Músico maranhense desempregado tenta a vida em Uberaba e morre atropelado

O músico morreu atropelado

Família quer trazer o corpo da vítima para São Luis

Josirlone Sousa Serra, de anos, deixou São Luís, em companhia de um primo, Raimundo Pereira, para buscar trabalho em Uberaba/MG. Poucos dias depois de chegar à cidade do Triângulo Mineiro, com perturbações mentais, Josirlone saiu andando por uma rodovia, sendo atropelado e morto por uma carreta. Depois de vários dias de procura, no último dia 19 o primo de Josirlone, o apontador Raimundo Pereira de Paiva, fez o reconhecimento através de fotos disponibilizadas pela PF e de uma reportagem na TV.
Josirlone foi velado e enterrado como se fosse o pedreiro Gilsimar Ângelo de Souza no cemitério Medalha Milagrosa, em Uberaba. Na sepultura também está o pai do pedreiro. A família disse que ainda não decidiu se vai pedir a exumação e transferência do cadáver de Josirlone. Gilsimar apareceu vivo na semana passada e está internado numa clínica especializada em tratamento de dependentes químicos.
O apontador contou que Josirlone Sousa morava com ele Uberlândia e estava desaparecido desde o dia 14 de outubro. Segundo ele, ambos saíram de São Luis (MA) para trabalhar e, antes de sumir, o primo estava com depressão.

— Ele veio para trabalhar e quando chegou estava com depressão. Ele morava comigo, mas como estudo e trabalho, não pude fazer companhia a ele. Ficou difícil ter tempo para o Josirlone, que ficou sozinho a maior parte do tempo. E, com saudade da família, ele, que já estava doente, ficou ainda pior” — contou Raimundo.

Raimundo relatou, também, que chegou em casa com Josirlone no dia 13 de outubro e, na manhã do dia seguinte, o primo tinha desparecido de onde eles moravam.

— No domingo pela manhã percebi que ele tinha desaparecido. Eu o procurei no bairro, na região, mas não achei. Na segunda-feira procurei a Polícia Militar e fiz o Boletim de Ocorrência. A família dele chegou a vir do Maranhão, mas não o encontramos — relembrou.
O apontador disse que teve a certeza que a vítima de um atropelamento na BR-050 no dia 16 de outubro era o primo, mas quando ligou para o Instituto Médico Legal (IML) de Uberaba, recebeu a notícia de que o corpo já tinha sido reconhecido por outra pessoa.
— Já foi enterrado e a família vai ver o que fará quanto a isso. A mãe vai querer desenterrá-lo e levar o corpo para o Maranhão se tiver possibilidade — comentou.
Exumação do corpo
Segundo o delegado regional de Uberaba, Francisco Gouvêa Motta, agora a família deve procurar o delegado responsável pelo caso para que ele possa solicitar à Justiça a exumação do corpo. “Depois disso, eles devem colher o material para fazer a comparação em Belo Horizonte. Depois de confirmado, o corpo é liberado”, explicou o delegado.
Motta afirmou que não é possível mensurar o tempo que leva para que a família consiga a confirmação de que o corpo é de Josirlone, pois depende do tempo da aprovação da Justiça e do teste.
— Se demora ou não depende da Justiça e de BH, pois só na capital é possível fazer o exame de DNA, que recebe de solicitações de testes de todo o Estado — concluiu.
Sem condições de pagar as despesas para translado do corpo
A família de Josirlone Sousa Serra reside na Rua 12, casa 15, na Vila Embratel, e não tem condições financeiras de arcar com as despesas para translado do corpo para sepultamento em São Luis.

— Ainda nem chegamos a fazer um levantamento e nem sabemos por onde começar. Um amigo nosso entrou em contato com uma funerária e informaram que para trazer o corpo para São Luís custa algo em torno de R$ 5 mil. A família é pobre e não tem condições de pagar. Qualquer ajuda será bem-vinda nesse momento de dor e sofrimento para a família do Josirlone, principalmente para a mãe dele que tem problemas de saúde – disse um cunhado de Josirlone.

Além de pagar pelo translado, a família também afirma que não tem condições de pagar as passagens aéreas para que outros familiares se desloquem até Uberaba para solicitar a exumação do corpo de Josirlone.
Músico desempregado
Josirlone Sousa Serra era músico e, por mais mais de dois anos, foi professor de violino na Escola de Música “Bom Menino das Mercês”. Estava desempregado há algum tempo e resolveu tentar a sorte em Uberada/MG, a convite do primo.
Josirlone era casado com Marlúcia Serra e deixa uma filha de 1 ano de idade.
Quem se dispuser a ajudar a família, favor entrar em contato com Samuel, cunhado de Josirlone, pelo celular 8143-1013.

(Blogue do Gilberto Lima)

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