governo Federal.

Bem, Bibi, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno para a próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com esse teu pimpolho.

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Beijão desse teu filhote que jamais deixará de te amar

Djalma

N.E- Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor. Ela faleceu aos 28 anos de idade, em São Luís, no dia 8 de dezembro de 1965.

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