Sobreviventes falam sobre a tragédia da boate no RSK

Kellen, uma das sobreviventes

Kellen Rebello da Silva, moradora de São José, é uma das sobreviventes da tragédia de Santa Maria, que deixou mais de 200 mortos na madrugada deste domingo (27), no Rio Grande do Sul. Ela contou ao G1 como tudo começou. “A banda começou a tocar a música ‘Amor de Chocolate’, do cantor Naldo, quando o vocalista acendeu um sinalizador. Senti um cheiro de queimado e comecei a procurar de onde vinha. Minha amiga então gritou ‘é ali no palco’. Muita gente ficou parada, olhando, mas nós saímos muito rápido”, disse a jovem.
Kellen, de 21 anos, é gaúcha e estuda farmácia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. Ela foi para Santa Maria visitar o pai. “Eu cheguei ontem (sábado) e à noite fui à boate encontrar os amigos. Era uma festa com alunos de cinco cursos universitários e tinha muitos amigos meus lá. Estou muito triste, pois muita gente que conhecia morreu”, falou abalada.
A estudante foi uma das primeiras a deixar a boate após o início do incêndio. “Foi tudo rápido. Eu e minha amiga saímos em cerca de um minuto e quando chegamos ao lado de fora já vimos toda a fumaça preta tomar conta da boate”. A jovem passou o domingo na casa da família em Santa Maria e disse que não conseguiu dormir ou se alimentar. “Estou agradecendo a todo segundo por não ser eu uma das vítimas”, disse.

Outra testemunha da tragédia é o catarinense Artur Ceolin, de 20 anos. Estudante de relações internacionais e administração, em duas faculdades de Santa Maria, o jovem natural de Descanso, no Oeste, também estava na boate. “Eu não vi a hora que o fogo começou. Uns três minutos após o início do incêndio escutei os gritos e procurei a saída. Foi bem no começo e consegui sair logo”. Artur perdeu um amigo no incêndio e disse como a cidade está. “Todos que eu encontro estão muito tristes”, contou ao G1.

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