Apoiar a produção do campo é fundamental para nosso desenvolvimento

Carlos Brandão Junior – Wikipédia, a enciclopédia livre

Carlos Brandão*

Dentre tantos compromissos pelo estado afora, nas duas últimas semanas estive em alguns sobre os quais gostaria de dedicar este artigo. Essencialmente, pelo simbolismo e por tudo que representa o que estamos construindo para aqueles que acreditam no campo. É verdade que o maranhense sempre teve um olhar voltado para o que nossa terra pode produzir. No entanto, acredito que estamos, literalmente, plantando um novo cenário. Particularmente, sou um entusiasta do agronegócio e da agricultura familiar. Tanto que fiz questão de participar do I Workshop Agronegócio Familiar, realizado em Balsas, em uma iniciativa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte (Fapcen), em parceria com o governo estadual e algumas prefeituras. Um grande encontro que compartilhou e transferiu informações e tecnologias inovadoras. A troca de experiências e capacitação entre os pequenos agricultores, além de melhorar a produção, enche de energia quem, antes, era esquecido.
Não custa lembrar que a Secretaria de Agricultura Familiar nasceu em nosso governo. Através dela, além de assistência técnica e doação de sementes e maquinários, já investimentos mais de R$ 6 mi em um programa que garante a compra do que é produzido pelo pequeno produtor. Produtos que são distribuídos a instituições socioassistenciais de 81 municípios maranhenses e depois entregues às famílias mais vulneráveis. O Programa de Compras da Agricultura Familiar (Procaf) também já chegou a 23 associações quilombolas em onze municípios; duas associações indígenas e 55 famílias indígenas em três municípios do Maranhão. Esta semana, em São Bento, cheguei a ouvir seu Zeca – da cidade de Matinha – dizer que faz parte de uma associação, há 25 anos, que nunca foi assistida pelo poder público. Uma nova realidade, segundo ele, que está mudando a vida das comunidades.
Um depoimento tão gratificante quanto a força e a vontade dos grandes produtores do agronegócio em nosso estado. Durante a abertura da primeira Feira do Agronegócio de Imperatriz, da qual também participei, o entusiasmo era dominante. Afinal, somos um estado rico e altamente produtor, com doze bacias hidrográficas perenes, terras férteis e uma infraestrutura que avança a olhos vistos. Hoje, apesar da crise que o país enfrenta, mantemos investimentos que ultrapassam R$ 1 bi entre a implantação de novas rodovias, construção de pontes e a manutenção de trechos que são fundamentais para as conexões no estado. Sem falar em nosso Porto do Itaqui, o quarto porto público do país em movimentação de cargas e por onde passa grande parte do que produzimos.
Com tudo isso, defendo que voltemos nossas forças para caminharmos em busca de uma maior industrialização. Se hoje produzimos seis milhões de toneladas de grãos, podemos fazer com que parte dessa produção seja beneficiada aqui mesmo, ao invés de apenas ser exportada. Teremos, aí, uma maior geração de emprego e de renda para nossa gente. Já temos uma esmagadora de soja em Porto Franco; mas, precisamos criar cadeias produtivas em torno do que se produz. Por isso, eventos como esses são tão importantes. Enquanto Governo, temos investido muito na formação de uma geração de jovens capacitados e prontos para grandes desafios, por meio de toda a atenção que damos à educação. Então, vamos unir os esforços e criar uma mentalidade vencedora, arrojada e com o objetivo claro de alavancar nosso estado à condição de industrializado. A base está sendo construída. E tudo que alcançamos até agora – sob a liderança do governador Flávio Dino -, continuará sendo trabalhado, com dedicação e com muito planejamento. Pegamos um caminho sem volta. Por isso que faço questão de dizer, sempre, que eu acredito no Maranhão; na agricultura familiar; no agronegócio e, principalmente, no maranhense que, a cada dia, se mostra mais preparado para novas conquistas.

*Vice-governador do Maranhão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *