E-mail pra dona Bibi

Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontrá-la na santa paz do Nosso Senhor por aí. Por estas bandas, minha fofa,  ainda a questão dos petistas mensaleiros.  O chefe da gangue, o Zé Dirceu, aEmail_Dona_Bibissim como o Genoíno, juram de pés juntos que são inocentes, apesar de todas as provas apresentadas durante o volumoso processo.

A imagem que ainda marca todo mundo, é dos petistas se apresentando na PF, de punhos cerrados e mão erguidas, gritando palavras de ordem, como se fossem heróis  de uma resistência inexistente. Dizem que são presos políticos. Pura balela! São políticos presos e por ladroagem.

O Zé Genoíno, que sofre do coração, foi liberado pelo STF para cumprir prisão domiciliar até que saia o resultado dos exames a que está sendo submetido, para evitar maracutaias. É que todo tipo de tramoia com a turma do PT é possível.

Desculpe, Bibi, por não haver enviado nada no domingo passado. É que a saúde da Elineusa voltou a ser abalada e fiquei como barata tonta, correndo de uma clínica a outra com  esse anjo da guarda que Deus me mandou. Mas ela já está melhorando.

O Filipe, teu bisneto, completa um mês de vida neste domingo, quando será apresentado à igreja evangélica da Tâmara e do Eunatan. Estarei presente com o netão. O cidadão é  parrudo, como se diz por aqui quando alguém é de compleição física avantajada.

A Lívia também estará presente com o sobrinho. Está saltitante, porque tirou nota 10 na matemática, matéria que vinha e lhe tirar o sono algum tempo. Mas é assim que se faz. Ele matou a cabeça e superou o obstáculo que os números lhe impunham.

Vamos agora às mais importantes da semana.

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Maior fuzuê lá na Câmara Municipal  no meio da semana. A vereadora comunista Rose  Sales pintou e bordou. Autora de proposta para realização de audiência pública sobre a saúde em São Luis, se irritou com a ausência do secretário municipal de Saúde, o Cesar Félix.

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Apresentou um pedido de convocação do dito cujo. A imprensa não perdeu tempo e disse que, com aliado do tipo da vereadora, o prefeito não irá precisar de adversário por algum tempo.

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No dia seguinte, o vereador Beto Castro pediu vistas do pedido de convocação, sob a justificativa de que matéria desse tipo só pode ser aprovada em sessão deliberativa.

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Com isso, o pau continua cantando na “Casa de Noca”, e já tem neguinho dizendo que a vereadora Rose Sales poderia está se  distanciando da base aliada do prefeito. Vamos ver no que vai dar essa história.

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O vice-governador Washington Oliveira já está encomendando a toga para posse como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, na vaga de Yedo Lobão, que vestiu o pijama, depois de mais de uma década como conselheiro.

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Com apoio da governadora Roseana Sarney, que quer ver o Washington longe do Palácio quando se desincompatibilizar para disputar o Senado, até agora, somente o vice-governador se inscreveu para concorrer à vaga, que é  da Assembleia Legislativa.

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Nesse caso, o vice tem duas forças poderosas a afastá-lo dos Leões e levá-lo ao TCE, cargo que é uma verdadeira sinecura, por ser vitalício e repleto de poder e mordomias.

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Além da governadora, o maior torcedor da vitória do Washington é o presidente da Assembléia Legislativa, o Arnaldo Melo, que com isso vai se transformar em governador de transição. O quadro é esse e estamos conversados.

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Tava a me lembrar das agruras do Genoíno, morena, ex-herói do PT, que garante ter sido aprisionado e torturado na guerrilha do Araguaia, em 1974,  pelas forças militares, embora um coronel reformado tenha dito numa sessão do Congresso, que ele só saiu vivo da refrega porque entregou um grupo de companheiros.

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Agora, preso e desmoralizado como corrupto,  ele recorre aos problemas de saúde para que sua situação seja amenizada. O STF já o liberou  para cumprir prisão domiciliar.

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O Genoino tem história no Maranhão, Bibi. Mais precisamente em Bacabal, durante os anos de chumbo. Chama-se “Maroquinha”, uma cidadão de mais de 60 anos, dona de uma venda de cerveja lá no Bairro de Fátima, que diz ter sido a namorada do ex-guerrilheiro, quando ele esteve  morando com identidade falsa naquela cidade,  lá pela década de 1970.

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Certa manhã de domingo, quando o Mensalão ainda não enriquecera o noticiário político-policial, estive na casa da “Maroquinha”, levado pelo Haroldo Silva, onde entornamos mais de uma dúzia de gelatinosa.

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Aí  a dita cuja, sabendo pelo Haroldo que eu trabalhava na área política, me  pediu o telefone do Genoíno. Dei o número do seu gabinete na Câmara Federal e ela quase chora de emoção.

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Nos disse ainda que o deputado petista, naquele período recebera a proteção do senador João Alberto.  Revivo uma conversa que tive com o João Alberto, quando este foi vice-governador de Cafeteira.  Me afirmou que chegou a ter problemas com os militares, porque era simpático  à causa dos  comunistas e mantinha uma rádio clandestina em sua terra natal.

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Falando em rádio pirata, quem está para ficar louco com uma dessas é o prefeito de Pirapemas, o famoso Doutor Iomar. É que lá, uma emissora clandestina todo dia bota os podres do prefeito na rua.

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Por conta disso, ele está ruinzinho na fita e correndo sério risco de perder o mandato, em decorrência das provas de corrupção e de abuso de poder durante a campanha.

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Olha, cidadã, o Renato Dionísio, velho amigo de guerra, disse que não perde uma de nossas domingueiras. O encontrei dia destes, na porta da prefeitura. Sempre daquele jeito. Apressado e conversador.

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Fiquei muito triste, ao saber que o Pádua Nazareno está internado no Aldenora Bello, para tratamento contra um câncer. Ele foi secretário de Transportes e vereador de São Luís. Um bom papo, o Nazareno.

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No começo da profissão, li sobre o caso de um neófito repórter, escalado para cobrir a inauguração de um cinema, n o interior do Rio Grande do Sul. O cidadão decidiu ir para casa, porque o cinema pegou fogo e não houve a inauguração.  Para ele, o incêndio não era notícia.

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Esse episódio é retratado no livro “Quando a imprensa é notícia”. Pois bem, Bibi, fato semelhante ocorreu em São Luis recentemente, quando uma profissional, escalada para cobrir audiência pública num determinado poder, decidiu não escrever nada.

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Isso porque não houve a audiência e a ausência de um dos principais convidados resultou numa convocação e consequentemente numa crise política, explorada à exaustão pela mídia local. A jornalista achou que de importante, só se houvesse a bendita audiência. Arre égua!

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Bem, minha gata, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi legal com teu pretinho aqui.

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Beijão do filhote amado

Djalma

 

 

 

 

 

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