E-mail pra Dona Bibi

Olá, gata minha, muito bom dia! Na certeza de que estas poucas e mal traçadas a encontrem na mais perfeita harmonia por aí, vou logo te adiantando que por aqui, são muitas as novidades. E em todos os setores. A começar pelo catolicismo, surpreendido em pleno Carnaval com o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI.
Primeiramente o Sumo Pontífice alegou o peso da idade (85 anos), para continuar com tão pesado cargo, que é dirigir os destinos da Igreja Católica em todo mundo. Logo em seguida, endureceu o tom da voz e falou em hipocrisia e briga pelo poder nos intestinos do Vaticano.
Como teu neguinho havia vaticinado com amigos, logo após Bento XVI anunciar que iria sair de cena, o que deve está acontecendo mesmo é uma briga de poder sem limites na Igreja. O isso sempre foi uma constante dentro desta e de outras religiões.
O Papa é apenas considerado um santo, o representante de Deus na Terra, mas a rapaziada deve lembrar que ele é humano e, por conta disso, a exemplo de padres, bispos arcebispos e o escambau, não é imune aos pecados. Lá no Vaticano, eles lutam pelo poder e cometem os seus pecados.
Durante o pontificado de Bento XVI, foram centenas de denúncias de pedofilia envolvendo padres, em todos os quatro cantos do Planeta. Já vistes a fortuna da Igreja Católica, Bibi? Só isso dá uma exata dimensão de quanto de pecado tem o catolicismo. Eles têm até banco, que opera nos mesmos moldes de toda instituição de crédito, tirando o couro dos correntistas.
Bem, não vou ficar o tempo inteiro me atendo apenas às questões da Igreja Católica. Vamos para outras informações, que o espaço é curto.
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Ih, cidadã, o pau cantou feio lá no Rio de Janeiro, no sábado gordo de Carnaval, na festa do Ricardo Amaral, uma feijoada que o badalado colunista realiza há mais de 20 anos, reunindo só bacanas.
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Dizem que o Ricardo Guterres, secretário de Minas e Energia do governo do Maranhão, andou levando uns petelecos de um gringo, casado com uma loura maranhense.
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Tochado, o Ricardo teria se insinuado para a loura, sem perceber que o maridão estava por perto. Não deu outra, levou bolacha de tudo enquanto é jeito e quase esbarra no hospital.
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Vai estourar uma bomba daqueles, provavelmente ainda este mês, num pequeno município do interior do Maranhão. É que lá, durante as eleições de outubro, um dos caciques fez com que muita gente deixasse de votar.
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O argumento era o seguinte:
-Se tu não votares no meu candidato, não vota em ninguém, senão vai ter sérios problemas.
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Com isso, muitos eleitores, coitados, deixaram de votar. Mas pode haver uma reviravolta, porque a denúncia, com muitas provas, deverá chegar à Justiça Eleitoral dentro de poucos dias.
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Sem desfile de escolas de samba por aqui, fiquei de olho grudado na TV, assistindo às apresentações das agremiações de São Paulo, na sexta e no sábado e do Rio, no domingo e na segunda.
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Na terça, rolou um goró lá em casa. Foi o aniversário da Elineusa e não poderia passar batido. Poucos amigos, um saboroso papo, feijoada e e gelatinosa à vontade. A nega merece.
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Confesso que fiquei abismado com pelo menos quatro escolas cariocas. A Salgueiro, a Mangueira, a Beija- Flor e a campeã, a Vila Isabel, de Martinho da Vila, um dos autores do samba.
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Mesmo já sendo um desfila carimbado, sempre há alguma novidade. A Vila Isabel, por exemplo, levou para a avenida uma bela criação da carnavalesca Rosa Magalhães.
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Um carro alegórico simbolizando a terra, onde o verdejante capim dava espaço ao surgimento de belas mulheres simbolizando frutas e verduras brotando da terra. Emocionante!
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O cavalo galopando, na comissão de frente da Beija-Flor também foi outro grande momento dos desfiles no Rio de Janeiro, assim como modelos, atrizes e outras famosos do presente e do passado coloriram a Acadêmicos de Salgueiro.
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Já a Estação Primeira de Mangueira inovou, levando duas baterias para a avenida. Perdeu preciosos pontos no quesito evolução, em decorrência do problema mecânico com o último carro, mas isso não tirou o brilho da histórica agremiação carnavalesca.
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Pois bem, gatinha, o Carnaval do teu pretinho foi assim, só interrompido pelo forte temporal que abalou a cidade na terça-feira gorda, provocando uma avalanche de problemas de infraestrutura.
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Não sei como alguns foliões de rua tiveram como participar do fandango naquela noite, porque foi de tormenta, com muitos raios e trovoadas e o aguaceiro deixou um saldo de casas destruídas em todas as regiões da cidade.
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O canal do Cohatrac, por exemplo, obra de R$ 13 milhões, construídas com recursos federais, foi pro beleléu. Parece que as paredes de concreto eram de isopor.
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O prefeito Edivaldo Holanda saiu a campo e na quarta-feira estava visitando o rastro de destruição nos bairros, anunciando medidas emergenciais.
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O siribolo foi daqueles. A Elisene, irmã da Elineusa, coitada… sofreu mais do que sovaco de aleijado naquela noite. Ela e o marido Ariel, bateram na porta da casa dos pais às 2 horas daquela negra madrugada madrugada.
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O sonho da casa própria do casal se transformou num grande pesadelo. O condomínio onde residem, o Jacumã, na Avenida General Arthur Carvalho, foi invadido por baratas e fezes, com o estouro do sistema de esgoto.
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A construtora que erigiu o condomínio, a Horizontal, pelo visto, não está nem aí para o problema dos moradores, que se reuniram e vão entrar com uma ação coletiva na Justiça contra a empresa.
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A cidade, na realidade, virou um grande caos. Fiquei matutando como é que muita gente ainda foi para as ruas festejar um Carnaval, em que parte da cidade passava por drama semelhante ao da Elisene.
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Ia esquecendo da Lívia Bibi. É que a bichinha está troncha de saudades da avó Elineide, que foi passar uma temporada com a Rafaela lá em Imperatriz.
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Vira e mexe ela fala na avó e também já mostra sinais de expectativa quanto à chegada do primeiro filho da “Rafinha”, previsto para junho.
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Ela, que sempre afirma que quer um irmãozinho, deverá se contentar com esse priminho, porque a “fábrica” por aqui está fechada pra balanço, por conta dela mesmo.
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Hoje, teu neguinho fica por aqui, garantindo que na próxima semana haverá muito mais. É só aguardar.
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Beijão do filhote amado

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