Casamento Comunitário oficializa união de 71 casais no fórum do Calhau

Um casal feliz

Cleones Cunha saudando os casais

Sob a coordenação da juíza Joseane Bezerra, da 3ª Vara da Família, 71 casais tiveram suas respectivas uniões oficializadas, em mais uma versão do projeto Casamento Comunitário, realizada na tarde do último sábado (24), no Forum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. A solenidade foi aberta pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Cleones Cunha, que destacou a importância do evento, lembrando que o projeto, além do largo alcance social, aproxima o poder Judiciário do Cidadão.

O desembargador Cleones Cunha lembrou que o referido projeto foi instituído em 1999, pelo então corregedor-geral, desembargador Jorge Rachid, enfatizando que ao longo desses anos já foram realizados mais de 30 mil casamentos em todo o Maranhão. Ele disse que o evento do Casamento Comunitário que aglutinou mais casais aconteceu em 2000, na Praça Maria Aragão, com 5 mil nubentes.

Na concepção do corregedor-geral da Justiça do Maranhão, esse casamento não pode ser considerado coletivo, levando-se em conta que cada um dos noivos dizem o sim ao magistrado que oficializa a união.

“É um casamento comunitário, porque é feito em comunhão, com vários casais e é um dos mais destacados projetos do Poder Judiciário do Maranhão, que desta forma, consegue materializar o sonho de muitas famílias”, assinalou o desembargador Cleones Cunha.

Os 71 casais que disseram o “sim” no sábado, foram inscritos nos cartórios da 2ª e 3ª Zonas. O juiz Sebastião Bonfim, diretor do Forum Desembargador Sarney Costa também esteve presente e os casamentos foram celebrados pelos juízes Alice Prazeres, Isabella Lago, Teresa Cristina Mendes, Marcela Lobo, Mirella Freitas, Lícia Cristina Ribeiro e Pedro Holanda Pascoal.

“Estamos realizando um sonho, pois estamos juntos há 15 anos e, a partir de agora, somos casados no papel”, disse a dona-de-casa Cassandra Ribeiro Guerra, ao lado do marido, Leomar Anderson e do casal de filhos de 9 e sete anos.

O auxiliar administrativo Ivanildo Cartágenas, de 56 anos, não conseguia esconder o orgulho e a felicidade, após oficializar sua união com Lúcia Regina, com quem divide o teto há pelo menos cinco anos. “Esse casamento sela o nosso amor, e a Justiça do Maranhão está de parabéns por esse projeto que auxiliar os menos favorecidos”, assinalou.

Aos 77 anos, o aposentado José Estêvão Ferreira, que divide sonhos e preocupações com Ana de Fátima dos Santos Reis ao longo de 20 anos, revelou está se sentindo um rapaz, ao casar com a mulher que ele diz ser o grande amor de sua vida.

RECONHECER É AMAR

O desembargador Cleones Cunha aproveitou a oportunidade para destacar outro projeto que ele considera de fundamental importância no âmbito do Judiciário, que é o “Reconhecer é Amar”, que estabelece o reconhecimento de paternidade àqueles em cujo registro de nascimento não consta o nome do pai.

“Ninguém pediu para nascer e ninguém foi concebido sem a participação do pai, o Reconhecer foi criado para evitar esse problema da falta de reconhecimento da paternidade e aqui, no Forum do Calhau, funciona um posto que cuida exclusivamente dessa questão”, afirmou o corregedor geral de Justiça.

Ele afirmou que os pais que desejam reconhecer os filhos que não estão registrados em seus nomes, devem procurar a unidade da Corregedoria no Forum e será encaminhado ao juiz para a resolução do problema. Já para os que não se interessam pelo reconhecimento, cabe à mãe procurar a Justiça que o problema será resolvido sem muita burocracia.

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