Policial maranhense preso por tiros durante marcha em Brasília responderá a processo administrativo

Marcelo exibe arma em Brasília

Marcelo exibe arma em Brasília

 

O policial civil maranhense Marcelo Penha responderá a processo administrativo por disparar quatro tiros para o alto durante marcha de mulheres negras contra o racismo, que ocorreu no dia 18 deste mês na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Segundo o delegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros, Marcelo Penha poderá ser punido com suspensão ou até demissão da Polícia Civil. “Estamos apenas aguardando receber os dados da polícia do Distrito Federal para tomar as medidas necessárias”, explicou.

O delegado geral disse, ainda, que o policial estava de férias em Brasília quando causou o tumulto. Ele, então, além do processo administrativo no Maranhão, já responde criminalmente no Distrito Federal. Augusto Barros não soube informar se o policial já estava de volta à capital maranhense.

De acordo com a Polícia Civil, o policial maranhense já havia sido detido, na semana anterior a marcha, por ameaçar manifestantes com uma arma. Dias depois, ele foi preso por disparo de arma de fogo, foi encaminhado para uma delegacia e pagou uma fiança de R$ 790.

Entenda o caso

O policial maranhense e mais um do Distrito Federal atiraram para o alto durante a marcha e os dois acabaram detidos. Na ocasião, Marcelo Penha teria alegado que resolveu tomar a atitude por ter se sentido ameaçado pelos integrantes da marcha. Ele estaria no local acampado na região da Esplanada dos Ministérios para pedir pela volta do regime militar, segundo informações repassadas pelo Polícia Civil de Brasília.

Durante a confusão, o deputado Paulo Pimenta (PT/RS), que estava dialogando com manifestantes, foi atingido com gás de pimenta e precisou de socorro médico.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, a marcha das mulheres negras reunia 10 mil participantes até o momento do tumulto. Já os organizadores disseram que o movimento reuniu 20 mil pessoas.

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