Médico envolvido em falsificação de certidões de óbitos

A Polícia Civil descobriu uma fraude de certidão de óbito, com carimbos falsos de cartórios dos municípios de Maranhãozinho e Governador Nunes Freire, no interior do Estado. A quadrilha alterava a causa da morte, geralmente, de natural para acidente de trânsito.
Segundo informações da polícia, o esquema funcionava da seguinte forma: uma ex-funcionária do hospital de Governador Nunes Freire, Maria Célia Pereira Barbosa, que está foragida em Minas Gerais, ia até a residência dos parentes de falecidos para conseguir a certidão de óbito.
Ela era a principal responsável pelo esquema. Maria Célia alterava a causa da morte para acidente de trânsito com o objetivo de receber o benefício do seguro Dpvat – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre. Ela contava com a participação de várias pessoas, inclusive parentes das vítimas.
Prisões
No último dia 24, policiais da Superintendência de Polícia Civil do interior e da Delegacia de Governador Nunes Freire, deram cumprimento a três mandados de prisões temporárias contra Maria Castro Texeira, José Maria de Oliveira e Raimundo de Castro, conhecido como “Juçara”.
Maria Teixeira, chegou a entregar, segundo a polícia, a certidão de óbito do próprio pai, Raimundo de Castro. O irmão dela recebeu o benefício de forma fraudulenta no valor de R$ 13 mil.
José Maria de Oliveira, principal agenciador do seguro Dpvat em Nunes Freire, já está preso. O médico José Fernandes da Silva Júnior, natural de Crateús, interior do Ceará também é suspeotp de participar da organização criminosa. Ele foi preso em dezembro por emitir laudos periciais fraudulentos. O documento atestava invalidez permanente para beneficiários que não eram examinados. Ele já está solto.
A investigação aponta o corretor de seguro Dpvat na cidade de Crateus (CE) Júlio César Mourão dos Santos como intermediador da entrega dos processos administrativos, recebidos do agenciador José Maria para o médico José Fernandes. Escuta telefônica autorizada pela Justiça, comprova a participação dos agenciadores José Maria e Júlio dos Santos organizando o recebimento dos seguros dos beneficiários. A polícia acredita que eles conseguiram cerca de R$ 200 mil com a fraude.
Todos vão responder pelos crimes de falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade de atestado médico, formação de quadrilha e estelionato. Todos estão presos na delegacia de Governador Nunes Freire, à disposição da Justiça.

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