E-mail pra dona bibi

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Bom dia, morena linda! Desculpa pela semana passada. Fiquei sem contato por problemas pessoais, mas tô te dizendo e me redimindo. Até porque as cobranças por aqui são grandes. Para que tenhas uma ideia o vereador eleito Marcelo Poeta, numa conversa comigo, me disse que fica esperando aos domingos o resultados dessas nossas conversas.

Falando em Marcelo Poeta, na realidade, Bibi, sou admirador também do pai dele, o Chico Poeta, que foi vereador, na década de 1990. Ali nos conhecemos. Um grande tribuno e um elevado caráter . O sobrenome já diz tudo. Mas ele, o pai, me surpreendeu foi com a sua monografia do curso de Comunicação.

Ah, Bibi, o Chico Poeta me levou a conhecer a figura de um grande maranhense, que fez história no Amazonas. Eduardo Ribeiro, o cidadão, nascido na rua da Cerâmica, no João Paulo – onde moram meus sogros queridos, Elineide e Zamite Limeira, que hoje representam meus pais.

Eduardo Ribeiro, sequer tem o nome do pai no registro de nascimento. Negro retinto, tinha tudo para ser  mais um na estatística da miserabilidade brasileira. Mas em busca de seus sonhos foi para o Amazonas onde, com a força do estudo, do talento e a obstinação, ingressou na Polícia Militar, se destacando como um grande oficial.

Como ainda era pouco para esse brilhante maranhense, ele ingressou na política. Foi governador, senador e morreu como presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas. Uma morte estranha. Um suicídio inexplicado, em sua chácara, enforcado, cuja altura da forca, não condizia com a altura do corpo.

O Chico Poeta nunca disse nada. Soube através de uma jornalista e cineasta amazonense, que veio a São Luís, buscar informações sobre Eduardo Ribeiro no Arquivo Público. E foi lá que ela encontrou o jornalista Cícero da Hora, um rato de pesquisa e um grande escritor, meu amigo. Ela o indagou sobre o Chico Poeta e sobre saudoso o Jomar Moraes. Aí o Cícero lhe deu o número do meu telefone, afirmando que através de mim ela chegaria aos dois.

Acertou. Os dois são amigos. Lá na casa do Chico, no Anil. E aí estou a esperar a finalização do filme a respeito desse maranhense cuja história mostra o que é superação.

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Estou escrevendo estas poucas e mal traçadas e recebo a triste informação de que o deputado federal João Castelo acaba de falecer em São Paulo, no Hospital Sírio Libanês.

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Todo mundo sabe que tinha uma ligação com o Castelo. Fui diretor de redação do Jornal de Hoje de propriedade dele, quando ainda senador.

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Político carismático e de grande personalidade, Castelo, marcou a história do Maranhão, através de grandes obras. Depois de deixar o Senado, tentou retornar ao Paraíso na Terra, como frisou o ex-senador Mão Santa do País.

Fui se assessor nestas duas tentativas. Pude observar que não era João Castelo. Era uma entidade. Um exemplo: Estávamos na cidade de Brejo para um comício, depois dormir na residência do Roque Pires Macatrão, que havia sido seu secretário de Interior e Justiça.

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Pois bem, gatinha, nunca havia estado nesta cidade. O rebuliço foi grande. Aí me virem uns três adolescentes de perguntando se eu trabalhava com o Castelo. Disse que sim e uma mocinha espevitada foi direto:

-Diga pra ele, se ele dormir nesta casa, vai ter dormir lá em casa amanhã, porque papai está muito brabo-.

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Era a filha de uma grande liderança política da cidade, que votava com Castelo, mas que rivalizava com Macatrão.

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Tivemos que dormir no outro dia na cidade. Passado o episódio, disse ao Castelo, que a partir dali, em nossas viagens teríamos que dormir em hotel.

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Tudo bem, tudo bacana, pensava eu. Fomos para Chapadinha no terceiro dia. O comício terminou por volta das 23 horas e nos dirigimos para o Hotel GG, e aí o problema estava formado. Uma multidão estava se aglomerando na porta do hotel. Todo mundo querendo falar com o político.

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Tenho muitas coisas para falar a respeito dessa lenda da política maranhense. Uma cidadã desmaiou numa caminhada que fazíamos em sua campanha para a prefeitura, que ele perdeu para o Jackson Lago, lá no Anjo da Guarde. Fiquei perturbado e  chamei duas pessoas do grupo e levamos para o Socorrão…

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Tinha medo da mulher morrer e os adversário  usarem essa morte como sacanagem. A dita cuja recobrou os sentidos e falou que o desmaio tinha sido pura emoção. Que o sonho dela era ter conhecido Castelo ao vivo.

Ih, fofa, agora, vamos tratar de nossas histórias. Coisas de família. A Rafaela, o Markus e a tropa do casal, formada pela Laura e pelo Joaquim, deixaram Imperatriz e passaram a semana na casa da Elineide. Partiram na madrugada de hoje, deixando um grande rastro de saudade. A Laura, pelo amor de Deus, um amor de criança, muito educada e extremamente articulada. O Joaquim, muito pequeno, só foi interagir comigo, na tarde de sábado. Casal feliz, filhos maravilhoso. Tudo está dando certo.

Ainda em família, Bibi, tua neta, a Lívia está rindo à toa. Mais uma vitória, sua aprovação lá no Dom Bosco. Tua neta Bibi, é uma grande cidadã, leitora voraz e muita culta. Ela costura o próprio futuro, através de sua larga cultura. Muita emoção, nesse pretinho.

Bem, Bibi, vamos deixar essa lenga- lenga familiar e partir  para outras informações.

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Ih, morena, o caldo engrossou com essa história do Renan renegar a determinação do STF dele ser afastado da presidência do Senado. Como não foi, deixou evidenciado que nem a nossa Justiça tem força ou prestígio. O Renan é um ladravaz do dinheiro público e representa tudo o que não presta na política brasileira.

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Aí, Bibi, chegam os primeiros relatos de um dos delatores da Odebrecht. E quem estão lá? Ora, o Renan e toda cúpula do PMDB, incluindo o presidente Michel Temer. Me diz aqui em segredo, só entre nós. Dá pra acreditar nessa patota que dirige o País?

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No programa que apresento na Rádio Capital, sempre disse que o PT, era uma verdadeira quadrilha ia ser destronada, por conta da roubalheira, mas que seria substituída por uma gangue.

 

Não deu outra. Taí o resultado.

Há, Bibi, são 51 anos de saudades, completados neste dia 8 Dia de Nossa Senhora da Conceição. Se ela achou melhor te levar. Tudo bem, são coisas celestiais, mas continuo sentindo a tua falta por aqui.

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Vou ficando por aqui neste domingo. Quero retornar na próxima semana com um papo mais alegre. Estou triste.

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Beijão do filhote que te ama e jamais te esquecerá

Djalma

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