Na obra literária “Zona Franca”, Francesco Forgione expõe as ramificações mundiais da ‘Ndrangheta, máfia sediada na Calábria, sul da Itália. Entre os casos, Forgione conta a história de um foragido na Venezuela que comercializa votos com um senador e compra ações da Petrobras.
O autor também acusa uma fundação “humanista” de ser responsável pela lavagem de milhões de euros para o crime organizado e outra, “sem fins lucrativos”, que negocia remédios em nome dos chefões do esquema.
Forgione apresenta um emaranhado de conspirações, verbas desviadas, contrabandistas internacionais, empresários corruptos e juízes depravados.
A ‘Ndrangheta é acusada de cometer crimes em seu país e no exterior, envolvendo, entre outros, tráfico de drogas, prostituição e sequestros.
De 2006 até a dissolução em 2008, Francesco Forgione, mesmo autor de “Mafia Export”, foi presidente da Comissão Parlamentar Antimáfia. Elegeu-se deputado na década de 1990 e leciona história e sociologia das organizações criminosas na Università degli Studi dell’Aquila.